- Ma-Marinette? – a azulada sorriu sem graça, enquanto Alya saltava sobre ela e a abraçava forte. – Eu não acredito que a minha heroína favorita é a minha melhor amiga! – Marinette sorriu e retribuiu o abraço. – É, claro! Quem mais poderia ser a Ladybug? – Alya segurou os ombros da melhor amiga, a encarando com um brilho nos olhos. – Isso explica seus sumiços fora de hora e todas aquelas desculpas! – Marinette riu sem graça.
- É, eu sempre fui muito ruim de inventar desculpas. Mas eu precisava ir atrás dos akumas e eu espero que me perdoe por mentir. Sempre achei muito perigoso revelar a minha identidade até para o Chat Noir, então...
- Tá brincando? Você não precisa me esclarecer nada. – passou o braço ao redor dos ombros da azulada e encostou sua bochecha na dela, apontando com o braço livre para o horizonte – Ser herói traz muitas responsabilidades e existem momentos que você precisa sacrificar o que gosta para poder salvar as pessoas. Além do mais, contar a sua identidade normalmente está fora de questão e você precisa mentir até para as pessoas que você mais gosta. Sei como é, antes mesmo de ser a Rena Rouge. Leio muitos quadrinhos.
- Fico feliz que você entenda.
- Eu mais do que entendo, e eu estou é super orgulhosa e muito feliz em saber que pensou em mim para ser a Rena Rouge!
- E em quem mais eu pensaria? – cruzou os braços e riu – Pra falar a verdade, quando confiaram o Miraculous da joaninha à mim, não pensei que eu fosse capaz de ser a Ladybug e tentei entregá-lo à você. – Alya arregalou os olhos – Você certamente seria uma heroína melhor que eu e... – a morena colocou a palma na frente do rosto da melhor amiga, sinalizando para que ela parasse de falar.
- Eu aprecio de verdade o seu gesto, mas durante todo esse tempo, Paris inteira pode ver que não poderia existir uma Ladybug melhor do que você. Além do mais, combino mais com a Rena Rouge. – piscou, fazendo Marinette rir. – E agora que eu sei que a Ladybug não é ninguém menos que a garota que senta ao meu lado todos os dias, você me deve uma entrevista exclusiva!
- Por que será que eu imaginei que você me cobraria isso? – as duas riram. – Me senti muito mais aliviada de ter contado isso pra você.
- Também me sinto aliviada de não precisar esconder de você que eu sou a Rena Rouge. Por mais que você soubesse.
- Juntas combatendo o crime? – entendeu o punho e logo Alya bateu nele com o seu.
- Juntas combatendo o crime.
***
- E como ela reagiu? Pediu uma entrevista?
- O que você acha? – Marinette e Adrien riram.
Os dois estavam sentados no topo de um prédio, pois era noite da patrulha e mesmo já sabendo suas identidades, não deixariam o velho hábito de lado.
- E me desculpe por fazer tudo isso sem ter falado com você antes, é que você disse que estava ocupado hoje e eu não quis incomodar. – explicou sinceramente. Não era como se tivesse feito escondida, apenas sentia que não poderia perder muito tempo.
- Sem problemas, my lady. Eu confio em você. – piscou e aproximou seu rosto do da heroína – Pensando bem, acho que só posso te perdoar se eu ganhar um beijo. – Marinette riu.
- Não sei não, eu estou saindo com outro garoto e eu não sei se ele gostaria de saber que eu beijei você, chaton. – o loiro deu de ombros.
- É só não contar pra ele.
- Bom saber que pensa assim.
- Nesse caso eu penso. Mas só nesse. – Ladybug sorriu e depositou seus lábios nos de Chat Noir.
- Agora estou perdoada?
- Eu acho que você precisa me beijar de novo para eu ter certeza. – a garota empurrou o herói de leve – Ei!
- Ah! Quase me esqueci de perguntar, sua assistente já melhorou?
- Na verdade não, mas ela insistiu em voltar a trabalhar. – Marinette pode ver o tom de preocupação na voz de Adrien – Falei com o meu pai, mas ele disse que não podia fazer nada se a vontade dela era trabalhar.
- Entendo. O que ela tem?
- Caiu da escada e está com dor no abdômen. – Adrien colocou a mão sobre o local aonde mais ou menos Nathalie havia machucado.
- Que horror! Ela machucou outro lugar?
- Felizmente não. Acho que ela teve sorte, pois saiu sem nenhum arranhão. – a garota assentiu e encarou o horizonte. – O que você vai fazer amanhã?
- A princípio nada demais. Meus pais disseram que eu não precisava ajudar na padaria amanhã.
- Vamos ao parque? Eu, você, o Nino e a Alya. Encontro de casais, o que acha? – Marinette sorriu. Precisava de um pouco de diversão. – Aí aproveitamos e contamos pra eles sobre nós.
- Acho uma ótima ideia.
***
Marinette andava ao lado de Adrien, ambos atrás de Nino e Alya – que haviam concordado na hora em ir ao parque.
O loiro sorriu ao ver o casal abraçado em sua frente e em seguida segurou a mão da garota ao seu lado, que o encarou surpresa.
- Tudo bem pra você se andarmos assim? – Marinette sorriu e assentiu.
- Gente o que acham de... – Alya virou para sugerir que fossem na roda gingante e deu de cara com a cena mais fofa que já viu. – Ai meu Deus! – a morena puxou o celular e tirou uma foto do novo casal. – Como e quando isso aconteceu? – Nino deu risada do jeito da sua namorada.
- É uma longa história, pra falar a verdade. – disse Marinette meio tímida.
- Ela disse que me amava mais do que tudo nessa vida e eu disse ok. – Adrien brincou e a azulada socou o seu braço.
- Idiota!
- Que você ama! – aproximou o rosto do de Marinette. No entanto o contato visual foi interrompido pelo gritinho de Alya.
- Desculpa, é que eu estava torcendo muito por isso! – os três riram.
- Parabéns para vocês dois. – disse Nino e o casal agradeceu – Agora vamos para a fila de uma vez, se não só vamos andar na roda gigante amanhã.
- Certo, vamos lá. – o loiro segurou a mão de Marinette mais forte e a conduziu até a fila de espera. Assim que chegaram, os dois pararam atrás de Alya e Nino, enquanto Adrien envolvia Marinette nos seus braços. – Eu costumava ter um pouco de medo de altura, mas agora não é mais um problema. – eles riram.
- Realmente seria um problemão se você ainda tivesse.
- Pensando melhor, acho que ainda tenho. Talvez você precise segurar a minha mão o tempo todo. – tombou a cabeça para o lado, do jeito que fazia quando estava como Chat Noir.
- Nem um pouco discreto.
- Acha que toda essa beleza poderia ser discreta?
- Na verdade achei que tinha vindo ao parque com o Adrien Agreste, não com o Chat Noir. – sussurrou no ouvido dele.
- Agora que mencionou, lembrei que tenho um repertório inteiro de novos trocadilhos para te contar enquanto estivermos na roda gigante.
- Ah não! – os dois riram.
E naquela tarde de domingo os amigos se divertiram como quando as coisas não eram tão complicadas e o peso de ser um herói tão era tão grande.
Marinette ainda estava confusa e com medo do que estava por vir, mas ali com seus amigos, sabia que podia confiar na sua equipe e isso fazia com que ela se tranquilizasse mais. Ela tinha certeza que todos dariam seu melhor para vencer, assim como ela.
***
- Bom dia, Sabrina. – Lila cumprimentou a garota ruiva que estava sentada na escada, esperando por Chloé.
- Bom dia. – respondeu simpática.
- A Chloé vai vir hoje?
- Sim, vai vir. Mas vai chegar um pouco atrasada, pois vai esperar terminar o efeito do novo creme para o rosto dela. Quer deixar algum recado? – a italiana sorriu de canto.
- Deixar recado? Você é algum tipo de secretária?
- N-Não, mas a Chloé...
- Você não percebe como a Chloé te trata? Como uma escrava?
- Não sou uma escrava, sou a melhor amiga dela. – explicou com um sorriso, fazendo Lila revirar os olhos.
- Ok, vejo que terei que usar outra abordagem aqui. – cruzou os braços – Ela te trata como uma escrava, sim. Ela não reconhece o seu potencial, sabe por quê? – se aproximou de Sabrina – Porque você não tem um. – a garota arregalou os olhos, enquanto Lila ria – Sinto muito te informar isso, Sabrina, mas você não passa de uma garotinha facilmente manipulável, o que é perfeito para Chloé Bourgeois, que adora manipular tudo e todos.
- P-Porque você está f-falando assim comigo? – questionou boquiaberta, não imaginando que ouviria coisas assim da Rossi.
- Porque é a realidade. A Chloé não gosta de você. E nunca vai gostar. – Sabrina encarou Lila com os olhos marejados. – A única pessoa que ela gosta de verdade é a Ladybug, e talvez aqueles heróizinhos. – dito isso, saiu para dentro da escola com um sorriso. Seu trabalho estava feito.
***
- Muito bem, Srta. Rossi. Muito bem. – Hawk Moth sorriu e estendeu a mão, para que uma borboleta branca pousasse nela. Em seguida, pegou a borboleta com as duas mãos e a transformou em uma negra – Voe meu akuma, e traga essa jovem desolada para o meu lado!
O akuma percorreu Paris até chegar no Colégio Françoise Dupont e pousar no óculos da garota ruiva que chorava com a cabeça baixa nas escadas.
- Olá Sabrina, acredito que você já me conheça.
- Há quanto tempo, Hawk Moth? – o vilão sorriu.
- É bom vê-la novamente. Posso te dar o poder de acabar com a Ladybug e ser alguém de quem Chloé Bourgeois terá a honra de chamar de melhor amiga, mas em troca, eu preciso de duas coisinhas que você já sabe o que é.
- Não se preocupe! Eu trarei os Miraculous para você! – ficou de pé.
- Ótimo! Nos vemos em breve, Miraculer.
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AAAAAAAAAAAA (vamos agredir a Lila)!!!!!!!
Só pra deixar claro, a Miraculer já apareceu antes. Não é um akuma novo, Hawk Moth está seguindo o plano :)
Muito obrigada por terem lido e espero que tenham gostado <3 xoxo