Z Vol.1

By TeagaH

773 31 103

Imagine o normal, agora esqueça e reimagine o impensável. Diante de rotinas comuns, o mundo se vem ao uma no... More

Veias roxas. Olhos purpura
Agora, por onde eu começo ?
Paredes de Lego
É, não deu !
Rain Drop
O Valor da vida.
Como seguir em frente?
A mordida Fatal
Cercado de Terror
KAKATTE-KOI
O potencial Humano
O dia em que eu não me tornei noiva
Katherina Van Liear
Compreendendo o Caos
O Folego do desespero
Exercito de Infectados
Ultimo dia de Aula
Tragédia de seis rodas
Perdido em desespero
Perdida em desespero
Perdidos em desesero
THE BESTA
Um olhar sem vida
THE SUPER BESTA
THE SUPER BESTA PARTE II - LOS ABUTRES E A FORTALEZA DE SANGUE
Considerações finais

O que você faria se não tivesse medo ?

55 2 0
By TeagaH

E agora o que fazer?

Eu pensei rapidamente -mas bem pensado- em como iria chegar em casa. Precisávamos nos proteger e armar, então me veio uma leve ideia na cabeça: "espadas seriam ótimas agora", logo após esse pensamento eu virei para a Angeline e perguntei:

- Você sabe de alguma loja de facas, lâminas ou qualquer coisa que possa cortar cérebros?

-Eu não sei não, pelo menos não aqui no centro. - Respondeu depois de alguns segundos pensativos.

- HAAA ESPERA AI! Existe uma aqui em Carapicuíba sim! Não é uma loja de espadas, mas tem utensílios de cozinha e churrasco. Deve ser o suficiente né? - Intrometeu-se Felipe

- Droga! É do outro lado do calçadão! Mesmo estando no centro é praticamente impossível chegar lá agora! - Afirmei indignado - Deve estar um caos depois das explosões. Por hora é melhor arrumarmos pedaços de cabos de vassouras, até por que "água mole em pedra dura tanto bate até que fura".

Minutos depois decidimos para onde iríamos. Seria para a minha casa, ou melhor, onde eu morava, lá havia uma boa área e seria mais fácil de criar um muro e nos protegermos. Pelo menos era o que eu pensava.
Enquanto isso lembrei que minha mãe ainda estava no telefone.

- Mãe? Perguntei.

- Filho? Você está bem? O que aconteceu? Você gritou aquilo e depois me deixou em espera, estou preocupada! Não sei o que é que está acontecendo aqui!!

Em alguns minutos expliquei o que estava acontecendo e porque disse aquilo no telefone, disse que só estava assustado e curioso, mas que estava bem e que chegaria em casa o mais rápido possível. Claro, queria saber como meus amigos estavam então continuei no telefone falando sobre um plano formado às pressas por uma mente desesperada.

- Mãe a senhora sabe me dizer se o Caike está aí?

Mãe- sim, só um minuto...

Ouve-se ruídos que demonstram claramente a troca de celular de uma mão à outra.

- O que você quer? Perguntou Caike com um sotaque de rua.

- Sai pedaço de bosta! Tudo em cima? Respondo-o com o menor nível de comunicação.

Rimos por alguns segundos como se nada de apocalíptico estivesse acontecendo.

-Caike eu queria que você nos fizesse um favorzão! Você poderia juntar o pessoal aí -se conseguir claro- e construir um muro, tipo sei lá, com carros e ônibus talvez?

- Ué por quê?

- Por que aqui no centro está uma zona e não garanto nada, mas pode ir para aí também.

-Há, mas o que está acontecendo? Consegue me dizer? ALIAS! Porque eu não seria capaz disso? O problema são os adultos e você sabe disso! Argumentando com a voz aumentada e ia abaixando aos poucos.

- Certo, te mandarei um vídeo e você mostra para eles, a imprensa já chegou aqui então é só ligar a televisão em algum canal para ter uma justificativa melhor, conto com você para construir uma barreira forte o suficiente para proteger a nós dos aparentemente recém-transformados em "Zumbis".

- Pera, você disse zumbis? É sério? Perguntou ele com uma voz de espanto e surpresa.

- Sim, muito sério, mas estou ficando sem tempo então vou desligar e em duas horas no máximo nós chegaremos aí!

-Está, mas o que você vai fazer? Ou melhor, como vai fazer?

- Vou atrás de alguns suprimentos essenciais e armamentos de combate corpo a corpo, ou pelo menos tentar.

- Beleza, espere uma muralha aqui! Afirmou com uma voz determinada.

Desliga-se o telefone e eu olho intensamente para os novos amigos que eu acabara de fazer e fiz uma leve pergunta:

-E aí, vocês topam? - Disse confiando que eles ouviram minha conversa no telefone.

- Não é como se tivéssemos para onde ir né. - Disse Angeline com uma voz calma e aparentemente triste.

- Você não vai conseguir sozinho seu metido a besta! Afirmou Felipe com uma cara de indignação.

- Vamos nessa então! Disse Maikon com pouca animação na voz.

- Tu tens alguma ideia de como podemos cruzar a cidade? Não que eu creio que haja uma forma fácil de fazer isso. Pergunto a eles.

- Até tem, mas está disposto a fazê-la? Questionou Maikon.

- Não, é só uma loja de materiais de cozinha, se fosse um supermercado ou parecido valeria a pena os riscos. Acho que os cabos de vassoura vão nos ajudar legal por hora.

- COMO AJUDAR LEGAL? Exclamou Júlia com um olhar fechado e demonstrando indignação com minha frase.

- Há, é que, é muito risco apenas por um armamento melhor quando não temos nem condições certas de se defender - argumentei tentando fugir da situação.

- Perdão, mas não é de lá que veio aquela explosão de agora a pouco? - Perguntou Felipe

- Que eu saiba sim. Afirmei

- Joto matte Kudasai - "espere um pouco, por favor," só que em japonês - você diz que é arriscado, mas o caminho mais rápido para irmos pra casa é cruzando o centro da cidade! Indagou Maikon

- E quando eu era sã? - Perguntei

- Tipo há uns minutos atrás né - Disse Ygor

- Se é muito perigoso, eu não vou por esse caminho, o mais longo não serviria? - Perguntou Angeline

- É não tem um mais seguro? - Respondeu Felipe

- Tipo, algum que seja mais fácil para quem não possui armas - Júlia.

- Mas o que é isso há uns minutos atrás vocês queriam vir comigo! - Disse indignado

- Meu caro senhor, sinto muito, mas não vou poder corresponder as suas expectativas assim, eu prezo pela minha vida! - Disse Ygor reafirmando e com uma cara de deboche.

-Então só me resta ir sozinho pelo caso. Vou ir por ali e vou atr. -

- VOCÊ É LOUCO? - Perguntaram todos quase que sincronizados.

- Por que não seria? O mundo que está virado do avesso não me parece normal para começo de conversa!

- Se ele quer ir porque não o deixa ir? - Disse Felipe com tom de despreocupado.

- Verdade, acabamos de nos conhecer não acha que já vamos ter consideração por vocês ou algo do tipo. - Disse Angeline desviando o olhar

- Está bem, está bem, mas vocês têm um lugar para ir? - Perguntei olhando para os lados e com um sorriso forçado.

- Temos ué, de onde você acha que viemos? - Disse Felipe - O problema é que não é perto e nem faço mais ideia de que nessa situação podemos voltar.

- Opa, espera um pouco ai, a Angeline disse que vocês não tinham pra onde voltar! - Exclamei

-É, ela talvez não tenha, mas não é como se nós também não tivéssemos! - Disse Julia

- Então que tal acompanharem o Maikon para um local seguro, e se puderem ajudem o Caike a fortificar a nossa futura fortaleza, se vocês conseguirem roube um ônibus e vão para lá. Mas, para terminar, de onde vocês são mesmo?

- Somos de um orfanato, estávamos no nosso dia de comemorar já que é aniversário de 17 anos do Ygor. - Respondeu Júlia começando com uma voz alta e clara sendo diminuída constantemente até não se ouvir nada no final, com um olhar de envergonha por ter falado algo que não deveria para estranhos.

- Bom de qualquer forma, vocês precisam de um lugar para ficar, e creio que o orfanato não seja a primeira opção de vocês certo?

- Com certeza! Disse Ygor com entonação na voz

- Más e você? Perguntou Angeline com uma voz meiga e doce acompanhado de um olhar que atingiu profundamente minha alma.

- Eu? Eu vou arranjar uma moto, ou pelo menos vou tentar. Vocês podem ir para o terminal e se virarem, o Maikão vai estar com vocês, se conseguirem arranjar um automóvel antes deu chegar lá me avisem, posso voltar e ir com vocês, daí é só me ligar. - No exato momento em que termino a última frase, abro um sorriso e olho para todos, me viro lentamente e antes de sair pela porta, ouço uma frase que me surpreendeu.

- Vê se não morre

Era a mesma voz doce e meiga que já ouvi a alguns momentos atrás, virei apenas metade do rosto e com um sorriso disse:

- Não se preocupe, você me verá de novo com certeza!

Depois daquilo eu fui direto para um estacionamento mais perto em que vi uma moto mais cedo. Mas, em meio a tudo isso minha cabeça não pensava direito, eu ia por onde era mais difícil fazias coisas estranhas, e quando finalmente encontrei uma moto meio que inteira, pensei "ainda dá para o gasto".

Enquanto caminhava desesperado para a moto, algo inesperado acontece.
Eu olho para o lado para saber com mais detalhes o que havia acontecido, e acontece mais uma vez!

Um tremor, mas não um tremor qualquer, mas uma sacudida rudimentar no chão que me fez reparar em algo que estava perto, e muito perto.

Depois de alguns segundos me dei conta de que não estava mais indo atrás dá moto, meu corpo tinha paralisado de uma forma como se o que estivesse fazendo esse barulho era algo realmente terrível.

Meu cérebro finalmente voltou a funcionar embora meu corpo não, ele voltou com uma ideia, era a solução para o que fosse esse barulho tenso: "poderia ser bombas? Mísseis? Não, o barulho é diferente, se fosse o caso teria confirmação visual, e não tem isso! Mas então o que seria?"
De repente a resposta para a minha pergunta aparece diante dos meus olhos! Era um monstro, tinha quase 4 metros de altura, como estava do lado de um prédio podia comparar seu tamanho. Mestiço e não tinha um rosto definido, parecia até um tumor ambulante, se aquilo não fosse um zumbi para mim ia ser um Titã.
Eu ainda estava paralisado por completo! Eu estava a um tempo tentando entender o que havia acontecido comigo, o que se passara com minha mente, nervos e ações!
Foi aí que uma ideia bem clara veio brilhando em meus pensamentos:

MEDO

Eu estava com medo, mas um medo que me dizia que não era para avançar mais porque era perigoso, um medo da qual meus próprios nervos sabiam o que poderia acontecer se desse um passo em falso. Esse medo, já foi sentido em várias gerações e nações diferentes, ele tinha um contexto, uma ação que o deixa mais aterrorizante e desesperador que qualquer medo...

O medo de morrer!

De morrer sem ter realizado nada, de ser um inútil, de ser só uma pessoa comum e nem ter deixado um legado.
De ser incapaz de revidar, incapaz de lutar.

Logo após esse pensamento e esclarecimento, me veio uma pergunta de um livro que eu tinha lido recentemente:

O que você faria se não tivesse medo?

Continue Reading

You'll Also Like

Presa Comigo By ingrid

Science Fiction

6.4K 344 38
"Nos beijamos quando o mundo inteiro parou o tempo... entre as pétalas do girassol sobre a mesa dela."
7K 762 39
BIRDS CAGE | "A tristeza é tão profunda quanto um poço. Ela vai te inundando todos os dias, até que chega um dia que você não quer mais sair de lá." ...
25.4K 1.4K 22
𝗧𝗛𝗘 𝗟𝗔𝗦𝗧 𝗖𝗔𝗟𝗟 || ────𝙀𝙈 𝙐𝙈 𝙈𝙐𝙉𝘿𝙊 devastado por um vírus letal, chamado Fulgor, que lentamente consome a mente das pessoas até per...
25.5K 2.2K 102
Após a Terra ser invadida por seres estranhos, os humanos ainda vivos tentam sobreviver. Deyse é uma jovem corajosa de 17 anos que quer encontrar nov...