Com a bola Toda - Conto Bosto...

By autoracinthiabasso

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Dayane Santos viu sua vida mudar quando a oportunidade de trabalhar em Boston caiu do céu, mostrando que era... More

SINOPSE
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
FINAL

Capítulo 1

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By autoracinthiabasso

Esse será um conto, então será bem curtinho viu gente! <3

Eu estava um pouco travada nele, por causa da personalidade maluca da Day, mas espero que tenha ficado legal esse primeiro capítulo! 

Um beijo e até mais!! 


Triplo duplo: Ocorre o triplo-duplo no basquete quando um jogador registra dígitos duplos em três estatísticas diferentes durante uma partida. Por exemplo: 12 pontos, 13 rebotes e 10 assistências.


Kyrie

- Puta que pariu! Que mulher é aquela?

Perguntei para um dos caras do time que assim que olhou na direção em que eu olhava, parou no lugar e ficou embasbacado assim como o trouxa aqui.

Morenas eram mesmo minha tentação e merda, aquela ali parecia ser a rainha das maravilhas no meu campo de visão.

Estávamos no intervalo do terceiro quarto do jogo e eu só conseguia desejar que acabasse logo e eu pudesse saber ao menos o seu nome. Odiava ir embora pra casa sozinho e ali, eu via uma oportunidade de matar dois coelhos com uma cajadada só.

E que cajadada!

Malandro!

Pena que assim que terminamos o jogo, foi praticamente impossível fugir da imprensa e quando eu olhei na direção em que ela estava, vi que um dos caras do outro time conversava com ela e não parecia estar acabando.

Talvez não fosse mesmo meu dia.

Não tava animado por perder e por mais que eu não quisesse, um jogo perdido sempre afetava o meu humor de maneira colossal e eu me tornava um ogro dos piores.

Nem os caras do time costumavam aguentar minhas merdas, quem dirá uma pessoa que nem me conhecia direito.

- Não deu certo com a gata?

- Ah ela tava trabalhando na hora em que olhei, deixei quieto – Olhei pro Derek, dando de ombros logo em seguida, sem ter mais o que dizer.

Não fazia grande caso de coisas como essas.

Nem mesmo tinha chegado perto dela... Sabia que não seria recusado, mas com o término do jogo, minha cabeça pensava era na próxima rodada e como seria meu desempenho nela.

- Têm umas repórteres que puta que pariu! Fica difícil ignorar, difícil demais!

Eu odiava que as pessoas pensassem que só ficávamos com modelos, quando a verdade era literalmente outra. Elas que colavam e não desgrudavam mais, era um saco, ficavam perturbando a gente em qualquer lugar que nos encontrassem. Talvez por termos altura suficiente para que elas usassem salto sem nem chegar perto da nossa testa, ou sei lá, só sabia que nem tudo era o que parecia.

Nem toda foto era verdade.

E nem toda história contada pela mídia havia realmente acontecido.

Despedi-me com um aceno dele e dos caras e segui até o estacionamento, querendo ir embora e descansar para o treino de amanhã. Depois de uma derrota, nós treinávamos o dobro e meu corpo praticamente era levado à exaustão, enquanto eu via os pontos positivos em exigir tanto assim dele.

A morena não abandonou os meus pensamentos e era como se ela tivesse se infiltrado em cada maldito poro do meu corpo. O que definitivamente eu não queria.

Preferia viver aproveitando do que ficar rastejando por mulher.

Assim que entrei em casa fui brindado pelo silêncio e o alívio tomou posse de mim. Tirei os tênis, joguei em qualquer canto e me deixei cair no sofá, respirando fundo e sentindo todos os meus músculos relaxarem por estar finalmente sem fazer nada.

Fiquei repassando algumas jogadas na minha cabeça e imaginando como eu poderia melhorá-las, para que no próximo, tudo mudasse e nossas estratégias não fossem assim tão claras. Tendo em consciência que os jogadores do Globe eram realmente muito bons e a sintonia deles em quadra melhor ainda. Tão coordenados, que não perdiam a posse de bola com facilidade. Sabia que eles estavam se encaminhando para a vitória esse ano novamente e eu era um cara que entendia que o melhor vencia, mas procurava evoluir sempre, ao invés de chorar como um idiota.

O time com o qual estávamos disputando os play offs não era assim tão bom, mas uma hora ou outra teríamos que tentar passar pelo atual campeão.

- Alguma coisa, senhor?

Uma das empregadas me perguntou, mas eu respondi negativamente.

Só queria descansar. Mais nada.

O desejo completamente esquecido na minha mente, mas a consciência de que assim que eu visse aquela mulher de novo, ele voltaria com força, era uma realidade bem latente.

********

Dayane

Diane achava que eu não devia investir, mas meu pressentimento dizia que eu devia cair de cabeça e torcer para não me afogar. Pelo menos depois eu teria uma boa história para contar, em como conheci a Anaconda de um dos jogadores da liga.

E que história!

Se eles fossem tão bem-dotados e fodas quanto pareciam, eu teria um trabalho e tanto.

Por que me arrepender de algo assim? Com certeza não valia a pena.

Assim que ele entrou em quadra para o segundo jogo dos sete, meus pelos se arrepiaram e Josh Currey ficou totalmente esquecido na minha mente fértil. Kyrie era um cara imponente e nunca tinha dado tanta bola pra ele, mas olhando de perto, era bem melhor com aquelas trancinhas maravilhosas, que deviam ser perfeitas para puxar bem na hora...

Imagens nada decentes rodaram pela minha imaginação e tive que piscar várias vezes para conseguir continuar.

Graças a Deus minha amiga não estava cobrindo esse jogo também, senão era bem capaz de implicar com a minha vontade de conversar com o homem. Não me parecia tão absurdo, ela estava conversando com o Johnson e eu podia conversar com um deles também, não podia? Leonard não era casado e isso era um sinal claro de que eu poderia investir pesado nele.

Dessa vez eu o entrevistaria.

Era meu trabalho, não uma tentativa idiota de chamar atenção. Certo que seria ótimo poder olhá-lo mais de perto e ouvir sua voz, vozes grossas mexiam comigo, enfim, seria maravilhoso. Se tivesse voz fina eu poderia até dar um desconto, porque o tanquinho que devia existir debaixo daquele uniforme com certeza valeria a pena.

Assim que o barulho de fim de jogo soou, eu jurava que o microfone na minha mão escorregava com a minha transpiração. Precisava me lembrar de usar luvas na próxima, senão era bem capaz que ele notasse o quanto eu estava nervosa.

Só um pouco. Pouquíssimo.

- Boa noite, se sente confiante em relação aos play offs? – Forcei-me a perguntar assim que ele se aproximou de mim e parou, me olhando profundamente, como se estivesse tentando me hipnotizar com aqueles olhos do mal e corpo mais quente que o pecado.

- Estamos nos esforçando e buscando uma excelente classificação.

Sorriu de canto.

Eu provavelmente derreti de fascínio no mesmo instante.

Quando imaginaria que trancinhas combinadas com um sorriso matador seria tão sacana?
Por um momento minha mente se esqueceu das próximas perguntas e se eu estivesse babando por causa dele, não seria uma surpresa.

- Como se sente prestes a quebrar o recorde de triplo-duplo* depois de tanto tempo sem nenhum jogador sequer chegar perto dessa possibilidade?

- Nós damos duro pra isso. – Ele disse e deu com os ombros, não dando muita bola para a sua possível quebra de recorde.

Esses homens literalmente sabiam do que eram capazes e não se espantavam quando o conseguiam.

Eu tinha feito apenas duas perguntas, mas com ele tão próximo de mim, parecia que várias horas haviam passado e que a minha falta de palavras era apenas um efeito da sua presença marcante.

Como era possível?

- O que espera do terceiro jogo?

- Espero me sair bem, sem contratempos, sem bolas perdidas e com a concentração máxima exatamente onde ela deve estar.

Seu olhar percorreu meu corpo em uma análise lenta e tudo em mim havia virado manteiga.

- Obrigada pelas respostas. – Agradeci e me virei para a câmera encerrando a entrevista. Sentindo a sua presença ainda próxima à mim e me perguntando o motivo para ele não ter dado no pé assim que encerramos.

- Não por isso, Dayane. Brasileira? - Ele falou meu nome, logo depois de olhar o crachá, assim que me virei e meu corpo inteiro se arrepiou. Aquele sotaque combinado com a pronúncia lenta, tinha me deixado no chão.

Mais amassada que paçoca em mão de criança.

Respirei fundo, respondendo à sua pergunta. – Sim.

Kyrie piscou e pegou a água que um homem da equipe deu, seguindo para o vestiário. Me deixando meio besta, parada, sem saber o que tinha acontecido.

Quando cheguei no apartamento, ainda sentia o efeito da surpresa correndo pelo meu corpo, sorrindo sozinha como uma idiota.

Deitei e dormi depois de um bom tempo, com um homem imponente permeando meus sonhos mais molhados.

*****

– Você. Beijou. Um. Dos. Caras. Mais. Sexys. Da. Liga! Se isso tivesse acontecido comigo, Johnson ia ver como é que uma brasileira faz farofa, ah, se veria!

Como ela falava aquilo com aquela calma?

Se fosse eu no lugar dela nem estaria em casa perdendo tempo, aproveitaria muito mais em várias posições, suando bicas enquanto sentia o nirvana.

Diane era mesmo meu completo contrário. Senhor, como era!

– Quem sabe você ainda conheça algum jogador. Têm vários times e muitos homens. Definitivamente, muitos homens!

Com certeza. Kyrie era a prova. Uma prova extremamente pegável.

– Sabe que tem mesmo? No último jogo eu entrevistei um que minha nossa! Deu até um tremelique em mim! Ele ficou me olhando e parecia que prestava atenção nos meus lábios se movendo; quase que pulei no colo dele por isso!

– Quem era?

Ela perguntou interessada, mas eu tinha certeza que era só pra pesquisar sobre o infeliz e ver se eu realmente tinha uma chance com ele.

Ela era meio maluca por controle e longe de mim julgar, mas eu preferia viver de acordo com as oportunidades e lamentar só depois.

– Kyrie Leonard.

Eu praticamente suspirei o nome dele e devia estar com mais cara de tapada do que eu costumava ter.

– Não tinha um nome pior não?

O que Di estava falando? Ela nem tinha que gostar de nada!

Na minha opinião, claro.

– Eu gostei!

Tinha gostado do nome, dos olhos, das trancinhas, da altura, de tudo. Ele devia ter um defeito muito ruim para compensar todas essas qualidades aos meus olhos.

– Como ele é, Day?

– Lindo! – Nem pensei quando respondi. Era verdade.

– Mas lindo como?

– Ah, ele é moreno, alto pra caramba e com umas trancinhas no cabelo que dá vontade de puxar! Ah, como eu queria puxar as trancinhas dele! Você não as acha sexy? Eu acho! Cabelos afros com elas ganham um estilo bem único! – meus olhos com certeza estavam brilhando.

– Sabia!

– Ele é realmente muito fofo!

– Imagino!

– Eu terminei a entrevista e ele me perguntou se eu sou brasileira, acredita? Acertou na mosca! Fiquei até mais mexida com isso! – Não sabia o que tinha mexido mais comigo, mas com certeza meu nome na sua boca e ele perguntando se eu era brasileira estava ali na briga pelo primeiro lugar.

– É fácil perceber Day!

– Por que? - perguntei confusa.

– Temos um sotaque estranho e eles não.

– Você sabe tudo! - Essa viada sabia mesmo das coisas!

Depois que ela tentou inutilmente focar em mim, eu voltei o assunto para ela. Porque ao invés da minha história que não tinha nada quente, a dela estava era pegando fogo, no início de algo que viria a ser um verdadeiro incêndio de paixão.

Eu era boa em saber das coisas nessa parte e percebia que ela já tinha perdido a luta antes mesmo de imaginar que estava no ringue.

– Já está falando com ele?

– Sim.

– Então ele deu mais sorte do que eu imaginava! – Falei a verdade, porque Johnson teve uma sorte do caramba, Diane não beijava qualquer um e muito menos passava o número assim, fácil.

Não me lembrava nem da última vez que ela tinha contado que saiu com alguém.

Quem dirá conversado.

– Claro que não! Só não quero ser arrogante, como sempre julguei que ele fosse!

– Se prefere acreditar assim, fica a sua total responsabilidade.

– O que quis dizer com isso? – Ela sabia exatamente o que eu queria dizer.

– Você está sendo covarde e sabe disso. Assume logo que quer o homem e aceita que a felicidade pode não passar duas vezes... Se querer continuar vivendo assim é a sua meta, só tenho algo a dizer: está fazendo certo! Vá em frente e se afunde, mas tome cuidado para não levar mais ninguém com você no processo.

E era mesmo o que eu pensava. Mesmo soando ofensivo, aquela verdade não tinha nada de ofensiva.

Era apenas uma verdade.

Eu sabia e minha amiga sabia também.

Por que não aproveitar a oportunidade quando se tinha uma?

Eu se fosse ela não pensaria duas vezes.

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