GAROTA ARCO-ÍRIS

By massisjul

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"Nada como uma garota de cabelo cor de rosa e nome esquisito, para balançar a vida de uma amostra grátis das... More

Aviso
Um
Dois
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Seis
Sete
Oito
Nove
Dez
Onze
Doze
Quatorze
Quinze
Dezesseis
Dezessete
Dezoito
Dezenove
Vinte
Vinte e um
Epílogo

Treze

394 52 56
By massisjul

Esse capítulo terá cenas repetidas do anterior, poque será na visão do Joshua. E ainda não foi revisado, como sempre, então ignorem os erros ortográficos.

Boa leitura.

Joshua Cooper

Sabe quando você parece estar em um limbo, vivendo aquela mesma vida medíocre de sempre e de repente, como mágica tudo se transforma em uma verdadeira confusão, que parece ficar cada vez pior, e para ser bem sincero você nem sabe exatamente como foi parar ali?

Quando as luzes azul e vermelha da viatura cegaram os meus olhos e um policial me encurralou no muro, onde eu supostamente pixei insultos horríveis contra o prefeito, e algemou minhas duas mãos como um verdadeiro criminoso, eu só conseguia pensar no quanto eu estava fodido e no quanto queria a minha mãe. Era surreal e assustador estar dentro de um carro de polícia e ser tratado como um lixo, o tipo de coisa que você nunca imagina passar, nem em um milhão de anos.

O delegado me fez muitas perguntas, pelas quais eu quase não podia responder, caso contrário estragaria tudo. Não era para ter acontecido aquilo, me odeio por ser tão lerdo e não conseguir correr sem tropeçar nos cadarços do meu tênis. Eu realmente não fiz nada, nem tinha coragem o suficiente para segurar a mochila com os sprays, mas não podia entregar a minha Crazy, seria muito pior perde-la de novo.

- Garoto, sua mãe chegou - essas foram as palavras mais reconfortantes e assustadoras, que eu havia escutado naquele dia. Meus olhos não paravam de lacrimejar e ter minha mãe ali parecia acalma-los, porém ela não estava sozinha.

- Mãe! - travei meus pés pouco antes de me agarrar em seu pescoço, ela parecia furiosa e desesperada, ao lado de Robert Young e Uno Salvatore, que me encaravam como se eu fosse um coitado estúpido. Aquela cena nunca sairia da minha cabeça, os dois de mãos dadas.

QUE PORRA ERA AQUELA?

Tâo unidos como se fossem um casalzinho nojento,cúmplices da pena que sentiam por mim. E pena é o pior sentimento que você pode ter por alguém, eu não precisava disso.

- Calminha, garoto! Seu filho foi pego fazendo vandalismo no muro da casa do prefeito.

- ELE FEZ O QUÊ? VOCÊ TÁ FICANDO MALUCO, MULEQUE? EU ME ARREGACEI TODA PARA COLOCAR VOCÊ NO MUNDO E É ASSIM QUE VOCÊ ME RETRIBUI? PICHANDO A CASA DOS OUTROS? - A minha mãe cuspiu todo o desgosto que estava sentindo e meu peito doeu, não sabia o quanto ela era importante para mim até ver a decepção em seus olhos e aquilo me fazia querer morrer.

Acredite.

Era mil vezes preferível a morte.

- Queira me acompanhar, por favor. Traga um copo de água com açúcar para a senhora, Jarbas.

- Sim, senhor.

O barulho dos nossos passos ecoavam até o fim do corredor. Equanto eu caminhava com os punhos cerrados enfiados nos bolsos da calça, o novo casalzinho ridículo me seguia, ainda com os dedos entrelaçados. Se o Young estava tão afim daquela esquisita, porque não disse antes e me poupava de toda aquela coisa que meu subconsciente me obrigou a fazer com ela?

- O que foi que você fez, seu babaca? - Ele atravessou a minha frente, me obrigando a parar de andar.

- Não é da sua conta.

Odiava quando o Young me olhava como se fosse o dono da razão, o príncipe certinho, que todo mundo ama e idólatra, aquilo me deixava com muita raiva.

- Procuramos você por toda parte, quase sofremos um acidente de carro. Você assustou todo mundo e ainda corre o risco de ser preso - Uma voz fina e tão familiar, que já não escutava há um tempo, voltou a atormentar meus tímpanos. Não importava qual era a situação, Uno Salvatore estava sempre lá e isso era irritante. Ela era a última pessoa, que eu queria que me visse detido pela polícia. Seu olhar inocente e infantil me deixava mil vezes mais envergonhado do que eu já estava, não a queria por perto, não naquela hora.

- O que você está fazendo aqui, garota?

- Ela estava me ajundo a procurar por você.

Robert a defendeu.

- Você devia ser mais educado, estávamos preocupados.

Ela me encarou com aqueles olhos travessos e indignados, me motivando a expulsa- la a qualquer custo.

- Acontece, que eu não pedi a ajuda, muito menos a preocupação de vocês. Perderam seu tempo, porque são burros.

- Qual é o seu problema?

- Qual é o seu problema, garota?

- Vamos parar, essa discussão não vai levar a nada.

Ele a abraçou e meu coração deu um solavanco, não deveria doer, mas doeu e quando sinto dor, sou a pior pessoa do mundo.

- Isso mesmo, vão embora! Se mandem!

- Foi a Crazy, não foi?

Quem aquele imbecil achava que era para citar a Violet naquela conversa?
Ele não tinha esse direito, ninguém podia culpá-la. Eu não permitiria.

- Não toque no nome dela, entendeu? Ela não tem nada a ver com isso, foi tudo culpa minha. A crazy não tem absolutamente nada a ver com isso - comecei a tremer e soar como um covarde imbecil.

- Então, por que você fez isso? Eu não consigo entender - Uno perguntou ainda entre os braços de Robert.

Por que diabos aquilo me encomodava tanto?

- Não é da sua conta. Eu não consigo entender o que você está fazendo aqui, eu não gosto de você, nunca gostei de você. Eu não te suporto, sua idiota...

- Chega, Josh!

- Fica na sua,Young. Quando você vai aprender a não se meter na vida das pessoas? Me deixa em paz, vai viver a sua vidinha de burguesa e desaparece, sua estranha ridícula.

A dor do tamanco pesado dela pressionando o meu pé foi insignificante, perto da dor agonizante, que invadiu meu peito pouco depois de ter feito ela chorar.

O que estava acontecendo comigo, afinal?

***

Pior do que apanhar de cinto ou ouvir a sua mãe te xingar e berrar como uma louca, é não ouvir uma só palavra dela. Minha mãe não conseguia olhar para o meu rosto sem que lágrimas invadissem seus olhos cheios de desgosto. Queria poder explicar a real situação, dizer que eu ainda era o mesmo Josh quieto de antes e que não tinha agido feito um marginal, como ela achava, mas eu não podia.

- Mãe - Ela parou em frente a escada de casa, sem virar para minha direção - Fala comigo, me xinga, me bate, grita, só por favor, faz alguma coisa!

- Eu não consigo, Josh. Eu não consigo - Subiu os degraus a chorar, me deixando sozinho na escuridão da sala.

Passei a mão pelo cabelo e respirei fundo, preferia apanhar até morrer afogado em meu próprio sangue.

Tomei um banho gelado, algumas pessoas dizem que ajuda a espantar coisas ruins, mas não foi muito eficaz. Eu estava um verdadeiro lixo, digno ser queimado. Aquele foi com certeza um dos piores dias da minha vida infeliz. Joguei meu corpo pesado na cama, que estava toda arrumada e limpa como de costume, não conseguiria dormir, com certeza. Mas, estar de baixo do edredom já era uma boa forma de fugir do mundo.

- Josh!

Um barulho na janela chama a minha atenção, alguém estava tentando invadir o meu quarto e esse alguém sabia meu nome.

- Josh!

Levantei para descobrir o que era, e lá estava ela. Pendurada no parapeito com as bochechas sujas de tinta e os cabelos rebeldes a voar com a brisa da noite. Aqueles olhos hipnotizantes me encaravam de um jeito familiar, ela sorriu com o canto da boca e entrou assim que eu abri a janela.

- O que faz aqui? - perguntei quase a sussurrar, para não acordar minha mãe.

- Vim ver como você estava, esperava que já tivesse se livrado da polícia, já que é a sua primeira infração.

- Não é a primeira - cruzei os braços, tentando não ceder.

- Tudo bem - Ela ergueu as mãos e diminuiu a distância entre nós - Mas, você não vai contar, certo? Sabe que não posso ser presa de novo, vão me mandar para aquele internato ou me jogar na prisão.

- Sabe que não vou fazer isso.

- Você é o melhor - esquivei do beijo, que ela estava prestes a me dar.

- Apesar de essa ser a minha vontade, não sabe como tem sido um inferno encarar todo mundo.

- Eu sei, querido. Mas vai passar, eu prometo.

- Por que você não para de fazer essas coisas e vive como uma pessoa normal, Violet? Pichar a casa do prefeito a troco de nada, aquilo não foi divertido.

- Não foi a troco de nada, aquele monstro merece coisa muito pior.

- Vai me explicar qual é o motivo de toda essa revolta contra o prefeito? Você desapareceu e voltou com essa sede de vingança inexplicável.

- Vamos esquecer isso, tudo bem? Eu vim passar a noite contigo, te recompensar por ter sido meu príncipe encantado - passou os braços pela minha cintura e beijou o meu abdômen nú, me fazendo suspirar.

- Por que você é assim?

- Assim como? Irresistível? - mordeu o lábio inferior de um jeito sacana, enquanto fitava meus lábios.

- Impossível.

- Eu sou bem possível, querido - sussurrou em meu ouvido, descendo os lábios por meu pescoço húmido.

- Selvagem.

- Eu sou bem selvagem também - me puxou até a cama e me jogou deitado, enquanto tirava a jaqueta e o resto de roupas que cobriam suas curvas viciantes.

- Indomável.

- E você é todo meu essa noite, Joshua Cooper.

- Possessiva.

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Capítulo curtinho, só para os nossos vilões odiosos darem o ar da graça.

Meninas, eu queria muito agradecer o feedback que vocês estão me dando, faz com que eu me esforce cada vez mais a escrever essa história e se Deus quiser chegar ao capítulo final, que está um pouco longe, mas vai ser um sonho quando eu conseguir concluir Arco-íris. Porque, só eu sei o quanto é difícil me fazer concluir projetos.

Então, muito obrigada pelo apoio e pela participação de vocês. Continueeem, me incentiveemm

Beijooooos 💙💙💙

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