Boa noite meninas, segue mais um... Essa historia pra mim tem uma coisa que nem sei explicar, mas espero que lendo vocês me entendam!!! beijos amo vocês.
DIAS DEPOIS...
Um dos maiores hotéis da cidade estava sendo lançado naquela noite, todos os maiores empresários da cidade estariam ali, Maria tinha alinhado tudo com Heitor e Estrela e achava que ali era o melhor lugar para um primeiro contato. O lugar estaria cheio e ela poderia brincar com a imaginação dele e o primeiro passo foi dado por ela no momento em que na fila de carros ela parou na calçada e ele a olhou.
Um lindo vestido vermelho que ela segurava em suas mãos para poder passar a rua e ele com um aceno de cabeça autorizou a passagem dela que sorriu em agradecimento e caminhou. Estevão ficou encantado com aquela beleza, mas logo foi tirado de sua atenção por uma buzina e Maria estrategicamente sumiu de seus olhos e ele a procurou mais não a encontrou deixando Heitor e Estrela felizes com o que viram nos olhos do pai.
Eles seguiram o caminho e entraram na festa, tudo era tão perfeito que os olhos buscavam sempre olhar cada cantinho daquele evento, Maria também observava a tudo e a todos, não queria ser vista naquele momento então ficou um pouco mais longe de seu "alvo". Heitor e Estrela estavam sempre ao lado do pai, sorriam para algumas pessoas, mas também estavam ansiosos pelo encontro entre ele e Maria.
As horas foram se passando e por fim Estevão ficou sozinho, caminhou pelo evento e foi ao bar, mas antes que conseguisse chegar recebeu um empurrão e automaticamente quem estava em sua frente também foi surpreendido pelo impacto quase indo ao chão. O grito de susto o fez racionar rapidamente e segurar o corpo que foi moldado em seus braços com uma facilidade para não ir ao chão.
O perfume tomou suas narinas e os olhos se encontraram com ela segurando em seus ombros, o segurava com força beliscando sua pele e ele respirou pesado se preocupando com o olhar dela. Maria não esperava encontrá-lo daquele modo, tinha sido surpreendida assim como ele que ficou abobado por recordar aquele rosto que o tinha intrigado mais cedo e agora constatava de perto aquela beleza jamais vista.
— Você está bem? — falou por fim saindo do transe.
Maria piscou algumas vezes e o segurou melhor em seus braços passando o susto.
— Meu pé... — falou quase num gemido.
Todos ao redor estavam dispersos e nem notavam o que se passava ali, somente no momento do grito que eles foram olhados, mas logo tudo voltou ao normal e Estevão a segurou melhor com os dois braços ao redor da cintura. Maria sentiu o quanto ele era forte e se apoiou melhor para não forçar o pé que latejava.
— Consegue andar? — falou preocupado.
— Acho que sim... — mordeu o lábio.
— Se apóia melhor em mim e vamos até o sofá!! — a segurava enquanto a olhava em seus olhos.
Maria se apoiou no ombro dele e com calma caminharam até o sofá mais próximo e ele a ajudou a sentar e sentou na frente dela na mesinha que ali tinha. A olhou nos olhos mais uma vez enfeitiçado por sua beleza e por aqueles olhos que pareciam ter vida própria.
— Me desculpe, mas me empurraram e nem consegui saber quem foi. — se justificou.
Maria levantou um pouco o vestido e olhou o pé estava doendo de verdade, suspirou e o olhou novamente.
— Está tudo bem, eu só me assustei um pouco e com o impacto torci o pé. — deu um meio sorriso. — O meu salto não é tão baixo assim...
— Eu posso olhar seu pé? — falou educado com um sorriso. — Não sei como vocês mulheres conseguem ficar tanto tempo em cima de um salto.
— Não sabe metade do que sofremos!! — tocou a perna. — Você é médico?
Ele sorriu lindamente para ela e para o papo que fluía naturalmente.
— Não, eu sou advogado. — tocou a batata da perna dela e desceu até sua sandália o tirando para olhar o pé dela.
Maria olhava cada gesto dele e as mãos dele "falavam" mais do que ela imaginava, pode sentir um pequeno arrepio percorrer seu corpo e ele admirou aquele lindo pé, massageou o tornozelo dela movendo para ver se não tinha quebrado tudo com o maior cuidado do mundo, mas nada de grave parecia ter acontecido. Ela gemeu sentindo doer a cada movimento dele e o segurou no braço para que parasse.
— Não mexe mais, por favor. — sua mão foi a dele que sentiu um choque em seu corpo.
— Parece não ter quebrado, mas se sente dor é melhor que vá ao médico. — segurou a mão dela.
Ela respirou fundo sofrida e olhava em seus olhos. Ele se perguntava como ela podia ser tão linda daquele jeito e sem conseguir controlar sorriu de leve.
— Logo hoje que eu não vim de carro!!! — soltou sua mão e pegou a bolsa. — Eu vou chamar um táxi.
Estevão seguia com o pé dela em sua mão e quando ela pegou o celular ele a segurou para que não o fizesse.
— Eu posso levá-la. — ela iria protestar. — É o mínimo que posso fazer por você depois de te machucar!!! — sorriu lindamente.
— Eu não posso te tirar da sua família, eu posso ir de táxi. — justificou a negativa.
— Meus filhos vão entender!! — deixou o pé dela no chão e pegou o celular em seu bolso, discou para Heitor e informou o que se passava. — Nos vemos em casa. — finalizou a ligação e ficou de pé. — Eu posso te pegar no colo? — foi um cavalheiro.
Maria assentiu e ele pegou a sandália dela do chão e deu em sua mão para que segurasse e a pegou nos braços, ela o segurou e eles saíram dali sendo olhados por algumas pessoas que não entenderam nada e foi direto para o hospital, Maria nem estava acreditando no que se passava, não era daquele modo que tinha planejado, mas parecia que o destino estava jogando na frente dela. Eles não falaram durante o caminho até o hospital, mesmo Estevão querendo saber quem era aquela mulher cheirosa e de um olhar tão misterioso.
Estevão fez questão de levá-la a clínica de um amigo seu para ser mais rápido o atendimento e ao chegar rapidamente ela foi encaminhada para a sala de exame. Ele ficou do lado de fora por quase quarenta minutos e logo ela apareceu em uma cadeira de rodas com o pé enfaixado e um olhar triste.
— Um pouco de repouso e ela estará bem. — falou com calma.
— Obrigada Paulo. — se aproximou.
— Por favor, me leva pra casa... — suspirou querendo sumir dali.
Estevão assentiu e foi atrás da cadeira, se despediu de seu amigo e a empurrou até a porta e dali a levou no colo para o carro, Maria não podia acreditar no que estava acontecendo, teria que ficar pelo menos uma semana trancada em casa por conta daquele maldito incidente, mas ela também pensava no lado positivo e agradecia por meio caminho andado com Estevão. Ele saiu com o carro e ela deu seu endereço a ele.
— Não fique chateada!! — quebrou o silêncio. — Acidentes acontecem.
— Eu odeio ter que ficar na cama se não é por um bom motivo...
Estevão deu um meio sorriso porque tinha entendido perfeitamente o que ela havia dito.
— Eu tenho certeza que isso não será um problema para você!!
Maria o olhou de imediato e por fim deu um meio sorriso.
— Nem sempre é tão fácil quanto parece. — flertou.
Ele a olhou de leve e voltou seus olhos para a avenida.
— Eu tenho certeza que sim... — queria saber o nome dela.
— Maria, meu nome é Maria. — o cortou falando seu nome.
— O meu é Estevão San Roman.
Ela sorriu e em poucos minutos chegaram ao endereço dela, ele a ajudou a descer do carro e a levou até a porta em seus braços, Maria abriu a porta com um pouco de custo já que ele não a colocou no chão e eles entraram em seu apartamento. Estevão foi direto pelo corredor e ela o olhou sendo retribuída.
— Você não pode forçar o pé e eu vou te deixar na cama!!
Maria nada falou apenas sorriu e indicou o primeiro quarto para ele que empurrou a porta com o pé e entrou a colocando na cama, ela se arrumou e ele tirou a outra sandália dela para que ficasse confortável.
— Entregue!!
— Obrigada!! — sorriu sem mostrar os dentes. — Em outro momento até te ofereceria uma bebida, mas não sou uma ótima companhia no momento!!
— Não se preocupe. — piscou para ela. — Tenho certeza que esse não será nosso único encontro!!!
Ela sorriu para ele o encantando ainda mais.
— Pode apostar que não.
Estevão a olhou mais uma vez e estendeu a mão para ela que pegou apertando de leve, ele beijou sua mão e depois de mais um olhar ele saiu a deixando ali sorrindo. Maria pegou o celular que tocava e viu o nome de Estrela brilhar na tela e o desligou, naquele momento queria apenas descansar e foi o que fez depois de trocar o vestido que usava.
Estevão foi direto para casa com um sorriso discreto no rosto e ao chegar e abrir a porta deu de cara com Ana Rosa que não tinha uma cara nada boa a espera dele...