Desejo Viking

By TheJaneBook

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Alguém sabe quando o amor surge? Alguém sabe quando deixamos de temer perder a liberdade para ficar ao lado d... More

[AVISO]
||CAPA ANTIGA||
|Cap.1|
PARTE 1: Um início Viking
Outro 1
|Cap. 2|
|Cap. 3|
|Cap. 4|
|Cap. 5|
|Cap. 6|
|Cap. 7|
|Cap. 8|
|Cap. 9|
|Cap. 10|
|Cap. 8|*
|Cap. 9|
|Cap. 10|
|Cap. 11|
|Cap. 12|
|Cap. 13|
|Cap. 14|
|Cap. 15|
|Cap. 16|
|Cap. 17|
Após
Do que acontece...
... um pouco
|Cap. 18|
|Cap. 19|
|Cap. 20|
|Cap. 21|
|Cap. 22|
|Cap. 23|
|Cap. 24|
|Cap. 25|
|Cap. 27|
|Cap. 28|
|Cap. 29|
|Cap. 30|
Minha amiga...
|Cap. 31|
|Cap. 32|
|Cap. 33|
|Cap. 34|
|Cap. 35|
|Cap. 36|
|Cap. 37|
|Cap. 38|
|Cap. 39|
|Cap. 40|
|Cap. 41|
|Cap. 42|
|Cap. 43|
|Cap. 44|
|Cap. 45|
| Cap. 46|
|Cap. 47|
|Cap. 48|
|Cap. 49|
|Cap. 50|
|Cap. 51|
| Cap. 52|
❤️
|Cap. 53|
|Cap. 54|
|Cap. 55|
|Cap. 56|
|Cap. 57|
|Cap. 58|
|Cap. 59|
|Cap. 60|

|Cap. 26|

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By TheJaneBook

O caminho até a casa é silencioso. Distante. O sol que se ergue à pino e queima nossa pele, o calor que escorre no suor de nossos corpos, tudo isso é marca ainda mais silenciosa das cabeças que fervem em pensamentos, medos, ideias e a mais tímida coragem. Chegar em casa é bem-vindo. O doce sabor de um chá gelado, da sombra e do refrescante das árvores que nos envolve. 

Desço do meu cavalo com a ajuda de Bjornan, que mesmo em silêncio não se desatenta em cuidados. Seu corpo parece querer ir em busca de sua irmã, seus braços parecem querer apertar ao corpo magro e delicado de sua adorada Mirha. Mas em lugar do sangue do seu sangue, seus braços me agarram, se fecham em minha cintura, me prendem em posse irracional pouco depois de me depositar em segurança no chão. Seus braços permanecem ali, como se desamparados de um abraço, de carinho e pela vontade.

-- Pode me soltar agora, Senhor! -- ofereço branda, minha voz demonstrando justamente aquilo que vejo. Um homem que não se agarra em mim pelo desejo e pela ânsia, um que nem me vê em sua forte necessidade de se conectar com alguém. Esse pequeno espaço de fragilidade, esse pequeno momento em que posso ver a confusão em olhos verdes me mostram outro lado do homem à minha frente. 

-- Me desculpe, Helena. Não percebi o que fazia! -- sua voz é rouca, envergonhada.

-- Não se desculpe. Entendo o que fez, pois seus sentimentos estão colados em sua pele, estampados o mais profundo em seus olhos. Vá falar com sua irmã! -- digo para logo vê-lo se desapegar de meu corpo e se afastar lentamente. Sinto falta de sua força no momento em que se vai. Sinto como se parte de mim também necessitasse carinho, atenção e cuidado. Talvez parte de mim anseie desesperadamente o amor.

-- Mirha! -- Bjornan diz ao se aproximar do corpo frágil que é auxiliado por Gues para ir ao chão. -- Precisamos conversar, irmã!

-- Sim, precisamos!

-- Então venha, vamos para a biblioteca!

-- Não, irmão! O que precisa escutar pode ser dito aqui, pode ser presenciado por todos. -- Mirha diz ao se aproximar em passos curtos de seu irmão, e num pequeno rompante o abraçar apertado. Braços pequenos e magros que circundam o corpo de um enorme homem loiro. Uma cabeça de cabelos emaranhados que se aperta ao peito forte e amplo de alguém que jurou protegê-la. Lágrimas derramadas não mais de ódio ou medo, mas, pela primeira vez,  da necessidade de existir e perdoar. -- Eu te odiei por tanto tempo! -- sua voz sai em um soluço enquanto se aperta ainda mais ao corpo de seu irmão. -- Odiei não ter ido me salvar a tempo. Odiei não atender meus gritos, meu pedido de socorro. Odiei por me forçar a viver quando o que mais queria era estar morta. Odiei que você tentou e nunca desistiu, irmão. 

-- Mirha...

-- Mas agora eu agradeço! Eu agradeço por seu amor, por me deixar escolher meu destino e buscar minhas respostas. Agradeço porque eu encontrei a esperança hoje, irmão. Mesmo que travestida de sofrimento, mesmo que por ela meu coração pese, eu ainda sinto que encontrei o final de tudo isso. O final para todos!

-- O que acontece, Mirha?... -- a voz desesperada de Bjornan me angaria com força, a cena que presencio me tira um pouco da dor de carregar meu próprio sangue. 

-- Irmão, acho que estou viva! É isso, sim?! Estou viva!

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