Treinada para não Amar_ Katri...

By Pandora_Cavalcanti

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6° lugar em leitura feminina- dia 09/07/2018 10° em leitura feminina- dia 09/08/2018 Katrina González Bitenco... More

Começo,Meio E Fim| Arquer(sinopse)
Capítulo 1| Naufrágio Emocional
APOSTA|Capitulo 2
Sondando Território|Capítulo 3
Acordo de Paz|Capítulo 4
Garotas crescidas choram|Capítulo 5
Henrique
Feel so Closer|Capítulo 6
Sentir ou não sentir? Eis a questão|Capítulo 7
A santinha perdeu o juízo|Capítulo 8
Não sou moleque|Capitulo 8.2
Por que não me retorna?|Capítulo 9
Você me deu vontade de levantar e gritar|Capitulo 9.2
Ocorreu um erro|10
Arrependida| Capítulo 11
Até as últimas consequências| Capítulo 12
Vai demorar?| Capítulo 13
Cavicão|Capítulo 14
Dia Seguinte| Capítulo 15
Você está horrível | Capitulo 16
É pelo nosso filho|Capítulo 17
Julgamento|Capítulo 18
Palavras tem poder| Capitulo 19
Também te amo
Henrina|Capítulo 21
Atena me ajude, amém!|Capítulo 22
Pizza| Capítulo 23
24
Casamento da Gabi|Capítulo 25
Aos olhos do pai|Capítulo 26
Massagem|Capítulo 27
Vingança|Capítulo 28
Revelação|Capítulo 29
Revelação|Capítulo 29.2
Ciúmes|Capítulo 30
Ciúme parte 2|Capítulo 31
Treinamento|Capítulo 32
É nos meus termos|Capítulo 33
E se...|Capítulo 34
Polígrafo| Capítulo 35
Que os jogos comecem.|Capítulo 36
Que os jogos comecem|Capítulo 36.2
Dios mío|Capítulo 38
DOUTOR|Capítulo 39
Sufocada|Capítulo 40
Sufocada|Capítulo 40.2
Contrato|Capítulo 41
Julgamento| Capitulo 42
Natal|Capítulo 43
NIRVANA|Capítulo 44
liga do mal
Nivarna parte 2|Epílogo
Nota da Autora
Cena Bônus.

Medo de Barata|Capítulo 37

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By Pandora_Cavalcanti

KATRINA

Fui taxativa quando disse que não iria esperar um aval para agir. Peguei o colete prova de balas. Vesti e comecei a me munir sob o protesto de Matheus e Sam, que tudo o que fazem é dizer o quão precipitada estou sendo e arriscada essa minha atitude é.

Prefiro acreditar que é uma preocupação, do que um ato de machismo, embora eu nunca tenha tido problemas explícitos com eles com respeito ao assunto.

—Só vou dizer uma coisa: não sou mulher de fugir de caralho nenhum. Já fugi demais. Se ele quer me encontrar, vamos lá.

—Katrina, vamos montar uma operação tática. Só vou precisar de umas quatro horas para reunir meus homens—Matheus intervém.

—Matt, você sabe o quão amo você e te considero, porém só vou te dizer uma coisa: está escurecendo. E tudo que fizemos nesse fodido dia foi perder tempo, portanto, vou dar duas opções para os senhores: ou vocês me apoiam e entram comigo, ou vou sozinha.

—Katrina, nos escute. Você está embalada pelas emoções.

—Lopes, traga as maletas de armas e coletes e reúna os homens aqui agora.—ignoro o argumento de Sam.

Matt, nervoso, se ausenta da sala conversando com alguém no telefone. E eu sob o olhar acusatório de Sam faço as últimas checagens nas armas.

Quando eu digo que o inferno sou eu, não estou brincando.

Eles estão nessa situação por causa do meu dedo podre. Nada mais justo que eu resolver o problema.

—Escuta, não vou deixar você enfrentar eles assim, de peito aberto.—Matt volta a sala falando—só te peço uma hora.—olho para ele—uma hora Katrina. Temos que garantir o máximo de segurança possível.

Relutante, aceito.

—Lopes imprima esse mapa.—Sam pede balançando a cabeça.

Não é à toa que estou onde estou, juíza.

Eles perceberam que seria uma causa perdida lutar contra minha determinação.

O mapa impresso em seis partes é colocado sobre a mesa de reuniões e todos nós o encaramos.

—Teremos que ser objetivos se quisermos ganhar essa batalha.

Os homens que pedi, chegam a sala e logo em seguida a equipe do Matt também se faz presente.

Estou indo meus amores! Vou tirá-los desse inferno.

—Olha, eles estão trabalhando com esses traficantes que Katrina julgou há algum tempo. Eles comandam a zona norte. Por isso acreditamos que Henrique e as crianças podem estar lá.—Matt começa a explicar.

—Não. Henrique não está com as crianças. Ricardo não citou ele na conversa. —Interfiro.

—E ele foi visto com a ex noiva, Pietra—Sam põe a foto da piranha no telão.—e o celular dela foi rastreado nesta área aqui—ele aponta no mapa indicando uma área próxima ao aeroporto.

—Ok, então vamos nos dividir em dois.—Matt declara.

Eu reviro os olhos por ser declarado algo óbvio.

—Então eu vou com uma equipe para aqui—aponto onde acredito que Ricardo esteja com as crianças.

—Negativo. Você vai ficar aqui. Eu e Lopes vamos para esse lugar com duas viaturas da equipe de Matheus, mando outras três equipes para esse raio, e as outras irão fazer varreduras nas proximidades da intersecção dos dois raios.—ele aponta para as áreas circuladas.

—Negativo quem diz sou eu. Eu vou e isso não está em discussão. Ponto e fim, no resto concordo com você—digo cruzando os braços.

—Onde já se viu? Mulher que tem medo de barata querer bancar heroína atirando? Vai levar chumbo fácil, fácil.—um policial comenta com outro que concorda.

—Essa mesma mulher que quer bancar heroína, acredito ser a única aqui entre nós que tem o nível de atirador de elite, caro policial.—Sambataro me defende.

—Ela acerta o que? 10 metros?—outro faz piada com a informação ganhando o olhar de reprovação de Matt.

Ok, eles já foram longe demais. Matt até tenta repreender, mas eu intercedo.

—O fato de eu ser mulher não me desqualifica. Estamos dizendo de 5.000 metros, meu caro. Se o senhor atira 10, não posso fazer nada. Mas posso fazer se seus insultos continuarem. —falo com calma segurando um olhar duro, direciono para todos.—e isso serve, para qualquer um que fizer gracinha a partir de agora. Entenderam?—posiciono meu corpo para frente dando credibilidade ao que falo.

—Você acerta cinco mil mesmo?—Matt cochicha em meu ouvido enquanto assisto a tropa de testosterona engolir em seco.

—5250 metros para ser exata.—sorrio.

Sam e Matt se entreolham e até indicam querer falar algo, mas Ribeiro entra na sala.

—Licença, senhor Sambataro, o advogado foi visto em Brasília hoje com o Ministro.

—Sim, e o que isso tem a ver?—Sam pergunta, claramente impaciente por estar sendo desafiado e contrariado por mim, além da situação que acabou de acontecer.

—Ele voltou com uma maleta, semelhante à usada para transporte de dinheiro em um jato particular.—Sam continua impassível—nós conseguimos grampear uma frequência de comunicação e esse mesmo avião vai decolar as 19 horas com o doutor Henrique e a loira.

Meu coração para. Olho para o relógio tenho uma hora e dez minutos para resolver tudo isso.

—Quem foi o ministro?—pergunto pondo a mão na cintura.

—O pai do promotor.—ele informa

Pego uma lufada de ar, anuo, tomando os documentos de sua mão e vejo as fotos de Rodrigo. Começo a folear e o vejo entrando em um carro. É isso.

—Ribeiro, consiga o caminho que esse carro fez.—ordeno.

Sam anui. E o grupo de policiais me olham como se estivesse acontecendo uma coisa de outro mundo, mas talvez pela minha clara ameaça se calam.

—Escutem só, temos uma hora. A porra de sessenta minutos para toda a ação.—quebro o silêncio olhando o mapa, estudando minhas possibilidades.

Preciso retribuir a cortesia do cavalo de tróia, Christina.

—Precisamos de algo para que os faça sair da toca.—comento pensando no cavalo de tróia.

—Como assim?—Sam pergunta.

—Essa área é muito vasta, não dar para sair botando casa por casa, embora tenhamos 70% de certeza da localização. É melhor bloquearmos essas entradas e saídas. E derrubamos o lugar onde, Rato, o traficante que julguei esconde as armas e drogas.

—Isso é perigoso e pouco eficaz. Sem chances—Matt se manifesta contra e alguns policiais riem como se fosse absurdo, porem ignoro.

—Matheus, pense. Para sairmos de um furacão, temos que entrar em seu olho. E o olho desse furacão é a merda dessa casa aqui.—aponto para o local no mapa.

—Isso é suicídio.—rebate.

—Ela tem razão. É melhor assim. Se atacarmos no lugar certo, há mais chances de fracasso—Sam concorda comigo.

—Isso! Não precisaremos nos dividir em duas equipes. Vamos virar o feitiço contra o feiticeiro. Ele usou da ação orquestrada. Faremos o mesmo. Vou pedir para meus contatos fechar as estradas e os aeroportos. Só há chance de fuga na casa do próprio Rato, e para isso Ricardo vai ter que sair e é ai que pegamos ele.

Depois de minhas considerações, fizemos alguns ajustes. Como colocar uma van blindada e equipada com tecnologia de ponta para interceptar quaisquer modos de comunicação na região.

A muito contragosto, Matt que teve que saber a "razão" de Sam a todo instante querer me barrar, mas que não teve efeito pois estou dentro do carro com eles, Lopes e Ribeiro.

Chegou a hora, literalmente, da caça aos ratos.

O carro blindado, o nosso, fica na entrada um, e os outros saem se distribuindo como combinado. Quando estamos a postos, passamos o ok pelo rádio e o helicóptero começa a sobrevoar sobre a zona norte. Ao que parece a zona leste, área rastreada pelas fotos, foi mais um artificio programado. As imagens do trajeto do carro nos trouxeram para a zona norte. Não demora muito para as sete viaturas subir para o olho do furacão, conto os minuto no relógio e peço para fecharem as rodovias e aeroportos.

São exatos cinco minutos para iniciar as trocas de tiros. Chumbo pesado. O rádio não demora ser passado e nós capturarmos a frequência. Um homem com cara redonda como batata passa correndo com um fuzil na mão atirando para cima e entra na casa que aposto ser o esconderijo do canalha do Ricardo.

De onde estamos não dá para eles nos verem, estrategicamente, cortamos a iluminação, o que nos permite uma camuflagem, e de certa forma um benefício. Pois nos vemos a movimentação deles, mas eles não veem a nossa.

Meus pulmões sentem dificuldade em respirar. Mas eu forço o auto-controle e trato de normalizar a circulação de ar.

Realmente a ligação emocional pode vir a ser um problema.

—Atenção águia, as crianças entraram com a mulher na picape.

Meu coração gela. Meus bebes estão em perigo.

—Ok. —Matt responde o radio.

—Escutem, não vai demorar os urubus da mídia chegar, temos que ser rápidos.—Sam comenta.

—Atenção, preparar. O meliante está no carro de trás com um individuo de codinome Batata.

Logo vemos os carros se deslocarem, e meu coração está mais sambante que madrinha de bateria em avenida de carnaval.

Vejo o medo brincar em meus olhos e engulo em seco a má sensação.

—É agora ou nunca.

Os carros passam pela única entrada que deixamos " livre", como pensado nos reajustes de minhas considerações, e tudo acontece como uma cena de velozes e furiosos. Assim que o carro de Ricardo passa, a viatura cruza em sua frete, o nosso carro atrás.

Lopes atira nos quatro pneus, impossibilitando uma tentativa de fuga. O tal Batata sai atirando e nosso carro logo fica perfurado de bala, Matt e Sam atiram contra ele. Mas não o acerta.

Que merda!

O comparsa que estava dirigindo o carro que as crianças estão, salta dele já atirando e um desses tiros acerta o Matt que cai baleado na minha frente. Tomada pelo desespero de Matt estar baleado e a possibilidade de um desses tiros acertar nos meninos, saio de onde eu estava e acerto no peito do tal Batata e na perna do outro.

Duas balas, para dois homens. E ainda sou a mulher que tem medo de barata...

Tudo é muito automático, uma hora estou dentro do carro, na outra Matt cai em minha frente e eu atiro nos dois.

Me abaixo e puxo Matt com a ajuda de Ribeiro, analiso o ferimento no braço direito de Matt. Aparentemente a bala está alojada. Isso é uma merda. Arranco o cinto de sua calça e ponho acima do local do tiro para conter o sangramento.

Ricardo sai do carro, alterado, com uma pistola 380 em punho para nossa direção. Anda para trás abre a porta da picape e tira de dentro com uma brutalidade além do comum, Lucas.

Meu Lucas!

—Chega dessa palhaçada. Realmete eu te subestimei Katrina. Rodrigo estava certo.—ele diz alterado pressionado o braço de Luquinha que chora.

Sua dor é minha também. Como posso atirar nele se o Lucas está sendo feito de refém? E se eu errar e esse erro custar a vida do Lucas?

—Calma Lucas. Não chora. Vai passar. Vou te tirar dai.—baixo minha arma em punho, me vendo sem opção.

—Claro que vai. Você vai me obedecer como a boa cadela que é, vai pedir para abrirem a porra do caminho e vir comigo.—ele grita.

—Ricardo, isso é entre eu e você. Faço tudo o que você quiser. Mas Solte-os.—tento uma negociação.

Eu não calculei essa parte. Essa cena não estava no meu roteiro. E isso é uma merda, pois não faço a menor ideia de como dirigir essa cena.

—Não seja idiota Katrina. Você acha que vou entrar em seu jogo e acabar com os planos que fiz para a nossa família?—zomba

—Ricardo, as crianças não têm nada a ver com isso. Liberte-as.

—Escute só. Estou cansado dessa merda toda. Você não está sendo uma boa garota. Mande-os baixar a merda da arma, você vem comigo e libera a porra da saída. Ou ninguém sai vivo daqui. Escolhe pequena. Você vai querer matar mais um filho nosso?

Suas palavras soam para mim pior que um tiro. Elas dilaceram minha alma. Dói no fundo de meu amago.

—Kat, eu tenho ele na mira. Já pedi apoio não ceda.—Sam conversa comigo.

Estou conturbada demais. Ver Lucas chorando está me dividindo em pedacinhos. A todo instante ele me chama pedindo socorro. Isso faz com que eu perca a racionalidade.

—Ok, será tudo a sua maneira.—digo pausadamente.—coloquem as armas no chão.

—Katrina, não. Isso é loucura.—Sam tenta com que eu mude de ideia.

Mas estamos falando do Lucas, merda! Meu bebê.

—Façam o que eu peço, porra. Mandei soltar a merda das armas.

—Isso Katyzinha, agora vem para meu lado.

Assim o faço, ele põe Lucas no carro e vem em minha direção para fazermos a troca, por assim dizer, sou eu que agora sou feita de refém para que o caminho seja aberto.

Eu tenho uma ideia um tanto louca, mas é a única saída para acabar com esse inferno. No complexo só se ouve disparos. Minha espinha toda treme com os barulhos ocos. Quantas crianças e famílias devem estar com o sono e paz comprometida agora...

—Sambataro, me escute: as vezes, apontamos para o caminho errado, por isso, faça o certo e abra o caminho.—digo na esperança de que ele entenda a minha mensagem.

—Isso é loucura. não vou permitir isso. Largue ela Ricardo.—ele volta a pegar a arma e apontar para Ricardo que põe minha cabeça na mira.

Porra!

Mas que cacete!

Que outra mensagem eu posso mandar sem que Ricardo entenda?

—Sam, você mesmo disse que não era para eu vir, seja inteligente, lembre do provérbio chinês. A tira agora, vermelha, sempre nos ligará. Abra o caminho.—peço tentando fazer uma comunicação visual.

Não existe esse proverbio chinês, espero que ele se toque disso. Mas foi a única coisa que consegui pensar para pedir para ele atirar.

Graças a kuan kun e Atena ele entende.

Balançando a cabeça, Sam atira em mim, no peito, como eu pedi. Isso serve para distrair Ricardo que é baleado logo em seguida. Caio no chão por causa do impacto, embora eu não tenha me ferido. Enquanto tenho o prazer de algemar o imbecil do Ricardo, escuto a caminhonete ganhar velocidade em macha ré.

Sem pensar duas vezes, pego a pistola de Ricardo, que geme de dor, e atiro nos pneus. A caminhonete começa a derrapar e para quando se choca com a parede.

Que merda! Eu esqueci da Rafadela. Corro até o carro, com a ajuda de Lopes consigo tirar os meninos do carro. E Rafaela está chorando como criança, mas não me comove. A pego pelos cabelos. Arranco do carro com ela dando show de gritos.

Acerto o tapa tão aguardado em sua cara e ela cai no chão ajoelhada

—Cala a porra da boca sua vagabunda!—grito e ela começa a rir.

—Gosto de ver você sem controle priminha, só mostra como você assume bem o seu papel de perdedora. Gostou de perder tudo para mim? O amor de sua vida está casado comigo. E você aí, continua a mesma romântica patética de sempre. Sabe onde está seu maridinho agora?

—Cala a merda da boca Rafaela ou vou te arrebentar.—ameaço. Abraçando minhas crianças. Que choram copiosamente.

—Ah, que e isso priminha... É o quê ? Não gosta de perder? Aceite. Uma hora dessa ele deve estar nos ares a caminho do casamento nas serras gaúchas. É bom, né? Ter tudo? Agora me diga como se sente em não ter nada.

Sua última frase é o estopim para o meu auto-controle. Viro as crianças de costas para não ver o que estou a fazer, com todo o ódio armazenado que tenho. Acerto um murro de direita na boca de Rafaela.

—Isso é para você calar a sua boca imunda, sua cachorra.—grito.—isso—dou outro em sua face esquerda—é pelo o que você fez com meu meninos.

Seguro firme um punhado de seu cabelo.

—Olhe bem para mim, priminha. Você vai apodrecer na merda na cadeia. Eu tenho tudo sua desalmada de um caralho. Eu tenho amor.

Rafaela sorri diabolicamente e cospe em minha face. Cometendo seu  pior erro.

Sem dó e sem fazer questão de brigar como as brigas encenadas de novela, carrego meu pulso de força e acerto sua boca e seu nariz. O sangue desce. Ela cospe sangue e junto vejo que um dente também foi colocado para fora. Dou mais alguns golpes, descontrolados e enfurecidos.

Murros talvez foi demais? Sim.

Mas eu mantive meu controle durante a merda de treze. Treze malditos anos. Nada mais que justo de vê-la gemer de dor. E ainda sim, não se compara com a que carreguei durante esses anos.

Sorrio com o resultado. E a algemo.

—Finalmente! Achei que você nunca daria uma surra bem dada nela.—Sam comenta se juntando a mim no aguardo da viatura vir.

—Não sabe o quanto que aguardei por isso.—sorrio.

—Vai ter volta Katrina Bittencourt.—Ricardo diz sádico ao entrar na viatura.

—Sei que vai.—confirmo o que ele disse, sabendo que não haverá chances para tal.

Viajarei até o inferno se preciso for para ver Ricardo pagar.

Abraço as crianças e distribuo beijos em suas faces, verificando se eles estão bem.

—Licença, Excelência, mas temos uma fugitiva sequestrando um certo promotor pela br-101 sentido Macaé. Ao que parece, o avião os espera lá.—Sam me lembra do meu namorado.

—Tudo bem. Meninos, vou deixar vocês na companhia do tio Ribeiro, ele vai levar vocês para o hospital. A tia, aqui, necessita resgatar uma Cinderela em a puros.—brinco me referindo a Henrique. Os meninos anuem e eu os libero em direção a Ribeiro.

A ambulância chega, leva Matt, peço que Lopes o acompanhe e Ribeiro as crianças. Ligo para Tereza e peço para ela ir ao encontro deles.

—Peço para bloquear a BR?—Sam pergunta.

Respiro fundo terminando de mandar mensagem para minha tia e Tanaka e respondo:

—Não. Deixa ela gozar da ilusão da liberdade. Consiga um Helicóptero e vamos fazer um resgate digno de Capitão Molenga e Capitã de ferro.—brinco, louca para resgatar o amor da minha vida.

Sim.

Não foi o momento mais oportuno para perceber isso, mas Henrique com aquele jeito dele é o amor da minha vida.

Continua...

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