Give My Love To Luke - muke c...

By mrsallgaucha

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O que é uma história de amor? Para Michael, tudo. Quando o carcereiro do presídio onde estava pediu para Clif... More

primeiramente, hey
𝓅𝓇ó𝓁𝑜𝑔𝑜
𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓊𝓂
𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝒹𝑜𝒾𝓈
𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓉𝓇ê𝓈
𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓆𝓊𝒶𝓉𝓇𝑜
𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝒸𝒾𝓃𝒸𝑜
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por favor, comentem algo rapidão pra eu testar algo
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𝑒𝓅í𝓁𝑜𝑔𝑜
𝓈𝑜𝒷𝓇𝑒 𝒶𝑔𝓇𝒶𝒹𝑒𝒸𝒾𝓂𝑒𝓃𝓉𝑜𝓈 𝑒 𝒸𝓊𝓇𝒾𝑜𝓈𝒾𝒹𝒶𝒹𝑒𝓈

𝒸𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓈𝑒𝒾𝓈

206 36 90
By mrsallgaucha


hoje tem att dupla, yeeey. 


"See I'm just too scared to tell you the truth
Cause my heart ache can't take anymore
Broken and bruised longing for you"

Hot Chelle Rae feat. Demi Lovato. - Why Don't You Love


- Eu vou cronometrar o tempo - Michael avisou.

- Isso - Luke assentiu.

- No três.

- Ok.

- Um, dois, três, vai!

E Luke saiu correndo pela floresta.

Como sempre, os dois amigos gostavam de se reunir na floresta da cidade, onde ninguém ia além deles, e ficavam lá deixando o tempo passar, fazendo alguma coisa ou outra. E como Luke ainda gostava de praticar corrida, nos últimos tempos Michael e ele ficaram testando a velocidade de Hemmings. O que consistia no loiro correr cem metros e Michael cronometrar quanto tempo levava para ele finalizar o percurso.

O tempo mais rápido que Luke havia feito era de 23 segundos, num lugar de mato ainda, cheio de folhas e leves desníveis, era uma vitória. E claro que Luke queria ir ainda mais rápido do que seu recorde, porém, desde então, não havia conseguido o feito, pois sempre chegava depois dos trinta segundos, coisa que irritava, e muito, o menino.

O cronômetro marcava 0,35 segundos quando Luke chegou, um pouco suado e ofegante.

- Quanto tempo?

- 0,28 segundos - Michael mentiu.

- Isso é sério? - Luke perguntou desconfiado. Era impossível.

- Claro que é. - Michael, instintivamente, segurou o cronômetro atrás das costas dele. - Vamos para a lanchonete.

- Michael, eu sei quando você está mentindo - Luke informou. - Me dê o cronômetro.

- Eu não estou mentindo. Vamos para a lanchonete? - mudou de assunto.

Michael sentia que estava mentindo por um bom motivo, sabia que era errado mas não aguentava ver o rostinho magoado de Luke ao saber que não havia conseguido percorrer o trajeto no tempo certo. Doía tanto nele e sabia que doía ainda mais no loiro, por isso que, naquele momento, mentiu para seu amigo - que também era a sua paixonite - para não vê-lo triste.

- Sabe que eu pego o cronômetro de ti, né? - Luke desafiou.

- O qu-

E antes de terminar a frase, Michael fora atacado por Luke que logo o derrubou no chão, fazendo o cronômetro cair não muito longe de onde os dois estavam. Luke imediatamente engatinhou até o objeto e o pegou, para então olhar o tempo em que ele fez a corrida de cem metros. 0,35 segundos.

Michael viu no rosto do seu amigo a tristeza e a chateação pelo resultado, e também, talvez, pela mentira.

- Você mentiu pra mim! - Luke acusou de joelhos ao lado do seu amigo que ainda estava no chão, o observando.

- Eu menti mas...

- Você mentiu pra mim, seu merdinha!

- Eu sei, Lu...

- Você vai pagar - Luke disse, desta vez, de um jeito inesperadamente brincalhão, deixando Michael desconfiado.

De repente, Luke atacou Michael de novo, só que de um jeito diferente. Como moreno ainda estava no chão, Luke subiu em cima dele, colocando ambas as suas pernas ao redor de Clifford, o prendendo, e começou a atacá-lo em forma de cócegas. Passando seus dedos rápidos e ágeis pela pele de Michael, o deixando muito nervoso pela brincadeira, porque o resultado estava sendo bem diferente do esperado.

Onde para o loiro, ele estava apenas fazendo cócegas e brincando com o seu amigo, para Michael, a situação era bastante diferente. Era Luke, o menino que, querendo ou não, Michael era apaixonado, tocando em seu corpo e se mexendo freneticamente em cima dele, bem perto de suas partes. Clifford conseguia sentir seu membro começar a enrijecer dentro de sua bermuda, o que seria obviamente notado por Hemmings já que a bunda do garoto estava tão perto.

Eram os próprios céu e inferno em um só momento.

Só tinha uma coisa a se fazer e Michael o fez. Ele empurrou violentamente Luke de cima de si, fazendo o garoto cair de forma brusca no chão ao seu lado.

- Que merda é essa, Michael? - perguntou irritado, genuinamente irritado.

- Você estava fazendo cócegas em mim e eu te tirei de cima, eu não quero essas brincadeiras de toque, cara - mentiu.

- Michael, nós sempre brincamos assim, porra, o que deu em você para não querer mais?

Sem querer me apaixonei por ti, pensou o moreno.

- Eu cresci, Luke. Simplesmente cresci. Talvez você deveria tentar também.

Michael levantou-se do chão da floresta e limpou a sujeira de si. O garoto até ofereceu a mão para o amigo para ajudá-lo a levantar também, porém Luke deu um tapa em sua mão, o afastando. Clifford sabia que havia deixado o seu amigo extremamente bravo, ele estava com o rosto vermelho e respirando pesado, como se fosse explodir. Como se já tivesse muito dentro de si e agora estava com vontade de tirar de seu peito, entretanto, não o fez.

Os dois apenas seguiram o seu caminho para fora da floresta que os guardavam sempre que precisavam, só que distantes, agora, de uma forma sentimental. Era normal eles saírem de lá conversando, brincando um com outro, falando bobagem, porém, no momento, Luke estava num lado da rua e Michael no outro.

Luke estava se sentindo triste porque se sentia afastado de Michael, como se os dois estivessem se afastando cada vez mais um do outro de um tempo para cá. Luke achava que a culpa poderia ser por causa da sua namorada, que poderia estar entre eles, mas Katlynn mal conversava com Michael. Sabia que, se fosse o caso, seria culpa inteiramente dele por dar bastante atenção a ela e deixar um pouco o seu amigo de lado.

Também poderia haver o fato de Michael realmente ter crescido e Luke não acompanhou essa parte com ele. Talvez as brincadeiras de toques - como cócegas - tenham ficado no passado e Luke apenas não sabia. Na verdade, pensando bem agora, qualquer tipo de toque havia sido deixado no passado já que os dois nem se abraçavam mais. Antigamente, abraços entre eles eram comuns, claro que quando eles estavam sozinhos mas, ainda sim, comuns, porém, com o tempo, a quantidade de abraços entre eles foi diminuindo e diminuindo, até se tornar nula. Michael realmente havia crescido e se tornado um homem adulto que só compartilhava afeto com a mulher que estava no momento, Clifford só havia esquecido de avisar Luke.

E Luke sentia falta da liberdade de poder tocar no seu amigo.

Entretanto, Luke sabia que não poderia culpar Michael. Uma das maiores qualidades de Luke - e isso o amigo dele mesmo dizia - é que ele era muito compreensivo com o que Michael fizesse ou qualquer outra pessoa, ele tinha paciência para conversar e tentar entender o lado do outro. E, no momento, olhando para Michael pensativo no lado paralelo da rua, Luke o entendeu. Tais brincadeiras eram invasivas e abraços eram necessários nos momentos especiais, eles já passaram dos seus treze e catorze anos onde os toques faziam parte das piadas. Eram homens e deveriam agir como tais agora.

Luke entendeu Michael. Ou melhor, pensou que entendeu, porque a realidade de Clifford era bem diferente.

A culpa devorava Michael por inteiro. Ele sentia que estava sendo muito injusto com o loiro, o fazendo pagar por algo que o garoto não tinha culpa nenhuma e nem sequer sabia o porquê de Michael estar mantendo tanta distância física dele - até mesmo um pouco de distância emocional -. O garoto de olhos verdes só não conseguia evitar, e ele odiava isso em si mesmo porque estava machucando a única pessoa no mundo que não queria machucar, que era Luke.

A verdade é que era difícil ficar perto de Luke para Michael, muito perto. Quando os dois se tocavam, o moreno sentia seu corpo entrar em combustão e borboletas voarem dentro de seu estômago, por mais clichê que soe. E ao ver que seu corpo reagia ao de Hemmings, seja de forma inapropriada - como na brincadeira de cócegas - ou de forma carente como quando, após um toque de loiro, Michael passar levemente os dedos onde fora tocado, como se fosse capaz de ascender de novo a sensação de ter suas peles tocadas. A infelicidade tomava conta de seu interior pois se sentia mal por estar tão apaixonado por seu amigo, um amor impossível. Era tão injusto.

Sem Michael perceber, Luke foi se aproximando para o lado onde ele estava na rua, fazendo assim os dois andarem um ao lado do outro, como normalmente andavam. Clifford se surpreendeu ao ver seu amigo perto dele, o mesmo lançou um sorriso pequeno, como um pequeno sinal de paz entre os dois pelo ocorrido, que Michael retribuiu com o coração apertado já que sentia que Luke não fazia a mínima ideia do porquê estava declarando paz. Para Clifford, ele era tão puro e cuidadoso que nem fazia questão, pois a amizade deles estando bem, era o importante. Novamente, era tão injusto.

- Que horas você vai para o aeroporto amanhã? - Luke perguntou, quebrando o silêncio.

- Logo pela manhã, às oito horas - respondeu. - Você quer ir junto? Eu te buscaria antes de ir.

- Eu quero sim, não perderia por nada conhecer um Clifford de manhã cedo - Luke aceitou, fazendo Michael rir.

No dia seguinte, o primo de Michael por parte de sua mãe, Daniel, viria o visitar para ficar três dias na casa do garoto de olhos verdes. Ambos eram muito próximos um do outro, desde pequenos. Daniel era só um ano mais velho que Michael, então eles cresceram juntos, praticamente, até o moreno ter que se mudar. Eles passaram um longo tempo sem se comunicar, até o momento que Michael descobriu, aos seus dezessete anos, o endereço da casa de sua avó materna na Austrália e decidiu mandar uma carta, desde então, Michael fortaleceu os laços com a sua família distante e, principalmente, com o seu primo que era seu amigo, além de Luke.

- Você deve estar ansioso - comentou Luke, entrando com Michael na Evans' Burguer, lanchonete em que o mesmo trabalhava.

- E eu estou, muito - afirmou. - Eu já volto - Michael disse entrando para onde ficava os funcionários do estabelecimento, que eram três mulheres que trabalhavam na cozinha e outros dois garotos que atendiam as mesas com Clifford, eles também cuidavam da caixa registradora.

Como Luke sempre fora muito inteligente em matérias de exatas, ele usava sua inteligência para dar aulas de reforço para crianças que precisavam. Ele preferia dar as aulas na lanchonete em que Michael trabalhava já que assim ele ficava com o seu amigo e não em casa, sozinho. Claro que nem sempre o loiro tinha aula para dar, principalmente agora que era verão e as crianças estavam de férias, mas tinha um ou outro que pedia ajuda para o próximo ano escolar, o que não era o caso no momento já que Luke não tinha aluno algum para dar aula e ele só ficava sentado no balcão perto de onde Michael passava a maior parte do tempo trabalhando.

Logo Clifford apareceu vestido com a camisa laranja com o logo da Evans' Burguer - que era um hambúrguer sorrindo - uma calça caqui e um avental por cima. Luke não entendia muito o porquê do avental já que o amigo não trabalhava na cozinha, mas sabia que ele guardava o bloco de notas para atender os pedidos no mesmo, assim como o chefe de Michael afirmava que era muito mais higiênico, então por esses motivos o loiro até achava uma boa ideia o uso da vestimenta.

O tempo foi passando e o garoto de olhos azuis só ficou sentado observando o movimento do local e até pediu um milkshake para passar um pouco o tempo. Quando a concentração de pessoas diminuiu consideravelmente, Michael conseguiu ficar só na caixa registradora, já que assim podia dar atenção ao amigo o bastante para manterem uma conversação.

Porém, infelizmente, a conversa entre os dois foi interrompida por um garoto irritante que se achava no direito de interromper a conversa das pessoas só porque ele chegou. Esse garoto sendo Ian James, filho de Matilde. Ugh, não acredito, Michael pensou logo que o adolescente se aproximou e começou a conversar com Luke.

- Você continua correndo? - Ian perguntou à Luke. Michael sentiu como uma pergunta mais para manter as aparências, como tudo que a mãe dele fazia.

- Ah, eu continuo, sim. E a escola, como 'tá?

E, do nada, se fez silêncio no estabelecimento. Como num filme romântico, a mais bela das garotas adentrava o local e todo mundo parava para observá-la, para babar em sua existência e o simples barulho iria interromper o efeito dramático que era aquela beldade no local.

Era Alexa Nolan, a antiga paixão de Luke, andando com sua confiança, cabelos castanhos longos e olhos da mesma cor, só que mais claros. Ela era linda mesmo. E estava obviamente se aproximando de onde eles estavam. Se aproximando até chegar em Luke.

Antes Ian, agora Alexa? Abriram o portão do inferno mesmo, pensou Michael incomodado.

- Oi, Luke, tudo bem? - a garota perguntou.

- Tudo bem, e você? - devolveu a pergunta.

- Ah, um pouco animada para o baile porém, infelizmente, eu não tenho um acompanhante. - Michael sentiu o veneno da afirmação de longe, tanto que ficou prestando atenção em Luke, mesmo fingindo não fazer.

- Eu duvido, Alexa, você deve ter recebido muitos convites - Luke disse inocente.

- É verdade, eu recebi - admitiu -, mas de ninguém que eu queira, sabe? - disse a garota, mexendo na camisa de Luke, como se a estivesse arrumando. E foi nesse momento que o loiro entendeu as intenções da garota, tanto que olhou para Michael com os olhos arregalados.

- Ah, que pena, mocinha - Michael se meteu, dizendo ironicamente - a nerdzinha da aula de química já enlaçou esse daqui. A Katlynn, sabe? Mas se quiser, eu estou disponível - finalizou com uma piscadela.

- Ugh, que nojo. Nem se o diabo me obrigasse, Michael, eu sairia contigo.

- Quem 'tá perdendo é você.

- Então, Luke - a garota enfatizou o Luke -, é verdade? E se sim, acho que ela não ficaria mal se você desistisse de ir com ela para ir comigo, não é?

- Ah, Alexa, sinto muito - desculpou-se. - Katlynn é minha namorada, eu não faria isso com ela.

Michael sentiu uma sensação agridoce ao ouvir Luke chamar Katlynn de namorada e negar o convite de Alexa.

- Ah, então deixa pra lá. - Engoliu a seco. Rejeição doía, mas nela, ainda mais. - Até depois, Luke. Sai daqui, pirralho - disse se dirigindo a Ian, que estava atrás dela.

E Michael só esperou o filho de sua madrasta enlouquecer...

- Como, sério, COMO, você nega as investidas da Alexa Nolan, Luke? Você é louco por acaso? - perguntou chocado.

- Eu tenho namorada, Ian.

- Mas Luke, é a Alexa Nolan!

- Pelo que eu sei, Ian - disse ríspido -, eu não te devo explicação também.

- Ok, Ok - Ian disse, levantando suas mãos em rendição.

- Eu já volto - avisou Luke, indo em direção aos banheiros.

Hemmings havia saído do local temporariamente, porém, Ian continuava onde estava antes. Michael conseguia sentir os olhares desconfiado do garoto, encarando Clifford de tempos em tempos. Michael tentava se distrair arrumando algo aqui e ali, porém toda essa atenção de Ian do outro lado do balcão já estava o incomodando muito.

- O que você quer? - perguntou Michael.

- Nada, só estava pensando.

- Hm, que raro. Pode fazer isso em outro lugar, por favor?

- Não quer saber o que eu estava pensando? - o adolescente perguntou, ignorando o pedido de Michael.

- Não, porque não me interessa. Sai daqui, por favor.

Era obrigado a usar o por favor, porque era proibido mandar um cliente para longe, de todos os modos.

- Você tem inveja do Luke.

- O quê? - Mesmo fazendo o possível para ignorar Ian, ficou difícil ignorá-lo depois dessa acusação.

- Você ouviu muito bem. Você, Michael, tem inveja do Luke, porque ele tem chance de ficar com uma garota como Alexa Nolan enquanto as meninas que você fica não estão nem perto do patamar dela.

- Vai se foder, Ian. Você ouviu o Luke, ele tem namorada e não quis. Fica na tua.

- Ele só negou porque você teve que se meter no meio, se você não tivesse se metido, ele teria aceitado. Mas você odiaria ele saindo com uma garota tão linda...

- Ian, eu não vou te pedir de novo, fica na tua.

O garoto se aproximou bem perto de Michael, com a sua expressão presunçosa para dar a sua última cartada.

- Eu tenho pena de Luke por ter você como amigo, Michael, um invejoso. Luke merece mais do que alguém como você.

Michael ficou desnorteado com essas palavras. Como assim inveja de Luke? Como assim Luke não o merecia? Inveja?

Michael sabia - bem no fundo do seu ser - que Ian estava um tanto correto. Era só trocar a palavra inveja por ciúmes, então Ian estava certíssimo. Porque, sim, Michael sentia ciúmes de Luke. Estava apaixonado por ele e queria Luke apaixonado por ele de volta. Então, como assim Ian teve a audácia colocar todas as suas inseguranças bem na sua cara?

Sem pensar, Michael o pegou pelo colarinho de sua camisa e o puxou, para ficarem cara a cara. Como Ian não era muito alto, suas pernas ficaram no ar, balançando, seu pescoço doendo pelo aperto da camisa. Michael não era mais o tipo violento, mas tinha suas exceções. E essas exceções incluíam qualquer pessoa que ele odiasse, alguém jogar as suas merdas pessoais internas na cara dele e envolver algo sobre Luke e, bem, essa situação era um combinado de todos.

- Ouça bem, Ian, que eu não avisarei de novo - disse Michael ameaçadoramente -, não se envolva na minha vida, no que eu faço dela e muito menos com as pessoas que eu gosto. Fique bem longe, porque, se você fizer isso de novo, eu farei pior contigo.

Ao finalizar sua fala, Michael soltou Ian de suas mãos, que caiu desajeitado no chão. As pessoas que estavam na lanchonete ficaram encarando Clifford, com um leve medo dele no ar, cochichando entre si sobre o que acabara de acontecer. Estavam todos surpresos, mas nem tanto, Michael já tinha sua fama de bad boy pela cidade e isso só contribuiu para aumentá-la mais.

- Você vai pagar, Michael. Eu juro que você vai pagar - Ian ameaçou, indo embora. Essa foi a única coisa que Luke viu da confusão toda.

- O que aconteceu? - o loiro perguntou, se aproximando.

- Nada, só o Ian me irritando como sempre - Michael respondeu, finalizando o assunto ali. Não queria falar nem pensar a respeito, sentia medo de dar mais razão a Ian.



te vejo no próximo capítulo

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