Um mês passou e faz uns dias que estou na casa do Christian, meu namorado maravilhoso! Vim passar algumas semanas com ele mas logo voltarei para a outra cidade. Esse mês ocorreu tudo bem e tranquilo. Any e eu nos aproximamos muito, a May também só que não tanto assim, porém entendo ela, e até disse para a May tentar conquistar o Christopher que ele irá logo ficará de quatro atrás dela e se apaixonará, ela ficou meio sem graça e disse nada. Essas meninas precisam ter atitude já que os garotos não tem.
Já estava com tédio e sai da casa do Christian, ele estava no hospital.
Ao chegar no hospital parei na entrada ao ver um homem numa cadeira de rodas, ele parecia meio confuso, sei lá. Caminho até ele e sorrio.
- Oi! Precisa de ajuda?
Ele me olha e fica meio estranho. Eita! Por acaso me conhece? Porque todos que me olharam assim me conhecia.
- Er...tudo bem? Você está aqui sozinho, está esperando alguém?
- Ah! É...
- Sou a Ravena! E você? —sorrio e ele continua me encarando.
- Ravena?
- Dulce Maria, ou Ravena.—Fiz careta.— Mas prefiro Ravena! É que meu verdadeiro nome é Dulce.
- Nossa.
- Mas isso não importa! Você precisa ou não te ajuda?
- Você mora por aqui perto?
- Estou passando um tempo aqui, por que?
- Você perdeu a memória?...
- Sim, como sabe?
- Imaginei. —Ele sorriu pela primeira vez.— Gostei de você.
- Eu tenho que entrar agora.
Estava ficando com pouco de medo, ele me olhava estranho ainda.
- Aliás, você me conhece?
- Não, mas podemos nos conhecemos melhor.
- Oh! Eu...
- Sei que iremos virar bons amigos.
- Desculpa, eu não quero fazer amizade no momento.
Odeio ficar com medo assim do nada! Até parece que sou totalmente medrosa.
- Não? Está assim só por que sou cadeirante? Se for, eu estou fazendo terapia e já...
- Nao! Não é isso. Licença.
Entro rápido no hospital. Que mau educada, Ravena! Mas não foi porque quis ou foi? Apenas senti medo.
Parei perto da recepcionista e ela me olhou. Eu ia entrar mas ela não deixou, até hoje eu não vou com a cara dela.
- Eu vou ver o Christian.
- O senhor Chávez não poderá te receber agora então espere.
- Mas deixa eu entrar logo.—coloquei minhas mãos na cintura.
- Ja disse para esperar.
Respirei fundo e me segurei para não puxar os cabelos dessa cobra invejosa.
Depois de um tempo vejo o Christian sair.
- Finalmente!
Ele veio até mim com aquele lindo sorriso. Eu nem o esperei dizer nada e o beijei.
Paramos o beijo depois de um tempinho, e eu olhei a vadia que nos encarava. Dei meu melhor sorriso falso e acenei para ela.
- Tchauzinho, flor.
Christian olhou a recepcionista e eu saí o puxando.
- Essa vadia falta só te comer com o olhar.
- Que linda com ciúmes.
- Vá se ferrar, Christian.
Ele me abraçou de lado e saímos andando até seu carro, o mesmo abriu a porta para mim mas antes de entrar vi o mesmo garoto cadeirante.
- Tudo bem, amor?
Entro no carro e digo que sim. Tenho que parar de pensar coisa sem noção. Christian entra do outro lado e logo começa a dirigir.
- Quando eu cheguei no hospital como foi?
- Por que essa pergunta? Faz tempo.
- Me diga, amor.
- Você tinha algumas machucados pelo corpo, estava com arranhões por causa do acidente, você estava bastante fraca.
- Eu cheguei sozinha? Não tinha ninguém junto comigo no acidente?
- Tinha um homem, ele também estava machucado, não tanto quanto você.
- Cadê ele? Quem é ele? ele sobreviveu? Ele...
- Calma! O estado dele não foi tão grave, acho que depois de uns três meses ele saiu do hospital, ele tinha perdido os movimentos das pernas mas tem chance de voltar a andar.
- Não sabe aonde ele mora?
- Não, foi outro médico que cuidou do estado dele.
Fiquei calada até chegamos em casa. Que sorte esse homem teve, ele ainda lembra de tudo e estava quase se recuperando, ou já recuperou. Será que foi o mesmo homem que me "sequestrou"? Merda! Pelo jeito nunca irei saber a verdade..