Fiquei alguns minutos olhando para o celular e meio que pensando no que fazer.
— Acho que já vou indo amor. — disse Jongin, me puxando para um beijo sedento — Amanhã eu volto aqui, quero ter direito a rapidinha no chuveiro duas vezes. — ele deu um tapa na minha bunda e saiu.
Não deu meio minuto e meu celular começou a apitar.
"Ele já foi?"
"Sim, inferno, pode vir".
Eu mal enviei e Chanyeol já estava entrando na minha casa.
Eu nunca entendi porquê ele se sente tão de casa assim.
— Tava um saco ficar lá fora, eu disse pra aquietar o cu, caramba!
— Eu nem tava transando mais, não entrou porque ficou de birra. Mas enfim, sobre o que é o trabalho?
— Literatura, uma linha do tempo desde a primeira carta escrita até o último livro lançado que lemos e ressaltando alguns pontos. — falou jogando sua mochila no chão e seu corpo no meu sofá — Qual foi o último livro que leu?
— Hm... Matando borboletas, na semana passada.
— Sério mesmo? Eu achei que você nem lia nada.
— Imbecil! — dei um tapa tão forte em seu braço que até minha mão doeu — Vamos pra cozinha, eu to com fome e você vai cozinhar.
— Quem disse?
— Eu tô dizendo, vamos.
Chanyeol deu de ombros e fomos para cozinha para ele preparar o jantar, afinal já eram sete horas da noite.
Sentei no balcão e fiquei olhando ele cortar os temperos e preparar o bulgolgi, parando vez ou outra para olhar o telefone.
— O que tem de tão importante no seu celular? Me dá aqui!
— Não, saí.
— Anda, me dá.
— Não, Baekhyun, saí fora. — ele me deu um tapa forte na coxa, que deixou sua mão enorme marcada nela todinha o que me fez revidar com um soco em sua barriga e começarmos um briga cheia de tapas até ele ouvir minha barriga roncar e rir – Deixa eu fazer a janta pra alimentar o seu monstrinho.
— Te odeio!
— Eu sei... Eu posso dormir aqui? Minha casa ta meio ocupada com uns amigos do meu pai.
— Não. Pede pro Kris.
— Ele não fala mais comigo.
— Pensei que fosse seu melhor amigo.
— É, eu também pensei. Mas aí ele comeu uma pessoa que eu tava afim e tals.
— Se você fosse gay até diria que foi eu. — disse irônico e ri, começando a comer antes mesmo dele servir.
— É, ainda bem que não é, senão minha vida seria um inferno, você dá pra todo mundo. — acho que ele não sabe brincar.
— É pois é...
— Posso ou não?
— O quê?
— Dormir aqui, caralho!
— No sofá.
— Ta bom.
Ele não ficou em silêncio nem cinco minutos antes de começar de novo.
— Baek...
— Não!
— Mas você nem...
— Não!
— Uma rapidinha! — falou meio rindo.
— Não!
— Uma chupadinha! — acho que nem era o que ele queria, mas ele adora me irritar.
— Vai à merda!
— Uma esfregada!
— Vai pro inferno!
— Se você transar comigo lá.
— Nem se o demônio me esquartejar.
— Chato!
— Imbecil!
— Anão de jardim!
— Yoda!
— Tá, não quero começar de novo, quero tomar um banho e fazer esse trabalho logo.
— Tá. — dei outro tapa em seu braço e desci do balcão — terceira porta à direita é o banheiro, vou te esperar aqui em baixo.
°•°•°•°•°•°
Fiquei atirado no sofá, mexendo no meu celular e trocando umas poucas mensagens com Jongin e Kyungsoo.
"Kyung o que ta fazendo?"
"Alguma coisa"
"Tá transando?"
"Não"
"Mas vai né?"
"Não é da tua conta"
"Por que você é assim tão mau?"
"Hein"
"Hein"
"Hein"
"Não reclama, eu sou um ótimo amigo e posso deixar de ser rapidinho, então shhhhhh"
Kyungsoo era um dos poucos amigos que eu tinha, aparentemente eu não era uma pessoa nada legal e sociável, vai entender.
— Tá pronto pro trabalho? — ouvi a voz de Chanyeol e olhei pra trás o vendo apenas com uma calça de moletom e os cabelos encharcados pelo banho.
— Por que está assim? Veste uma roupa. — falo um pouco bravo por ver seu corpo seminu.
— Você está de blusa e cueca, por que eu não posso ficar assim?
— Eu tô em casa.
— Eu não tinha outra coisa pra vestir.
— Eu te dou!
— Não quero. — Chanyeol era muito birrento às vezes, ele sentou no chão e começou a pegar as coisas para o trabalho — Se não ficar me olhando não vão ser incômodo.
— N-não to olhando.
— Aham, vem fazer o trabalho logo.
°•°•°•°•°•°
Levou cerca de quatro horas pra que a gente entrasse em um consenso e começasse a fazer o trabalho direito.
Mesmo assim Chanyeol foi o que mais fez, deixando sua letrinha mais ou menos em toda a cartolina.
— Vou dormir, tchau. — disse pegando meu celular e voltando a digitar mensagens para Jongin, falando uma coisa safada aqui e outra ali.
Escovei meus dentes e fui deitar, me cobrindo por completo com as cobertas e voltando a falar coisas com Jongin.
"O que você tá fazendo agora, Baek?"
"O que queria que eu estivesse fazendo além de pensar em você?"
"Eu queria transar com você a noite toda como você tinha prometido, eu não consigo parar você imaginar você cavalgando em mim outra vez, acho que fico duro só com isso" — fala com o se a gente não trasse quase sempre nós último dois meses em que temos namorado.
"Eu prefiro de quatro, você vai com força e me faz gemer bem gostoso"
"Baek, eu to duro... Queria que me chupasse agora"
"Eu"
— Está tarde Baekhyun, vai dormir. — Chanyeol tirou o celular da minha mão e deixou na cômoda ao seu lado, deitando embaixo das cobertas comigo.
— O que tá fazendo aqui?
— Tu não me deu nem uma almofada pra dormir, então vim dormir aqui. — virou de costas pra mim.
— Mas eu não quero.
Chanyeol suspirou visivelmente irritado e virou pra mim, puxou meu corpo para seu peito e apertou com força.
— Dorme, Baekhyun.
— Aí, Chanyeol... Eu...
— Dorme Baekhyun!