Reinado - ✔

By DandySantos7

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E se Catarina não fosse filha única? Criada ao lado de sua irmã, filhas do rei Augusto, ambas tem que enfren... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
EPÍLOGO

Capítulo 15

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By DandySantos7

Afonso somente acreditou nas palavras daquela carta quando entrou no quarto e encontrou os rostos das pessoas ali presentes. Diana estava acamada, e mesmo que seu rosto não estivesse pálido decido a doença, ela parecia extremamente cansada. Catarina tinha o rosto vermelho, seus belos olhos brilhavam – dessa vez devido as lágrimas ali acumuladas e mesmo assim ela continuava linda. Sua vontade inicial foi tê-la em seus braços e lhe confortar o coração.

Rei Augusto encarou o rei de Montemor e sabia que a conversa que se daria dali não seria uma conversa amigável. Catarina era sua filha, mas também era noiva dele e foi atacada dentro do próprio castelo.

"Rei Afonso?" Augusto tomou a iniciativa, fazendo o mesmo desviar os olhos penetrantes de Catarina, e viu de onde estava a raiva emanando do homem. "É uma surpresa, não estávamos esperando a sua presença."

"Nas atuais circunstâncias não deveria ser uma surpresa eu vim de imediato até Artena e ver como Catarina e Diana estão." Afonso falou e desviou novamente seus olhos para os olhos negros da morena, que deu um singelo sorriso ao ouvir ele mencionar não somente o seu nome, mas o de sua irmã.

"Estamos bem, Diana finalmente acordou." Catarina falou, mesmo recebendo um olhar questionador do homem.

"Você não me parece bem." Afonso retrucou. "Majestade, se me permite eu gostaria de conversar um pouco com Catarina."

"É claro, o jantar em breve será servido. Espero que se junte a nós." Augusto falou se afastando de Catarina, sabia que era um momento delicado, no entanto não desejava quebrar o acordo com Montemor. Se ele desejava apenas saber do bem-estar de Catarina, deixaria que ele visse com os próprios olhos.

.

.

.

"Catarina você não está bem" Afonso afirmou quando ambos estavam sozinhos no jardim do castelo, longe de olhares e ouvidos de qualquer um.

"Eu já disse que estou."

"Nunca ficamos tanto tempo juntos sem que você me xingasse ou discordasse de algo." Ele falou encarando os olhos tristes dela.

"Você quer que eu lhe xingue?" Questionou levemente com raiva.

"Não! Mas você não precisa ser forte o tempo todo. Eu vim assim que recebi a carta Catarina, não parei por nenhum momento até que chegasse aqui." Ele disse ficando de frente para ela. "Eu sei o quanto você ama Diana, ela sofreu um atentado e apenas não morreu por sua causa. Você salvou a vida dela, no entanto duvido que esteja bem."

Antes que Afonso ou até mesmo Catarina se desse conta do que estava fazendo, a princesa de Artena se jogou nos braços do homem a sua frente e automaticamente se sentiu protegida e acolhida quando ele circulou os braços ao seu redor a apertando firme.

Sem o seu consentimento as lágrimas voltaram a escorrer por seus olhos, odiando estar tão vulnerável. 

Afonso nada disse, apenas permitiu que ela chorasse. Se abaixou e a pegou no colo, a levando até a fonte que ficava ali e se sentou mantendo ela em seu colo; em nenhum momento Catarina retirou o rosto de seu pescoço e ele sentiu que pela primeira vez estava conseguindo fazer as barreiras que ela mantinha de forma tão firme entre eles ceder.

"Ele ia cortado minha garganta e depois mataria Ana." Catarina falou em um fio de voz, se lembrando nitidamente do desespero ao sentir a mão em sua boca enquanto o punhal encostava em sua traqueia. O fedor do homem parecia impregnado nela, não importava o quanto tivesse se banhado. Ela simplesmente sentia o cheiro dele ao seu redor, por isso aproveitou para inalar o cheiro amadeirado que Afonso tinha tentando memorizar esse cheiro.

Afonso fechou os olhos e ficou rígido quando ouviu os detalhes do que aconteceu, a carta tinha sido curta sobre o ocorrido.

"Como vocês se salvaram?"

"Duque." Catarina disse, as lágrimas aos poucos parando de cair, enquanto Afonso descia e subia a grande mão por suas costas. "Ele avançou no homem e mordeu o braço que ele segurava o punhal. Caímos no chão e eu..." Ela não sabia qual seria a reação dele ao saber que tinha matado um homem.

"Você o matou." Afonso falou calmamente, e ela se afastou para encarou seus olhos. Tudo o que conseguia ver ali era compreensão e orgulho.

"Eu matei um homem." Catarina sussurrou, seus olhos sem entender por que ele estava tão calmo diante disso.

"Se você não o tivesse feito, eu mesmo faria. Ele teve sorte em ter sido você." Afonso falou e uma sombra passou sobre o rosto dele. Ele não amava Catarina, não ainda pelo menos. Entretanto se preocupava com ela, e preocupação não era a única coisa que sentia por ela. "Ele teria matado Diana e você. Não deveria se sentir culpada por isso."

"Eu não me sinto culpada, na realidade eu não sei o que estou sentindo. Isso é o pior, sempre tenho total controle de mim." Catarina respondeu sincera e somente nesse momento se deu conta que estava sentada no colo dele. Ela olhou para baixo e depois levantou uma sobrancelha.

"Você não precisa ter sempre o controle de tudo." Depois de dizer isso Afonso apenas segurou delicadamente o rosto dela e uniu seus lábios, primeiro em uma doce carícia, relembrando seu gosto e a macies dos lábios dela. Catarina abriu a boca aceitando de bom grado o beijo, se permitindo esquecer de tudo momentaneamente. Sentiu a língua dele explorar sua boca e isso foi o suficiente para o seu baixo ventre se agitar.

Afonso manteve sua mão parada em sua cintura, enquanto explora a boca dela. Não podia negar que passou todos esses dias sedento por isso e agora que tinha certeza que ela estava o melhor que poderia estar em uma situação como essa, precisava saciar o desejo que quase consumia seu ser.

Não entendia como ela podia o ter enfeitiçado de maneira tão rápida, mas não estava a ponto de reclamar. Não quando ela segurava seu braço com firmeza e com a outra mão puxava seus cabelos em sua direção. Se afastou de sua boca para que ela pudesse respirasse, mas seguiu um caminho de beijos molhados e pequenas mordidas no pescoço esguio dela até chegar em sua orelha.

"Eu esqueci de perguntar: Eu posso beijar minha noiva?"

Ela soltou um riso ao ouvir isso.

"Vossa Majestade deve ter esquecido da última vez que fez isso sem minha permissão. Certamente não foi sensato de sua parte me lembrar." Catarina disse com um sorriso brincando em seus lábios, fazendo Afonso sorrir de volta. Era bem melhor assim.

.

.

.

Cecília andou pelo longo e vazio corredor da ala leste do castelo de Artena, era uma área pouco movimenta e perfeita para o que ela queria.

"Pensei que você não viria." A voz grave soou atrás de si, e sentiu seu coração acelerar pelo susto. Ela já tinha colhido as informações suficiente que levavam a ele, precisava apenas ter certeza antes de dar continuidade ao seu plano.

"Você sabe que eu nunca deixaria de vim." Disse com um doce sorriso em seus lábios, e antes que pudesse falar algo sentiu sua boca ser esmaga de forma violenta, em um beijo que beirava a selvageria. Ele a pressionou firme contra a parede escura e começou a tatear o seu vestido, tentando tirar de seu corpo. Mas ela tinha que provar seu ponto.

"Eu sei o que você fez." Soltou de uma vez e viu quando ele parou e se afastou, um olhar sombrio lhe encarando.

"Do que você está falando Cecília?" Ele perguntou apertando o braço dela com certa força.

"Eu sabia que você me amava, mas nunca imaginei que me amasse a esse ponto. Tentar se livrar de Daiane e sua bastarda por mim? Obrigada." Falou com um sorriso de agradecimento e viu quando ele sorriu de volta. Um frio percorreu sua espinha ao ter a certeza que tinha sido ele.

"Aquela vadia da Daiane descobriu sobre nós e precisei me livrar dela, não quis lhe falar para que não ficasse preocupada com Augusto. Como não tenho certeza sobre a bastardinha, precisamos eliminar ela o mais rápido possível. Desculpe por Catarina." Ele disse deixando beijos em seu colo, e desceu um lado do vestido para abocanhar um dos seios da rainha.

"Minha filha quase morreu por sua causa." Cecília falou de maneira extremamente baixa e fechou os olhos quando ele colocou a mão debaixo de seu vestido. Ela já sabia o que deveria fazer daqui para frente. Mas antes, falaria com Catarina, iria precisar dela.         

XXX

Quem estava gritando e tacando vasos na parede por ódio ao Afonso? Não vi essa pessoa nesse capítulo e vocês? rsrs

Cecília, Cecília...

Estrelas?

XOXO

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