Descobertas - O Filho do Amig...

By FSViturine

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Descobrir quem você é de verdade se tornou um desafio para Guilherme, um adolescente de dezesseis anos, em pl... More

PRÓLOGO
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33 - Penúltimo
Capítulo 34 - Último
Epílogo

Capítulo 21

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By FSViturine

Ao chegar em casa, me deparei com a fachada da casa inteira decorada com luzes de LED, parecia até que estava entrando numa boate. Quando andei pela sala, notei que a casa inteira tinha passado por uma bela faxina e que tudo tinha ficado impecavelmente limpo. Subi a escada correndo, na direção do meu quarto, pois não queria que Doutor Augusto ou qualquer outra pessoa me visse vestido daquele jeito.

Também tive que dar um ponto para o meu pai, já que meu quarto estava intocável, da mesma forma que eu havia deixado antes de sair de casa. Então, depois de me desfazer daquela maldita roupa ridícula e tomar um banho relaxante, saí a procura de Doutor Augusto. O encontrei no jardim, próximo a churrasqueira, com um cara.

- Então, o que achou? – perguntou meu pai, olhando em volta. Fiz o mesmo. Tudo estava demais. As luzes, a mesa de som com DJ, as mesas espalhadas pelo jardim, a piscina cheia de bolas... não fazia muito meu estilo, porém, me forcei a sorrir.

- Ficou ótimo. – disse e meu pai pareceu feliz com minha resposta.

- Não vai se arrumar? – perguntou ele.

- Ainda não está na hora. – falei e meu pai negou com a cabeça. – Vou descansar um pouco no meu quarto. – disse e saí logo em seguida. Não foi muito difícil cair no sono quando deitei na minha cama. Estava realmente muito cansado e fiquei feliz que nenhum pensamento perturbador em relação a Lucas tomou conta da minha mente.

-

Mais tarde, depois de duas horas de sono, ainda estava no meu quarto, agora, indeciso quanto ao que vestir. No fim das contas, optei por uma camisa branca de mangas compridas, calça jeans escura e tênis branco. Papai com certeza diria que eu estava simples demais, mas para mim estava ótimo. Quando desci, haviam alguns amigos da escola presentes, no jardim. Todos sentados no mesmo espaço. Me senti um pouco retraído, torcia para que os meus amigos logo chegassem.

Por volta das nove da noite, Renan apareceu. Deu a desculpa de que estava fazendo algumas tarefas para sua mãe. Eu o arrastei para todos os lugares que ia, até que Samanta chegou e se juntou a nós. O DJ tinha começado a tocar as músicas e várias pessoas resolveram ir para a pista de dança. Samanta tentou milhares de vezes me arrastar para lá, mas sempre fugia. Renan até arriscou alguns passos, mas era tão tímido quanto eu para se soltar.

Renato foi um dos primeiros a chegar e estava sentado numa mesa com alguns funcionários do hospital que papai convidou. Pensei que Lucas não apareceria, pensei errado. Ele chegou por volta da meia noite e, para minha decepção, Bia estava ao seu lado. Os dois caminharam pelo jardim de mãos dadas e foi nesse momento que me dei conta de que minha noite estava começando a ir por água abaixo. Era algo impossível de controlar, o que estava sentindo. Lucas tinha passado de todos os limites naquele momento, levando-a até minha casa, na noite do meu aniversário.

Foi Renan quem me puxou para que saísse dali, Lucas já tinha me visto e Bia também. Ela tinha uma expressão desafiadora no rosto, como se estivesse me provocando e eu tive que controlar a minha ira. Bia sabia que eu nunca a expulsaria da minha casa, que eu era educado demais para tal coisa. Já Lucas, tinha seus olhos arregalados, me olhando com aflição. A única coisa na qual consegui reparar foi no fato de que ele não soltou a mão dela quando me viu.

Consegui mantê-los longe de mim por muito tempo. Quando a festa estava no seu auge e quase já os tinha esquecido, me dei conta de que Bianca ainda não havia aparecido, por isso peguei meu celular para ligar para ela, mas antes da ligação completar, fui surpreendido com sua chegada. Renan, que estava do meu lado, quase deixou o celular cair da mão quando a viu parada, nos olhando. Por um instante, apenas por um segundo, senti algum tipo de atração pela garota diante de mim. Ela estava linda! Mas minha atenção foi roubada quando senti Samanta me cutucar, fazendo com que eu virasse o rosto na direção da mesa onde Lucas e Bia estavam sentados. Ele estava muito atento a nós naquele momento, apenas virei de costas, para ignorá-lo.

- Uau! Você está... linda! – falei quando Bianca se aproximou. Podia não estar apaixonado por ela, mas com certeza estava encantado.

- Obrigado... ah, e parabéns! – disse ela, sorrindo timidamente e erguendo sua mão para me parabenizar. Encarei sua mão e estava prestes a apertá-la quando lembrei que estava sendo observado, por isso, me deixando ser egoísta por um minuto, puxei Bianca para perto de mim e a abracei, passando meus braços em volta da sua cintura. Renan e Samanta trocaram olhares maliciosos no mesmo instante e fiz careta para eles, que tentaram disfarçar os risos quando Bianca e eu nos afastamos. Minutos depois meus amigos e eu nos juntamos a mesa do pessoal da escola. Em nenhum momento falamos sobre o beijo que ela tinha me dado mais cedo. Era algo constrangedor. Para os dois, eu acho.

A noite continuou tranquilamente e confesso que em certo ponto, estava me divertindo muito. A nossa mesa era a mais divertida e barulhenta da festa. Todos os garotos e garotas da escola riam e brincavam. Samanta, Renan, Bianca e eu conversávamos sobre coisas bobas e engraçadas, e riamos de alguns convidados, que já estavam bêbados. O tempo foi passando e as duas da madrugada, os primeiros convidados começaram a ir embora. Todos vinham até a minha mesa e se despediam. Levei algumas pessoas até a saída e me despedi delas, até que por fim, só restou Bianca e eu numa das mesas. Renan e Samanta tinha sumido desde que voltei ao jardim.

O resto dos convidados que tinham restado, eram todos do hospital e estavam bêbados, a maioria. Quando era por volta das três e meia da manhã, comecei a estranhar a ausência de Renan e Samanta. Bianca e eu estávamos engajados numa conversa sobre séries de TV quando notei a ausência dos meus amigos. Cheguei a achar que eles tinham ido embora sem se despedirem de mim, então decidi procurá-los.

Estava com uma latinha de refrigerante na mão quando saí para achá-los. Certifiquei em todos os lugares do jardim e evitei olhar na direção de Bia e Lucas que continuavam ali, ia ignorar eles até quando não desse mais. Depois de não achar meus amigos, entrei em casa e caminhei pelo corredor que levava a sala de estar calmamente e estava prestes a subir a escada quando engasguei e cuspi o líquido da minha boca. Não consegui esconder a minha surpresa ao pegar os dois no flagra, sentados no degrau da escada, se beijando. Observei aquele emaranhado de cabelos ruivos de costas para mim e não sei o que me deu, mas tive um ataque de risadas e os dois quase morreram de vergonha. Samanta escondeu o rosto dela no peito de Renan, que só revirou os olhos.

- Dá o fora daqui, Gui! – ele falou, me fazendo rir ainda mais. Os deixei sozinhos para continuarem com aquilo. Subi para o meu quarto, afim de trocar de roupa, o jardim estava fazendo frio.

Meu quarto agora estava atolado de presentes e decidi que só os abriria no dia seguinte. Procurei pelo meu casaco em meio àquela bagunça e quando estava terminando de vesti-lo, fui pego de surpresa quando Lucas entrou no meu quarto e trancou a porta. Fiquei paralisado, sem reação alguma. Mais nervoso do que com medo. Lucas continuou ali, parado, encostado na porta com os olhos fixos em mim. Não fazia a mínima ideia do que ele estava fazendo ali, só em vê-lo me olhando daquela maneira, meu coração quase saiu pela boca.

- O que está fazendo aqui? – perguntei, saindo do transe.

- Eu vim te dar parabéns. – disse ele, inseguro. Engoli o seco antes de falar.

- Obrigado. – foi a única coisa que eu disse.

- Obrigado? – perguntou Lucas. Eu agora mexia nos meus presentes e tentei não ficar olhando para ele.

- É. Estou agradecendo. – disse. Por um instante dei as costas para ele, numa tentativa boba de me sentir protegido daquilo, mas Lucas foi rápido e logo senti sua respiração no meu ouvido.

- Posso te dar um abraço? – ele sussurrou e senti meu corpo inteiro ficar arrepiado. Não me mexi, nem falei nada. Acho que essa foi uma resposta positiva para ele, já que Lucas pegou minha mão e num único movimento, me fez virar para ele. Nossos rostos ficaram bem próximos um do outro. Podia sentir sua respiração no meu rosto. Lucas sorriu de um jeito que me fez sentir um frio no estômago e passou um dos seus braços por cima do meu ombro e o outro pela minha cintura. Eu demorei um pouco para reagir, mas também o abracei, forte. Muito forte. A vontade que tinha era de dizer que ainda o amava, mas minha garganta estava travada. Só queria não ser fraco e não me sentir abalado com o seu perfume como eu estava naquele momento. – Eu te amo. – Lucas sussurrou, fazendo meu coração acelerar. Meu peito doeu com aquele sentimento e estava prestes e dizer algo quando alguém bateu na porta e nós nos afastamos automaticamente. Lucas passou suas mãos pelo rosto, com frustração.

Caminhei até a porta e a destranquei. Pela primeira vez, senti raiva de Bianca. Ela estava parada na porta, sempre com aquele seu sorriso que nunca sumia. Os olhos dela vacilaram entre mim e Lucas, que estava do outro lado, a encarando de mau humor.

- Desculpa, estou atrapalhando? – perguntou ela, percebendo a irritação de Lucas.

- Não! Está tudo bem. – falei, preocupado. Lucas não deu sinal de que sairia do quarto.

- É que eu queria conversar com você. – disse Bianca, olhando de esguelha para Lucas, que não se moveu. Eu o encarei por um segundo antes de guiar Bianca para fora do quarto.

- Vem, vamos lá fora e aí a gente conversa. – disse, saindo do quarto, não sem antes ver quando Lucas revirou os seus olhos. Segui Bianca pelo corredor, sem ter a mínima ideia do que ela queria. Só conseguia pensar no que tinha acontecido segundos antes, no meu quarto, com Lucas, mas fui tirado desse pensamento quando estávamos descendo a escada e Bianca parou, ficando de frente para mim. Olhei para ela com espanto. - O que foi? – perguntei, estranhando o jeito como ela me olhava.

- É que... eu gosto de você, Gui! – disse Bianca, branca como um fantasma. Eu já sabia aonde ela queria chegar e tentei não levar adiante.

- Eu também te adoro, Bianca. Estou feliz por sermos amigos. – disse, forçando um sorriso.

- Mas eu não gosto de você apenas como amigo. – disse ela, agora parecendo firme, o que me chocou um pouco. Fiquei um tempo em silêncio, sem saber o que dizer até que ela, num movimento rápido e inesperado, se aproximou de mim e me beijou. Fiquei surpreso e atordoado demais para fazer qualquer coisa. Meus olhos se mantiveram abertos e minha mente tentava inutilmente pensar numa forma de lidar com aquilo, sem sucesso. O beijo durou apenas alguns segundos. Segundos suficientes para que Lucas assistisse aquela cena. Ele passou por nós como um raio, furioso. Eu ainda estava perdido entre o fato de que Bianca havia acabado de se declarar para mim e que Lucas tinha nos flagrado num beijo. – O que deu nele? – Bianca perguntou, me olhando.

- Olha, me desculpa! Eu preciso ir! – de repente falei, sentindo meu coração acelerar.

- Mas Gui... – Bianca tentou, mas eu já estava descendo a escada apressado, sem olhar para trás. Um sentimento de culpa me invadiu automaticamente e tentei não entrar em pânico. Sabia que não devia satisfações a Lucas, principalmente depois dele ter levado Bia a minha casa, porém, era mais forte do que eu o que estava sentindo e decidi que tinha que achá-lo para explicar o ocorrido. Quando cheguei a porta da cozinha que dava para festa, Renan e Samanta surgiram do nada, impedindo minha passagem.

- Viram Lucas? – perguntei.

- Não! – disseram os dois, ao mesmo tempo. Eu os encarei por um instante e então percebi que algo estava muito errado. Renan e Samanta se olhavam cautelosos e algo iluminou a minha mente, de certa forma me fazendo entender que já sabia o que estava acontecendo. Um sentimento de raiva começou a crescer dentro de mim. Empurrei Renan para que ele saísse da frente e quando cheguei ao jardim, passei os olhos por todas as mesas. Não vi Lucas no meio das poucas pessoas que ainda estavam na minha casa. Me virei novamente para Samanta e Renan que estavam muito aflitos.

- Cadê eles? – perguntei, sério. Me referia a Bia e Lucas. Com muita dificuldade, Samanta apontou para a garagem, ao lado da casa e, nesse instante, a primeira lágrima escorreu pelo meu rosto. Andei devagar em direção ao pequeno beco que levava até a porta da garagem, a mesma onde Lucas e eu já tínhamos feito loucuras. O lugar era a única parte do quintal que estava isolada.

Não foi difícil escutar o barulho de estalos de beijos quando me aproximei a porta entreaberta da garagem. Pensei em recuar para não ver a cena, mas eu era muito orgulhoso. Se já estava ali, iria até o fim. Havia abertura suficiente para ver o que acontecia lá dentro. Aquela imagem foi a pior imagem que já tinha presenciado até aquele momento. Fiquei paralisado, olhando para Lucas e Bia que se beijavam naquele lugar escuro. Era algo nojento de se ver! Bia estava jogada nos braços de Lucas, que passava suas mãos por ela. Foi difícil acreditar no que via. E o que me deixou mais magoado ainda? Lucas me viu ali e mesmo assim não parou. Por um instante, senti minhas pernas fraquejarem e meu corpo ficar frio, antes de fazer algo, Renan apareceu, segurando meu braço e me forçando a me afastar da porta.

Ele e Samanta me levaram até o outro lado da piscina, para longe de todos e foi lá que eu finalmente desabei. Me deixei levar por um maldito sentimento de dor que me fez chorar como um garotinho. A minha única e miserável sorte foi que os únicos convidados que ainda ali restavam, eram bêbados alheios a qualquer coisa a sua volta. Fiquei sentado de costas para a garagem, não queria mais ver a cara dos dois a partir dali. Samanta e Renan ficaram comigo o tempo todo e minha amiga ameaçou acabar com aquela palhaçada, querendo confrontá-los, a impedi. A única coisa que queria era esquecê-los e tirar de mim toda aquela sensação angustiante de fracasso que sentia.

-

Meia hora mais tarde, Doutor Augusto apareceu e tive sorte dele estar bêbado e não notar meus olhos inchados. Não fazia a mínima ideia do que tinha acontecido com o idiota do Lucas. Talvez eles ainda estivessem na garagem, mas percebi que estava errado quando meus amigos e eu atravessávamos o jardim em direção a casa. Lucas e Bia saíram da garagem de mãos dadas. Era como se ele só estivesse me esperando, pronto para dar a cartada final do seu showzinho ridículo e humilhante. Bia desembaraçava os cabelos e sorria feito uma idiota enquanto eles caminhavam em nossa direção. A expressão de Lucas era séria e ele me encarava com um olhar desafiador no rosto. Minhas mãos se fecharam automaticamente quando ele chegou ainda mais perto e eu estava pronto para lhe dar um soco quando Samanta acelerou seus passos e ficou diante de Lucas e Bia, que a encararam.

- Dá o fora daqui, os dois. – grunhiu Samanta, para ele. Bia riu com ironia.

- Quem você acha que é, garota? – ela perguntou, agarrando o braço de Lucas, que estava imóvel, alternando os olhos entre Samanta e eu.

- Acho melhor você irem, ou você prefere que eu tire sua máscara aqui mesmo, babaca? – minha amiga disse, para Lucas. Eu vi a raiva se espalhar pelo rosto dele no mesmo instante. Bia pareceu confusa com a ameaça.

- Do que você está falando? – ela perguntou.

- Desculpa, esqueci que você é loira! - Samanta falou, com um sorriso cínico no rosto.

- Samanta. – falei, mas ela não se virou para me olhar.

- Olha Lucas, estou falando pela última vez. Dá o fora daqui antes que eu mesma quebre a sua maldita cara! – disse ela, furiosa. Tinha a sensação de que Samanta partiria para cima deles a qualquer momento. Acho que Renan tinha a mesma impressão, ele já tinha se aproximado da minha amiga.

- Vem, vamos embora. – Lucas finalmente disse, com os dentes trincados. Me olhou pela última vez antes de segurar a mão de Bia e arrastá-la pelo jardim em direção a cada.

- Vão se foder, os dois! – Samanta gritou e Bia mostrou o dedo do meio para ela antes de desaparecer dentro da casa. – Eu odeio eles! – ela disse, se virando para nós. Acho que Renan e eu estávamos assustados demais para dizer algo. – O que foi? Achou que eu ia ficar calada depois dessa palhaçada?

- Você é muito fodona! – Renan disse, pela primeira vez me fazendo rir depois de tudo aquilo.

-

No meu quarto, quando terminei de enxugar o rosto depois de lavá-lo, escutei a voz de Bianca do lado de fora do banheiro. Tentei respirar fundo e fingir que estava tudo bem, por mais difícil que fosse. Quando saí, encontrei Samanta e Renan sentados na minha cama, com olhares preocupados que me deixou um pouco constrangido.

- Tá tudo bem? – Bianca estava parada próximo a janela. Vê-la ali me fez lembrar que eu ainda tinha uma pendência a resolver, no entanto, não senti que tinha disposição o suficiente para lidar com aquilo naquele momento, olhei para Samanta que logo entendeu o recado.

- Então gente, vamos lá fora dançar um pouco? – disse minha amiga, com uma falsa animação. – A pista de dança está vazia, então vamos arrasar! – disse Samanta, piscando disfarçadamente para mim. Sorri para ela, a agradecendo silenciosamente por tudo o que tinha feito por mim naquela noite.

Outra vez no jardim, me obriguei a esquecer de Lucas e Bia por um momento. Renan me dizia o tempo todo que tinha que ser forte e ignorá-lo. Estava tentando. Tentando de verdade! Cedi aos caprichos de Samanta que me obrigou a ir até a pista de dança, onde tocava Viva La Vida. Naquele instante, foi fácil esquecer a dor que sentia e me entregar ao momento que vivia com meus amigos. Nos juntamos no meio da pista, descalços, cantando alto e dançando ao som de Coldplay. O sorriso do Doutor enquanto me assistia e meu irmão que dormia nos seus braços, me fez perceber que não podia me deixar entregar a um maldito sentimento de tristeza por causa de Lucas. Tinha que ser forte e dar a volta por cima.

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