The Orphans

By mendesteinf

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Hailee, Sammy e Nate, abandonados em um orfanato quando tinham apenas dois anos de idade. Trágico? E se eles... More

Always and forever.
You must be mistaken.
Its gonna be a great year.
Second challenge.
You still the same.
What the hell?
Flashlight
Truth or dare.
He is your flashlight.
Revenge.
Iniciation - Part 1.
Finally Found You.
You can stay.
Mr. Closet.
More present than ever.
I don't wanna break her heart.
Iniciation - Part II.
Theres no us.
Black and White
Gay Pride - Part I.
Do you remember?
Romeo and Juliet.
Romeo without Juliet.
The necklace.
Let it go.
Smash it!
Like I'm gonna lose you.
Hell Nos and Headphones.
We are friends, aren't we?
I hate that I love you.
Rock Bottom.
You learn how to swim.

He's gonna destroy himself.

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By mendesteinf

Eu corria pelo corredor à procura do Shawn, mas tudo o que eu via eram pessoas vomitando e passando mal. Ew.

— Você viu o Shawn? – cutuquei alguém que estava de costas e ele logo se virou, dando um sorriso.

— Quando tempo, Hailee. – Nate disse com aquele sorriso lindo que ele tinha sem nem fazer esforço.

— Pois é. Parou de fumar? Finalmente. – disse ao perceber que ele estava cheiroso e sorri revirando os olhos, logo ele assentiu com a cabeça enquanto sorria.

— Tá tudo bem? Você estava chorando? – ele perguntou arqueando as sobrancelhas e eu levei minhas mãos até meu rosto, percebendo que algumas lágrimas secavam ali.

— Não, não. – sorri, enxugando-as. – Quer dizer, sim, mas não de tristeza. – sorri. – Você viu o Shawn? – perguntei ansiosa enquanto ele continuava olhando pra mim.

— Vi sim, ele estava fora da casa tocando violão, ele... – nem esperei ele terminar, agradeci rapidamente e saí correndo, descendo as escadas e passando entre as pessoas, logo saindo da casa. Avistei o Shawn de longe, mas estava sem violão, ele estava com as mãos no bolso e de cabeça baixa.

Me aproximei um pouco e observei um casal se aproximando dele, o que fez meu coração acelerar só de pensar na possibilidade de serem meus pais.

— Filho, por que você não nos ligou antes? Não sabíamos que você queria sair tão rapidamente da universidade. – a mulher disse abraçando o Shawn de lado e eu arregalei os olhos, sentindo meu coração bater cada vez mais forte.

— São que horas? Duas da manhã? Por que nos ligou agora? – o homem perguntou olhando pro Shawn e eu parecia estar paralisada ao olhar pro rosto do meu... Pai.

— Ela não está aqui, é melhor me mudarem logo. – ele disse dando de ombros e eu respirei fundo.

— Se é o que você acha... – o meu... Pai? Ok, isso é difícil de processar. O meu pai disse enquanto começava a andar com ele. – Amanhã mandamos buscar sua mala.

— Ela não está aqui? Tem certeza? – minha mãe perguntou e eu observava os três se distanciando.

Senti meu coração gelar ao vê-los indo embora daquela forma, mas eu não conseguia andar, pensar ou falar, e o que eu fiz foi por puro impulso. Não sei de onde veio.

— Eu estou aqui, mãe. – senti meus olhos marejarem e eles pararam de andar, viraram vagarosamente e olharam pra mim. A minha respiração estava desregulada e eu senti o olhar dos meus pais pela primeira vez. – Você não precisa ter medo de machucar ninguém, Shawn. – disse sorrindo, sentindo minha voz trêmula. Ele sorriu e correu em minha direção, me abraçando com força e me girando no ar.

Eu só sabia sorrir enquanto aquelas malditas lágrimas ousavam escapar.

— Eu fiquei com medo de você ficar surpresa, não acreditar e me odiar, sei lá. – ele disse quando me colocou no chão e segurou meu rosto com suas mãos.

— Eu acreditaria em você. – disse sorrindo e ele me abraçou mais uma vez, logo me soltando, fazendo com que eu visse meus pais se aproximando vagarosamente, em choque, que nem eu.

— Filha? – meu pai disse sorrindo enquanto seus olhos estavam marejados, ele estava de mãos dadas com a minha mãe, que quando chegou na minha frente, caiu de joelhos no chão, enquanto chorava e olhava pra mim.

Eu mal conseguia pensar em algo pra falar, tudo o que veio na minha mente foi o trecho de uma música que resumia aquele momento.

Me ajoelhei de frente pra minha mãe e com uma mão, segurei a mão dos dois, a outra coloquei em cima de seu ombro.

— You were so young, you were just my age when you had me, mom, you were so brave... – disse sorrindo e ela chorou mais ainda enquanto olhava nos meus olhos. – There was nothing gonna stop or get in our way, and I know... – assenti com a cabeça enquanto sentia a mão do Shawn, que estava ajoelhado ao meu lado, no meu ombro. – You will always be there for me. – Sorri enquanto ela começou a sorrir, e foi então que eu não aguentei e comecei a chorar também.

— So when you're lost and you're tired... – escutei a voz do Shawn e olhei de lado, ele olhava pra mim enquanto sorria e eu voltei a olhar pra minha mãe, que estava numa mistura de sentimentos. – When you're broken in two, let my love take you higher... – olhei pro meu pai, que sorria enquanto chorava e abraçava a minha mãe de lado. — Cause I, I still turn to you... – Shawn cantarolou baixinho, mas logo se emocionou, me abraçando de lado, e quando percebi, todos estavam se abraçando e chorando.

Parecia um sonho, um sonho que eu não queria acordar.

(...)

— Então o Shawn não vai mais mudar de universidade? – Juliet perguntou sorrindo e eu sorri mais ainda.

— Isso mesmo. – disse abrindo o livro e observando o movimento da biblioteca.

— E como foi o encontro com os seus pais? – ela perguntou animada enquanto se ajeitava na cadeira.

— Pareceu um musical. – disse seriamente e depois sorri. – Eu só soube me expressar pela música, eu estava em choque. – olhei pra Juliet, que assentiu com a cabeça.

— Imagino. – ela sorriu. – E o que eles falaram?

— Eles se explicaram, e foi tudo o que eu pensei: minha mãe adoeceu e teve depressão pós parto, eles estavam longe da família na época e não tinham emprego, e já tinham o Shawn pra cuidar. – respirei fundo. – Eles me deixaram no orfanato e disseram que voltariam em pouco tempo, pois só precisavam de uma estabilidade financeira, pois meu pai conhecia um homem que trabalhava lá...

— E...? – Juliet perguntou ansiosa.

— E aí que eu fui transferida de orfanato muito novinha, Ju, eles perderam o contato até com o tal amigo que trabalhava lá, foi aí que começaram a me procurar, mas os orfanatos naquela época eram difíceis de encontrar, então eles deixaram um colar e um anel em cada um, pois os donos do orfanato não eram autorizados a falar o nome e nem deixar ver as crianças. – dei de ombros.

— Quanta coisa. – ela disse parecendo confusa.

— Pois é. – disse desanimada, mas logo sorri. – Mas o importante é que eles se estabeleceram financeiramente, meu pai conseguiu o emprego de volta e minha mãe também, aí eles deram uma educação ótima pro Shawn, e isso significa muito pra mim. – sorri animada.

— Que pena que você não cresceu com eles. – Ju disse com o olhar baixo e eu estiquei minha mão sobre a mesa, segurando a sua mão.

— Talvez, se eu tivesse ficado com eles, eu nunca teria estudado com você, aí eu não teria te conhecido. – ela sorriu e apertou minha mão.

— Agora vai ficar tudo bem. – ela assentiu com a cabeça, me fazendo sorrir.

— Agora vai ficar tudo bem. – repeti, fazendo-a sorrir mais ainda.

— Com licença. – uma voz doce e baixa me despertou daquele momento, levantei o olhar e reconheci aquela ruiva da batalha musical.

— Sim? – perguntei sorrindo e ela sorriu sem jeito, logo olhando pra Juliet, que a olhava com uma interrogação na testa. – Ok, eu vou ali. – sorri sem jeito me levantando da cadeira, mas a sua voz me parou.

— Não. – ela riu sem jeito. – Eu queria falar com você. – ela deu um sorriso tímido e eu olhei pra Juliet, que olhava pra mim com aquele sorriso malicioso.

— Juliet. – a repreendi negando com a cabeça e ela sorriu, logo se levantando.

— Depois eu volto. – ela deu a volta na mesa e deu um beijo em minha bochecha, logo saindo dali.

A garota, Sophia, se sentou ao meu lado e me olhava de um jeito estranho, como se quisesse falar algo, mas estava com receio.

— Eu sei que a gente não se conhece direito e você não faz ideia de quem eu seja, mas... – ela disse sorrindo enquanto colocava o cabelo atrás da orelha. – Eu conheço o Sammy, Hailee, e o que ele está fazendo com você não está certo. – e foi ali que o meu sorriso se desfez.

— Não tem o que falar do Sammy. – dei de ombros. – A gente não tem mais nada. – disse tentando parecer indiferente, mas não pareceu funcionar, pois a garota insistia.

— Ele não é pra você. – ela olhou pra mim e ficou daquele jeito por alguns segundos, até eu ficar corada e virar o rosto.

— Por que você tá falando isso? – perguntei fechando o livro e olhando melhor pra ela.

— Ele não te valorizou, eu só não quero que você se machuque. – ela disse parecendo estressada e logo se calou, como se tivesse falado demais.

— Quem é você? – perguntei calmamente e um silêncio pairou entre nós. – Nós já nos conhecíamos? – reforcei e ela continuou calada. – Por que eu sinto que te conheço, mas não lembro? – ri enquanto ela revirava os olhos e se levantava, pronta pra ir embora. – Espera! – segurei em seu braço e ela logo se virou.

— Shhhh! – a moça da biblioteca me olhou com cara de raiva e eu assenti com a cabeça.

— Por que eu não me lembro de você? – perguntei baixinho e ela deu um sorriso, balançando a cabeça negativamente.

— Você estava bêbada demais pra isso, Hailee Junk. – ela se soltou do meu braço e eu franzi o cenho, ficando sem entender o que ela tinha falado.

(...)

Eu passei a tarde pensando no que a Sophie tinha me falado, e por mais que eu quisesse negar, eu ainda sentia falta do Sam, toda vez que eu via que eram três da manhã, eu pensava em liga-lo, coisa estúpida minha, até parece que aquele nosso pacto de fazer um pedido às três da manhã seria levado a sério, mas eu só queria fazer um pedido: que eu não tivesse ido pro orfanato, que eu encontrasse a Juliet no colégio e ele na faculdade, desse jeito tudo daria certo. Ou não.

Desci as escadas desanimada, era a semana musical de alguma artista especial, só podíamos cantar as músicas que fossem do tal artista, mas ainda não tinham revelado.

— Que cara de enterro. – a Juliet disse quando me sentei ao seu lado. – Digo, você está linda, mas a sua expressão facial está péssima. – fez uma careta e eu forcei um sorriso, fazendo-a rir.

— E o artista dessa semana é... – Johnson atraiu a nossa atenção pra cima do palco e eu olhei, ansiosa. – Meghan Trainor! – ele gritou e eu arregalei os olhos, dando um pulo do sofá e gritando, atraindo a atenção de todos.

Olhei pros lados meio sem jeito e voltei a me sentar, mas eu sabia no que aquele ato impensado acarretaria.

— Não, não, não. – Johnson disse apontando pra mim e uma luz me focou. – Você sabe como as coisas funcionam, Hailee, você praticamente implorou pra cantar. – o Gilinsky desceu do palco e veio em minha direção, estendendo sua mão, me fazendo sorrir sem jeito. – E como vocês sabem... – Johnson continuou enquanto eu andava até o meio do círculo. – As músicas da Meghan parecem acapella, então não terá ritmo, será só você e o violão. – ele sorriu, me fazendo ficar com mais receio ainda. Me aproximei do banquinho e me sentei, observando que tinha outro ao meu lado. – Alguém quer ajudá-la nos sons acapella e depois cantar outra música? Vai ser uma batalha amigável. – ele disse animado e eu observei aquele par de olhos claros se aproximando. – Sophie, ótimo! – todos bateram palmas, e eu logo olhei pra Juliet, que estava beijando a Nina. Obrigada pelo apoio, amiga.

— 3AM? – olhei pra Sophie sem jeito e ela assentiu com a cabeça, logo começando a fazer o ritmo. Olhei ao redor e pude observar o Samuel com aquela Stassie, fazendo com que meu coração apertasse mais ainda.

— I can't believe I'm still doing this, I told myself a month ago that I'd be through with this, I'm looking at my phone and wondering if you're home, I'm kinda tipsy, I ain't tryna sleep alone... – respirei e continuei olhando pra ele. Eu não tinha que negar nada, ele estava olhando pra mim e provavelmente entendendo tudo. Aquilo me deixava com mais vontade de cantar. – Somebody told me that some other girl was hugging you, baby you know I'm the one that should be loving you, you know we had a thing, baby it's such a shame, I still get crazy every time I hear your name... – abaixei a cabeça e voltei a aproximar o microfone da boca enquanto voltava a olhar pra ele, levantando a cabeça. – I know it's complicated, but you know I'm impatient... 3am, yup I'm texting you once again... – essa parte parecia um rap e eu aproveitava pra olhar bem pra ele, era o que ele mais cantava no orfanato. – Even though I'm hanging with my friends, I can't help it, I can't help myself... – neguei com a cabeça fechando os olhos, mas logo voltei a olhar pra ele, que parecia nem piscar. – 3am, I might be looking for a late night friend, and baby I can't get you out my head, I can't help it, I can't help myself... – respirei fundo pra cantar a próxima parte, mas notei a Sophie mudar de ritmo e presumi ser outra música, olhei pra ela, que assentiu com a cabeça e eu continuei com o ritmo.

— That boy's no good for you, you're way too good for him, that boy's no good for you, for you... – ela cantou num tom baixo, mas a sua voz parecia a de um anjo, e eu amava aquela música.

— Wo-oh, wo-oh, wo-oh... – complementei, fazendo com que ela assentisse com a cabeça e continuasse.

— No, he no good, he no good for you...

— Wo-oh, wo-oh, wo-oh, no he no good, he no good for you... – ela arqueou as sobrancelhas e eu pude escutar os aplausos.

— Vocês foram demais. – o Johnson disse se aproximando e eu me levantei do banquinho sorrindo. – Tão sincronizadas, pareciam uma só. – ele passou por nós e chamou outras duas garotas pro banquinho.

Eu me afastei do centro com a Sophie, que permanecia em silêncio.

— O que foi aquilo? – perguntei olhando de lado e ela olhou pra mim com um sorriso no rosto.

— A verdade, Hailee, basta você enxergar. – ela se virou e passou entre as pessoas, logo eu voltei a olhar pro Sammy pra tentar entender alguma coisa, mas ele estava beijando a Stassie. De novo.

É sério que eu vou sofrer de coitadinha enquanto ele está melhor do que nunca?

— Amei sua apresentação. – olhei de lado e o Nate estava sorrindo, se aproximando de mim.

— Eu quero te beijar. – disse rapidamente e ele pareceu ter um susto.

— O que? Nós não somos amigos, Hailee? – ele pareceu envergonhado enquanto sorria. Parecia outro Nate.

— Amigos? – arqueei uma sobrancelha e notei a outra dupla terminar de se apresentar, me aproximei rapidamente do Johnson e cochichei em seu ouvido "Conhece Title?", ele assentiu com a cabeça e eu sorri, ele me deu o microfone e eu sentei no banquinho, fitando o Nate.

— If you want my love, he gotta do what he does, if you want these sweet light sugar gucci lips, he gotta give it up... – arqueei apenas uma sobrancelha, fazendo-o sorrir. – I know you think I'm cool, but I ain't one of the boys, no, don't be scared that I'm gonna tie you down... – passei o olhar rapidamente pelo Sammy, que parecia olhar na minha direção.

Me levantei do banquinho e percebi o Johnson fazendo o ritmo perfeito, o que facilitava tudo.

— I need a little more... – pisquei o olho pro Nate e me aproximei mais dele, dançando no ritmo da música e segurando em sua blusa.

— Baby, don't call me your friend, If I hear that word again, you might never get a chance to take me naked in your bed... – arqueei as sobrancelhas e ele sorriu mais ainda, parecia estar se divertindo. – And I know girls ain't hard to find, but if you think you wanna try, then consider this an invitation to kiss my ass goodbye... – me aproximei mais ainda dele e notei o Johnson cantando o refrão em forma de rap.

— Give me that title, title, come on give me that title, title, better give me that title, title, come on give me that title, title... – então eu decidi pular pra parte de rap da música, fitando o Nate cada vez mais perto enquanto nossos rostos estavam praticamente colados.

— Say I'm a special kind of woman, I'm loving what you got, but I'm hating what you doing, gotta understand that I'm looking for a man who can get up on a bike, look mom, no hand. – dei uma risada fraca, fazendo-o rir. – You gotta show me off, off, but you on purpose if that's the case I'm all gone, you gotta treat me like a trophy, put me on the shelf, I promise something else... – afastei o microfone da boca e pude escutar o Johnson cantando novamente em forma de rap.

— Baby, don't call me your friend, If I hear that word again, you might never get a chance to take me naked in your bed...

— Acho que deu pra entender o recado. – ele disse me olhando e levando sua mão até o meu rosto, aproximando sua boca da minha e encostando vagarosamente os seus lábios dos meus, mas por poucos segundos, pois quando abri os olhos, o Nate estava jogado no chão com o Samuel em cima dele. – Parem! – eu gritei tentando tirar o Samuel de cima do Nate, que levava vários socos no rosto, mas senti dois braços me afastando, era a Juliet.

— Hailee, não! – ela disse me abraçando por trás enquanto eu tentava me soltar.

Ao ver a cena do Nate com o rosto sangrando por causa do Sam, me deu uma raiva enorme, eu só queria pular ali e bater nele.

— Você disse que ia ficar longe dela, seu desgraçado! – Sam gritava pro irmão, que parecia estar desacordado.

— Para, seu monstro! – gritei pro Sam, que se virou e me olhou nos olhos. Seu olhar estava pesado, e a parte do seu olho que era pra estar branca, estava vermelha, me dando um aperto no peito. Os papéis se inverteram?

Gilinsky finalmente chegou e tirou o Sam de cima do Nate, logo passando por mim, mas tudo pareceu em câmera lenta.

— Você que me transformou nisso. – ele disse com o olhar pesado e sumiu do meu campo de visão.

Juliet finalmente me soltou e eu me sentia fraca, tonta e com uma dor no peito ao ver o Nate daquele jeito no chão, mas os meninos já estavam ajudando-o.

— Hailee, Hailee. – a Juliet me chamava, mas eu não conseguia me mover, mal conseguia falar.

— Hailee! – escutei a voz do Shawn e fechei os olhos com força, e quando pude perceber, eu estava em seus braços, tonta, fraca e com um peso no peito.

Abri os olhos várias vezes e via várias cenas diferentes, mas quando me dei conta, o Shawn estava me deitando na minha cama e a Juliet se sentou ao meu lado.

— Eu vou trocá-la agora, muito obrigada, Shawn. – escutei a voz da Juliet de longe e pisquei os olhos várias vezes.

— Tem certeza que ela vai ficar bem? – percebi a voz do Shawn preocupada, mas eu mal conseguia me mover.

— Eu cuidei dela nas crises do colégio, ela está em estado de choque, vai ficar tudo bem. – a porta se fechou e eu tentei me sentar na cama, sentindo um peso no peito e uma falta de ar. – Hailee, calma! – Juliet se aproximou de mim e segurou meu rosto.

E então eu chorei. Tudo o que eu tinha pra chorar.

Agarrei o braço da Juliet com força enquanto soluçava e tentava falar frases inaudíveis.

— Ele parecia um monstro, Ju, ele machucou o próprio irmão. – disse gaguejando cada palavra enquanto sentia a mão da Juliet na minha cabeça tentando me acalmar.

— Não era ele, Juliet, você sabe o que a droga faz com a pessoa, ele deve estar se afundando nisso há dias e fingindo que está tudo bem. – ela disse num tom calmo e eu fechei meus olhos com força, sentindo uma grande dor de cabeça.

— Ele parecia normal quando eu olhei pra ele quando cantava... – levantei meu olhar e ela já estava colocando um comprimido na minha boca, logo me dando um copo de água.

— Pra dor de cabeça, tome. – ela disse calmamente alisando meu rosto.

— Como você sabe? – perguntei engolindo o comprimido e ela colocou o copo em cima da cômoda.

— Eu simplesmente sei, Haiz, agora tenta se acalmar. – ela me abraçou novamente enquanto eu tentava controlar minha respiração.

— Ele vai se destruir... – falei num tom baixo e fechei os olhos a fim de dormir, mas as lágrimas pareciam não ter hora de parar.

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