Indomável - Eva [2°história].

By pizza-mm

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2° história da segunda geração da série Corrompidos. LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. Todo o conteúd... More

I.
II.
III.
IV.
V.
VII.
VIII.
IX.
X.
XI.
XII.
XIII.
XIV.
XV.
XVI.
XVII.
XVIII.
XIX.
XX.
XXI.
XXII.
XXIII.
XXIV.
XXV [Último].

VI.

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By pizza-mm

Toco a campainha do apartamento do Aley e espero pacientemente ele abrir, o que não demora, mas quem está do outro lado da porta é a Zara, namorada do meu irmão.

— Oi, Eva! — Fala animada e me abraça, eu permaneço reta sem me dar ao trabalho de todo fingimento.

— Oi, Zara, cadê meu irmão? — Pergunto a afastando e entrando.

— Ele acabou de sair pra te buscar — avisa fechando a porta e me encarando.

— Merda — resmungo já pegando meu celular e o ligando. — Eu ainda mandei uma mensagem avisando que viria direto pra cá.

— Ele provavelmente não viu.

Levanto minhas sobrancelhas a encarando. 

Ela sorri e da de ombros.

— Quer um suco? Vou pegar.

Não respondo e mesmo assim ela vai pra cozinha, eu reviro os olhos sozinha.

A verdade é que eu não gosto dessa mulher, acho ela uma tremenda falsa. Só engana pela aparência, afinal, ela é muito bonita. Cabelo castanho claro, mas com inúmeras mechas loiras, é alta e magra, anda sempre elegante e é sempre formal demais.

Vejo meu celular recebendo uma chamada do Aley e atendo:

Cadê você, Evie?

— Você não leu a mensagem, piolho? Falei que viria pra sua casa.

Que mensagem? Merda, eu não tinha visto. Enfim, já estou voltando.

— Anda logo — resmungo.

Calma, pirralha.

Sorrio e desligo.

— Ele já está vindo? — Zara pergunta me entregando um copo, eu aceito e o deixo em cima da mesinha de centro.

— Já sim — a encaro, ela assente sorrindo e bebericando o copo que segura, olha onde coloquei o meu e me encara.

— Não vai beber?

— Quando eu tiver sede — dou um sorriso falso, ela assente e coloca um porta copo em baixo.

Não falamos nada até o meu irmão chegar, eu o abraço e percebo a carranca da Zara, por isso faço questão de abraçar meu irmão por mais tempo e dar um beijo na sua bochecha, ele sorri e beija minha testa.

— Está tão afetuosa hoje, será que quer algo? — Ele pergunta sorrindo e eu reviro os olhos batendo na sua cabeça.

— Sou sua irmã, só estou demonstrando meu amor. — Mostro a língua, ele bagunça meu cabelo.

Zara se levanta pegando uma bolsa e sorri parando na nossa frente.

— Bom, eu preciso ir. Foi ótimo revê-la, Eva — ela me abraça e eu reviro os olhos encarando o Aley que sorri. — Tchau, amor — da um selinho nele.

— Qualquer coisa me liga — Aley diz e ela assente saindo.

— Eca — limpo a bochecha que ela beijou.

— Para de ser tão má com minha namorada, Evie — se joga no sofá e me puxa para o seu lado, ele beija minha cabeça ligando a TV.

— Ela não me engana — resmungo.

— Como foi no Texas? — Bufo.

— Um inferno, aquele lugar é lindo, mas do que tem de lindo, tem de quente. Provavelmente perdi uns cinco quilos só nos dias que fiquei lá, e isso porque eu nem fazia nada — o encaro e ele ri balançando a cabeça.

— Pra gente que ta acostumado com o clima do Reino Unido, ficar no Texas não é fácil. Quando eu fui não consegui ficar mais que uma semana.

— Não sei como a Charlotte consegue.

— O que o amor não faz, não é? — Ele sorri.

— Credo — o encaro. — Falando em amor, não entendo porque vocês ainda estão juntos — Aley suspira.

— De novo isso, Eva? Eu gosto da Zara e ela de mim, ponto final.

— Você merece alguém melhor, piolho!

— Melhor? Me diz o que a Zara te fez de tão terrível assim. — Sua expressão é séria.

— Hm... Nada, por enquanto — resmungo. — Mas sei que ela não é confiável.

— Ah, então você só está com ciúmes? — Ele me olha sorrindo e começa a fazer cócegas. Me contorço tentando me livrar dele.

— Deus, Aley! Quantos anos você tem? — Resmungo levantando correndo, ele ri. — Idiota — bufo sentando no outro sofá, mas logo ele senta ao meu lado me abraçando de novo. Reviro os olhos pra sua carência.

— Para com isso, você é minha irmãzinha, tenho saudades de estar todo dia contigo. Então me deixa te abraçar — beija minha bochecha me fazer rosnar. — Você é igual ao papai. Rabugenta como.

Mostro a língua.

— Isso é uma qualidade que os fortes têm — levanto o queixo o fazendo rir.

Pego o vestido e olho pra minha mãe, ela tem um sorriso meigo.

— Vamos, vista de uma vez — incentiva. Entro no provador e me troco, olho-me no espelho e gosto de como o vestido abraça meu corpo mostrando curvas que eu nem sabia da existência.

— Gostou? — Pergunto saindo, mamãe arregala os olhos.

— Ficou lindo, querida! — Segura minha mão me fazendo girar. — Ah, meu Deus! — Ela exclama emocionada.

Esse é o vestido que vou usar no casamento da Charlie, no final de semana, essa é a última prova pra ter certeza que está tudo no lugar. Serei madrinha junto com o Aley, a Cee e o Chris.

— Ta uma gata — ouço Chris dizer e o encaro sorrindo. Faço uma reverência em agradecimento.

Atrás dele quem surge é a Arabella segurando a mão do Zac, filho da Mariela e do Carl, amigos dos meus pais.

— Nossa! Você ficou muito bonita, Eva! — Exclama sorridente, ela vem puxando o Zac até chegar perto de mim. Toca meu vestido e sorri mais ainda. — Igual uma princesa.

Sorrio.

— Aposto que você vai ficar mais linda ainda — digo bagunçando seus cabelos cacheados, iguais aos da Diandra. Zac, apesar de não ter nenhum laço de sangue com a Bella, se parece muito com ela. Ele também tem cabelos cacheados castanho e pele clara, a diferença muda nos olhos, os da Arabella são pretos e os dele castanhos. — E você, Zac? Já encontrou uma roupa legal? — Pergunto o fazendo abaixar a cabeça com as bochechinhas vermelhas.

— Já — sussurra me fazendo sorrir, ele é sempre muito tímido. Tanto ele como a Bella têm 16 anos.

— Está todo mundo reunido aqui e ninguém diz? — Escuto a voz do Aley, o Zac vira o rosto na hora sorrindo, Aley é o único que consegue fazer ele conversar.

Me levanto rodopiando.

— Como estou? — Pergunto, Aley sorri balançando a cabeça.

— Espero que não tenha ninguém te olhando com segundas intenções, serei obrigado a partir pra violência — ele diz. — Você está linda, maninha — sorrio.

— Mais que o normal, certo? — Levanto as sobrancelhas e ele revira os olhos. Então senta junto da Bella e do Zac.

— Ei, vocês! — Cumprimenta e Zac sorri o abraçando, Aley sorri acariciando a cabeça dele. — Você está bem, carinha? — Zac assente se soltando.

— Sim e você? — Pergunta baixinho.

— Agora eu estou ótimo! — Abraça a Bella com o braço livre, o outro continua no Zac.

— Achei vocês — ouço a Diandra falando e ela me olha sorrindo. — Você ficou linda, Eva — sua expressão é de ternura, eu sorrio agradecendo.

— Chega de bajular essa garota, ela já é convencida demais — Aley diz e eu reviro os olhos.

— E você um invejoso — retruco. — Só porque não é tão lindo como eu, fica aí — falo brincando e retorno para o provador, tiro o vestido e coloco minha roupa normal. Ao sair o pessoal já se espalhou, apenas meu irmão que ainda está com as crianças ao lado. — Já provou sua roupa? — Pergunto parando ao seu lado, ele mostra o braço direito com as peças sobre o antebraço. — Vai lá, quero ver como meu par vai ficar.

— Uma pena que não tenho uma plateia tão grande quanto a sua — resmunga entrando no provador.

— Daqui a pouco a mamãe aparece, certeza — digo me sentando num puff com a Bella na frente. — Vem cá, Zac — chamo, ele senta ao meu lado. — Não precisa ficar tímido, ta bom? — Ele me olha e sorri confirmando, vira a cabeça e suas bochechas ficam vermelhas na hora, abaixa os olhos desconcertado. Sigo seu olhar e vejo o Aley com a porta do provador aberta, ele está sem blusa nos olhando.

— Me ajuda com isso aqui, Evie — pede levantando a camisa e o suspensório.

Sorrio caminhando até ele.

— Suspensório? Sério que tem que usar isso? — Pergunto o fazendo se virar, visto a camisa nele e ele vai abotoando na frente enquanto eu coloco dentro da calça e encaixo o suspensório.

— Ah, eu acho legalzinho.

— Claro que acha — reviro os olhos e ele se ajeita na frente. Regulo o tamanho até ficar certinho, Aley assente e sorri.

— Assim ta ótimo.

Volto para o puff e ele termina de se arrumar.

— Fiquei ou não um gato? — Pergunta dando um sorriso galanteador.

— Claro que sim, sendo meu irmão é impossível não ser um gato — pisco rindo.

— Você ficou bonitão — Bella diz sorrindo e cutuca o amigo, Zac concorda.

Logo minha mãe aparece com a Diandra e começam a bajular meu irmão que sorri todo faceiro.

Começo a andar pela loja até encontrar o Chris que está apoiado num balcão olhando para a rua pela vitrine, eu cutuco suas costelas e ele sorri me olhando.

— O que foi? — Ele da de ombros apontando para uma porta do provador.

— A Myrcella entrou ali e não saiu mais — resmunga cruzando os braços.

— Ela está se arrumando, oras, deixe que demore o tempo que quiser — cruzo os braços e ele revira os olhos.

— Claro que você iria defende-la.

— Isso é mais que óbvio, mulheres unidas — ergo o queixo.

— Mas precisa mesmo demorar tudo isso? — Resmunga outra vez. — É só pra colocar um pedaço de pano, afinal.

— Você sabe que eu posso perfeitamente te escutar, né Christopher? — Cee pergunta ainda dentro do provador, eu rio. — Só sabe reclamar, então por que veio? — Ela abre a porta e sai usando a mesma roupa que chegou, percebo Chris franzir a testa confuso.

— Cadê a roupa? — Ela aponta o vestido pendurado no antebraço. — Você... não me arrastou até aqui pra ver? — Cee franze a testa e nega.

— Claro que não, você veio porque quis. O vestido está perfeito em mim, no casamento você vai ver como ficou — pisca parando na frente dele e colocando as mãos na cintura. — Vamos comer algo, tô morrendo de fome — ela me olha e sorri segurando minha mão e me puxando. — Pode ir andando, banana, Eva e eu vamos chamar o Aley e as crianças.

Nós os chamamos e vamos os cinco até a cafeteria na frente da loja de festas. Chris já espera ocupando uma mesa no lado de fora, Cee se joga ao lado dele e o abraça dando um beijo em sua bochecha. Ele resmunga algo mas retribui bagunçando o cabelo dela que o xinga se afastando.

Sento na frente com o Bella de um lado e o Aley do outro, Zac fica ao lado do meu irmão e da Cee. Fazemos nosso pedido e ficamos conversando banalidades à espera da Charlotte chegar pra finalmente fazer a última prova do vestido e irmos embora, nossas mães não vão nos liberar antes disso. O papai está trabalhando, assim como o Hayden que ainda está no Texas, ele só vai vir na quinta-feira, já que o casamento vai ser no sábado.

Tia Jessica chega junto com a Charlie e com a Becky, eu sorrio as cumprimentando e voltamos para a loja outra vez. Becky e Jessie também provam suas roupas e a costureira faz os últimos ajustes, é o mesmo com a Charlie. Minha irmãzinha fica linda no vestido, parece uma princesa, como a Bella falou.

°

Depois de eu passar a manhã inteira na rua com meus pais e irmão, eles vieram atrás dos presentes pra Charlie, até eu comprei o meu. Então finalmente voltamos pra casa, mas apenas pra começarmos a arrumar as decorações, óbvio que já está praticamente tudo pronto, mas ainda falta algumas coisinhas. Está todo mundo aqui em casa já, ou seja, a casa ta estourando de pessoas. O casamento vai ser amanhã, hoje já é sexta-feira.

— Ei, baixinha — escuto tio Ken me chamando e o olho sorrindo.

— Hey, velhote — o abraço, ele me da um cascudo.

— Me respeita, nanica, sou mais novo que seu pai. Se sou velhote ele é ancião — rio cutucando suas costelas e me soltando.

— Está falando o que de mim aí, pirralho? — Papai pergunta de olhos cerrados pro meu tio que começa a assoviar e coloca os braços atrás da cabeça fingindo que não é com ele.

— Stevs, pode me ajudar com isso? — Mamãe chama carregando duas formas enormes em cada braço.

— Por que está fazendo isso sozinha? Deixa que eu levo — ele diz pegando ambas fazendo minha mãe sorrir.

— Ah, olha lá, capacho da sua mãe — tio Ken sussurra apoiando o braço no meu ombro. — Se fosse eu, no máximo pegaria só uma — afirma.

— Kendall, para de ficar enrolando e vai terminar de montar aquela mesa! — Tia Jessie ralha fazendo ele dar um pulo e arregalar os olhos.

— Tô indo, boneca, tô indo — levanta os braços e vai correndo. Eu sorrio revirando os olhos.

°

Jogo-me no sofá ao lado do Bellamy e coloco meus pés no seu colo.

— Folgada.

— Eu tô cansada, faz uma massagem — peço juntando as mãos.

— Eu também tô cansado — resmunga começando a apertar meus dedinhos. Sorrio e fecho os olhos sentindo o cansaço do dia. — Espera, vou pegar algo pra comer porque tô morrendo de fome.

Assinto.

— Traz pra mim também — ele resmunga uma confirmação e levanta deixando minhas pernas onde sentava.

Não sei quanto tempo passa, mas sei que não é pouco, então acabo cochilando até sentir o Bell voltar e pegar minhas pernas outras vez, mas agora ele começa uma massagem bem melhor que antes. Sorrio resmungando algo que nem eu mesma entendo, mas então percebo que suas mãos estão maiores do que eu me lembrava, e também mais firmes. Elas não ficam só nos meus pés, começam a subir por minhas panturrilhas até meus joelhos e voltam, em seguida fazem o mesmo percurso, a diferença é que sobem até minhas coxas. Estou com um shortinho jeans folgadinho, ou seja, qualquer movimento descuidado é possível mostrar minha calcinha e até minha bunda.

Abro os olhos e encontro os olhos dourados me encarando intensamente, um sorriso sem vergonha na boca e as mãos na minha coxa. Por eu estar deitada de lado, isso facilita o assédio.

Sento-me assustada o fazendo abrir o sorriso, encolho minhas pernas com muita velocidade e me desequilibro indo para o chão, mas Ruy agarra minha mão e me puxa de volta, ele usa força mais que necessária e eu vou direto pra cima dele. Suas mãos me seguram sobre seu colo e eu sou obrigada a me agarrar em seus ombros para me equilibrar.

— Quase, hein — sussurra. — Se quisesse vir para o meu colo, era só pedir, gata. Teria todo prazer do mundo de te colocar — abre o sorriso e aperta minhas coxas subindo as mãos até minha bunda.

— Ah, é? Mas foi você quem me puxou, moreno. Se me quisesse no seu colo, era só pedir que eu subia — sussurro abrindo um sorriso e sentando por completo em cima dele, olho para os lados constatando que estamos sozinhos. Por sorte me deitei na varanda da piscina onde até então não tinha ninguém, a porta está encostada e se alguém vier, vai ser por ela. Eu espero.

Afasto minhas pernas e me encaixo em cima dele, envolvo os braços no seu pescoço e me aproximo esfregando de leve minha bunda no seu colo. Sua expressão é surpresa, talvez imaginasse que eu iria afasta-lo. Encosto meus peitos no seu e me esfrego com mais força ao sentir um volume crescendo mesmo ele estando com calça jeans. Sorrio com sua expressão de pavor, suas mãos já não me tocam mais e a respiração é ofegante.

— O que foi? A gata comeu sua língua? — Pergunto próximo da sua boca, deixo um beijo ao lado da sua boca.

Ruy segura minha cintura me afastando e se levanta apressado.

— V-você... Você... ta louca — gagueja me fazendo rir alto. Sento-me novamente na poltrona e mordo meu lábio.

— Te deixei seu jeito, foi? — Pergunto cinicamente olhando para o volume em sua calça. Ele coloca as mãos por cima me fazendo rir novamente, tenho certeza que se a iluminação tivesse melhorzinha eu seria capaz de ver seu rosto corando mesmo na sua pele morena escura.

Apoio-me no braço da poltrona e o puxo pelo cinto da calça, fico ajoelhada segurando a abertura do cinto, meu rosto fica pouca coisa abaixo do seu.

— Você precisa de ajuda, Ruyzinho? A Evie pode ajuda — digo descendo a mão por cima da calça, sinto a firmeza e a temperatura alta dele, meu corpo todo arrepia e ele ofega me segurando pelos ombros e se afastando.

— Você ta louca, Eva, só pode — sussurra voltando a pôr as mãos cobrindo o volume. Vai na direção da porta e a abre assim que o Bellamy aparece. — Maluca — sussurra saindo. Eu rio voltando a me deitar.

— Que merda foi essa? Era impressão minha ou o Ruy tava cobrindo o pau? — Bellamy pergunta, dou de ombros o encarando.

— Eu sei lá, eu brinquei com ele e ele saiu daquele jeito. Seu primo tem problemas. — Sorrio. — Por que demorou tanto? — Pergunto roubando o pedaço de bolo da sua mão.

°

— Toma cuidado pra não borrar! — Charlotte fala pela décima vez, eu reviro os olhos levantando da poltrona.

— Vou tomar, fica tranquila — pisco e sorrio. Duas maquiadoras profissionais vieram arrumar as mulheres, e até os homens também. Já fiz minha maquiagem e agora é só colocar o vestido e estou pronta.

Mamãe, tia Jessie, Cee e, claro, Charlie, estão se preparando agora, mas Charlotte está com uma equipe diferente de maquiadores exclusivos só pra ela. Depois dela ainda tem gente esperando na sala, nós estamos na varanda de trás, onde é coberto, mas é bem fresquinho, ou seja, impossível suar, ainda mais com o clima daqui.

Amarro o roupão na frente e entro em casa, os homens estão conversando na sala, papai é o primeiro a me olhar, ele sorri.

— Então? — Pergunto sorrindo, o restante me olha, tio Ken, Aley, Chris e Ruy.

— Você está linda — meu pai diz e eu sento ao seu lado o abraçando.

— Eu sei que é quase impossível ficar melhor do que eu já sou, mas sempre tem um jeitinho, né? — Fecho os olhos e rio.

— Claro, com um irmão mais velho tão lindo quanto eu, só tinha que sair bonita na família — Aley diz e eu reviro os olhos.

— Olha esse tio então? Quer tio mais gato que eu? — Ken continua.

— Você não é gato — Kaya fala me fazendo rir, ela para na frente do papai segurando um potinho com doces. Ela nos encara confusa pela súbita risada. — O quê?

Papai a pega no colo e coloca sentada no braço do sofá com os pés no colo dele e o pote sobre seus pequenos joelhos.

— Ele quis dizer que é bonito, não que é, literalmente, um gato — ele explica pacientemente, Kay arregala os olhos encarando o tio Ken.

— Então o titio é bonito sim — afirma fazendo ele sorrir todo convencido.

— Claro que sou, se eu fosse um super-herói, seria o superlindo — ele afirma fazendo Kaya rir.

— Mas ele não existe! — Ela conta ainda rindo.

— Por isso mesmo — tio fala empolgado. — Eu seria o único superlindo!

Kay continua rindo. Eu sorrio vendo-a toda alegre assim, me sinto tão bem quando a vejo se divertindo, rindo, conversando, Kaya cada vez se desenvolve mais calando as bocas de quem disse que, por ela ser autista, não teria uma vida normal, não seria uma criança normal. Mas ela é. Apenas tem suas diferenças como qualquer outra pessoa.

Sorrio a olhando, ela agora coloca alguns docinhos na boca do papai que toda vez diz que aquele é o preferido dele, ela então coloca de outro sabor e ele diz o mesmo.

— Mas você gosta de tudo, vovô! Vai comer tudo! — Exclama, mas não para de dar as guloseimas pra ele.

— Vão se arrumar, meninos! — Mary chega falando. — Olha a hora, vão, vão! — Faz o gesto com as mãos. — Vocês também, Eva e Kaya. Vem, querida, vamos lavar sua mão e sua boca que eu te ajudo a se vestir. — Papai coloca a neta no chão que corre até a Mary e elas sobem. Aley e Chris também sobem conversando, papai e tio Keel vão em seguida. Quando já estão no final do corredor eu me levanto e percebo o Ruy prender a respiração, então sorrio pra ele.

— Não vai se vestir? — Pergunto, ele me olha e bufa levantando começando a caminhar sem me responder. — Oh, que foi? Ainda está tímido? — Rio, desde o dia que eu o ataquei, ele não falou mais comigo, na verdade procura sempre se afastar nas poucas vezes que nos vimos, nem fica me provocando mais.

— Você me pegou desprevenido aquele dia, foi só isso. Não preciso revive-lo sempre pra saber que perdi uma oportunidade e tanto. — Resmunga cruzando os braços.

— Pois é, vacilo seu, né? — Me viro e começo a subir as escadas, vou direto para o meu quarto. Mal fecho a porta e o Ruy a abre entrando e fechando atrás de si. Depois senta na cama me encarando.

— É sério, o que você quer? — Ele pergunta. Levanto as sobrancelhas abrindo o laço do meu roupão.

— O que eu quero?

— Sim, fica me provocando com esse seu jeito em momentos desapropriados. Aquele dia assim que eu saí da varanda encontro com seu pai! Até hoje não sei se ele percebeu que eu tava de pau duro, mas foi extremamente vergonhoso — reclama.

— Problema seu — dou de ombros. — Mas só você que pode me provocar, é? Você que começou a passar as mãos em mim! Sem falar aquele dia na sua casa — eu que cruzo os braços agora.

— Era só brincadeira, você apelou — ele levanta da cama.

— Bom, foi o meu tipo de brincadeira, se você não aguenta nem começa — fico de costas e abro o roupão.

— O que vai fazer? — Viro o rosto e ele me encara sério.

— O que acha? Vou me trocar, ué — começo a abaixar a parte de cima exibindo meus ombros.

— Comigo aqui? — Sorrio me virando, seus olhos se arregalam descendo por meu corpo. Estou apenas de calcinha, o roupão está no meu colo, mas ainda cobre meus seios.

— Não sabia que era tão conservador assim — sussurro sorrindo caminhando até ele. Ruy engole em seco e senta na cama outra vez, eu o encaro de cima passando minhas pernas pelas suas e me encaixando em seu colo, então vou me abaixando enquanto minhas mãos soltam o roupão e alcançam seu rosto, eu o faço me encarar ao sentar em seu colo. — Por que fica tão desconcertado assim? — Questiono rente aos seus lábios.

— Eu... Você... Porra. — Grunhe me jogando na cama e levantando, seguro o roupão sobre meus peitos, mas ele se abre mostrando minhas coxas, quadril e barriga. Ruy me encara por longos segundos antes de pigarrear e desviar o olhar. — Estamos na casa dos seus pais, Eva! Você é louca de fazer isso comigo aqui?

Sorrio e deito relaxada abrindo os braços.

— Ah, então não faz nada só por que estamos aqui?

— Óbvio, acha mesmo que em qualquer outro lugar e deixaria barato você ficar quase pelada na minha frente assim? Mais um pouco e eu posso ver seus peitos. — Ele aponta.

— Mais um pouco, né? — Abro mais os braços e sinto o tecido escorregando exibindo mais um pouquinho dos meus seios.

— Eva — ele rosna e eu abro o sorriso. Então subitamente me levanto o empurrando pra cama, faço ele deitar e fico por cima segurando em seus pulsos. Não sei se ele consegue ver meus peitos, mas ele não desce o olhar, apenas fica fixo no meu rosto.

— Nem agora? — Pergunto fazendo beicinho, ele nega, eu sorrio abaixando o quadril e sentando no dele. Começo a rebolar vagarosamente, minhas mãos começam a abrir sua camisa que por sorte é de botões. Deixo seu peito e abdômen expostos, ele é sarado, bem malhado e gostoso. Passo minhas mãos por ele todo, em relação ao meu tamanho, Ruy é quase um monstro, todo forte e alto. — Ah, Ruy, você é tão grandão — exclamo ainda rebolando, mas vou parando e afastando minha bunda pra minhas mãos tomarem o botão da calça. — Será que é tudo grandão assim? — Faço um biquinho com a expressão curiosa. Ruy simplesmente não reage, ele fica me encarando sem expressão, mas vejo as gotículas de suor brotando na sua pele e meu sorriso perverso aumenta sabendo que ele está se esforçando pra se segurar. Mas esforço nenhum faz a ereção dele diminuir, muito pelo contrário, quando pouso minha mão, ainda sobre a calça, por cima, ela parece criar ainda mais força e aumenta com vigor fazendo o volume crescer. — Acho que tem alguém acordado aqui em baixo — digo abrindo o primeiro botão. — Será que ele quer visitas? — Abro o segundo. — Ou vou estar incomodando? — Abro o terceiro e segura no zíper. Encaro o Ruy e mordo meu lábio. — Mas eu quero tanto conhecê-lo! — Puxo o zíper e abro exibindo sua boxer branca, mas então ele segura meus pulsos.

— Pelo amor de Deus, não faz isso — sussurra rouco e de olhos fechados.

— Na melhor parte você quer que eu pare? — Questiono. Ele abre os olhos assentindo.

— Por favor — implora me fazendo sorrir. — Não quero perder a cabeça e fazer algo com você aqui, logo aqui com seus pais ao lado e sua família toda em baixo.

Levanto as sobrancelhas e seguro com as duas mãos, as enchendo do seu volume. Aperto com gosto, claro que não forte o suficiente para machuca-lo, mas sim pra ele sentir. Funciona já que ele solta um gemido. Eu me levanto ficando outra vez de costas.

— Tudo bem então, agora deixa eu me trocar, ou vai querer ficar aí? — Abaixo todo o roupão e viro a cabeça. — Dessa vez eu não vou parar.

Ele assente levantando e abotoando a calça e a camisa, abre a porta e sai. Respiro aliviada sabendo que se eu continuasse com o joguinho, quem não iria conseguir parar seria eu. Desço minha mão até minha intimidade e entro na calcinha sentindo o fundo todo molhado, por sorte na ultrapassou o tecido.

— Merda, preciso ao menos me limpar agora — resmungo. — Maldito Ruy.

°

Saio de casa vendo todo mundo chegando, estou finalmente pronta, aliás, todo mundo está, com exceção da Charlie, claro. Hayden está tão nervoso que me deu até pena quando fui conversar com ele, ele estava todo gelado e nem prestava atenção no que dizíamos. Mamãe e Laura até deram um calmante leve pra ele, porque ficaram com medo dele passar mal ou até desmaiar.

A cerimônia é linda, cheias de coisas românticas, palavras fofas tanto do Hayden como da Charlotte. Por fim só ficam algumas pessoas dançando próximos ao lago, os mais velhos estão conversando na varanda de casa e os recém-casados juntinhos na mesa com a Kaya sentada na mesa na frente deles comendo bolo.

— Foi lindo, né? — Escuto Ruy falando, apenas assinto balançando os pés no ar. Estou sentada na espreguiçadeira e ele está atrás, suas mãos seguram nas correntes e Ruy me balança lentamente pra depois sentar ao meu lado, continua nos balançando com os pés no chão, já eu fico com eles no ar por não alcançar o chão. — Espero que sejam felizes, não consigo imaginar eles com pessoas diferentes além de si mesmos.

— Quando a Charlie começou a namorar aquele outro, Corey, não conseguia entender o que ela tava fazendo. — Então sorrio lembrando da surra que dei nele que ninguém até hoje sabe. — Ainda bem que ele sumiu.

— Qual a desse sorriso maldoso? Fez algo pra ele, né? — Encaro o Ruy que está rindo.

— Idiota. Não fiz nada demais, só garanti que ele não voltaria a perturbar minha irmã e nem minha sobrinha. Kaya foi a melhor coisa que poderia vir dele, mesmo que eu não considere que ela seja dele.

Ruy suspira concordando.

— Ela é uma menina incrível mesmo. Mas se um dia Corey vir atrás? — Levanto as sobrancelhas e sorrio.

— Pode ter certeza que ele não vai ter muito ar pra respirar então, se eu o ver outra vez, sou capaz de matá-lo.

— Eu não duvidaria — ele sussurra com os cotovelos apoiados nos joelhos e o olhar na mesa principal, onde os três estão. — Mas antes de fazer qualquer coisa do tipo, me avisa. — Franzo a testa.

— Pra quê? — Ele sorri levantando.

— Pra te impedir — pisca um olho e se afasta.

Sorrio balançando a cabeça.

Kess.

09.02.2019

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