GAME ON

By hipsta-soul

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"Sometimes home isn't 4 walls. It's 2 eyes and a heartbeat." More

1. Where the hell am I?
2. The bracelet
3. I hate him, right?
4. He cares about you, you know
5. I'm sorry.
6. "Rebel princess"
7. Fuck you, Malik
8. They found me
9. We need to talk
10. People change
11. What the hell have you done?
12. I missed you so much
13. This was a mistake
14. Oh shit
15. Oh c'mon
16. In your dreams
17. He's not my boyfriend
18. Did you miss me?
19. Morning to you too
20. You know...
21. Was it easy?
22. Friends with benefits
23. It's just sex
24. Thank you
25. Well done Sherlock
26. You've got to be kidding me!
27. "Shhhh,"
28. This can't be happening
29. Back off
30. Rise & shine sleepyhead
31. Much better
33. Easy baby...
34. Like the good old days
35. You need to relax
36. Twenty-one questions
37. Because you're beautiful
38. Sextape
39. Who's Jennifer?
40. You're not making any sense
41. You have no ideia...
42. You're not jealous... are you?
43. Baby Girl
44. Oh, fuck
45. You don't get it, do you?
46. You're hurting me
47. Holly shit
48. I was drugged
49. I need to take care of you
50. Oh, so naive...
51. I promise
52. Good girl,
53. Nice try
54. You're my girl
55. She's the kind of girl you never want to lose
56. "Forever Yours,"
57. Get your head in the game, Styles
58. Lesson n. 2
59. Let me go

32. I know baby, I know

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By hipsta-soul

MAYA POV

Está um silêncio confortável entre nós. Eu sinto o hálito a nicotina e menta enquanto Zayn dá algumas passas no seu novo cigarro, deixando beijos espalhados ao longo do meu pescoço e rosto entre os intervalos de levar o cigarro à sua boca. Eu arqueio um pouco as costas de forma a puder pegar no meu telemóvel quando o sinto a vibrar no bolso dos meus calções. Vejo o nome do Harry no ecrã e, discretamente, abro a mensagem.

' Não tenho tido noticias tuas... Como estão a correr as coisas por ? H. xx '

Engulo em seco e volto a guardar o telemóvel, fazendo uma nota mental para me lembrar de responder à mensagem depois. Eu sinto o Zayn a enterrar a cabeça no meu pescoço, deixando-a ficar lá a descansar e eu não consigo esconder o sorriso que se forma no meu rosto quando ele começa a fazer cócegas nos meus ombros com o seu nariz.

Porém, eu não posso deixar de me sentir culpada por estar aqui, no colo do dele, e, pior do que isso, por me sentir tão bem assim. O Harry não merece o que eu estou a fazer porque no fundo isto é uma traição... o Zayn continua a pertencer ao gangue rival e não deixa de ser um dos piores inimigos de Harry. Apesar de nós pertencermos a realidades iguais, elas têm de ser separadas e, mesmo tendo um passado em comum, o nosso presente não permite que nós nos envolvamos desta forma. E, por muito que o Harry goste e se preocupe comigo - porque eu sei que ele se preocupa - ele nunca me perdoaria, nem o facto de eu estar aqui, agora, nem o facto de eu lhe ter escondido este tempo todo o meu passado com o Zayn. É assustador pensar nisso e eu sinto um nó a crescer no meu estômago á medida que os pensamentos invadem a minha mente.

Eu balanço a cabeça e remexo-me desconfortávelmente no seu colo, afastando estes pensamentos para trás... pelo menos por agora. Tenho imenso tempo para me preocupar com isto depois.

"Podes parar de te mexer por uns segundos?" Zayn grunhe no meu ouvido, acordando-me do transe em que eu estava adormecida.

"Hm, desculpa." Eu peço baixinho, ajustando-me uma última vez contra o seu peito duro.

"Não estás a incomodar-me," Ele sussurra, arrepiando a minha pele. "Estás a excitar-me."

"Oh," Eu não posso esconder a curva que se formara no meu rosto, inclinando-me então para poder olhar nos seus olhos brilhantes com o reflexo da lua espelhado neles.

Se fosse noutro momento, eu já estaria em cima dele a deixa-lo a desejar-me ainda mais mas eu estou com demasiadas coisas na cabeça para pensar nisso agora.

A luz do bar era a única iluminação que tínhamos, tirando o luar, mas o seu rosto tornava-se escuro por baixo do céu estrelado. Ainda assim, eu conseguia distinguir o seu sorriso branco e aberto, mostrando os seus dentes perfeitamente desenhados.

Zayn puxa pela minha cintura, rodando o meu corpo de forma a que eu esteja agora a encará-lo de frente. Eu sento-me no seu colo, as minhas pernas envolvem as suas costas e as minhas mãos automaticamente descansam em seu pescoço à medida que os meus dedos traçam pequenos caminhos em seu cabelo agora despenteado. A expressão  de Zayn estava séria de encontro à minha, os nossos olhares estavam vidrados um no outro e eu pudia ouvir as nossas respirações a saírem quase sincronizadas. Nós ficamos a olhar-nos por alguns longos segundos, apenas a apreciar o momento e a aproveitar a companhia um do outro. Os seus olhos brilhavam levemente, eu sentia-o a observar-me com tanta atenção que fiquei a desejar poder ler-lhe os pensamentos para saber se ele estava a sentir o mesmo que eu.

Saudade.

Zayn suspira, fechando-o os olhos e engolindo em seco de seguida. As suas mãos apertam o fundo das minhas costas, aproximando-me do seu corpo quente.

"Porque é que decidiste ser simpática para mim assim de um momento para o outro?" Ele pergunta, olhando bem no fundo dos meus olhos com se estivesse á procura de uma resposta por detrás deles.

"Eu não decidi ser simpática assim de um momento para o outro." Franzo a testa.

"Oh vá lá..." Ele ri um pouco. "Ainda hoje de manhã estavas pronta para me matar e de tarde, quando estávamos na Torre Eiffel, mudaste completamente. E eu ainda gostava de saber porque é que estavas a chorar..."

A sua expressão tornou-se mais séria quando as últimas palavras abandonaram a sua boca e o nervosismo dentro de mim cresceu. Eu não posso dizer-lhe porque é que estava prestes a chorar... é humilhante e ridículo.

"Eu não estava a chorar." Eu nego.

"Não, tens razão... estavas a mijar pelos olhos." Ele revira os olhos e depois solta uma gargalhada pequena mas incrivelmente contagiante.

"Ótario." Eu reviro os olhos. "E tu?" Eu pergunto numa tentativa de mudar de assunto.

"E eu o quê?"

"Nós reencontramo-nos já há mais de um ano atrás e tu sempre fingiste que não me conhecias, mas, há uns meses para cá começaste a importar-te... O que é que mudou?" Eu pergunto, desesperada por uma resposta.

Eu tenho andado com esta pergunta na minha cabeça o tempo todo e vou dar em maluca se não obtiver uma resposta rápido.

Zayn entrelaça os seus dedos com os meus, dando um sorriso fraco depois. "Eu sempre me importei contigo, nunca nada mudou." Ele suspira, encarando-me. "Mas eu achei que tu me odiavas e -"

"Oh, eu odiava-te mesmo." 

Ele inspira fundo, não parecendo ter achado tanta piada quanto eu. "Pronto... Tu odiavas-me, então eu pensei que nunca mais querias falar comigo mas quando passaste aquela noite no meu quarto..." Ele suspira para ele próprio, como se se estivesse a lembrar de algo. "Quando passaste aquela noite comigo eu percebi o que perdi e que teria de te ter de volta custasse o que custasse."

"Tu não me tens de volta." Eu murmuro, olhando para baixo.

Sinto Zayn a ficar tenso por debaixo de mim e automaticamente me arrependo de ter dito aquilo. "Irei ter."

"As coisas não são tão fáceis assim Zayn." Eu digo, parecendo mais dura que aquilo que pretendia. "Não vivemos uma vida normal ao ponto de bastar um 'quero-te comigo' para que possamos estar juntos de novo. As coisas são bem mais difíceis e tu sabes disso."

"Eu sei... Mas nós podemos fugir. Eu largo tudo para te puder ter comigo de novo." Ele diz com o olhar a transbordar sinceridade.

Porra.

"Eu não vou fugir contigo," Eu largo as suas mãos, recuando um pouco com as suas palavras. "Eu tenho amigos aqui. Amigos que se importam verdadeiramente comigo. Eu tenho uma família... Finalmente tenho uma família."

"Amigos mais importantes do que eu?"

Eu levanto-me do seu colo, não conseguindo esconder o choque na minha voz. "Tu não tens o direito de me perguntar a isso." Eu olho-o com desdém. "Não quando foste capaz de me abandonar sem sequer olhar para trás."

O Zayn foi, é, e sempre será uma das pessoas mais importantes da minha vida e não importa quanto tempo passe porque ele nunca deixará de ter o significado que tem e sempre teve. Mas, por muito que eu tente, eu não acho que algum dia me irei conseguir esquecer daquilo que ele fez... não totalmente pelo menos. Eu acho que já o perdoei, mas eu tenho uma vida agora, uma vida que eu de facto gosto e me recuso a deixar para trás. Eu dava tudo para poder ter de volta a relação que tinha com o Zayn mas eu também tenho medo que ele volte a deixar-me, aliás, eu morro de medo disso, então, eu prefiro deixar as coisas como estão. Quando voltarmos para Londres tudo vai voltar ao normal e eu só espero não em deixar afetar muito por isso, apesar de eu saber que é praticamente impossível.

Então, eu decido apenas aproveitar tudo isto enquanto ainda é possível.

Estar assim com ele sabe tão bem que, se existe mesmo o céu, eu tenho a certeza que é algo parecido com isto.

Zayn levanta-se atrás de mim, segurando nos meus ombros e puxando-me para fora dos meus pensamentos. "Tens razão." Ele diz, obrigando-me a olhá-lo. "Desculpa..." Ele inclina-se, depositando um beijo pequeno nos meus lábios. "Não vamos discutir isto agora."

"Por favor." Ele insiste quando vê a minha expressão de desapontada.

Eu sinto-me a relaxar quase de imediato quando Zayn me puxa, envolvendo-me num abraço quente e apertado. A minha cabeça descansava contra o seu peito, os dedos do Zayn massajavam os meus cabelos, e o meu coração aqueceu quando quatro simples palavras saíram pelos seus lábios carnudos de encontro ao meu ouvido. "Gosto muito de ti."

Nós ficamos abraçados durante algum tempo até o toque do telemóvel do Zayn nos interromper e o forçar a cortar o abraço. Ele tira o iphone do seu bolso, olhando para o ecrã. "Desculpa, eu preciso de atender." Ele diz antes de se virar de costas para mim, afastando-se e deslizando o telemóvel até ao seu ouvido.

"Sim... Eu disse que não queria que houvessem confusões porra!... Tudo bem... Nós discutimos isto quando eu chegar... Não vão fazer porra nenhuma!... Que merda Tyler!... Estamos entendidos... Resolve essa merda ainda hoje... Fodasse!... Nós pensamos em algo quando eu voltar... Diz-lhe que eu dou conta do recado... Adeus." Foram algumas coisas que eu consegui captar antes de ele desligar a chamada e voltar o seu olhar novamente para mim.

"Problemas?" Perguntei num impulso. "Desculpa." Pedi logo de seguida quando reparei na sua expressão de admiração. Eram provavelmente coisas relacionadas com o gangue e, como é obvio, ele não me vai contar nada, nem eu espero que ele o faça, tal como eu não faria se fosse ao contrário.

Mais uma razão para nós não podermos estar juntos: nós não podemos partilhar o nosso dia como pessoas normais porque, para contarmos alguma coisa um ao outro, temos de entrar em detalhes, e a rivalidade entre os nossos grupos não permite isso.

Isto é tudo uma grande merda.

"Não há problema," Ele sorri. "São só... negócios." Eu noto a hesitação na sua voz mas decido não me importar.

Eu assinto.

Ele aproxima-se.

Eu recuo - um impulso irracional.

Ele sorri de canto, aproximando-se mais.

"Passa esta noite comigo." Zayn pede, pegando-me pela cintura e puxando-me para ele. Ele lambe os lábios lentamente e fixa o seu olhar em mim, despindo-me a alma e vendo através dela.

Eu balanço a cabeça, hesitantemente. "Nós não podemos ser vistos juntos Zayn." Eu volto a recuar, olhando para o chão. "As pessoas falam."

"Tenho a certeza que o Peter não está no quarto, ele tem passado quase todas as noites com a Amber." Ele diz, parecendo confiante. "Vá lá." Ele dá uns passos atrás, puxando o meu braço atrás dele. "Ninguém nos vai ver, princesa rebelde."

Eu sorrio á menção daquele nome, não conseguindo ficar indiferente.

"Para além disso, tu própria admitiste em frente á turma toda que nós tinhamos ido para a cama." Ele insiste, relembrando-me das minhas ações enquanto alcoólica nada anónima.

"Hey," Eu guincho. "Não há necessidade de meteres a Maya bêbada ao barulho." Eu faço beicinho.

"Oh, eu gosto da Maya bêbada." Ele sorri de forma divertida.

"É, eu tenho a certeza que sim." Eu reviro os olhos. "De qualquer das formas, ninguém acreditou em mim, eu já estava num estado em que não fazia ideia daquilo que estava a dizer."

"Oh, eles acreditaram, acredita." 

Ele ri.

"Isto não tem piada Zayn," Eu suspiro. "As coisas podem correr muito mal para o nosso lado se isto se sabe."

"Eu sei bébé, eu sei." Ele respira contra o meu pescoço, descansando as suas mãos no fundo das minhas costas. Ele balança a cabeça, raspando o seu nariz com o meu, os seus lábios pousam por cima dos meus e um pequeno beijo é deixado em cima deles. "Mas não vamos pensar nisso agora."

Quando dou por mim, eu estou a ser arrastada de novo para dentro do hotel. Nós entramos no elevador quando temos a certeza que ele está vazio, Zayn sai primeiro que eu, certificando-se de que não está ninguém no corredor e eu logo saio atrás dele.

"Peter?" Zayn chama assim que abre a porta do seu apartamento. Quando não obtém nenhuma resposta, ele esboça um sorriso aberto, amarrando a minha mão e puxando-me para dentro num ápice. 

Sem que eu tenha sequer tempo de respirar, eu sinto os seus lábios pressionados contra os meus, o meu corpo é empurrado para trás e eu logo sinto as minhas costas a embaterem contra a parede fria e dura. Zayn segura nas minhas pernas, erguendo-me. Os meus braços descansam em seu pescoço, e as suas mãos logo se movem até a meu rabo, empurrando-me contra o seu corpo. As minhas pernas envolveram-se em voltas das suas costas á medida que os seus lábios atacavam o meu peito, deixando beijos e chupões por todo o lado.

Eu gemo quando ele enterra a cabeça no meu pescoço, sugando a pele e enviando uma corrente elétrica por todo o meu corpo.

Eu tomo o seu rosto entre as minhas mãos, obrigando-o a olhar nos meus olhos e então ele sorri com um castanho brilhante.

"Não fazes ideia do quanto eu te desejo." Zayn sussurra contra o meu ouvido, a sua voz ofegante e rouca.

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