Two ways to lie *Concluida*

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Harry e Julieta odeiam-se tanto que não conseguem dar dois passos sem se tentarem matar ou sabotar. O que nen... More

Prólogo
Capitulo 1 "Voltar para a casa dos meus pais era o que queria dizer. .."
Capítulo 2 "Será que ele está a namoriscar comigo? "
Capítulo 3 "Bibbidi-Bobbidi-Boo Harry, desejo concedido."
Capítulo 4 "Se quer o seu computador de volta é melhor vir comigo"
Capítulo 5 "Costuma levar as estagiárias a casa?"
Capítulo 6 "Esta é a namorada do Harry?"
Capítulo 7 "Depois de hoje só me apetece ficar bêbada"
Capítulo 8 "Bateste-me no rabo?"
Capítulo 9 "Ainda bem que és tão inteligente dolcezza"
Capítulo 10 "Não consigo chorar"
Capítulo 11 "Essas calças são altamente inadequadas."
Capítulo 12 "Debaixo dos lençóis da minha cama"
Capítulo 13 "Vou lembrar-me disso quando tiver oitenta anos"
Capítulo 14 "Mentes de duas maneiras diferentes"
Capítulo 15 "Tanta má sorte não pode ser verdade"
Capítulo 16 "Não sejas um idiota por favor."
Capítulo 17 "Quero ficar contigo"
Capítulo 18 "Vou fingir que não estava na cama"
Capítulo 19 "E as cuecas? "
Capítulo 20 "Esquerda ou direita?"
Capítulo 21 "O problema é seu, o tempo está a contar"
Capítulo 22 "O que é que a camisa de Mr.Pella está a fazer na tua secretária?"
Capítulo 23 "Estou a ter uma crise existencial"
Capítulo 24 "Agora acho que me estás a provocar."
Capítulo 26 "Não te ataquei...William"
Capítulo 27 "Estou sozinha outra vez"
Capítulo 28 "Fala-me dele"
Capítulo 29 "Queres subir?"
Capítulo 30 "És muito mandão"
Capítulo 31 "Estou a ter uma conversa com o Dr.Styles"
Capítulo 32 "Descobriste o meu sinal?"
Capítulo 33 "Eu só achei que... podia ser eu?"
Capítulo 34 "Espero que te lembres disso, disso e da noite passada"
Capítulo 35 "Ele faz-te sentir como eu fazia?"
Capítulo 36 "Julieta Cross, 23 anos, é estagiária aqui"
Capítulo 37 " A cadeira de couro do escritório do chefe dela"
Capítulo 38 "Diz-lhe a verdade, ou digo eu"
Capítulo 39 "Sabes quem é que também estava assustada? "
Capítulo 40 "Dói?"
Capítulo 41 "Tenho vinte e cinco anos. Consigo lidar com isto."
Capítulo 42 "Julieta e Romeu não morrem neste livro"
Capítulo 43 "Porque gosto de ti Julieta"
Capítulo 44 "Bela cor de verniz... os teus sapatos?"
Capítulo 45 "Como é que ela consegue confiar nele?"
Capítulo 46 "Posso só dizer o quão furioso estou?"
Capítulo 47 "Achas que a tua mãe me pode enviar esse vídeo?"
Capítulo 48 "A situação é tão ridícula que me dá vontade de rir"
Capítulo 49 "Eu vim comprar porcelanas."
Capítulo 50 "Ouviu a nossa conversa?"
Capítulo 51 "Eu sei que tu e o Mr.Pella tiveram um caso"
Capítulo 52 "Vais te embora?"
Capítulo 53 "Não há terceiras chances para um amor como o nosso"
Capítulo 54 "...duas maneiras de mentir"
Breve explicação

Capítulo 25 "Então alguém recuperou a memória"

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Link da playlist no link externo e na minha bio. Pergunta de hoje: Alguém já mudou de equipa?



A viagem de elevador é incrivelmente lenta e quando as portas se abrem ele desaparece como um foguete para dentro do seu escritório. Lentamente sento-me na minha cadeira e poiso a cabeça sobre mesa. O que é que ando a fazer á minha vida? Como é que me deixei chegar a este ponto? Quem sou eu que leva este homem para dentro de casa e o cobiça nas horas vagas? Estou metida num sarilho gigante!

-Estás bem?- Endireito a cabeça sem a levantar e olho para Samuel.

-Sou um desastre, uma calamidade! Não acerto nunca.

-Seja o que for passa-lhe, ele não fica muito tempo zangado.

Mas não lhe vai passar, porque a mim também não, porque estou confusa com estes sentimentos, deveres e obrigações, uma parte da minha mente e do meu corpo recorda-me constantemente o Harry desde que lhe pus a vista em cima há quase dois meses, e outra parte de mim sente-se elétrica de cada vez que discuto com Mr.Dono da razão. Parece que aquilo que faço melhor é puxar o lado menos pacifico das pessoas e transforma-las em algo que talvez nem fosse.

-Para além disso desde que chegaste ele grita muito menos, talvez tenha sido disto que todos precisávamos, uma ajuda extra, não deixes que o que ele te diz te faça pensar o contrário, andamos todos muito mais felizes.

Rio-me. Claro, toda a gente anda mais feliz á custa da confusão que estou a fazer na minha cabeça. Como é que é suposto daqui a quatro meses ir apresentar uma ideia a um painel de executivos e olhar para a cara deste que trabalha comigo e que me rasga as meias?

-Obrigada Samuel.

Ele sorri e dou-me por vencida. Felizmente trouxe as minhas coisas antes de sair e não preciso de voltar a ir ali dentro. Estou num péssimo humor e provavelmente é pela falta de comida, digo a Samuel que vou buscar comida e ele acena com a cabeça. O ar fresco faz-me bem e quando finalmente pego na minha comida e me sento num canto de um restaurante pequeno e acolhedor o cansaço abate-se sobre mim, passei o fim de semana a trabalhar e agora sinto-me exausta ainda para mais depois de me ter lembrado da porcaria que fiz quando não estava no meu mais perfeito estado consciente.

William...

Oh que vergonha!

Tapo a cara com as mãos e inclino-me para o sumo de laranja que me refresca e me deixa menos quente. Quando acabo e volto a entrar Samuel aponta para a minha secretária.

-Podes rever esses papeis e depois enviá-los de novo lá para dentro?

Aceno com a cabeça e reparo que tenho mais de oitenta páginas para rever. Reviro os olhos, claro que ele ia fazer uma coisa destas ele adora dar-me trabalho até eu não ser capaz de me aguentar acordada. Pego num marcador e começo a sublinhar aquilo que está mal e não devia chegar ás mãos do senhor perfecionistas, passo a lápis o que devia ser escrito e quando vou na página quareta Samuel levanta-se.

-Vou-me embora, se quiseres deixar isso para amanhã.

Encolho os ombros.

-Estou a pensar em faltar amanhã. - Digo na brincadeira...ou talvez não.

Talvez me devesse despedir...isto nem sequer é um trabalho a sério quem é que quero enganar?

-Não sejas tão dramática, esse papel é meu.

Ele veste o casaco e depois vem até mim com a mão no ar, bato na dele e depois sorri-me como quem me dá esperança de um dia melhor amanhã. Quando tinha testes muito importantes visualiza-me á mesma hora, mas no dia seguinte, dizendo a mim mesma que por essa altura já teria passado. Fico sozinha durante o que parece uma eternidade, oiço-o fazer barulho e depois as luzes dele apagam-se, ele sai para fora e parece surpreendido quando me vê. Vai evitar-me como tem feito durante desde saímos do elevador? Quer dizer uma parte de mim agradece mas outra tem esta impressão no peito, de que algo não está certo.

-Pensei que tinha ido embora.

Levanto os pepeis.

-Claramente deu-me trabalho para terminar.

O casaco dele vai parar á mesa de Sam e ele tira-me os papeis da mão atirando-os para a outra ponta da minha secretária. Os seus movimentos são brutos e viro-me para ele ainda sentada na cadeira.

-Eu não aguento essa atitude de merda durante mais tempo por isso pode parar.

O seu rosto está contorcido em raiva e reparo que é isto que ele tem tentado evitar o dia inteiro, um confronto comigo. Eu descontrolo-o e ele detesta. Bom eu detesto o seu tom de voz altivo e a maneira como me sinto atraída por ele, por isso aparentemente estamos quites.

-Não é uma atitude de merda.- Digo-lhe levantando-me.- Sabe o que é que é uma atitude de merda?

Ele revira os olhos e estende as mãos num movimento que grita "explica-te lá", e bom, eu sou eu, impulsiva e raivosa com a maneira como ele disse que a minha atitude era uma merda. As minhas mãos voam para a sua cara e os meus lábios chocam nos dele, é uma explosão dentro de mim, o meu estomago contrai-se e as suas mãos voam para as minhas costas quando ele abre a boca e me incita a fazer o mesmo. Mr.Pella vira-nos e anda comigo até á parede fria de tijolo, a sua língua é tudo o que prometia ser e enquanto uma mão desce até ao meu traseiro a outra segura-me a cabeça no sitio, sinto os seus dedos no meu cabelo e deixo que os meus lhe façam o mesmo sentido os pequenos fio que se encaracolam nas pontas. Os dedos dele apertam-me e não quero parar de o beijar pois isso significaria ter que pensar no que estou a fazer. Ele puxa-me e senta-se na cadeira de Sam sem nunca deixar de me beijar, empurra-me para cima dele e fico sentada por cima do corpo rijo dele. Ele afasta-se para olhar para mim e sinto as suas mãos percorrem as minhas pernas.

-Essa foi uma atitude mesmo merdosa.- Ele diz e fico calada. O que é que estou a fazer? Ele não me dá tempo para pensar quando me volta a puxar e os lábios dele consomem os meus. Estou tão focada nisto que quando a o elevador faz barulho não oiço.

-Alguém? - A voz do segurança faz-me arregalar os olhos e conforma Pella força a cadeira para o corredor para ficarmos fora da vista do segurança um dos botões do meu casaco salta para o chão. Reviro os olhos á qualidade dos malditos casacos de malha.

-Shh.- Mr.Pella diz-me e penso na maneira como estamos neste momento, se fossemos apanhados agora eu estava feita, um bife na grelha pronto a ser devorado pelo pessoal que me escreveria a carta de despedimento.

O segurança desliga a luz e quando o oiço o elevador fechar-se todo o ar que estava acumulado nos meus pulmões foge, desabo sobre ele e sinto as mãos grandes passarem-me nas costas em círculos gentis. Porque é que da única vez em que tomo a iniciativa me acontece uma coisa destas?

Meto as mãos nos ombros dele e endireito-me, Pella levanta-se e passa as mãos pelo cabelo que agora está um completo desalinho. E agora o que é que digo? O que é que faço? Será que pareço uma criança de dois anos com demasiadas perguntas? Talvez.

-Então alguém recuperou a memória. - Ele diz-me enquanto desliga o meu computador e apanha as folhas que me tirou da mão. Estende-mas e começo a arrumar a minha mala em silencio absoluto.

-Sabe sinto-me bastante embaraçada por lhe ter saltado para cima, por isso se pudéssemos não falar seria ótimo, na verdade se pudéssemos esquecer esta parte do dia seria ainda melhor.

Visto o casaco e agarro na mala, tenho os papeis ao peito e vou até á porta das escadas na esperança que ele entenda que me enganei, que ele me estava a provocar e queria mostrar-lhe que podia ser muito, muito pior. No entanto ele vem atrás de mim.

-Eu não me esqueço das coisas.

Os meus sapatos fazem um barulho alto e quando passo a porta para dá para o átrio espero que ele não ache que me estou a aproveitar da boleia dele, não que eu fosse fazer isso mas os homens tem esta tendência de achar que se porque se nos descontrolamos durante vinte segundos queremos logo casar. Abro a porta da garagem e ele segue atrás de mim.

-Eu esqueço, e é muito embaraçoso pensar nisso.

-Porquê? És muito mais divertida quando não estás a levantar essas barreiras todas.

Paro e viro-me para ele.

-Eu disse alguma coisa?- O meu coração está a ter uma corrida com um carro supersónico.- Alguma coisa estranha? Ou alguma coisa horrível?

Ele abana a cabeça e abre a porta do carro dele, o mesmo carro preto e alto onde me aninhei da primeira vez. Depois fecha a porta e cruza os braços. Se eu lhe disse...como é que ele ainda não está horrorizado?

-O que é isso de que tens tanto medo?

Não disse! Graças a Deus o meu eu bêbado tem tanto medo como o meu eu sóbrio.

-Nada, as pessoas dizem coisas estranhas quando estão sob o efeito da bebida. Vou para casa, amanhã podemos voltar a tratarmos por você, não é?

Ele revira os olhos.

-Achas que me vou esquecer que me beijaste só porque estás arrependida?

-Sim, sim acho, para além disso o profissional és tu, e isto é tremendamente errado, até a minha avó que não fala inglês sabe isso.

William sorri, um sorriso fingido que me faz querer dar-lhe um pontapé no meio das pernas.

-Mulher sábia a tua avó, mas eu quebrei as regras primeiro por isso...

Ele encolhe os ombros e entra no carro. Suspiro e avanço para o meu carro, abro a porta e sento-me, é uma questão de minutos até estar a sorrir como uma idiota. Também estou cheia de medo do que isto pode significar, mas uma parte de mim está a sentir-se muito viva, quase tão viva como antes. Parada num semáforo dou-me os parabéns. Nunca ninguém chafurdou numa poça de porcaria tão funda como eu.

Atiro a chave de parafusos ao chão e grito em frustração. Estas estantes do Ikea são demónio e não há maneira no inferno de eu conseguir montar isto, procuro na internet maneiras de colar as peças e quando todas as páginas me remetem para a site que recomenda os serviços da empresa ou para as peças de sobresselentes começo a olhar para o rolo de fita cola preto que tenho na bancada da cozinha.

-Só estou zangada porque o beijei.- Digo a mim mesma.- Ótimo e agora estou a falar sozinha!

Sento-me no sofá e faço a ultima coisa que pensei fazer, ligo a Jam que atende rápido demais para o meu gosto, geralmente só quando ligo a segunda vez é que isto funciona.

-Julls, como é que estás?

Como é que estou? Bom sinto-me enterrada até ao pescoço e tenho uma comichão em todo o lado, acho que tenho alergia a mim mesma.

-Sabes quando deixo o meu "eu" culto e recatado de lado e faço asneiras, muitas asneiras?

-Sim, da ultima vez que isso aconteceu tu...

-Bom ok, então beijei o meu chefe, tipo atirei-me para cima dele e disse-lhe "já lhe digo o que é que é uma atitude merdosa" e beijei-o.

O silencio do outro lado da linha é tao alto que penso em tapar os ouvidos.

-Estás bem?

-Não, merda claro que não! E sabes uma coisa? Fiquei ligeiramente tocada na sexta feira e sabes aquela amnésia que tenho quando bebo? Bom hoje quando estava a ser uma idiota no trabalho lembrei-me que quem me trouxe a casa não foi a pessoa com que sai, foi ele, ele trouxe-me, rasgou-me a meia e beijou o joelho e...

-Beijou-te o joelho.

-Na verdade a pele ao lado do joelho.

-Oh li na cosmopolitan que essa é uma zona erógena, não é ele que é podre de bom? Isso pode ter grandes chances...

-Ele está a avaliar-me percebes? Como é que posso beijá-lo num dia e esperar que seja imparcial no dia a seguir?

Ela fica em silencio.

-Porque é que achas que ele não consegue separar as duas coisas?

-Beijar-me e ser um idiota no trabalho? Claro que não consegue mas não interessa, foi um erro, um erro terrivel que não vai voltar a acontecer.

-Vai sim.

-Não vai.

-Vai sim.

-Não vai.

-Vai sim.

Ficamos as duas caladas.

-Vais chorar?- Ela pergunta-me.- Já se passaram quase dois anos desde a ultima vez que choraste, se calhar está na hora.

-Não me parece.- Geralmente preciso de me sabotar para chorar, tipo magoar-me, ou alguém magoar-me ou esmagarem-me o coração rijo que tenho.

-Se precisares que te belisque...

-Sabes que não estamos uma ao lado da outra, não é? Estás com o meu irmão?

Oiço-a deitar-se e depois ela ri-se.

-História engraçada, o teu irmão ofereceu-se para ir passear o cão do nosso vizinho de cima e agora. - Aposto que se está a chegar a uma janela. - Está lá em baixo a testar o melhor ângulo para apanhar cocó do cão.

-Ele não é bom a matemática. - Digo-lhe.

-Se ele se sujar naquilo, juro que não lhe abro a porta.

-Eu faria o mesmo.

Agarro no rolo de fita cola grosso e penso que se não faço isto pelas vias normais, faço-o de outra forma qualquer, consigo sempre.

-E então o que é que vais fazer quanto ao teu chefe jeitoso?

-Ignora-lo? Porque na verdade ele fez o mesmo.

-Não, tu esqueceste-te de que ele tinha estado contigo, ele não fez o mesmo.

Penso nisso durante alguns segundos.

-E se eu lhe desse com alguma coisa na cabeça e ele perdesse a memória?

-Não, nem pensar, se fizeres isso e esta chamada estiver a ser gravada vou ser considerada cúmplice, pensa noutra coisa.

Encolho os ombros.

-Tudo bem Jam, podes ir comer algumas bolachas com recheio que eu vou montar uma estante do Ikea com fita cola.

-Fazer troça do meu nome não é engraçado, porque se for assim vais morrer sabes? A Julieta foi burra e morreu por causa de um rapaz!

-Tudo bem, já percebi, adoro-te.

-E eu a ti, liga-me quando tiveres um update maior nessa história, sabes que detesto saber das coisas aos poucos.

-Okay.

Desligo e depois começo a esticar a fita. Os pais da Jammy conheceram-se num concurso de geleia por isso é que o nome dela é literalmente esse, geleia. É um docinho de morango muito ácida, mas que de alguma maneira percebe-me, mesmo quando nem eu me estou a entender. Junto dois pedaços de madeira e isolo-os com fita cola preta e feia, não tenho a certeza se os meus livros vão ficar bem aqui, mas pelo menos não vou esmagar um dedo a tentar.

Depois do jantar decido que estou exausta pelo resto do dia, pronta para dormir e deixar este dia me seja lavada da alma.

-Este filme é ridículo.- Harry diz e esfrego os pés debaixo das pernas dele. Estamos no sofá á frente da cama dele a olhar para o ecrã do computador.

-Não, não é por amor de Deus!- Levanto as pernas e agarro-as.

-Se eu fosse um deles teria pelo menos metido as gémeas horríveis a dormir, e talvez depois pensassem em fazer-me passar por elas.

-Eles são génios, este filme é arte entendes? Vais ver no final quando eles desfilarem com elas.

Digo empolgada e ele puxa-me de repente para o peito dele. A sua mão insinua-se por debaixo da minha camisola e tento na rir quando sentada de frente para ele tento torcer a cabeça para olhar para o filme.

-Estás mesmo a olhar para duas loiras falsas em vez de olhares para mim.

-Quando estávamos a ver aquele filme de ação horrível eu não te distrai, pois não? Au!- Ele belisca-me o mamilo e bato-lhe no ombro. Viro-me ele e tiro a mão de dentro da minha camisola.

-Isso foi um golpe baixo.

Ele sorri.

-Eu sei.

-Sabes? - Pergunto e ergo-me ligeiramente metendo o joelho em cima da virilha dele, estou a segurar o peso, mas quando ele arregala os olhos em compreensão forço-o para baixo.

-Okay já entendi. - Faço só um bocadinho mais de força. - Merda desculpa não vou fazer mais.

Saio de cima dele.

-Não é que não possas fazer, só não o faças quando não estou preparada.

-E quando é que estás preparada?

-Quando...- Inclino cabeça a pensar e depois aproximo-me do ouvido dele.- Quando me provocas e eu fico maluca e qualquer coisa é boa.

-Tu és muito, muito tarada por debaixo desse sorriso ingénuo.

Encolho os ombros, a culpa é dele. Deito-me e ele avança para cima de mim, a sua cabeça está enterrada no meu pescoço e ele lambe a pele de forma provocadora o que me faz querer esfregar contra ele.

-És tão boa.- Ele murmura, no entanto quando levanta a cabeça não é ele quem eu vejo. Não são os olhes verdes que me fitam, estes são safiras azuis que me olham de uma forma abrasadora e me assustam.

Merda!

Acordo a transpirar. Isto é alguma espécie de teste? Esfrego a cara depois deixo-me cair de novo na cama a olhar para as sombras da luz lá fora no teto. Estou pronta para deixar o passado ir?

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