The case of White Cube ✓

By TiaClara1

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Quando ela desapareceu, eu me dediquei inteiramente ao trabalho, na tentativa falha de ocupar meus pensamento... More

Prólogo.
Wedding Anniversary
She leave me
Somebody help me
Memories
Knowing White Cube
New air
Accepting the new life
Five Names
Uncovering the truth
My turn to talk
I promisse
You're mine
And now?
Blinded by rage
I Love you
Checkmate
Forever my precious
Back to Home
I'm going to kill him
Reckoning
Epilogue

Why?

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By TiaClara1

Faith

 –– Eu só acho que você está sendo burra. –– insiste Luna. Desde o momento em que Dean saiu pela porta do apartamento, lançando-me um olhar que ela julgou ser muito significativo, a mesma não parou de tagarelar sobre o ocorrido. –– Qualquer garota aqui, faria de tudo para ter a oportunidade que você está tendo, tudo bem, Dean é um ser humano repugnante, mas ainda sim, é a melhor coisa que pode nos acontecer.

Levanto-me do sofá, indo para a minha cama, onde me jogo, e fixo meu olhar ao teto. Minha cabeça está começando a latejar, e tudo isso é graças a Luna, que tem falado sem parar a quase uma hora. Esses sete meses que passamos juntas serviu para muita coisa, inclusive para nos aproximar, não que tenhamos nos tornado melhores amigas, mas presa em um lugar como esse, aprendi a dar valor as melhores coisas, sem me importar com o quão pequenas elas são, e Luna é uma dessas coisas.

Apesar de ser legal a maior parte do tempo, em alguns momentos como este, eu simplesmente queria poder fazê-la desaparecer. Quando Luna cisma com alguma coisa, dificilmente mantém a boca fechada, e eu como sua colega de quarto, sou obrigada a ouvir seus lamentos, murmúrios, e ataques de frustração. O que não consigo entender, é como ela, justamente a pessoa que mais vive reclamando de Dean, e o xingando de todas as formas possíveis, pode sugerir que eu me envolva com ele.

–– Além do mais, se não estivéssemos aqui, e sim no mundo real, e você o visse em algum lugar, com certeza daria mole para ele. Não negue.

–– Caso não lembre, eu sou uma mulher casada. –– a lembro.

–– Haha. –– riu, completamente sarcástica. –– Desculpa Faith, mas se acha que seu marido ainda se lembra de você está muito enganada. Se passaram meses, e não importa o quão apaixonado ele fosse, primeiro ele é homem e à essa altura, com certeza já deve estar com uma vagabunda.

Solto suspiro de frustração, mas também de raiva. Luna precisa aprender a hora de fechar a boca.

Por mais que eu não queira admitir para mim mesma, ela está certa. Se passaram meses, e Justin não deu nenhum sinal de vida, provavelmente porque acreditou naquela maldita carta. Não posso culpá-lo, realmente não posso, apesar de todas as palavras que escrevi serem mentiras, elas soaram como a mais pura verdade, e sei disso, pois só de me lembrar, sinto um aperto em meu peito.

No começo eu realmente acreditava que Justin iria me achar, e me salvar como um príncipe encantado, mas agora, sei que isso não irá acontecer. Meu marido me esqueceu, e como Luna disse, à essa altura, com certeza já deve estar com alguma vagabunda. Conhecendo o apetite sexual de Justin como conheço, ele não aguentaria nem um mês sem sexo, quem dirá sete.

É ilusão pensar que alguém virá me tirar desse lugar. Se quiser minha vida de volta terei que recuperá-la por conta própria. É isso! Já chega, passei tempo o suficiente me lamentando, e até mesmo, tentando aceitar essa realidade que me recuso a acreditar ser minha nova vida. Está na hora de me reerguer, e lutar por liberdade.

–– Você está certa Luna. –– digo mansa. –– Talvez eu deva aproveitar essa oportunidade com Dean. Quem sabe ele não se apaixona por mim, certo?

–– Eu não exigiria tanto. –– mesmo com o olhar fixo ao teto, posso ver seu corpo se aproximar, até que a mesma se sente na cama ao lado da minha. –– Mas, se algo acontecer vocês já é lucro. Duvido que Dean vá deixar algum homem te comer, depois que ele o fizer.

A forma tranquila como ela diz tais palavra me enjoa, mas para Luna parece não ser nada demais, quase como se estivesse dizendo à alguém quantos pães ela deve comprar na padaria. Mas, não deixo o meu desgosto transparecer, ao invés disso, sorrio minimamente, para convencê-la de que minhas intenções são mesmos estas. Apesar de não achar justo abandonar todas essas mulheres aqui, incluindo Luna, não posso incluí-las no meu plano, sei que não daria certo. Preciso fazer tudo sozinha, ser meticulosa, estratégica, esperta, e então quem sabe, talvez eu realmente consiga. Contudo, se tudo der certo, assim que der o meu primeiro suspiro de liberdade, corro para a delegacia mais próxima e conto tudo a polícia. De forma alguma vou deixar todas essas mulheres aqui, graças à elas eu não enlouqueci, elas são minhas únicas companhia, apesar de algumas serem irritantes, merecem a liberdade tanto quanto eu.

.....

Às oito em ponto da manhã eu salto da cama, para ser sincera mal consegui dormir. O meu plano de fuga está em ação, e mil ideias rondam minha mente, cada uma mais improvável que a outra, mas nenhuma delas deixa de ser uma opção. Nesse momento arrependo-me de nunca ter dado muita atenção a Justin quando ele me contava coisas sobre o trabalho, sempre quis me manter por fora de qualquer esquema que ele estivesse bolando, pois não entendia nada, e achava muito arriscado, mas agora, seria o momento perfeito para usar a genialidade de meu marido.

Ex-marido. Corrige meu subconsciente.

Tomo um banho demorado, lavo meu cabelo, e me permito passar um tempo, apenas sentindo a água morna cair em minhas costas, relaxando meus músculos. Ao sair do banheiro, após ter feito minha higiene matinal, Luna está na cozinha, com um pacote de biscoito recheado em mãos. Ela me encara com a cara toda amassada, e o cabelo bagunçado, e sorri. Visto a roupa mais simples possível: short jeans e regata preta. A maioria das roupas que Dean nos compra são vestidos de grife, pois segundo, eles nossos clientes não pagam apenas pela beleza, mas também pela qualidade, por conta disso, devemos estar nada melhor do que maravilhosas dos pés à cabeça.

Ouço o barulho da porta sendo aberta, e ao mesmo tempo Luna e eu a encaramos.

–– Ah! É claro que é você. –– ela diz desanimada ao ver Joseph.

–– Se arrumem logo, o patrão quer vocês na galeria. –– seu tom de voz é grosso e mal educado como sempre.

–– Será que vamos tirar mais fotos? –– Luna pergunta entusiasmada. –– Algumas meninas ontem disseram que Dean irá fazer uma nova exposição, e nós seremos as obras de arte.

–– Luna, eu não sei se você já percebeu, mas nós sempre somos as obras de arte. –– meu tom de voz é manso, e nenhum um pouco animado, pois realmente não tem com que se animar.

–– Eu tenho certeza de que o seu humor vai mudar quando for a sua vez de fotografar. Aquele fotógrafo gato melhora o humor de qualquer mulher. –– balanço a cabeça em negativo.

–– Andem logo e parem com esse mimimi. –– Joseph nos repreende. –– Não sou pago para aturar você.

–– Não, só pra nos prender como animais. –– Luna rosna como um bicho selvagem.

Joseph encara Luna com um misto de raiva, para logo depois um sorriso convencido tomar conta de seu rosto.

–– Que bom que sabe que não passa de uma cadela no cio. –– ele dá as costas e Luna fica vermelha de raiva. 

Ela me olha e eu suspiro pesadamente, sei bem o que aquele olhar significa. Saio de dentro do apartamento minúsculo e sinto Joseph em meu encalço, Luna olha para mim e depois olha para frente, sigo seu olhar e vejo Dean com toda sua superioridade encostado em sua Mercedes preta com seus braços cruzados. Me surpreendo pela sua vestimenta, pela primeira vez o vejo sem seus ternos chiques, ele traja uma calça cinza de pano que me parece de longe ser tactel da adidas, uma blusa branca de mangas curtas, e tênis, deixando claro que com certeza estava se exercitando pela manhã. Seus músculos dos braços estão contraídos devido a posição que se encontra.

–– Venha Faith, eu mesmo te levarei para sua sessão de fotos. –– ele não pede, ordena como sempre.

Vou até ele, e por cima do ombro vejo Luna seguir com Joseph para o outro carro. Sento no carona e percebo a rua começando a se movimentar, meu coração acelera, pois agora sei o interesse que Dean tem por mim, e rezo mentalmente para não ser rude, tenho que me aproveitar desse interesse, apesar que as vezes penso que ele gosta do meu jeito impetuoso e prepotente, pois sempre o vejo sorrir um pouco.

–– Atrasei sua sessão por uma hora, é a última de hoje, então temos um tempo livre. –– olho para Dean que me observa rapidamente e volta sua atenção para a estrada.

O caminho é feito em silêncio, o que é me estranho, pois estamos sempre trocando farpas. Seu carro para em frente a galeria em sua vaga, e vejo um Corolla preto mais adiante, provavelmente do fotografo. Não sei porque Luna está tão animada com esse homem, para mim é tão porco quanto Dean, é um cumplice, sabe o que passamos aqui e não se importa, só quer dinheiro e nada mais. Desço do carro e meu coração dispara, uma ansiedade toma conta de meu corpo. Dean se põe ao meu lado, mas não fala nada, e agradeço por isso. No corredor extremamente branco, penso em seguir para sala onde fico com as garotas, mas sua mão forte segura o meu braço, e volto meu olhar para Dean.

–– Que foi? –– pergunto grossa. Odeio que façam isso comigo, isso é um modo machista de homens mostrarem serem os nossos donos, e quem manda e desmanda. Dean vive fazendo isso, e essa é só mais uma das coisas que eu odeio nele.

–– Quero que me acompanhe até meu escritório –– fala somente isso e põe-se a caminhar a minha frente, indo até sua porta.

Ele abre a porta e me dá passagem. Entro e observo a sala, o filho da mãe tem muito bom gosto para tudo, observo a parede do fundo toda feita de vidro, um vidro fumê, somente ele podendo ver tudo o que acontece lá fora. Ele caminha até sua mesa e se encosta, esfrega seus dedos entre os olhos, talvez seja cansaço, ou sono. Pela primeira vez o vejo vulnerável, sem toda sua impetuosidade.

–– O que deseja comigo senhor Henderson? Porque me trouxe até sua sala? –– ganho sua atenção. Ele vai até sua gaveta e pega um estojo, mais precisamente uma caixinha preta de veludo, muito conhecida pelas mulheres por guardarem joias. Dean vem caminhando até mim. –– Quero que use em suas fotos, uma joia pra uma joia.

Abro a caixa e juro que meu queixo vai ao chão. Ele possui um Blue Empress, não sou uma mulher com grande sabedoria sobre joias, mas as raras todas as pessoas conhecem. O diamante do colar é um azul raríssimo, sendo que só sua pedra pesa quatorze cartas, e no colar ele é adornado com mais 18k em ouro branco e diamantes brancos. Deslizo meu dedo sobre ele e permaneço imóvel, percebo que Dean é muito mais poderoso que imaginei.

Uma briga acontece dentro de mim, estou confusa.  Dean sendo quem é, tira um pouco da esperança de algum dia ser resgatada, e saber que o mesmo tem interesse em mim não melhora as coisas, sei que ele me verá como sua propriedade exclusiva no momento em que colocar meu plano em ação, e sei que sou isso no momento, mas se for como Luna disse, ele irá apenas me comer e nunca mais soltar-me de suas garras.

–– Estava certo quando decidi que você que iria expor o Blue Empress. Você é culta, sabe o poder que essa joia tem, sabe bem o que carrega. Você é perfeita Faith, minha preciosa.

Ele se aproxima de mim e seus dedos gelados encostam em minha face. Uma repulsa passa em meu corpo, e me afasto um pouco, a fim de evitar um contato com ele.

–– Porque está tão na defensiva Faith? Eu não mordo –– ele fala e se aproxima. –– A tempos queria fazer isso. –– Meus olhos se arregalam quando ele segura minha cintura.

Não é como se tivesse com medo do homem, não é como se nunca tivesse beijado outras bocas ou me deitado com outros, mas esse homem é o causador de minha desgraça, e minha mente sempre grita que sou casada e devo fidelidade ao meu marido.

É a sua liberdade Faith, pela sua liberdade. Faça isso! Grito para mim mesma.

Dean encosta seus lábios nos meus, e suga meu lábio inferior. Respiro fundo, ao ver ele sorrir, mas não é o que ele pensa, não estou gostando e sim me dando coragem para continuar o beijo que tanto quero sair. Procuro toda coragem que existe em mim e agarro seu pescoço quase que violentamente, e o beijo com luxuria. Ele aperta meu quadril, me encostando em sua mesa, nossas cabeças se movem dando movimento ao beijo, sinto sua mão alcançar minha bunda e deixar um apalpão ali. Sua língua adentra minha boca, falar que ele beija bem será um eufemismo, ele beija bem demais, não posso negar, porém não é esse beijo que quero, o único beijo que quero, é de um loiro dos olhos de mel.

Sinto Dean soltar meus lábios e passar para meu pescoço, mordiscando forte ali. Minha vontade é correr, e dar um tapa em sua cara, mas não, permaneço imóvel.

Faith é sua única chance, jogue sujo como ele. Meu subconsciente me alerta.

Passo minhas unhas em seu peito e escuto seu arfar, ele me carrega e me coloca sobre sua mesa. Abro os olhos imediatamente, quando ele passeia suas mãos em minha coxa, eu não quero transar com ele, não agora, definitivamente não estou pronta.

–– Dean, aqui não é um bom lugar. –– ele abre os olhos e me encara, vejo divertimento em seu olhos.

–– Os lugares mais inusitados, nos proporciona os melhores orgasmos. –– congelo com sua frase e fecho os olhos ao senti-los marejando, por lembrar-me de meu marido.  Justin falava comigo a mesma frase:

“Meu amor, os lugares mais inusitados, nos dará os melhores orgasmos”

Foi nessa frase que criamos uma lista de prováveis lugares que iriamos foder, sendo alguns deles, o seu gabinete, o cinema, o provador da minha loja favorita, a praia em que íamos aos finais de semana, o estacionamento, e por fim, mas não menos importante, o banheiro de alguma boate lotada. Devo dizer que riscamos alguns itens da nossa extensa lista.

–– Faith. –– recobro minha consciência e olho para Dean que está visualmente irritado, provavelmente por não deixá-lo avançar. Grudo em seu ombro e o puxo para mim, vejo satisfação em seu olhar. Selo nossos lábios, e seu celular toca.

Obrigada Deus

Ele o pega e vejo o nome Baby aparecer na tela, seus olhos ganham um brilho especial e completamente inusitado, mas ele desliga e me olha. Finjo que não vi nada.

–– Nada importante. –– ele fala seco, seu modo impetuoso está à tona de novo.

–– Não te perguntei nada. –– respondo a altura. Ele me olha e sorri, dando a mim a comprovação de que sou a única que o enfrenta e não sofre consequência alguma. Ele volta a me beijar, mas duas batidas se fazem presente em seu escritório. Alguém lá em cima deve gostar mesmo de mim.

–– Que porra. –– ele sussurra baixo e me olha, me ajudando a descer de sua mesa. Suspiro aliviada, sei que não poderei fugir dele por muito mais tempo, mas pelo menos por hora estou livre.

 –– Entra. –– ele fala ríspido. Joseph entra no escritório e me olha de cima a baixo. Imediatamente Dean o olha mortalmente, e mentalmente penso que Luna pode vir a estar certa, e talvez a partir de agora eu seja mercadoria somente dele.

–– É a vez dela, aquele fotografo a espera. –– Dean concorda.

Meu coração começa a bater freneticamente, o segurança sai e Dean me acompanha ao tal estúdio. Ele abre a porta e vejo um homem de costas olhando uma câmera, meu olhar corre de seus pés e até os fios de seu cabelo, ele está todo distraído. Meu coração para quando vejo os dois braços fortes e tatuados, eu reconheceria aqueles braços em qualquer lugar. Minha mente está criando alucinações, só pode ser isso, não é real.

–– Quero que use o colar minha preciosa, não se esqueça. –– Dean me estende a caixa com o colar. 

Sua mão segura meu quadril e me puxa me dando um beijo no canto da boca. Meus olhos ficam abertos, e vejo o homem se virar ao nos ouvir. O sorriso que tem em seu rosto se desmancha imediatamente, e sinto minhas pernas bambearem. Me seguro em Dean, que infelizmente é o único apoio ao meu alcance, e não acredito no que vejo. O homem a minha frente é ele, o homem a minha frente é Justin.

O celular de Dean toca pela segunda vez e ele me olha. Olho rapidamente e novamente vejo o tal Baby na tela.

–– Tenho que atender Faith, mas ainda não terminamos o que começamos.

Ele fala e sai da sala. Volto meu olhar para Justin que me olha descaradamente, ainda não posso acreditar que ele está minha frente, o meu marido está a minha frente. Sinto lágrimas em minhas bochechas. Sabia que ele me encontraria.

–– Eu só tenho uma pergunta Faith, apenas uma: Porque? –– sua voz preenche meus ouvidos, e mesmo sendo fria e cruel, me arrepio.

Tinha desistido de um dia revê-lo e ouvi-lo. O encaro e seu olhar sobre mim é de puro ódio, a frieza dos mesmos me machuca mais do que qualquer corte, doí mais do que qualquer tapa. Eu prefiro levar um tiro, a ter que suportar a frieza de seus olhos sobre mim.

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