O Incrível Efeito de Uma Drog...

By SamuellHigino

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[+18] Cris é um dos braços do chefe do tráfico em uma favela no Rio. É um cara bonito de 32 anos, que não tem... More

Como Você
Só Para Experimentar
Todo Mundo Ama O Cris
O Começo De Algo Preocupante
Ninguém Pode Proteger Ninguém
Me Vejo Em Seus Olhos
Não Sou Um Cara Direito, Mas Estou Gostando de Você
Desavenças
A Descoberta
É Cilada, Júnio
Uma Tempestade Que Se Aproxima
A Tempestade
Sou Apenas Um Garoto
Até a Malandragem Vira Otário Quando Ama - Penúltimo.
O Efeito de Uma Droga Chamada Amor - Último.
Nota

Pequeno Confronto

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By SamuellHigino

C R I S T I A N O

Fichinha tava apontando seu fuzil pra Nallu e ela tava pálida. Eu conseguia ver o canivete dela tremendo em sua mão. Eu peguei meu revólver e empunhei ele pra caso precisasse. Júnio é bem indiscreto e pegou seu fuzil sem medo algum.

- Isso é jeito de recepcionar um velho amigo, Júnio? - perguntou Fichinha, pulando do caminhão.

Ele ficou rodando em volta da Nallu com a arma apontada pra ela. Eu sabia que ela tava com raiva, porque ela apertava o canivete muito forte e mordia o lábio inferior.

- O que tu tá fazendo aqui, Alessandro? - perguntou Júnio, chamando o Fichinha pelo nome.

- Eu sei de tudo que acontece nesse Rio de Janeiro, Júnio. Ai resolvi vir aqui conversar um pouco com você. - disse ele, se aproximando de mim e de Júnio. - Eu poderia matar vocês três aqui agora.

- Tu não seria covarde a esse ponto. - disse Júnio.  - Tamo em menor número.

- Verdade. Não é hoje que eu vou te matar. - disse ele, abaixando o fuzil e indo em direção ao traficante de arma e dando dois tapinhas em seu ombro. - Aliás, muito obrigado, José. Eu precisava mesmo encontrar com esses três. 

- Tranquilo, Fichinha. Agora já vou indo. - disse ele, tirando uma chave do bolso e indo em direção ao carro com seu comparsa. - Boa conversa pra vocês ai. É sempre muito bom fazer negócio com vocês.

- Vai se foder. - disse.

O filho da puta tava com uma cara irônica e foi saindo como se nada tivesse acontecendo. Ele pegou o Corsa preto e saiu cantando pneu.

Os policiais tava olhando para aquela cena sem poder fazer nada, mas também não tinham a coragem de sair dali, então só ficavam calados.

- Temos que resolver umas coisas. - disse Fichinha, voltando pra perto de mim e Júnio.

Fichinha era loiro e tinha o olho bem claro mas não era nem verde e nem azul. Ele era a clássica mistura de raça que deu bem certo. O cara é alto, forte e tem a pele morena, mas com os cabelos claros.

- Acho que não temos nada pra resolver. - disse Júnio. - Tamos em paz e sem nenhum conflito. Por enquanto.

- Tu matou a mulher que eu amo. - disse Fichinha, chegando a sua cara fechada bem próximo de Júnio.

- Se você tiver falando da Paloma, eu não matei ela. Mas se tiver falando de alguma outra vagabunda, eu não me lembro. - disse Júnio, estufando seu peito, mostrando que não tava com medo.

- Tô falando da Paloma sim. Não adianta tu fingir que não foi, porque ta na tua cara. Não aguentou perder, foi? Tava sempre acostumado ganhar de mim que quando tava indo perder a mulher, simplesmente matou ela.

- Alessandro, bota nessa tua cabeça, que só tem merda, que eu nao matei a Paloma. Eu amava aquela vagabunda e nunca toquei num fio de cabelo dela. - disse Júnio. - Mas você também tinha motivos pra matar ela. Ela começou a se envolver comigo depois de você. Se sentiu traído e matou ela? Jogou ela na minha porta pra me assustar?

- Tá fumando demais, cara.  - disse Fichinha. - Eu sei que tá tendo uma caçada ao irmão dela e sei também que ele tá com você.

- Como que tu tá sabendo disso? - perguntou Júnio, olhando pra mim, que não desviei o olhar dele, pois não tava devendo nada.

- Como eu disse, eu sei tudo que acontece nesse Rio. - disse ele. - Eu quero o garoto.

- Tu não quer. - disse, entrando no assunto.

- Oh, Cristiano! Tu tá ai, rapaz? Nem tinha visto. Tava tão caladinho. - disse ele, debochando.

- Eu não queria te dar o prazer de ouvir a minha voz. - disse, sorrindo. - Danton tá sobre a minha responsabilidade e não sai nem com o Bope.

Fichinha levantou a sobrancelha e começou a se aproximar de mim. Ele chegou o seu rosto perto de mim e sua respiração batia em minha cara e eu não me intimidava com aquilo, já que eu era maior e mais forte que ele.

- Ele deu pra você também, né? - perguntou ele, sorrindo ironicamente com os dentes perfeitos. - Naquele caminhão deve ter uns três que ele fez o mesmo. Ele é só mais uma vagabunda, só que com pau. Vai me enfrentar por causa dele?

Eu comecei a lembrar das vezes que fodemos e um sorriso involuntário surgiu na minha boca e eu gargalhei na cara de fichinha.

- E se ele tiver dado pra mim? Tá com ciúme? Tem Cris pra tu também. - perguntei, ainda rindo. Eu dei um passo à frente, empurrando Fichinha com o meu peitoral e cheguei perto de seu ouvido e cochichei. - Mas tu vai ter que aguentar do jeito que o Danton aguenta.

Fichinha me empurrou e eu empurrei ele e tava indo pra cima dele e acabar com aquele filho da puta, mas Júnio me segurou e eu olhei pra todos aqueles caras com fuzil apontado pra mim.

- Tu não é homem pra me enfrentar desarmado e sozinho, Fichinha. Tem que ter todos esses machos pra te defender. - disse.

- O homem aqui é você, né? - disse ele, debochando. - Vai se foder, Cristiano. Tu vai acabar matando esse moleque e sabe disso.

- Desde quando isso é da tua conta?

- Ele é irmão da mulher que eu amei.

- Mas que diabos me garante que tu não vai matar o Danton? Eu não confio em você nem morto.

- Galera, não quero atrapalhar a confraternização de vocês. - disse o Major. Ele tava na porta do carro e o Cabo Moreira já tava dentro do carro, falando preocupado algo no rádio. - Mas teve uma denúncia e tem umas viaturas vindo pra cá.

Assim que o Major se calou duas viaturas chegaram. O Major, como é macaco velho, tirou a sua arma e atirou em um lugar que não tinha ninguém. Os caras do Fichinha começaram a atirar nos outros policiais, que também começaram atirar. Eu e Júnio nos escondemos atrás do carro e entramos na troca de tiro.

Nallu atirava com maestria e derrubamos alguns policiais. Ela veio até nós e se juntou pra atirar. Foi alguns minutos de troca de tiro e com certeza iria vir reforços e tínhamos que dar o fora dali logo.

- Precisamos sair daqui. -  disse Nallu, sentada e com as costas no carro. - Peguem o caminhão e vão.

- Mas e você? - perguntou Júnio. - Não vamos sem você.

- Eu dou o meu jeito. Agora vão, que eu dou cobertura. - ela se levantou e começou a tirar.

Eu e Júnio saiu correndo em direção ao caminhão e os tiros continuavam. Foi coisa de segundo. Júnio foi atingido na perna e caiu. Voltei até ele, mesmo com tiros em nossa direção e comecei a arrastar ele. Um policial filho da puta acertou o meu braço e senti uma puta dor e meu braço queimava igual brasa.

Não parei em momento nenhum de puxar Júnio. Joguei ele no banco do caminhão e ele se arrastou pro outro lado, encaixando a chave e me dando espaço pra entrar e ligar o caminhão.

Sai dali em alta velocidade e tiros ainda eram dados em nossa direção. O retrovisor foi quebrado e o vidro da janela onde Júnio tava também. Ele tava abaixado e sua perna sangrava pra caralho. Eu e Júnio tava segurando pra não chorar um na frente do outro, mas era impossível, porque a dor tava insuportável. Uma viatura seguia a gente e já tava quase chegando no morro. Júnio tinha que tomar uma atitude e eu dei um pequeno incentivo.

- PARA DE CHORAR, FILHA DA PUTA. - gritei. - PEGA ESSA PORRA DE CELULAR E PEDE TEUS MACHO PRA FAZER UMA BARREIRA NA ENTRADA, SENÃO A GENTE TÁ FUDIDO.

Júnio pegou o celular e fez o que eu pedi carinhosamente. Entramos na favela e os cara fizeram umas barreiras com pneus e tacaram fogo e novamente começou um troca de tiros.

Eu não freiei em momento algum. Eu e Júnio tavamos feridos e precisando de ajuda. Estacionei muito mal o caminhão em frente a minha casa e Danton saiu correndo pela porta em meu encontro. Ele viu que Júnio tava comigo e machucado, então evitou qualquer tipo de contato comigo e foi logo pro lado de Júnio, ajudar o cara se firmar e entrar na minha casa.

Tinha rastro de sangue por onde a gente passava. O cara que tava vigiando o meu Danton chegou pra ajudar e carregou Júnio pra dentro de casa e jogou ele no meu sofá.

- Pega meu celular e liga pro doutor Evandro. - disse, entregando o meu celular pro Danton. 

Minha visão só foi ficando turva e apaguei. Senti meu corpo batendo no chão e as mãos pequenas de Danton sobre o meu peito.

- AMOOOOOOR.

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