O dia em que te conheci

By Lucylellis

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Dhália, uma mulher forte que trabalha em uma boate e tem um relacionamento enrolado com um amor de infância p... More

Prólogo
1- Vizinhos
2- Família
3- Amigos
4- Amor
5- Desastre
6- Surpresa
7- Descoberta
8- Por quê?
10- Matthew ( Bônus)
11- Decisão
12- Mr. Bonitão
13- Um belo jantar
14- Dor
15- E agora?
16- E o casamento?
17- O amor é cego

9- Despedida?

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By Lucylellis

- Dhália, Precisamos ir para Auburn! Papai está no hospital.

A partir do momento que minha tia cuspiu essas palavras para cima de mim eu simplesmente passo a ver tudo mais lento.

Enquanto ela arruma tudo que vá ser necessário para irmos para Auburn, eu apenas permaneço sem acreditar no rumo que minha vida está tomando.

Juliana corre por todos os lados e eu apenas me sento no sofá tentando acreditar.

Minha mão pousa em meu rosto, e as lágrimas caem sem nenhuma cerimônia.

Passo a mão entre meu cabelo e sinto o ar faltar.

Juliana já está com tudo pronto.

Ouço alguém bater à porta.

Levanto para atender.

- Dhália, deixa que eu...- faço um sinal com a mão para que ela pare de falar.

Dou um longo suspiro- Eu vou, Tia.

Ao abrir a porta vejo que é Christopher e Milos.

- Meu Deus! Dhália você está péssima.- diz Chris tentando me animar.

- O que estão fazendo aqui?- digo secamente.

- Eu os chamei.- minha tia explica.

Apenas concordo com a cabeça e pego um casaco maior para não sucumbir ao frio.

Sabe, eu não sei você mas eu estou desolada.

Se algo aconteceu com o meu avô, eu nunca vou me perdoar.

Espero que ele esteja bem.

Meu rosto se encontra inundado devido as lágrimas que não cessam em momento algum.

Chamo Juliana ao canto para tentar entender o motivo de Chris e Milos estarem aqui.

- Por que motivos eles estão aqui?- falo tentando controlar o choro.

- Dhália, nós sabemos que depois de Matthew, o Christopher é o seu pilar.- ela diz com um sorriso.

- Não é, e mesmo que seja, o Milos tá aqui por que?

- Ele é um grande amigo meu, e pode me dá folga.

- Sei.- falo com.uma risada em meio ao choro.

- Vamos, o papai vai estar bem quando chegarmos.- diz secando minhas lágrimas.

Descemos para a garagem e todos nós entramos no meu Honda CR-V preto.

Christopher sentou ao meu lado no banco de trás e Juh no motorista, com Milos no carona.

Após tantos soluços provenientes do meu choro eu me rendo ao cansaço e deixo Chris me fazer cafuné, adormeço em segundos, vendo apenas a cena de Juh e Milos brincando.

Esses dois formam um bom casal.

- Dhália, Dhália, acorda.- ouço uma voz ao fundo.

- Saí Juh, eu tô cansada.- falo enquanto afasto a mão que me cutuca.

- Não é a Juliana não, sua feiosa.- ele me faz cócegas- Vamos, chegamos à Auburn.

Acordo e me espreguiço.

- Não tivemos nem uma parada?- pergunto- Eu tô com fome.

- Tivemos!- diz Juh.

- E como eu não estava lá?- falo indignada.

- Deixamos você no carro, você não queria acordar.- diz Milos.

- Como assim, gente!? E se me sequestrassem?

- Iriam devolver em no máximo meia hora, de tão chata que você é.- diz Chris.

Respondo ele apenas dando língua e ele ri.

Saio do carro e encontro a casa de meu avô. Tantas lembranças.

Vou até a mala e tiro as poucas mochilas que Juh arrumou enquanto eu quase tinha um infarte.

Com os meninos arrumando todas as nossas coisas na casa, eu e minha tia fomos para o Mount Auburn Hospital.

Chegando ao estacionamento nós tememos o pior.


- O que será que aconteceu, tia? - pergunto apreensiva.

- Se acalme, as possibilidades são enormes, ele pode desde ter apenas caído e torcido algo, até quase estar indo pra junto de Lilian.

Uma única  lágrima de medo escorre pelo meu rosto.

- Tudo vai se resolver, querida.- ela segura forte a minha mão e seca minha lágrima.

Entro no hospital e percebo que é típico como todos os outros, branco, com pessoas de branco, bancadas e cadeiras.

Vou à recepção e pergunto por Franklin Smith.

- Quarto 16B.- diz a gentil senhora de cabelos grisalhos e olhos castanhos.

Subo as escadas o mais rápido que posso.

Meu coração parece que está na boca.

Paro em frente a porta do quarto, e espero.

Apenas espero.

- Vamos Dhália!- diz Juh abrindo a porta como um furacão.

Encontro meu avô dormindo, feito um anjo. Quem olha assim nem pensa que faz um macarrão com queijo horrível.

Juh pega o prontuário dele e lê em voz alta.

- Problema cardiovascular, hipertensão. O que isso significa? Ele tem algo no coração.

- Tem, hipertensão ue.- falo tentando entender.

- Pressão alta, então!? Mas... Por que motivos ele pararia no hospital por pressão alta?

O desespero começa a tomar conta de mim e eu apenas choro.

- Ai meu Deu Juh, será que ele vai morrer?- falo abraçando ela.

- Calma, mulher. Vamos esperar o médico.- ela me afasta.

- Não Juh, ele não pode morrer, mais um não. Por favor.

Enquanto eu chorava aos braços de minha tia, ela tentava se manter mais calma possível.

O médico entra, e não teve outra, pulo no colo dele chorando de desespero.

- Moço, me diz que ele tá bem. Ele não pode morrer.

- Senhorita...

- Por favor moço, por favor, não deixa ele morrer.- o interrompo.

- Senhorita, ele...

- Moço não. Eu amo meu avô.

- Ele está bem!- ele diz alto tentando me acalmar.

- Ah, bem... Então... Por quê o hospital?- sinto minhas bochechas ficarem vermelhas enquanto Juh segura o riso de minha cara.

- Ele teve um aumento de pressão, por pouco ele não ficou pior. Socorreram ele a tempo.

- Então...- diz minha tia.

- Ele vai ter apenas que tomar alguns remédios para a pressão e se manterá controlada.

- Obrigada Senhor Doyle.- dizemos em uníssono.

A minha vontade foi de enfiar minha cabeça no chão de tanta vergonha.

Amanhã o vovô vai ter alta, então eu e Juh decidimos que ela vai passar a noite aqui com ele e eu pego eles amanhã no hospital.

Chego em casa e vejo tudo arrumado.

- Muito bem meninos.- falo batendo palmas.

- Onde está a Juliana? - diz Milos.

- Vai passar a noite com o vovô, amanhã ela vem.

Vou direto tomar um banho e coloco um short jeans com uma blusa preta bem larga.

Sento ao lado de Chris no sofá.

- Achei que tivesse trabalhado essa madrugada.- pergunto mexendo em sua blusa do Star Wars.

- E fui, mas não poderia deixar você sozinha num momento desse.- ele me dá um sorriso.

Abraço ele e dou um longo suspiro.

- Ah Chris, não precisava.

- Precisava sim, uma hora você vai perceber, sua feiosa.

Dou um sorriso fraco enquanto ele me faz cafuné.

O dia todo se passou com eu, Christopher e Milos comendo pizza e vendo filme de ação.

Quando a noite cai, eu levo Chris para conhecer um pouco o lugar.

Levo ele para o parque em que eu brincava com Adyy e ao meu lugar preferido de Auburn, o meu esconderijo.

Sentamos lá durante a noite e eu me apoiei em seu ombro.

Nunca imaginei algo com Christopher, já ele, sempre me quis. Eu sempre fui apaixonada por Matthew, o que fazia ele esquecer qualquer tentativa, mas acho que ele largou isso de mão.

- Dhália, você é incrível. Uma amiga incrível, Matthew não te merece.- ele diz colocando a mão em meu rosto.

- Christopher...

Quando estava pronta a dizer algo, ele me interrompe com um beijo.

Um beijo terno, com paixão, delicado e totalmente diferente de todos os beijos que tive com Matthew.

O momento era dos melhores, sua língua pediu passagem e eu dei. Apenas me deixei levar pelo momento.

Ai não, o momento. Não posso enganar Christopher, eu preciso parar com isso agora.

- Que belo casal.- antes que eu pudesse findar o beijo, a voz grossa nos fez parar imediatamente.

Oi oi gente, tudo bem tudo bom?
Mais um capítulo postado, o bônus do Matthew eu vou tentar por mais pra frente.
Eu vou apresentar o Milos pra vocês, eu não achei exatamente como eu imagino mas procurei o mais perto dele.

Milos Villanueva

Bom pessoal, e esse beijo hein?
Quem será que interrompeu?
E o mico da Dhália, senhor.

Por hoje é isso gente, até o próximo capítulo.

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