Intensa (livro 2) Z.M

By RaysaFreire

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Mesmo quando se esta perdido se sentindo só pode ser que tenha alguém se preocupando com você. Nem tudo esta... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37

Capítulo 4

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By RaysaFreire

Respirei fundo tomando coragem e pedi que minha irmã  e minha mãe  não  se intrometessem. Desci determinada a colocar tudo em pratos limpos e terminar...  A nossa relação. Passei pela porta principal e tentei ver o carro dele, mas nada tinha ali,  minha mão tremia segurando a chave eu estava nervosa em ter que olhá-lo de novo, coloquei a chave no portão e abri o mesmo e o olhei. Fiquei parada feito uma pedra, não esperava ver a pessoa que era, respirei um pouco aliviada por pelo menos não ser o Zayn, mas a pessoa me fez perder o ar.
- Oi? Você está bem? — ele perguntou meio preocupado comigo.

- Oi. — sai de meu transe e dei passagem para que entrasse. — Estou surpresa que tenha vindo aqui.

- Fiquei preocupado com você, soube que sofrerá um acidente, assim que pude vir eu vim ver minha melhor funcionária. — ele disse e riu

- Não sou sua melhor empregada, você sabe disso. — ri dele e fechei o portão assim que passou pelo mesmo.

- É sim, a única que cuida de mim e da empresa, e muito bem. — Stefan disse e me abraçou.

- Que mentiroso. — retribui o abraço e ri mais ainda, só ele para me fazer rir nessa hora que só consigo pensar em chorar. - Vamos entrar. — o levei para dentro de casa e nos sentamos na sala.

- Você sofreu um acidente mesmo? Está aparentemente intacta, só esse rostinho meio inchado. Andou chorando? — engoli seco e o olhei, mesmo apenas o conhecendo a meses, criamos uma amizade e cumplicidade assim como foi com a Torres a outra secretaria/recepcionista. Ele tem um carinho muito grande por mim e faz questão de demonstrar. E também é muito protetor e eu gosto disso.

- Eu sofri sim, quase morri ou morri na verdade, mas eu sou forte e estou aqui. — sorri.

- Me explica isso direito. E o porquê da cara de choro, porque tenho certeza que não chorou. — ele pediu até de forma autoritária, como um irmão mais velho.

Comecei a contar-lhe o que houve e sua feição tomava varias formas, ora preocupado, ora com dor, ora com raiva, seu punho se mantinha fechado e a cada palavra minha sua mão se tornava mais rígida, ele estava bravo, não comigo claro, com a pessoa que tinha me feito mal, mas não sabíamos quem tinha feito aquilo e talvez nunca saibamos. Tentei o acalmar não queria que se estressasse o trabalho na empresa já o deixava exaurido não poderia o deixar mal com assuntos meus, ele estava de férias e não era justo.

- Trouxe um café e suco com biscoitos para vocês. — minha mãe colocou a bandeja na mesa e nos olhou sorridente.

- Obrigada mãe. — agradeci e a mesma saiu. - Stefan  agora esta tudo nas mãos da polícia e eles vão resolver tudo.

- Você acha Raysa? — assenti. - Vou falar com umas pessoas, elas vão tentar agilizar isso.

- Não precisa. — peguei um biscoito e comi.

- Claro que precisa. Quem quer que tenha feito isso não pode ficar impune. — ele disse indignado e pegou o suco, dificilmente ele pegaria suco, mas era de maracujá, com certeza queria se acalmar.

- Como quiser, só não faça coisas que lhe prejudique. — o pedi e ouvi a campainha tocar, novamente congelei, meu coração quase saiu pela boca.

- O que foi? — ele me olhou preocupado. - Esta esperando alguém?

- Não. — neguei e me levantei.

- Eu abro. — Jeni passou pelo corredor e saiu pela porta, me sentei e esperei que entrasse novamente, ou pelo menos ouvir seus gritos.

Stefan me observava curioso e desconfiado, tentei relaxar e não parecer tão tensa.

- Me deixa falar com sua irmã? O que tem demais? — escutei falarem e voltei a ficar inquieta.

- Não, pode ir embora, não vai entrar. — Jenifer disse firme e me levantei novamente, caminhei até a porta e os olhei.

- Qual o problema de eu falar com ela? — olhei Harry parado no portão e Jeni o cercando para que não entrasse.

- Todo, não vai ajudar seu amiguinho. — ela o empurrou para fora e o mesmo se manteve firme.

Não queria que os dois brigassem, eles não tem nada haver com tudo que aconteceu.

- Raysa? — o olhei. - Podemos conversar? — ele pediu e senti alguém parar atrás de mim, olhei e vi que era Stefan.

- Não temos nada para conversar Harry, se você quiser falar algo com sua namorada ela esta bem na sua frente, se quiser falar com minha mãe eu posso chamá-la. Mas eu? Não tenho nada para conversar com você, muito menos se o assunto for seu amigo. — terminei a frase e entrei.

- Espera Ray... — ele pediu já derrotado. - Jeni...

- Vai embora Harry, seu amigo já fez besteira demais. — ouvi o portão se fechar e logo minha irmã entrou em casa. - Sinto muito por isso mana.

- Tudo bem. — suspirei e olhei meu chefe. - Eu preciso descansar, podemos conversar outra hora? — pedi a ele, sentia uma vontade enorme de chorar e queria fazer isso sozinha.

- O que houve? — ele perguntou e nos olhou esperando que falássemos algo.

- Não quero falar sobre isso. — eu estava por um fio, meus olhos já estavam prestes a transbordar.

- O namorado dela a traiu  com a ex ficante que está grávida. — Jeni falou e senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Apenas subi e me tranquei no meu quarto, não queria falar sobre aquilo muito menos lembrar, só queria que nunca tivesse acontecido, preferia ter morrido naquele acidente a passar por isso.
Me deitei na minha cama e deixei as lágrimas molharem não só meu rosto, mas também meu travesseiro, se pudesse me afogaria nelas, mas ai eu teria que chorar muito e não valeria a pena chorar por causa de gente como Gigi. Eu odeio essa mulher.
Ela conseguiu o que queria, ela conseguiu nos separar e ter ele. Espero que faça bom proveito.

Por mais que eu tentasse esquecer eles, minha cabeça só pensava em como fui burra e acreditei nele, como fui idiota em me apaixonar e dizer que o amava. Por que não fui mais racional e menos emocional? Coloquei meus fones de ouvido e Fechei meus olhos tentando dormir e quem sabe não acordar.

[...]

Abri meus olhos e percebi que infelizmente não tinha morrido, eu acho. Olhei em volta e ainda era apenas meu quarto, me levantei e fui ao banheiro, tomei um banho, escovei os dentes e me vesti.

Queria não ter acordado, mas já que acordei só me restava seguir em frente. Recolhi as coisas do Zayn que estavam espalhadas pelo meu quarto e guardei em uma bolsa, peguei meu porta-retrato com nossa foto e coloquei na gaveta, não tenho coragem de jogar fora. Olhei tudo em volta e apenas o que sobrou foram os presentes. Até poderia devolver, jogar fora, mas eu gostava dos presentes mesmo que agora eu esteja odiando que me deu. Sai do meu quarto e procurei por minha irmã.

- Jeni? — bati na porta do quarto dela e esperei.

Ela abriu a porta e me olhou.

- Que foi? — reparei sua cara de sono, provavelmente tinha acabado de acordar, devia ser umas oito da manhã.

- Pode ir comigo deixar umas coisas na casa do Zayn e pegar minhas coisas? — pedi e ela assentiu. - Vou ligar para Wali e pedir que ela nos encontre lá, não quero que ele diga que eu peguei algo dele e assim eu já dou a chave da casa para ela.

- Tá bom, vou só tomar um banho. — assenti e voltei para o meu quarto.

Peguei as coisas e desci deixei a bolsa perto da porta e fui a cozinha, preparei um lanche para gente e a esperei descer.
Tomaríamos o café e iríamos para lá.

Eu

Wali? Pode me encontrar na casa do seu irmão?

Wali

Oi Ray, posso sim.

Eu

Obrigada.

Agradeci por ela não ser indelicada e falar sobre o irmão. Jeni entrou na cozinha e começamos a tomar o café, eu não tinha muita fome e praticamente empurrei a comida goela a baixo. Ficamos em silêncio durante a refeição e depois durante o caminho até a casa dele, olhei a mesma e senti um aperto no peito.

- Vamos. — caminhei até a porta e abri a mesma, estava acostumada e por hábito já fui entrando.

Ouvi um barulho vindo da cozinha e segui para a mesma, ou era a Wali ou um rato. Quando olhei o que era, ou melhor, dizendo quem era cheguei a conclusão que era um rato daqueles bem imundos. A pessoa me olhou e destilou um sorriso de quem venceu, seu veneno estava caindo de sua boca, a maldade estava ali em carne e osso, mas osso que carne, bem na minha frente.

[...]

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