Algo escorria pelas minhas pernas, um cheiro forte e metálica passava pelas minhas narinas. Eu estava sangrando, em meu corpo havia marcas de uma noite triste e apavorante.
Me levantei calmamente tentando evitar o máximo a dor. Estava sobre o mesmo penhasco, as coisas que estavam postas sobre o capim e a árvore, foram todos retirados. Minha cabeça estava sangrando. Sentia muita muita dor. Havia sido, estrupada e espancada. Estava sozinha ali naquele maldito lugar. Minha mente transmitia milhões de pensamentos atordoante, estava exausta, ferida, estava sentindo um vácuo em meu coração, lembranças de minha infância começaram a surgir, estava sem forças para sair daquele ambiente que acabou se tornando macabro a minha vista.
Juntei a pouca força que ainda tinha, dei uma pequena sacudida em meu vestido, que estava todo coberto por poeira, sangue, alguns rasgos pequenos. Em cada lágrima quente que caía direto sobre o capim, guardava uma cena tenebrosa da noite passada.
A cada passo, a cada lágrima, o ódio se alimentava de mim. Como dito, conforme as cenas guardadas em cada lágrima que caía e desaparecia no capim, mais espaço havia em minha mente e coração para que o ódio tomasse conta. Aquele ser desprezível que me deixou daquele estado, estava longe, no pensamento de acreditar que estava morta.
E aqui estou eu, uma mulher de apenas 20 anos, cabelos escuros como o ódio que me fluía em mim, olhos azuis claros, pele parda, uma estrutura corporal apta para a minha idade, 68 metros de altura. Uma mulher bem atrativa.
O que virá depois do ódio ? - Eu não sei, mas posso dizer que, serei a munição e a execução.
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Boa Leitura Terráqueos. 🍒