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Josh estacionou no prédio onde Tyler morava. O edifício era alto e Joseph havia o instruído a ir até o oitavo andar e bater na porta de número 110.
Dun chamou o elevador. Enquanto não chegava, ficou examinando seus arredores. O prédio era bem velho e mal cuidado; tinha pequenas rachaduras por todos os lados. Josh bufou. É, Tyler é claramente exigente.
Josh também seguiu o que Tyler havia dito em relação a aonde iriam; fez uma reserva no restaurante mais chique de Columbus. Ele frequentava o local, então não teve problema em conseguir uma mesa de último minuto sem ter que pagar a mais por isso.
A porta do elevador se abriu e Dun debatia com si mesmo mentalmente pensando se deveria ou não entrar naquela possível máquina mortífera, mas entrou antes que as portas se fechassem e logo apertou o botão que o levaria para o andar que precisava chegar.
Enquanto subia, deixou seus pensamentos voarem. Ele honestamente não tinha ideia do que estava fazendo. Sim, já tinha saído com garotas. Sim, já teve relacionamentos de longa duração antes. Mas isso não era uma mulher. Era um homem. Não sabia como agir.
Dun sentiu suas mãos começarem a suar e as limpou na calça de um de seus numerosos ternos; era preta então, se uma pequena mancha se formasse, não seria visível.
Depois de o que pareceu uma eternidade, o elevador fez um barulho de campainha e parou no oitavo andar. Josh examinou os números e foi para o lado esquerdo do corredor - o que tinha números pares- e parou na terceira porta do fim para o começo.
Respirou fundo enquanto se aproximava do apartamento. Não sabia o motivo de estar nervoso. Talvez fosse porque se ele se divertisse, ele realmente gostasse de caras - e isso o assustava.
Josh tocou a campainha, colocou as mãos em seus bolsos e ficou balançando para frente e para trás enquanto esperava.
O loiro esperou por um tempo até a porta se abrir. Seus olhos cresceram quando viu Tyler parado com seu terno vermelho. Definitivamente ousado, mas ficou muito bem nele. Josh admitia que estava bonito. "Hey." Josh disse sorrindo sutilmente.
Tyler escaneou o loiro de cima a baixo. Josh não entendeu o porque. Usava um terno preto e uma gravata cinza clara por baixo, não era nada demais. Joseph saiu do apartamento fechando a porta atrás de si. Ficou olhando por alguns segundos antes de falar. "Bom, vamos sair ou não?" Perguntou batendo seus cílios.
O sorriso que estava no rosto de Josh cresceu sutilmente. Não queria deixar Tyler perceber que estava o ganhando, então ficou quieto.
Ao invés disso, Josh esticou sua mão em direção ao elevador.
Dun estava torcendo para tudo correr bem durante a noite.
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Josh parou na frente do restaurante. Saiu do carro e caminhou até a porta de Tyler para abri-la - havia feito isso no apartamento e fez o garoto rir; aquela merda de risada era música para seus ouvidos.
Um homem se aproximou do veículo e Josh sabia que estava pegando o carro para estacioná-lo. Entregou as chaves de seu Tesla e o casal se dirigiu ao restaurante.
Dun se aproximou de uma funcionária que sorriu. "Sr. Dun," Ela assentiu. "Tem uma reserva para um?"
"Para dois na verdade." Ele corrigiu.
A loira tirou os olhos de seu tablet confusa e fez uma expressão surpresa ao ver Tyler ao lado de Josh com as mãos em seus bolsos olhando para o lado. A luz batia no cabelo do mais novo e Dun não conseguia parar de pensar no quanto aquilo o lembrava de um anjo.
"Ah, é seu colega de trabalho?" Ela perguntou cautelosa.
Tyler então virou sua cabeça tendo um sorriso encantador estampado em seu rosto. Josh estaria mentindo se não dissesse que pensou que ele era pelo menos um pouquinho bonito. "Estamos em um encontro."
A atendente fez uma cara mais surpresa ainda. "Um encontro romântico?"
Foi aí que Josh percebeu. Ele é um homem. Tyler é um homem. Aquilo não era normal; muito menos no mundo dos negócios. Definitivamente sem condições.
"Na verdade não." Dun disse. "Ele é meu encontro para um evento de caridade que está chegando, falou que sairia comigo pra jantar. Nada romântico." Josh afirmou torcendo para que não percebesse sua mentira.
O rosto da moça se relaxou drasticamente e ela voltou a digitar algumas coisas em seu tablet. "Sigam-me, por favor." Ela disse dirigindo-se à área das mesas.
"O que foi aquilo?" Tyler disse com um tom magoado enquanto seguia a atendente.
"Esse lugar é de classe alta, rico e aparentemente homofóbico. Desculpa." Josh disse sincero. Esse Tyler era diferente do que o do telefone ou o do bar. Não estava dando em cima de Josh que nem um louco e nem fazendo comentários sexuais o tempo todo. Foi uma ótima mudança de cenário. "Eu não sabia. Você disse algum lugar chique e eu sei que a comida daqui é boa então achei que estaria tudo bem."
Joseph somente assentiu e se sentou. "Alguém virá atendê-los em alguns instantes." A recepcionista informou antes de se retirar.
"Então," Tyler disse com um pequeno sorriso. "Essa é a parte que a gente começa a perguntar coisas chatas um pro outro?"
Josh riu. "Acho que sim. Eu te falei que já não fico com ninguém há um tempo, imagina vir num encontro."
"Vou te mostrar como se faz." Tyler deu uma piscadinha e pegou seu cardápio. Dun sentiu suas bochechas corarem a agradeceu por estarem na parte escura do restaurante.
Um pouco depois um garçom apareceu. "Boa noite. Vão querer algo para beber? Temos uma cartela de vinhos na parte de trás do cardápio."
Josh respondeu quase que instantaneamente. "Vou querer uma água, por favor."
O homem assentiu, mas não anotou o pedido. Dun chegou à conclusão de que água era um pedido fácil de lembrar.
Tyler começou a olhar o cardápio e Josh percebeu que estava olhando os vinhos. Ele levantou os olhos para o garçom e apontou para um no meio da lista. "Vou querer esse vinho branco, não sei falar o nome." Joseph disse rindo, fazendo o coração de Josh derreter.
Foi nesse momento que percebeu que, se não gostasse de homens, definitivamente gostava de Tyler - ou pelo menos estava disposto a ver como a noite seria, e se fosse melhor que a conversa que tiveram no bar, estaria disposto a deixar as coisas aumentarem.
O garçom levantou uma sobrancelha. "Posso ver seu RG?"
Tyler pegou sua carteira e lhe deu sua carteira de motorista. Josh aproveitou para ver seu ano de nascença: 1997. Ele tem 21 anos. Foi aí que Dun teve o maior choque da noite.
Os dois tinham onze anos de diferença.
O loiro tentou não mostrar desconforto, mas para ele, onze anos era muita coisa. Quando ele estava começando o segundo fundamental Tyler ainda nem era nascido.
"Volto em alguns instantes." O garçom disse antes de se retirar.
Josh olhou para Tyler com os olhos surpresos. "Tá tudo bem?" O mais novo perguntou sugando seu lábio inferior entre os dentes, preocupado.
Talvez idade não fosse um problema já que ele faz esse tipo de coisa. "Yeah." Josh certificou. "Tô bem."
A verdade é que ele poderia deixar isso tudo de lado se precisasse, mas como havia pensado antes, iria esperar para ver como a noite seria antes de tomar qualquer decisão.