- Uau... - Falei assim que Arthur terminou de tocar as últimas notas da música.
Olhei pro meu quarto e fiquei surpresa com o que eu via, ele estava sentado em um banquinho no canto, no meio do meu quarto tinha um coração formado por pequenas velas, no meio do coração tinha um buquê e várias pétalas de rosas vermelhas, além disso, tinha uma mesa de jantar posta pra dois. Não tinha a menor ideia do que estava acontecendo e o por que ele estava fazendo isso, mas eu tinha um sorriso bobo em meu rosto.
- Gostou? - perguntou sorrindo.
- Se eu gostei...? - eu ri dando uma volta no lugar. - Eu amei! - ri indo até onde ele estava sentado e dei um selinho em seus lábios. - Obrigada!
- Fico feliz que você tenha gostado da surpresa! - colocou o violão ao seu lado no chão e me segurou pela cintura, levando o meu corpo para perto do seu. - Tudo pelo meu anjo...
- Você é o cara mais incrível do mundo! - abracei ele pelo pescoço, com ele sentado assim era mais fácil conseguir isso. - Ficou tudo lindo... Amei!
- Olha lá no buquê... Tem mais uma surpresa pra você! - ele deu uma piscadela daquelas que fazem com que eu caía durinha no chão.
- Mais uma? - me desvencilhei dele e caminhei até o centro do coração, onde o buquê estava, fucei em meio às rosas e então vi uma caixinha da vermelha da mesma cor das flores. - Oh... Meu... Deus...
Abri a caixinha e vi o que tinha dentro, era um par de alianças prata, o mais diferente é que no meio das alianças tinha um desenho, como os feitos para medir os batimentos cardíacos, na aliança menor tinha um buraco em forma de coração, tornando a peça ainda mais linda e delicada. Amei o design, a cor, o modelo e principalmente o desenho dos batimentos cardíacos, tão especial por sermos ambos pessoas apaixonadas pela medicina.
- É lindo, Arthur! - sorri pra ele e arqueei minha sobrancelha, porque por mais que fossem lindos, ainda são alianças.
- Eu achei que depois de todo esse tempo em que estamos juntos já estava passando da hora de assumirmos um compromisso sério... - ele pegou a caixinha das minhas mãos e se agachou ficando em um dos seus joelhos. - Você quer namorar comigo? Ser de vez a minha namorada... O meu anjo...
Senti um aperto gostoso em meu peito. Faziam poucos meses que eu tinha levado um pé da bunda do Marcelo e como se o mundo desse uma volta de trezentos e sessenta graus. Antes eu chorava como uma garotinha assustada ao perder o seu primeiro amor, e agora eu me sinto mais mulher, e acho que estou preparada para ser a mulher dele, mesmo não tendo total certeza dos meus sentimentos, eu sei bem quem está sempre ao meu lado de maneira incondicional, quem me apoia e pra quem vai meu primeiro pensamento sempre que eu enfrento algum problema.
Senti paz em meu coração ao pensar em finalmente ser e apresentar ele como meu namorado. Sorri pra ele e o puxei pelas mãos o erguendo e fazendo com que ele ficasse frente a frente comigo e encarou dentro dos meus olhos. Passei minhas mãos pelo seu pescoço e colei nossos corpos um no outro. Beijei seus lábios com carinho e ele me enlaçou pela cintura, acariciei seu queixo com as pontas dos meus dedos.
- Sim... - sussurrei contra sua boca ainda fazendo um biquinho depois do nosso beijo, então sorri e o abracei com força. - Eu aceito ser a sua namorada!
- Anjo... - ele me ergueu e rodopiou comigo pelo quarto. - Eu nem acredito que você disse sim... Que finalmente somos namorados!
- Pois acredite! - me segurei nele com força para que não caísse, mesmo que Arthur seja tão cuidadoso com a minha segurança. Olhei em seus olhos e dei mais um selinho antes de lhe dizer... - Agora que eu disse sim eu vou poder usar esse lindo anel que você tem aí? - brinquei com ele e fiquei feliz em ver o brilho em seus olhos.
- É todo seu, meu anjo! - ele me colocou sobre meus próprios pés e depois pegou o anel menor que tinha na caixinha. - Esse é pra você... - beijou minha mão e depois me entregou a caixinha. - E esse é pra você colocar em mim...
- Eles são lindos! - sorri enquanto colocava a aliança dele em seu dedo. - Nunca pensei que você fosse tão romântico ao ponto de me comprar alianças de compromisso! - falei quase saltitando em alegria. - Obrigada!
- Não me agradeça simplesmente... - ele apontou pra mesa que estava posta no ambiente. - Sua mãe disse que são seus pratos preferidos!
- Não acredito que você conseguiu me enganar direitinho com a ajuda dessas duas... - sorri enquanto andávamos de mãos dadas até a mesa.
- Elas foram bem solícitas quando eu pedi... - sentamos à mesa e assim que ele descobriu os nossos pratos. - Arroz, feijão, bife e batatas fritas...
- Os meus preferidos! - dei um gritinho falsamente animada. - Você pensou em tudo para ser perfeito, não é? - olhei pra ele me sentindo a menina mais sortuda do mundo, pois Arthur é um homem tão especial e fez tudo isso só pra me pedir em namoro, fiquei comovida. - Alguém já te disse que você é um príncipe?
- Não - ele riu e se esticou sobre a mesa e beijou a minha bochecha, depois a outra e por fim a boca. - Já você é o meu anjo.
Me senti aquecida por dentro, Arthur era sempre tão lindo, gentil e meigo, sentia em meu coração que ele era o homem certo pra mim. A verdade é que parecia que ele tinha sido feito exatamente pra mim, queria me entregar de vez a ele, mas meu coração machucado era receoso e muito confuso. Aceitei namorar com ele por que confio que ele não vai me magoar e nem me ferir, provavelmente eu é quem o machucaria, apesar de que tentarei a todo custo não fazer isso.
Depois que remexi a comida e engoli algumas garfadas, Arthur terminou de comer e então eu pedi pra ele tocar mais pra mim, como o cavalheiro que ele é, Arthur fez do jeito que pediu, tocou mais algumas músicas de rock, pop, MPB e me ganhou totalmente quando cantou novamente Sweet child o'mine.
- Obrigada! - tirei o violão de suas mãos e sentei em seu colo, estávamos os dois sentados perto das velas, então tive o cuidado de não nos aproximarmos demais. - Você fez tudo o que podia pra me agradar... - beijei ele com carinho. - Foi lindo...
- Linda é você! - disse me encaixando direitinho em seu abraço.
- Deu vontade de fazer outras coisas... - eu disse sentindo minha bochecha esquentar. - Mas eu não teria coragem de fazer qualquer coisa com meus pais e minhas irmãs andando pela casa... - falei me sentindo uma menininha.
- Eu entendo, meu anjo... - beijou meus cabelos e acariciou meus braços. - Eu também não me sentiria à vontade de fazer isso embaixo do nariz da sua família, principalmente pela forma como a sua mãe e a Pérola me ajudaram...
- Você deve ficar se esforçando para ser perfeitinho assim, neh? - derrubei ele no chão e então o beijei com vontade, nossas pernas entrelaçadas, as luzes de velas, o violão, as flores, as alianças, fiquei tão feliz que esqueci minha timidez.
Ficamos até meia-noite em meu quarto apenas namorando e conversando coisas bobas, estava tão feliz que estava com ele e com sua surpresa que apenas sabia rir e admirar o quão lindo ele era, queria poder ficar com ele assim pra sempre, mas ele tinha que ir pra casa dormir para encarar o serviço comunitário que ele presta uma vez por semana em uma comunidade carente e eu tinha que ir para orientação do estágio no dia seguinte, então ele teve que ir embora.
- Tchau, meu anjo! - ele disse quando eu o deixava em seu carro.
- Tchau, príncipe! - eu beijei seus lábios com vontade de quero mais.
- Dorme em minha casa nesse fim de semana? - pediu com uma carinha de cachorro que caiu da mudança. - É nosso primeiro fim de semana como casal... - achei lindo como ele estava sem jeito de pedir isso. - Prometo que se você tiver que estudar eu não vou atrapalhar em nada...
- Não disse que você é um príncipe! - eu beijei seu rosto todo com beijinhos estalados e ele riu. - Até amanhã!
- Até amanhã! - ele me beijou mais uma vez e então saiu com seu carro.
Após ele sair eu fiquei com um sorriso bobo enquanto via ele indo embora, passei uns dez minutos do lado de fora apenas admirando a vista das estrelas. Quando finalmente entrei em casa três figuras me olhavam com evidente interesse.
- O que vocês querem saber? - perguntei me jogando no sofá.
- Você aceitou o pedido de namoro? - mamãe perguntou sorridente, mesmo já sabendo a resposta.
- Sim! - falei com um sorriso bobo.
- E ele cantou Sweet child o'mine pra você? - Rubi perguntou toda animada.
- Sim, sim! - eu suspirei lembrando da sua voz linda. - Ele canta tão bem...
- Ele é bom de cama? - Pérola perguntou mais animada do que qualquer uma que estava ali, me fazendo ficar completamente vermelha.
- Pérola! - mamãe e Rubi protestaram na mesma hora.
- O quê? Vão me dizer que não estavam curiosas sobre isso? - ela deu de ombros. - E então, vocês fizeram um sexo de comemoração pelo namoro, não foi?
- Claro que não! - protestei alarmada. - Tá louca?
- Louca por que? - ela sentou aos pés do sofá em que eu estava e encostou sua cabeça em minhas pernas. - Vai me dizer que vocês nunca transaram?
- Pelo amor de Deus, nossa mãe está aqui! - Rubi deu um tapa em sua cabeça.
- Você também não vem se fazer de sonsa... - Pérola disse aponta pra Rubi. - Porque se você me disser que está a sete anos namorando o Miguel e nunca rolou nada, vou dizer que está mentindo...
Ficamos olhando pra Rubi, que ficou muda, coçou a orelha e ficou completamente sem jeito com a pergunta, estava visível o quanto ela não se sentia confortável com tal assunto. Ela é sempre tão reservada.
- Não quero falar sobre isso! - ela se fechou em seu mundinho, apesar de ser muito tímida, eu sempre acabava falando sobre isso com Pérola, mas Rubi é sempre tão fechada.
- Eu só quero que você me esclareça uma coisinha... - mamãe disse sentando ao seu lado e pegando sua mão. - Você não quer falar sobre isso por que está com vergonha de falar comigo e com suas irmãs, ou você está com algum problema com o seu relacionamento Miguel?
- Não é exatamente um problema... - ela suspirou pesado e escorou no sofá atrás dela. - É só que... Eu estou entediada...
- Entediada? - fiquei confusa. - Entediada com o quê?
- Com o meu relacionamento com o Miguel! - ela disse parecendo exausta. - Mas deixe pra lá... Estávamos falando da minha linda irmãzinha Esmeralda, não sei como viemos parar no assunto do meu noivado...
- É verdade! - Pérola concordou prontamente. - Vai me dizer ou não o que tanto rolou naquele quarto durante todas essas horas em que estiveram lá?
- Aí... Tá bom! - me arrumei no sofá e então resolvi falar um pouquinho com elas sobre meu relacionamento com Arthur. - Eu cheguei e ele estava todo lindo, sentado no cantinho com seu violão, tocando uma música tão linda como Sweet child o'mine do Guns N' Roses, velas pelo local, flores, pétalas de rosas e uma mesa posta para dois... - Olhei pra minha mãe e pra Pérola.
- Culpadas! - mamãe disse sorrindo.
- Continue! - Pérola disse apertando a minha perna.
- Então... Depois que ele cantou aquela música linda ele me pediu em namoro e me deu isso... - apontei minha mão para elas e começaram a gritar enlouquecidas quando viram a minha aliança de compromisso que Arthur me deu. - Deixem eu terminar de falar... - pedi mediante o alvoroço das três. - Então ele cantou várias músicas pra mim, a gente conversou muitas bobagens, nos beijamos muito... - fiquei corada com essa parte da noite e depois coreia ainda mais quando completei. - E combinamos de que eu dormiria em seu apartamento no fim de semana...
- Sua safada! - Pérola disse ficando de pé. - Vai passar o fim de semana fodendo com o Doutor gostosão!
- Pérola! - eu e Rubi jogamos almofadas nela e Rubi completou. - Já disse pra ver o que fala na frente de nossa mãe!
- Suas puritanas! - ela revirou os olhos e depois riu maliciosa pra mim. - Mas que vão passar o fim de semana fazendo coisinhas... Ah... Isso vão! - ela disse e saiu correndo com medo de levar mais almofadas na cara.
- Vamos aproveitar que a maluquinha da irmã de vocês foi dormir e vamos também! - mamãe disse se levantando e batendo palmas pra gente. - Vão pras suas camas, crianças!
- Boa noite mamãe! Rubi! - disse entrando em meu quarto, ainda ouvi elas dando boa noite.
Olhei para as flores e as velas ainda espalhados pelo ambiente, sorri como uma boba pra mim mesmo, estava tão feliz. Nunca nenhum homem tinha feito uma surpresa linda dessas pra mim, meu Deus como eu me senti feliz em me deparar com ele ali. O interessante é que Arthur soube exatamente quando fazer algo assim, pois se fosse ainda no início eu teria dito não, mas agora eu via que conseguia ser feliz com ele, pois ele é divertido, lindo, inteligente, paciente e muito gostoso.
Sorri com esse pensamento, pois essa parte contava muito, estava me sentindo maravilhosa na manhã seguinte em que dormimos juntos pela primeira vez, mas em todas as vezes em que tínhamos transado foi mais do que maravilhoso, foi espetacular! Arthur é muito bom no que faz, sabe como transformar qualquer toque em um orgamos e eu fico boba com esse seu lado, quem o olha tão cavalheiro nem imagina do que ele é capaz. Estou cada vez mais solta com ele.
Dormi em minha cama sonhando em ter passado a noite em seus braços, os braços do meu namorado e eu fiquei tão encantada com tudo que foi como dormir nas nuvens de tão bom que foi.
No dia seguinte cheguei cedo no hospital, encontrei com o Arthur logo em seguida, não me aproximei muito dele, ainda não sei como vai ficar no mesmo ambiente que ele, pois não falamos nada sobre assumir publicamente o nosso relacionamento. Mas assim que entrei na sala de descanso ele me seguiu e fechou a porta atrás dele, logo em seguida me agarrou pela cintura e trouxe meu corpo de encontro ao seu.
- Bom dia! – ele disse sorrindo pra mim.
- Bom dia! – sorri de volta pra ele, percebi que sempre que ele me sorria era como se o mundo ficasse mais bonito.
- Tenho uma pergunta pra te fazer... – ele disse tirando umas mechas do meu cabelo da frente do meu rosto.
- Que pergunta? – fiquei curiosa e um pouco preocupada, pois ele sequer tinha insinuado algum interesse em me beijar.
- Você vai passar o fim de semana comigo? - perguntou beijando meus cabelos. - Tipo começando hoje que é sexta à noite... Te devolvo domingo... - ele beijou meu pescoço e me encostou na lateral do armário, senti um arrepio subir pela minha espinha e minha calcinha ficou molhada na mesma hora, nem sei como ele consegue fazer meu corpo ser assim.
- Pode ser... - beijei seus lábios e enrolei minha língua na sua, Arthur é tão gostoso que dá vontade de está sempre em seus braços.
- Então no fim do dia passo na UNIRIO pra te buscar? – perguntou contra meus lábios, me aconchegando em seu abraço.
- Se você não acha melhor eu deixar meu carro na casa dos meus pais e então você ir me buscar lá? – perguntei mordendo de leve a sua orelha, ele ficou arrepiado na mesma hora e deu um grunhido.
- Não sei o que faço com você... É uma garota muito linda e sexy... – apertou minha cintura e desceu suas mãos pelo meu corpo e acariciou minha bunda. – Acho melhor ir logo pra minha sala e dar a minha orientação antes que eu faça uma loucura e te coma aqui mesmo no hospital... – afundou seu rosto em meu pescoço e sua respiração bateu de encontro a minha pele, eu fiquei ainda mais excitada do que estava me sentindo, mordi meu lábio e então Arthur me deu um selinho antes de se desvencilhar do meu abraço. – Até mais tarde... – apertou a ponta do meu nariz de leve e sorriu daquela forma marota que ele faz apenas pra mim.
- Até mais tarde! – pisquei me sentindo um pouco tonta com a sua presença.
Ele saiu da sala de descanso e eu fiquei lá só suspirando e sentindo meu coração batendo descompassadamente. Sei que ainda não consegui me livrar dos sentimentos que nutria por aquele outro... Mas sinto no fundo do meu coração que Arthur já conquistou uma parte muito grande dos meus sentimentos, pois ele desperta coisas maravilhosas em mim, de um jeito que o Marcelo nunca fez.
Acho que isso tem haver com o fato dele se preocupar sempre comigo, de me colocar como sua mulher e não apenas como a sua melhor amiga que ele troca alguns beijos e transa de vez em quando.
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Gente, estou sem computador, tentando fazer pelo celular, me desculpem qualquer erro de português, e também pela demora!
bjooo
25/09/2019