A APROXIMAÇÃO
Descobrir que eu faço parte da máfia italiana junto com a minha irmã Julianna foi realmente um choque, mesmo que involuntariamente. Nunca na minha vida poderia imaginar algo do tipo, nem mesmo poderia imaginar que existisse máfia. Apesar que no Brasil existe de tudo, desde tráfico, corrupção, jogos de poder à sequestro de crianças inocentes para diversos fins, nunca poderia imaginar que um dia eu fosse fazer parte de algo do tipo.
Há um mês atrás fiquei encantada com um homem que conheci no Brasil, mas vê-lo com meu algoz, me fez fugir no mesmo instante em que vi os dois juntos, nem mesmo o seu nome eu sabia, e hoje ficar cara a cara e saber que ele nada mais é que o chefe da máfia italiana me deixa em uma posição um tanto delicada. Ninguém com exceção da Nana sabe do meu breve envolvimento e pra completar toda a minha inquietação ele se lembrou quem eu sou e exatamente daquela noite em questão e agora exige explicações.
O que posso dizer para o cara que supostamente manda no destino de todos que participa da famiglia mafiosa. Que dita as regras, na qual nem sei o que é certo ou errado, a única coisa que sei é que cai de paraquedas em um abismo e não sei a profundidade pra escalar de volta.
A noite passa e está quase na hora de levantar para os meus treinos, apesar de não ter fechados os olhos nem um minuto sequer, a única coisa que conseguir foi virar de um lado para o outro até aquele momento, me levanto e decido tomar um banho gelado, mesmo a aquela hora da madruga, preciso estar desperta para o dia que virá, farei o possível e impossível para evitá-lo, pela manhã focarei em meus exercícios e a tarde ensaio com a banda e se depender de mim chegarei tarde o suficiente para não encontra-lo. Todos os dias a partir de agora até o dia do casamento da Giordana, e no dia seguinte irei embora e não terei que dar nenhuma satisfação.
Enzo está do lado de fora me esperando como combinado, fazemos os nossos alongamentos e seguimos para o nosso habitual trajeto. Não falamos nada a respeito da noite anterior. O que eu agradeço mentalmente. Ao contrário dos outros dias hoje vamos treinar na piscina, o que e um alívio já que não estou muito afim de ver muitos rostos. Treinar apneia é desconfortante, mas segundo o Ed, saber controlar a minha respiração e prende-la por um período pode salvar a minha vida se um dia for necessário.
Minha manhã passa voando e descido não almoçar em casa para não dar sorte ao azar e sigo direto para o centro da cidade, onde como alguma coisa com Enzo e vamos ao encontro da banda. Os ensaios estão sendo uma grande surpresa e ao lado dos meus colegas de palco estou cada vez mais solta e confiante, acho que vamos conseguir fazer uma boa apresentação no casamento da Gio. Apesar que já sei que o meu maior desafio vai estar lá sentado e me olhando com aqueles lindos olhos azuis que agora consigo vê-los a qualquer momento que lembro deles.
Chegamos tarde em casa, bem mais tarde do que na noite anterior, como as luzes da casa estão todas desligadas apenas a da entrada e do jardim estão acesas sinto um leve alívio, e sigo direto para o meu quarto sem acender nenhuma luz no caminho. Dou graças a Deus por ter chegado ao meu quarto sem esbarrar em nada no meio do caminho, tiro os meus tênis no escuro do quarto com a pequena claridade que atravessa a janela iluminada pela a lua, decido tomar um banho antes de cair na cama, tiro minha blusa e calça a caminho do banheiro ainda no escuro sem me preocupar em ligar a luz do quarto. Nada é mais relaxante que um banho após um dia exaustivo e cheio de compromissos, não via hora de tudo isso acabar e poder pelo menos dormir até mais tarde.
Pensando bem sobre o dia, ele foi bastante produtivo, apesar de não termos parado um segundo desde às 5hs da manhã, Enzo continuava com aquele sorriso de que nada no mundo poderia dar errado e devo concordar com ele, hoje nada deu errado e agora era só deitar na minha cama e fazer o dia de amanhã como o dia de hoje.
Me enrolo numa toalha e saio do banho, agora sou obrigada a ligar a luz para escolher uma roupa de dormir, apesar de gostar de dormir sem calcinha não gosto de dormir sem uma peça de roupa, não me importo se é uma camiseta ou uma camisola, gosto de sentir algum tecido em meu corpo. Ligo o abajur ao lado da cama e sigo para o meu armário e levo um susto ao ouvir uma voz que fujir dela o dia inteiro.
- Sabe, estou intrigado o que uma moça faz o dia inteiro com um soldado a tiracolo e só chega em casa a uma hora dessa - fala sem tirar os olhos de mim - Você poderia me ajudar a entender, Aléssia?
- O que você faz aqui ? - pergunto segurando a toalha
- Sabia que é muito feio responder uma pergunta com outra? - continua sentado me encarando - E então não vai me responder, Bambina? Ou vou ter que ir atrás do soldado em questão e tirar dele pessoalmente, garanto que ele não vai estar em condição de te acompanhar amanhã, talvez nem na próxima semana.
- Ele é o meu segurança no qual não pedi para me acompanhar em nada mas me segue por onde vou por ordens da Nonna e do Ed! - Falo quase gritando - E não é da sua conta a onde vou, o que faço ou o que não faço! - continuo com um dedo apontado pra ele - E você não tem o direito de entrar no meu quarto sem ser convidado!
Ele levanta e vem em minha direção, dou um passo para trás e me encosto no armário atrás de mim, definitivamente ele é o homem mais bonito que eu já vi em toda a minha vida, com os seus cabelos negros desalinhados que dá vontade de passar a mão e esses lindos olhos azuis que me prendem sem encostar em mim.
- Acho que você não entendeu ainda, Aléssia - fala calmo, o que faz a minha pulsação acelerar por ele estar tão perto de mim e eu com apenas uma toalha enrolada no meu corpo.- Não preciso do seu convite pra entrar aqui - ele coloca um mão do lado da minha cabeça e a outra encosta no meu braço fazendo uma leve caricia com as pontas dos dedos em um sobe e desce. - Você me convidou a um mês atrás e antes de eu aceitar o seu convite você fugiu em um passe de mágica. - continua com a caricia - E agora que eu te encontrei vim aqui apenas te dizer que o convite foi aceito e que você não vai fugir dessa vez.
A mão que me acaricia, sobe para o meu esterno - brincando com o sobe e desce da minha respiração, que está acelerada - e lentamente pelo o meu pescoço, seus olhos não sai da sua mão que sobe para o meu maxilar e ele fita a minha boca, enquanto a sua mão continua o seu traçado pelo meu rosto, seus olhos não sai da minha boca e a sua mão passeia em meu rosto fazendo sua descoberta como se fosse um cego que tivesse lendo em braile cada detalhe que encontra, seus olhos saem da minha boca e varre cada centímetro que a sua mão fez e para nos meus olhos enquanto sua mão segue para o meu cabelo que está preso em um coque com o próprio cabelo e em um movimento ele solta o meu cabelo e sem tirar os olhos dos meus prende o meu corpo com o seu enquanto as suas duas mãos seguram o meu rosto ele continua me olhando como se tivesse pedindo permissão e sem que eu diga sim ou não ele me beija.
No início é apenas um roçar de lábios, aos poucos a intensidade do beijo vai aumentando com pequenas mordidas e chupões, fazendo os meus lábios ficarem doloridos até que ele me beija com força e me imprensa com o seu corpo contra a parede do armário. Uma de suas mãos desce para a minha cintura enquanto a outra vai para a minha nuca intensificando o beijo, coloco minhas mãos em seu peito e sinto a sua pulsação tão forte quanto a minha. Eu perco a noção de espaço, de tempo e o enlaço com as minhas mãos em seu pescoço, puxo de leve os seus cabelos e passo as unhas na região da nuca e o ouço gemer na minha boca e se eu já não estava pensando agora nem sabia quem eu era.
Sinto o meu corpo pegar fogo é como se lavas incandescentes estivessem correndo em um rio que nesse caso são as minhas veias, quando Zane para de beijar os meus lábios e vai para o meu pescoço - abrindo um pequeno espaço entre nossos corpos- sinto um formigamento em meu corpo, não consigo fazê-lo parar, pelo o contrário quero que ele continue e não pare nunca e como se ele lê-se o meu pensamento, ele não para de me beijar e derrepente a minha toalha a única coisa que estava nos separando está aos meus pés, tento esconder a minha nudez, levando as mãos aos meus seios mas ele não permite e volta a me beijar prensando o seu corpo no meu.
Minhas mãos estão na lateral do meu corpo e definitivamente não sei o que fazer, desejo esse homem e meu corpo sabe disso e deseja isso, mas estar ali nua, impotente, coberta apenas pelo o seu corpo que apoia o meu, não me deixa confortável.
Zane percebe a minha exitação e quando penso que ele vai parar de me beijar ele apenas encosta a sua testa na minha e diz.
- Bella! Sei molto bella . È tutto mio, solo mio¹.- Me dá um beijo casto - La mia ragazza, la mia piccola².
Ele volta a me beijar e dessa vez retribuo o seu beijo e abraço-o e me perco naqueles braços que me apertam e mãos que acariciam o meu corpo me levando a outro mundo. Sua boca não sai da minha e quando dou por mim estou deitada em minha cama. Em nenhum momento ele para de me beijar e isso me acende novamente e todo o fogo que percorre o meu corpo é transmitido para o homem que está em cima de mim me devorando com essa boca, que ora está na minha, ora está no meu pescoço e por um átimo de segundo está descendo do meu pescoço em direção aos meus seios. Fala alguma coisa em italiano que não consigo entender. Beija, chupa, dá pequenas mordidas e lambe o meu seio, tudo metodicamente sincronizado e várias vezes enquanto sua mão livre apalpa e aperta o bico do outro seio. Até que ele decide dar atenção ao outro seio fazendo as mesma torturas, me contorço debaixo dele e gemo a cada ciclo de tortura. Enquanto Zane me tortura com sua boca, uma das suas mãos vai descendo pela a minha barriga em direção a minha boceta, tento tirar a mão dele de lá mas sou impedida.
- No! Não me impeça de tocar você. Sonho com isso desde o dia em que a conheci no Brasil.
- Não podemos! - Falo quase sem fôlego - é a casa da Nonna!
- Hoje eu não vou comer você, Aléssia. - Fala com a voz rouca - Hoje só quero beijar você, só tocar em você...
Continua com os beijos torturantes e vai descendo pelo o meu ventre, até chegar onde sua mão está me acariciando entre as pernas, senti sua mão ali já estava difícil de suportar, a boca então parece surreal! Mas Zane continua com a sua tortura, beija a minha boceta, chupa, morde, lambe e assopra, faz isso várias vezes enquanto um dedo fica brincando na minha entrada, me deixando ansiosa e com uma vontade de que ele me toma pra si.
- Você está tão pronta pra mim, como eu queria acabar com o meu sofrimento...
- Você está sofrendo? - Pergunto sem fôlego
- Nem queira saber o quanto, minha pequena
Zane continua nesse mesmo ritmo de beijar, chupar, morder, lamber e assoprar, deixando o meu clitóris inchado de tanto que ele brinca com ele ao mesmo tempo que o seu dedo não para de brincar de entrar e sai da minha entrada sem se aprofundar. Seguro forte no seu cabelo, quando sinto um calor invadindo o meu corpo, um formigamento me queimando por dentro, minha respiração fica mais pesada, mais acelerada até que não aguento e explodo em um orgasmo como nunca poderia imaginar, deixando minhas pernas trêmulas e moles, meu corpo desfalece, Zane continua me chupando por mais algum tempo, mesmo eu não mexendo um músculo se quer e sinto quando ele sobe em cima de mim dando pequenos beijos fazendo o caminho contrário que ele havia feito, até chegar na minha boca e me beija, um beijo demorado com o meu gosto em sua boca.
- Você é uma delicia, Aléssia - encosta a sua testa na minha - como eu disse, hoje eu não vou te comer, mas eu vou esperar você vir até a mim e quero todas as respostas que procuro e não adianta fugir, porque eu te acho.
- Não estava fugindo, só estou sem tempo... - ele me cala com um beijo
- Vá dormir, eu vou pro meu quarto tomar um banho gelado, antes que eu tenha um sério caso de bolas azuis. - abre um pequeno sorriso que não chega aos olhos e me beija novamente - Só me diga porque você saiu tão cedo e chegou tão tarde é a única coisa que quero saber no momento.
Justo, depois do prazer indiscutível que ele me deu e indo tomar banho gelado, não custa satisfazer sua curiosidade. Pra saber se saio cedo e volta muito tarde ele deve ter esperado por mim o dia inteiro.
- Treino pela manhã com Enzo - ele franze as sobrancelhas - o soldado que me acompanha, e a tarde vou ensaiar, por isso saio cedo e chego tarde.
- Molto bene³, quero você no cafe da manhã
- Não tomo café da manhã, eu como uma barrinha de cereal e só - antes que ele começa a reclamar falo logo - nem adianta, você não será o primeiro e nem será o ultimo a falar de cafe da manhã e sua importância, meu estômago não me obedece e ele só acorda depois da 10hs da manhã, então como um barrinha de cereal até a hora do almoço. Eu como quando tenho vontade, Nonna sabe disso e não me cobra, na verdade comida não é o meu forte, acredite em mim eu como por necessidade. Quase nunca sinto fome.
Ele fecha a cara em desaprovação ao modo de me alimentar, se ele soubesse o quanto de fome eu passei na minha vida e que os meus distúrbios alimentares vem desde muito anos e a culpa é do homem com quem ele tem negócio. Não é hora de pensar nisso.
- Não fuja, você me deve uma noite inteira de prazer e depois de hoje, de ter provado o seu gosto não vejo a hora de te ter todinha pra mim, assim nua em pelo como você esta agora, - passa a mão e os olhos pelo o meu corpo - sem a desculpa de estarmos debaixo do teto da Nonna. Depois do casamento eu vou te comer todinha, aí sim você vai gemer gostoso gritando o meu nome enquanto o meu pau come essa boceta apertadinha.
Me dá mais um beijo se levanta e sai do meu quarto, fechado a porta atrás de si.
Essa noite foi insana, surreal, maravilhosamente inesperada é uma pena que ela não pode se repetir. Não posso me entregar ao homem que tem como aliado aquele que fez tanto mal a mim e as minha irmãs.
Que você se contente com essa noite DON Zane Ferraro, porque essa é a única que você vai ter de mim.
1 Linda! Você é muito linda ! É e toda minha
2 Minha menina, minha pequena
3 muito bem