Life Interrupted

By mariajuliaxz

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Era tosco da minha parte dizer que em algum ponto da minha vida eu não teria pedido, ou tivesse se quer imagi... More

Prólogo.
10°
11º (Parte 1)
ELENCO.
11º (Parte 2)
12º
13º
14º
15º
16º
17º
18º
19º
20°
21º
Capítulo Bônus.
23º
24º
25º
26º
27º
28º
29º
30°
31º
32º
33º
34º
35º
37º
38º
39º

36º

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By mariajuliaxz

LEIAM AS NOTAS FINAIS.

Justin Bieber

Estava inquieto e literalmente perturbado desde algumas horas mais cedo, o sono não vinha e muito menos fazia questão dele agora, em minha cabeça havia tantos pensamentos, tantas questões, que não era atoa estar acordado às 4 da manhã. Me levanto ainda meio atrapalhado esbarrando em algo e ascendo à luminária do criado mudo, encaro meu reflexo e vejo um completo merda que era como eu me sentia agora.
Eu sabia que a decisão de me afastar tinha sido melhor para se tomar, mas não era como se no meio disso tivesse um rótulo em que vinha me avisando que seria tão difícil, na verdade estava sendo ainda mais difícil do que quando à própria Maxine me ignorava.
Caminho pelo quarto ainda que fosse uma luta para mim, meu corpo implorava que não saísse daquela cama por nada no mundo, mas precisava de um banho e eu iria tomá-lo.

Já debaixo d'água fria sinto toda à tensão que me rodeava, sinto o quanto estava travado tanto interno quanto externo, não me sentia o mesmo sendo tão fechado como estava sendo à praticamente duas semanas.
Maxine despertou em mim meus melhores momentos e o meu melhor eu, o fato de ter que negar meus sentimentos e um afastamento estava acabando comigo, mas eu devia ter em mente que o maior culpado disso não era ela e sim há mim, infelizmente era a realidade mais dura que eu podia engolir no momento.
De banho terminado enrolo em minha toalha enquanto com uma menor seco meus cabelos, saio do banheiro e entro no closet pegando uma peça de cueca e uma calça moletom, me visto rapidamente e logo volto ao banheiro e escovo os dentes. Novamente encaro meu reflexo e era totalmente repugnante ver.

                                   (...)

— Já acordado? — Me viro terminando de encher minha xícara com café e vejo Ana a alguns metros de mim.

— Antes fosse se eu tivesse conseguido ao menos dormir. — Respondo e ela me encara triste, provavelmente com muita pena! — Você acorda com as galinhas!— Tento fazer uma piada e ela não reage, apenas se encaminha de vir até mim.

Anastasia se encosta sobre à bancada de mármore assim como eu e deixa alguns segundos de silêncio no ar, mas logo um de seus braços me acolhe.

— Aonde está aquele garoto risonho que chegava em casa todos os dias? — Questiona ela.

— Também sinto falta dele. — Respondo e sou surpreendido por um abraço.

Ela me abraça forte e de primeira não consigo ter uma reação mas logo sinto algo que eu não tinha por muito tempo, um carinho maternal. Devolvo o abraço envolvendo meus braços em Anastasia apertando-a muito, talvez fosse até desconfortável para ela no momento mas eu realmente precisava daquele abraço. Não me sentia sozinho e nem nada do tipo, eu tinha pessoas boas do meu lado, mas ainda sim eu sentia falta da minha família e Ana era o mais perto que eu tinha de me espelhar nisso.

— Justin?! — Ouço sua voz descompassada e a solto imediatamente envergonhado. — Não precisa se envergonhar disso, eu o amo como um filho, e sempre que eu te sentir para baixo quero mostrar para você que por mais velho que seja tem alguém aqui por você. Não sabe o quanto é ruim te ver pelos cantos emburrado ou cabisbaixo, vale realmente à pena isso? — Encaro seus olhos azuis sem saber lhe responder. — Você tem que ver se você realmente merece esse sofrimento todo de novo por causa de uma garota.

— Eu a amo. — Sinto meus olhos lacrimejarem e logo fungo o nariz sabendo que seria inevitável nesse momento prender. — Sei que a amo de uma forma que sou incapaz de negar. — Respiro fundo dando um gole na minha cafeína. — Mas ela foi tão dura comigo... Não culpo ela, fui péssimo em mentir e tenho certeza que qualquer um pensaria o pior descobrindo da forma que ela descobriu, mas eu queria ter dito a chance, pelo de menos conversar e me explicar antes que ela deixasse sua mente ser tão influenciada.

— Mulheres são sensíveis Justin! Mas aquela ali tem uma pontada a mais de sensibilidade que o normal. Maxine é o tipo de garota que ainda é uma menininha, seus sentimentos são frágeis assim como ela.

— Acha que seus sentimentos por mim não são verdadeiros? — Questiono.

— Acho que ela passou por muita coisa ruim em pouco tempo, isso à deixou desconfiada de todos a sua volta.

— Sei disso. — Suspiro pesado. — Eu não devia ter escondido dela.

— A melhor opção, e que talvez não estivesse fazendo vocês sofrerem tanto seria você ter deixado claro à verdade desde o início. — Enxugo meu rosto com o antebraço e concordo com Anastacia.

— Se eu pudesse voltar no tempo...

— Você não pode, mas tenho certeza que pode decidir seu futuro. — Franzo o cenho confuso. — Voltar ao passado para reprimir suas feridas de agora só te machucará mais. — Eu sabia do que ela estava falando no momento, e isso me acertou em cheio.

— Lonnie? — Questiono e ela faz uma careta enquanto bebe o café.

— Você devia manter distância.

— É inofensiva, fala demais mas não faz nada. — Digo e ela me da alguns tapas em minhas costas.

— Talvez o inofensivo seja você Justin.

— Entendo seu medo. — Falo deixando minha xícara sobre a bancada.

— Bom dia. — Olhamos juntos para à figura de Noah entrando na cozinha.

— Bom dia querido! Irei tratar de por à mesa já que vocês hoje acordaram mais cedo que o normal. — Acabo rindo disso e sigo para a sala de TV.

— Vi um documentário seu ontem. — Noah diz se sentando ao meu lado no sofá.

— É alguma piada sobre sexo? — Pergunto e ele ri da minha cara.

— Qual foi cara?! — Ainda rindo eu o olho sem entender. — Na tv. — Ele diz e eu enfim entendo que ele não estava fazendo nenhuma piada pelo o que tinha visto ontem. — Além do mais não tenho nada haver com o que você faz ou deixa de fazer.

— Não rolou nada. — Falo e ele debocha com um olhar culposo. — To falando sério, depois que você entrou mandei ela ir embora.

— Eu sei, ela se esbarrou em mim indo.

— E você conversou com ela?

— Não.

— Por quê? — Que eu me lembre esses dois eram bem próximos.

— Prefiro não ter conhecimento dessa nova pessoa que ela se tornou.

— Entendo... — Minha curiosidade estava muito grande naquele momento e já que desde ontem eu não havia saído do quarto para perguntar, achei que agora fosse o momento. — E a Maxine?

— O que tem ela? — Noah pega o controle ligando a tv.

— Vocês conversaram.

— Sim.

— Ontem na arquibancada, na sala e na cafeteria... — Noah me encara surpreso como se não esperasse que eu soubesse daquilo, mas a verdade é que eu não tirei os olhos dos dois um minuto se quer.

— Wow, então agora o Biebs é um perseguidor?

— Só quero saber se falaram de mim.

— Sim. — Ele diz por fim.

— E?

— E o que? — Noah se faz se desentendido e eu respiro fundo para não começar à pensar o que não devia.

— Me fala porra! — Esbravejo irritado e ele murcha sobre o sofá.

— Talvez você devesse conversar com ela mais uma vez.

— Por que diz isso?

— Vocês tem assuntos inacabados, é patético e até mesmo infantil querer afastar alguém que ama. — Noah se levanta do sofá e sai da sala me deixando com uma completa cara de paisagem.

Eu não iria atrás dela, não dessa vez.

Algumas horas mais tarde me repreendo totalmente por estar parado a mais de trinta minutos perto de sua casa. Sabia que não teria a maldita coragem de ir até lá e muito menos de dirigir uma palavra que fosse com ela. Mas ainda assim, pouco de longe eu conseguia ver a janela de seu quarto, e principalmente quando ela transitava por ele, era meio doentio isso mas saber que ela estava ali e segura para mim era suficiente. Ligo o carro novamente para ir embora mas travo no momento seguinte em que vejo o porsche de Christian estacionar bem à frente de sua casa.
Espreito minha visão o máximo que consigo e assim que ele bate à porta quem o recebe é a Lisa, de início ela parece questionar o que ele fazia ali, e principalmente queixa sua ida até lá. Mas o que mais me surpreende é quando a vejo logo atrás de Lisa. Não consigo escutar o que falam mais ela literalmente manda Lisa pastar e fica de conversinha com aquele filho da puta. Não iria mentir que meu sangue não estava fervendo e que minha maior vontade era ir até lá e quebrar todos os vasos daquele jardim na cabeça dele, mas respirei fundo todas as vezes que essa ideia passou por minha cabeça, apenas me acomodei sobre o banco do carro e tentei prestar o máximo de atenção naquela conversa. Aos poucos notei o quanto era inútil estar ali, sabia que Maxine tinha inteligência o bastante para não voltar para aquele crápula, mas meu ciúmes girava e fazia voltas em minha cabeça. Ligo o carro acelerando tão fundo que provavelmente ela já saberia de quem se tratava esse motor.

As coisas haviam mudado, não era como se eu pudesse olhar para ela e dizer que ela ainda me pertencia, não era assim mais! Havíamos de ter escolhido caminhos diferentes, e eu sei que naquele dia que pedi por isso, havia doído tanto em mim quanto nela, mas que os dois tinham entrado em um consenso. O difícil era fazer meu coração entender isso.

Maxine Morgan

— O que faz aqui? — Não havia notado que estava tão exaltada até palavras pularem da minha boca.

— Pedi para que ele fosse embora mas ele insiste em falar com você. — Minha mãe diz.

— Preciso falar com você.

— Christian vá embora!!! — Digo firme. — Pode deixar que eu resolvo isso, mãe.

— Tem certeza? — Lisa pergunta apreensiva e eu digo que concordo.

Após Lisa se retirar eu fico um tempo olhando com minha cara mais raivosa o possível para Christian.

— O que você quer? — Digo irritada. — Você simplesmente não cansa de atazanar minha vida? Pelo amor Christian!

— Não quero atazanar você, e sim me desculpar pelo episódio de ontem. Ultrapassei os limites e sinto muito. — Ele diz cabisbaixo e eu noto dois pontos em seu supercílio e um roxo embaixo do seu nariz. — Sei que não sou digno do seu perdão Maxie, mas eu ainda quero ele.

— Eu não tenho o porque de te perdoar. — Odiava ser tão chorona, eu sabia que não iria conseguir conversar com ele sem chorar. — O que você fez comigo não se faz, e muito menos se volta depois de mais de seis meses para pedir perdão.

— Acha mesmo que não quis vir antes? Porra Maxine! Eu tentei falar com você diversas vezes mas a Julie sempre empacava dizendo que não era o melhor a se fazer.

— Julie? Ah me faça um favor, desde quando devia-se acreditar em alguém igual vocês dois? São dois monstros que não pensam em ninguém além de vocês mesmos. — Sinto uma lágrima quente descer pela minha bochecha. — Por favor, a última pessoa que implorei me deixou e eu não queria, mas agora eu imploro que você me deixe em paz. — Eu iria lhe virar as costas, mas assim que vejo uma mercedes rasgar rua à fora eu sinto meu peito doer mais forte do que nunca. Ele estava ali!

— Era ele? — Christian bufa revirando os olhos. — Você está meio sem moral de falar quem foi certo ou errado aqui, já que quando terminamos antes de esfriarmos já estava com o Bieber. — Seu tom arrogante me causou repulsa, e no momento que lhe virei um tapa no rosto eu quis vomitar logo em seguida em cima dele.

— Vai embora!!! — Grito nervosa enquanto bato à porta em sua cara vendo sua feição assustada.

ODEIO HOMENS.

Subo para meu quarto e bato à porta tão forte que eu jurava que havia quebrado.

Me deito sobre a cama com uma tremenda raiva de Christian mas ainda mais do Justin por estar me espionando. Respiro fundo pegando meu celular e indo até seu número, queria tanto ligar e escutar sua voz, eu podia usar como desculpa que estava brava por ele ter me espionado ou podia simplesmente dizer que estava me matando aos poucos estar longe dele, mas antes que eu pudesse tomar uma decisão certa vejo a menção do mesmo em meu celular.

                      "Encontre comigo"
                                                JB.

Meu coração estava alternadamente acelerado, assim como minha respiração que estava literalmente ofegante, pulo de felicidade sobre a cama sentindo-me à pessoa mais feliz do mundo antes mesmo de poder saber o que ele queria comigo.

— Maze? — Escuto à voz de meu irmão do lado de fora e abro à porta rapidamente lhe dando um beijo na bochecha. — O que houve?

— Nada. — Digo com um sorriso de orelha à orelha.

— Tem certeza?

— Sim, só estou feliz.

— Tudo bem. — Ele diz meio desconfiado, e antes que e fechasse à porta diz. — Vou usar a moto hoje, se quiser o carro é todo seu.

— Irei usar sim!!! — Digo fechando a porta e seguindo meu caminho para o banheiro.

Tomo um banho não muito rápido mas ainda sim ligeiro, seco meu cabelo antes mesmo de vestir algo, pego um vestidinho básico vermelho e o visto rapidamente. Volto para o banheiro e deixo em meu rosto o mínimo de maquiagem possível. Céus, minha barriga parecia que ia literalmente explodir. Calço um scarpin branco e me sinto bonita ao me olhar no espelho.

Olho rapidamente enquanto pego minha bolsa o endereço que o Justin havia mandado, desço as escadas devagar para o salto não fazer barulho e muito menos para minha mãe ou Matt me verem saindo. Ao sair de casa entro no carro e suspiro com um pouco de receio se isso seria o certo, mas certo ou não ainda não sabia o que ele poderia querer ou não.

Paro o carro em frente um bar, muito bonito por sinal mas estranhei um pouco. Saio do carro e caminho em pequenos passos até à entrada, meu estômago estava se revirando e eu sentia que podia vomitar de ansiedade em qualquer um que estivesse na minha frente. Olho em volta e sinto certo pavor ao não ver ele, caminho um pouco mais para dentro do local e vejo sua silhueta de longe. Ele vestia uma calça caqui e uma camisa branca, assim que notou minha presença ergueu seu copo em minha direção.

— Ei. — Digo um pouco tímida ou talvez muito.

— Você está linda! — Ele diz e eu engulo em seco.

— Obrigada? — Falo meio boba e ele me dá passagem para me sentar.

Justin se senta à minha frente e consegue me deixar mais vermelha que tudo ao não tirar seus olhos de mim.

— O quê houve? — Pergunto e ele suspira. — Para querer me ver?

— Odeio o fato de não poder te ver.

— Mas você pediu por isso.

— E você me ignorou por quase um mês, mas não quero que essa conversa seja para um jogar coisas na cara do outro. — Ele diz tomando mais um gole de seu whishy. — Te chamei por que é inevitável não sentir sua falta todos os dias e isso tá acabando comigo.

— Eu sinto que você está meio alterado. — Digo, ele estava, mas parte de mim gostava de saber tudo que ele estava dizendo, pelo menos por agora.

— Eu estou! Mas não me julgue, me tornei um marica ao me apaixonar por você, e depois de tudo... Tenho que me embebedar para ter a coragem de dizer que eu amo você.

— Justin... — Eu não sabia o que dizer naquele instante.

Me lembro bem que a última vez que ele disse isso eu estava igual uma louca procurando motivos para lhe culpar por tudo que estava me acontecendo, me lembro principalmente de todas as vezes que eu lhe dizia e esperava um de volta mas não conseguia.

— Eu... — Não havia nada que eu pudesse dizer para expressar o múltiplo se sensações que eu sentia no momento. — Você quer sair daqui? — Pergunto-o e ele concorda enquanto vira o resto da bebida em seus lábios.

Me levanto de onde estava sentada e vou até ele pra lhe ajudar também a levantar-se.

— Não estou tão bêbado assim... — Ele diz meio embolado e eu acabo rindo disso.

— Ah mas você está sim! — Coloco um de seus braços sobre meus ombros e caminhamos juntos para fora do estabelecimento.

— Nada que um ar fresco não melhore! — Ele diz assim que saímos do bar. — Você está de carro?

— Sim, mas não posso deixar você dirigir assim então ligue para alguém vim pegar o seu carro e você vem comigo.

— Não confio em você dirigindo. — Ele diz sério e eu me sentiria ofendida se depois disso ele não tivesse soltado uma puta risada gostosa.

— Boa, palhaço. — Falo caminhando em direção ao meu carro vendo reflexos dele atrás de mim meio atrapalhado, mas ainda sim conseguia andar. — Quer ajuda para entrar? — Pergunto e ele revira os olhos.

— Não fode Maxine, estou alterado mas não bêbado.

— Diz isso para os seus pés. — Ele tropeça em uma pedra e por segundos consigo impedir uma queda.

— Lembra quando te levei para casa muito bêbada? — Ele diz baixo perto do meu ouvido me fazendo arrepiar. — Espero que considere isso uma troca de favores.

— Me arrumei toda para uma troca de favores, obrigada Justin! — Digo abrindo à porta e o empurrando sobre o banco do carro.

— Você está muito gata, me desculpe por isso. — Ele diz se sentando no banco e deixando seus braços sobre apoio à sua cabeça.

— Tudo bem. — Falo ao me sentar no banco de motorista e olhar para aquele homem ao meu lado.

Justin era tão lindo, mas tão fodidamente lindo que às vezes eu me questionava se ele realmente era desse mundo.

— Estou feliz por estar "trocando esse favor"... — Faço aspas com os dedos e ele gargalha pegando em minha mão.

— Eu não consigo desistir de você... — Justin ajeitou sua postura e com sua outra mão ele alisou parte do meu cabelo, sua mão que estava na minha passou para o meu antebraço e antes que eu pudesse raciocinar ele me puxou para um beijo. Um beijo depois de todo aquele tempo longe disso, um beijo que fez todas as borboletas no meu estômago se agitarem.

Suas mãos logo se envolveram ao redor do meu rosto enquanto as minhas se apoiavam sobre seu ombro, aquele beijo era um misto de saudade com tanta ternura que todos os pêlos do meu corpo estava ouriçados. Justin me envolvia de uma forma que ninguém nunca conseguiu e isso era algo que eu simplesmente me entregava por completa.
Por falta de ar dentro do nosso beijo fomos obrigados a parar, eu encarei suas íris castanhas e suas pupilas estavam dilatadas, seus lábios estavam vermelhos e ele ao notar meu olhar sobre eles deu um puta sorriso.

— Dorme comigo? — Ele disse e eu engoli em seco.

— Justin, eu... É que... — Droga.

Não conseguia dizer uma palavra se quer e isso me irritava muito.

— O quê? — Ele pergunta notando certo desconforto da minha parte.

Não que eu não quisesse dormir com ele, mas eu sabia bem o que vinha encaminhado disso, tinha medo de isso ser passageiro, coisa de uma noite e na manhã seguinte ele voltar a me tratar como alguém desconhecida.

— Maxine? — Escuto sua voz me chamar e volto de meu devaneio. — Está tudo bem?

— Sim. — Respondo e ele me olha desconfiado.

— Tem certeza? Se não quiser ir tudo bem.

— Sim, é só que talvez você esteja agindo por impulso da bebida e talvez fazendo e falando...

— Você está querendo dizer que esse beijo foi por causa da bebida?

— Não!!! Mas você bebeu e talvez amanhã nem se lembre disso.

— Eu vou me lembrar! — Ele avança para cima de mim e eu faço algo que não tinha noção. Recuo.

O olhar de Justin sobre o que eu havia feito me deixou extremamente chateada comigo mesma, depois ele apenas se sentou no banco novamente e apoiou sua cabeça sobre o vidro.

— Você sabe o caminho. — Ele diz baixo.

— Justin eu...

— Tudo bem. — Ele me olha sereno. — Entendo você.

Justin volta a olhar para frente e eu por fim apenas ligo o carro e sigo caminho para seu prédio. Ambos os dois não trocaram uma palavra se quer no caminho todo e eu me odiava por saber que havia causado isso. Era pra ser uma noite boa e nos reconciliarmos, mas eu tinha feito questão de estragar isso.

Paro o carro em frente ao seu prédio, antes que eu perguntasse se ele precisava de ajuda ele abre à porta do carro e salta para fora.

— Obrigado. — Ele diz e eu saio do carro rapidamente e vou até ele.

— Me desculpa. — Digo e ele me olha confuso. — Por ser assim, me desculpa por ser medrosa e desconfiada, me desculpa... — Abaixo a cabeça sentindo minha visão embasar.

— Ei, para com isso! — Justin ergue meu rosto e passa seus dedos em minhas bochechas tirando cada rastro de lágrima que podia ter por ali. — Eu que fui um estupido por achar que ainda seria a mesma coisa se tentássemos novamente.

— O que está dizendo com isso? — Digo assustada, ele estaria desistindo de vez?

— Maxine não sou bom suficiente para você! — Merda!!! Um soco no estômago doeria menos que isso.

— Justin não diga uma coisa dessas, pelo amor de Deus! Você não sentiu nada com o beijo?

— O quê? Eu senti mais do que devia.

— Então porque está dizendo isso agora? Por que acha que não é bom suficiente para mim?

— Se você se acha medrosa em relação à mim você não conhece os medos que tenho em relação à você. — Ele segura ambos os lados do meu rosto em suas mãos de uma forma meiga. — Sei dos meus erros e o quanto te fiz sofrer por desleixo meu, me culpo todos os dias por ter estragado o que éramos, você me trouxe uma felicidade que eu desconhecia. — Estava escuro, mas ainda que escuro eu pude escuta-lo fungar o nariz e isso foi minha deixa pra abraça-lo.

Coloquei todas as minhas forças em meu abraço e ele estava paralisado, surpreendido. Segundos após ele retribuiu.

— Eu amo você com todo meu coração. — Digo e ele me aperta sobre seu peito.

— Eu percebi que sou incapaz de ficar com você novamente. — Justin fala ao me soltar do abraço. — Tenho medo de te machucar, por que se acontecesse de novo eu seria incapaz de me perdoar.

— Não tem que pensar assim.

— E como quer que eu pense?

— Justin? — Olhamos para o saguão de entrada do prédio e uma moça chamava por Justin.

— Mãe? — Ele diz confuso ao olha-la.

— Eu já vou. — Digo e ele agarra meu pulso antes que eu desse um passo.

— Me desculpe, não queria te pedir isso mas eu preciso... — Ele fecha os olhos como se não quisesse dizer aquilo.

— Fala por favor. — Peço e ele abre os olhos e me encara.

— Não pense mais em mim...

— Justin? Não me peça isso. — Digo sentindo um desespero por sentir que estava-o perdendo novamente.

— Por favor. — Ele diz e me solta indo de encontro com a mulher que dizia ser sua mãe.

Engulo todo o choro que estava soltando até entrar em meu carro novamente, depois disso eu o solto como se o mundo fosse literalmente acabar.
Achei que dessa vez finalmente fôssemos ficar bem, eu estava feliz e agora acabou de novo.

Quantos términos teríamos até ele acabar comigo de vez?


Notas finais:
Bom galerinha eu to vendo muita gente reclamando do desenvolver da história, dizendo coisas como "ah mas ta ficando chato" e outras coisas etc. Gente eu peço que vocês tenham bastante paciência porque eu tenho muita coisa em mente para LI, e praticamente tudo montado. Para mim essa historia ainda tem muita coisa para acontecer mas tudo será no devido tempo, okay?
Obrigada pelos 46k, isso é muito importante para mim e espero que por mais "chato" que esteja à história por enquanto vocês não me abandonem 😞

Até o próximo ❤️

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