Destiny

By autoralssantos

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E se o ódio que você sentia se tornar desejo? E se seu pior inimigo se tornar um aliado? E se o amor brotasse... More

2. Mudanças repentinas
3. Boca maldita
4. Bons momentos podem se tornar melhores
5. Culpado
6. Um casal incomum
7. O pedido e o para sempre
Especial de Halloween, parte 1
Especial de Halloween, parte 2
Especial de Halloween, parte 3
Especial de Halloween, parte 4 (Final)
Leiam, muito importante!
Agradecimentos
70 K. Muito obrigada a todos.

1. Pedido silencioso

23.3K 1.6K 1.3K
By autoralssantos

Amores peço que votem e compartilhem a história, além de ler o capítulo de informações.

Edit: Estou repostando por que algumas pessoas falaram sobre o wattpad ter juntado palavras, mas ainda não tive tempo de reler para tirar mais dos erros ortográficos. Att novamente quando o fizer.

Edit2: Estarei postando uma história que é quase uma fanfic do Ravi e do Leo da boy group Vixx.

Procurem por The beautiful liar em meu perfil e vamos embarcar em uma história nova juntos.

EDIT 25.03: THE BEAUTIFUL LIAR, está completíssima no meu perfil, procurem por ela e bora levar os arco-íris para o mundo. Semana que vem começarei a postar Proteja-me, que também é bl, então bora procurar. MUITO OBRIGADA PELOS 50K, vocês são incríveis.

(***)

HARRY

Olho para cima encarando o teto pela milésima vez. Pensando em como consegui me meter nessa situação quando nem mesmo tinha tais intenções. O destino é algum tipo de senhor brincalhão por acaso? Porque nesse momento eu creio que seja, mas não acho que tenha acertado na brincadeira dessa vez. Seguro minha vassoura mais forte e respiro fundo.

Por que tinha que haver um jogo logo hoje? Eu não quero ver Draco, ou seus cabelos loiros, muito menos seus olhos cinza. Ainda mais durante um jogo de quadribol. Enfrentar a Slytherin é meu pior pesadelo, pelo menos hoje, depois do que ele fez comigo ontem, não posso olhá-lo sem me lembrar do ocorrido. Tudo está tatuado em minha mente.

***

Alguns dias antes

- Me siga Potter, não tenho muito tempo. - O que o Malfoy pode querer comigo? A rivalidade entre a Slytherin e a Gryffindor, somente piorou após a derrota de Voldemort. Apenas um esbarrão entre as pessoas das duas casas pode terminar em uma luta sangrenta. Pode se perguntar se estou exagerando? Não, pois algo assim tinha acontecido não muito tempo atrás. Olho de lado vendo como Rony e Mione me fitam ao esperar que eu solte uma resposta rápida que mostre a rivalidade existente entre mim e o Malfoy, mas infelizmente a única coisa em que minha mente pensa é em como temo pelo loiro.

Assim, por medo de que Hermione ou Rony pulem em seu pescoço, o sigo pelos corredores quase desertos, por um segundo me arrependo ao pensar que ele pode estar tramando algo, e que meus pensamentos confusos estão me impedindo de pensar racionalmente. No entanto, por um milésimo de segundo vi suas mãos tremerem, e concluo que Draco não fará nada ilegal.

- Por que não tem muito tempo? - Pergunto ao continuar a segui-lo, tendo que dar passos largos para acompanhá-lo. Seus cabelos estão desgrenhados, o que não é comum. Já que eles sempre estão bem penteados, e arrumados corretamente, segundo seu gosto. Como se essa fosse uma ação necessária para manter o bom nome de sua família, ainda que agora eles não estejam mais tão no topo do mundo bruxo.

- Estou saindo de Hogwarts. - Paro ao ouvir suas palavras. Meu coração racha por um segundo, e não sei se choro ou se grito com ele. - Somente quero saber o que quer como pagamento por ter me ajudado na sala precisa. - Ele suspira profundamente, como se estivesse muito cansado. Notei que ele tinha parado de me importunar, o que é uma coisa boa, porém logo depois percebi que Draco não se afastou apenas de mim e que seu afastamento envolvia todos, até mesmo os outros Slytherin, mas sair de Hogwarts?

Depois de ter tido tanto trabalho para pode ficar, ele quer sair? Draco Malfoy está desistindo de algo no meio? Não está indo até o fim de suas ações? O que o fez desistir? Ele está tendo problemas com os outros Slytherin? São tantas possibilidades, contudo nenhuma delas me parece ruim o suficiente para fazê-lo abandonar tudo que criou e conseguiu aqui.

- Por que vai embora depois de todo o trabalho que os professores tiveram para manter você e os outros Slytherin em Hogwarts? - Malfoy se vira para me fitar, seus olhos vibram mostrando como estão carregados de angústia, tristeza, talvez até raiva. Porém, diferentemente das outras vezes não sinto como se ele estivesse lançando essas emoções em mim, e sim procurando um meio para fugir delas.

- Não suporto mais ficar nesse lugar. - Não suporta? Draco Malfoy está mesmo sendo intimidado? Impossível. De novo com meu cérebro a mil pensando em porque Draco quer desistir de Hogwarts, sinto seus olhos sobre mim, e assim como antes, não me sinto retraído pelas emoções que fluem dos orbes acinzentados. - Volte a andar Potter.

- Podemos terminar de conversar aqui. - Rebato ao ouvir sua ordem. Por que fiz isso quando seu tom foi normal? Talvez por estar acostumado a sempre entrar em confronto com ele quando nos encontramos.

- Volte a andar Potter. - Repete. Pensei que ouviria algum dos seus xingamentos, mas não há nada. Como ele pode estar tão mandão e manso ao mesmo tempo? Observo suas vestes meio amassadas, tendo a certeza de que ele não se preocupou mesmo com sua aparência antes de sair do quarto.

- Você é um mandão. - Murmuro, porém ele me ouve. Encarando-me de lado por vários segundos, com sua ordem explícita neles. - Estou andando. - Resmungo. Maldita hora que resolvi segui-lo. Maldita hora em que seus olhos continuam escondidos atrás de uma nuvem negra.

Maldito dia que o vi chorar nos braços de sua mãe, e as lágrimas escorriam rapidamente por sua pele branca, brilhando nela. Nem mesmo quando foi segurado por seu pai, ou quando voltou aos braços de sua mãe ele impediu as lágrimas de correrem por seu rosto. Meu peito doeu com a cena, minha garganta fechou, por um momento quis ter um feitiço que parasse as lágrimas dele.

Muitas regras foram impostas ao Slytherin que queriam ficar em Hogwarts. Ser impedido de manter contato com todos aqueles que de alguma forma estivessem ligados a Voldemort era uma delas. E no caso dele, ambos seus pais tinha ligação direta com o bandido, assim, até que saia de Hogwarts, ele não pode contatar sua mãe ou pai. Não foi a única regra a ser imposta, porém é a mais cruel.

Imagino como ele deva se sentir desamparado. Mesmo eu que cresci sem meus pais sinto o vazio do lugar que deveria ser deles em meu peito, ser privado de manter contato com sua família deve ser tortuoso. Principalmente quando todos da Slytherin são considerados culpados pelos crimes de Voldemort, até mesmo aqueles que nunca tiveram ligações com ele.

Tudo se torna pior para aqueles que tiveram suas ligações a ele confirmadas, e o Lúcio nunca escondeu bem o fato de ser fiel a Voldemort. Continuo a segui-lo, indo até o salgueiro lutador, segurando em seu braço para pará-lo ao perceber que ele continuaria indo em direção a ele.

- Não vai querer chegar mais perto. - Digo, pensando no quanto sofri por ter sido burro para chegar perto dele sem ter alguma estratégia. Draco se solta de minha mão, seus olhos fumegam de raiva. Como se vissem em mim um meio de se soltar. Para finalmente descontar suas frustrações em alguém que mesmo que revide nunca o trataria apenas como um Malfoy que é filho de um comensal da morte.

- Por que se preocupa? - Pisco diversas vezes, assimilando sua pergunta. Meu estômago se revira, transformando tudo o que comi em um bolo enorme prestes a sair. Essa sensação tinha se revirado em meu âmago por vários dias, e eu nunca tive uma resposta boa o suficiente para explicar o motivo de ela estar ali. - Potter. - Por que ele tem que falar meu nome com esse tom? Não vê que somente piora a situação para mim? E ela está perto de péssima nesse instante.

- Não quero ir a um enterro. - Digo, soltando as primeiras palavras que me vieram à mente. Draco sorri debochado, aumentando a minha ansiedade crescente. Sinto como se uma enorme avalanche estivesse prestes a descer morro abaixo no meu estômago, apenas para subir e descer de novo até ficar satisfeita. No entanto, ainda que meu peito seja consumido por essa sensação no mínimo estranha, porque não deixo de encarar seus lábios enquanto eles se curvam?

- Ninguém criticaria você por não ir ao enterro de um Malfoy. - Estamos mesmo falando sobre seu funeral? Ouvir tais palavras em tom tão entristecido somente faz a avalanche aumentar em meu corpo. Coloco a mão sobre o peito por um segundo, esperando que isso a impeça de sair por minha garganta. - Não tem medo de ficar sozinho comigo? - Pergunta em uma nuance provocativa.

- Por que eu teria? - Ele dá dois passos para frente, ficando a uma pouca distância de mim. Retiro a mão do peito, pois a proximidade inesperada foi o suficiente para fazer a avalanche cessar.

- Me diga o que quer. - De novo? Não tem nada que eu queira dele. Sua mãe já fez muito ao me dar como morto durante a batalha sabendo as consequências de seus atos se a descobrissem, porém foi somente assim que eu tive minha melhor oportunidade.

Não entendo o porquê de ele insistir que eu devo lhe pedir algo, quando claramente não temos um relacionamento onde poderíamos pedir qualquer coisa um ao outro sem que as pessoas achassem que estamos trocando uma das maldiçoes proibidas.

- Nada, você não me deve nada. - Digo, empurrando a armação de meus óculos para cima. Querendo ser razoável e também por querer ter o poder de esclarecer a situação em que estamos envolvidos, falei de maneira simples, porque não preciso que ele me pare a cada dois segundos para perguntar sobre o pagamento de uma dívida inexistente.

- Até mesmo você acredita que não tenho nada a oferecer, não é? - Sua voz baixou pelo menos dois tons, nunca o vi falar tão baixo, de forma tão contundente. Principalmente comigo. Nunca fizemos nada além de brigar sempre que nos encontramos, mesmo que na maioria das vezes nem mesmo existisse motivo para isso.

- Eu não disse isso Draco. - Por que estou tentando confortá-lo? Não deveria me importar com nada relacionado a ele. No entanto as cenas de suas lágrimas rolando pelo rosto pálido não saem de minha mente e ficam intrincadas em meu peito. A avalanche volta a acontecer e sabendo que a única maneira de pará-la é me aproximar dele dou dois passos para perto de seu corpo magro, ficando tão perto que poderia estender minha mão para tocar seu rosto.

- Então me peça. - Ordena. O que eu deveria dizer? O que ele quer ouvir? Lidar com Draco é completamente diferente de lidar com a Mione, e mais diferente ainda se comparado ao Rony. Não sei o que posso lhe falar. Contudo também não quero que ele pense que o acho tão ruim ao ponto de não ter nada que ele possa me dar.

Talvez apenas por querer que ele saiba que eu não o vejo de maneira tão ruim me torno alguém egoísta, e esse egoísmo provavelmente continuará a crescer pedindo por situações em que ambos acabaremos mais envolvidos do que deveria ser normal para um Malfoy e um Potter.

As rivalidades passadas não parecem tão importantes agora. Quando fito seus orbes claros e me pergunto qual a resposta que devo dar a ele, uma que poderá impedi-lo de continuar com a ideia de deixar Hogwarts. E é assim que percebo que meu egoísmo em relação à Draco já tomou proporções enormes, pois as palavras que saem de minha boca, não são um pedido e sim uma ordem.

- Continue em Hogwarts. - Digo. Arrependo-me do que disse no momento que as palavras saíram por minha boca, pois até mesmo o tom usado mostra que eu queria estar lhe pedindo para ficar, e se realmente o tivesse feito, talvez contivesse um som melhor do que minhas palavras atuais.

Seus olhos me fitam, tanto em questionamento quanto em surpresa, porém o olhar sério ainda está ali, buscando por meus motivos e provavelmente se questionando sobre o porquê de minhas palavras. Eu não tenho motivos ou explicações para minhas palavras. O que posso dizer quando é assim que meu coração quer agir? Entretanto não consigo deixar de pensar que essa é alguma piada sem graça do destino.

Após sua olhada invasiva a um sorriso malicioso, como se ele tivesse descoberto o motivo por trás do que disse. Todavia, como ele poderia? Quando nem mesmo eu consigo explicar a confusão que me tornei desde aquele dia. Porque daquele dia em diante não pude dar sequer um passo sem me perguntar sobre ele, querendo saber se suas lágrimas pararam ou não, e se talvez pudesse ser eu a secá-las.

Tornei-me alguém realmenteestranho, que não pode e nem quer parar de agir assim, porque acredito que seele tiver que chorar que seja em meus ombros para que eu possa enxugar suaslágrimas e lhe dizer que tudo ficará bem. Não entendo como apenas em algunsdias tanto pôde mudar e como essas mudanças seriam melhores do que imaginei.

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