A Proposta

By rafsuede

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Chuck Bass é um talentoso ator mundialmente prestigiado, mas sua conduta pessoal está interferindo na vida pr... More

Blair
Blair
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Chuck
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Blair
Blair
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Chuck
Blair
Blair
Chuck
Blair
Blair
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Blair
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Chuck
Blair
BOOKTRAILER
Blair
Blair
Blair
Chuck
Blair
Blair
Nate
Serena
Epílogo

Chuck

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By rafsuede

   A boate que Serena havia escolhido provavelmente era famosa, já que tinha uma fila dobrando a calçada. Felizmente, não foi necessário enfrentar aquilo, éramos convidados. A entrada tinha como decoração algumas luminárias coloridas, mesas pequenas se estendiam próximas às paredes. A pista de dança que se estendia logo à frente, já estava com um bom número que pessoas, que se moviam conforme o som do DJ, ele estava no palco, junto de algumas dançarinas. O bar também era bem grande, com ambientes isolados para quem quisesse sentar. O segundo andar da boate provavelmente era parecido. 

— Que lugar incrível. — Blair falou mais alto, devido ao som. Ela olhava para as luzes que corriam por toda parte, estava ainda mais linda com essa expressão de admiração. — Cadê a Serena? — Falou, voltando a me olhar. Isso me deixou sem graça, já que eu estava secando a garota como um moleque entrando na puberdade. 

— Na última vez que ela me respondeu, estava no bar. — Blair continuou segurando minha mão conforme me guiou até lá, nossos dedos entrelaçados. Serena estava sentada à frente de numa mesa pequena e com o vidro redondo,  segurava uma bebida azul na mão, com um canudo colorido.

— Blair! — ela chamou quando nos viu. Ótimo, fui ignorado então. — Você está maravilhosa. — ela soltou o copo e envolveu os braços ao redor da minha namorada. — Chuck, você tá legal também. — Certeza que estava me penalizando por ter sido grosso no telefone mais cedo. 

— Tá de brincadeira? Olhe para você. — Blair respondeu, parece que as duas estavam se dando bem. — Chegou tem muito tempo? Eu me atrasei uns minutos...

— Eu cheguei agorinha. — Agora as duas me ignoraram e foram sentar, sorri vendo a interação. — Chuck, você pode buscar um drinque azul desses para a Blair? — Algo me dizia que se pedissem qualquer coisa, desde que envolvesse "Blair" na frase, eu faria.

   Blair estava provando do canudo de Serena, as duas soltaram risadinhas que não entendi muito o significado. Aparentemente, minha garota tinha aprovado a bebida. Me aproximei de onde ela estava sentada e deixei um leve beijo sob seus lábios gelados. Não pude deixar de notar as sobrancelhas erguidas da loira, e o olhar interrogativo enquanto eu andava até o bar.  Sempre me sentia culpado quando tinha esses atos de namorado apaixonado, eu sabia bem que não tinha nada disso a oferecer.

   Não demorei para conseguir comprar algumas bebidas, o garçom disse que se encarregaria de levar. Antes que eu pudesse voltar, algumas garotas e uns caras pediram para tirar fotos comigo. Eu me sentia muito contente quando isso acontecia, era bacana que as pessoas me reconhecessem, mesmo num lugar que parece um vídeo game. Quando voltei para minha mesa, Blair e Serena também estavam tirando fotos com pessoas aleatórias. Minha suposta namorada tinha um sorriso incrível, o de Serena era mais contido. 

— A bochecha fica doendo um pouco. — Blair falou, depois que as pessoas foram embora. Ela não parecia realmente incomodada, ainda estava sorrindo enquanto tomava sua bebida azul. 

— Minhas bochechas estão amortecidas, essas pessoas são muito legais. — Serena respondeu.

— Acho que também vou pedir uma foto com as mulheres mais bonitas daqui. — Bajulei, isso fez Serena sorrir. Então a raiva dela estava passando. Aproveitei e peguei o celular do bolso, tirando uma selfie com as duas. 

— B, vamos nos encontrar ainda essa semana, certo? — Serena voltou a falar. Nenhum convite para mim. 

— Com certeza, eu estou curiosa a respeito desses ensaios de fotos. — Blair respondeu, ela já tinha esvaziado metade do copo. 

— Sabe, eu ainda acho que você deveria participar do ensaio. As pessoas estão curiosas a seu respeito...

— Eu não sei, mas vou pensar na proposta. — Então ela havia sido convidada para um trabalho com a Serena.

— Eu apoio. — Comentei, ela sorriu para mim. Tenho certeza que ela se daria bem nesse lance de modelo se tentasse.  

   Permanecemos conversando por um bom tempo, as duas estavam empenhadas a beber bastante, já que esvaziaram vários copos enquanto falavam sem parar, eu também estava bem comunicativo. Era melhor que mantivesse um pouco de sobriedade, alguém tinha que cuidar delas.  As risadas de Serena cessaram quando seus olhos foram para a pista de dança. O alvo do olhar assassino era Nate, mas logo em seguida, passou a ser este que vos fala. 

— Chuck, o que eu disse para você? — Ela gritava, a música estava alta. Suas sobrancelhas estavam mais unidas, e ela deixou de lado sua bebida colorida.

— Eu não tenho nada a ver com isso. — Me defendi, tentando não rir da Serena bêbada e brava. — Não sabia que ele apareceria. 

— Conta outra! Eu vou te excluir do meu círculo de amizade, Bass. — Serena levantou, deu uma piscadela para Blair antes de sair em passos decididos até o canto da pista que Nate tentava se esconder. Ele estava todo de preto, com um boné na cabeça. Achei impressionante que Serena conseguiu o reconhecer mesmo assim. 

— Chuck, não foi muito legal o que você fez, ela está tentando superar o Nate. — Blair soltou. Ótimo, duas contra um. 

— Ele é meu amigo, você precisa levar isso em consideração. — Minha vez de revirar os olhos.

— Seu amigo foi bem idiota, ela tem o direito de ter uma noite de paz. Você estragou isso. — Blair estava me dando um sermão de verdade. Até bêbada ela conseguia ficar irritada comigo. 

   Quando olhei para a pista, não havia sinal de Serena ou de Nate, me perguntei aonde os dois se enfiaram. Enquanto eu procurava meus amigos, não percebi que Blair estava andando para a pista. Levantei depressa e tentei chamar seu nome, mas fui totalmente ignorado. 

— Eu amo esta música! — Estávamos mais perto das caixas de som, o que parece ter despertado mais empolgação em Blair. Ela movia o quadril de uma forma lenta e sensual, ao som da música. Isso me fez parecer um adolescente novamente, estava tocando uma versão diferente de Work, da Rihanna. O DJ notou a animação de Blair, e antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ela já estava subindo no palco. 

   Hoje que eu teria um troço do coração. Blair parecia alheia às pessoas que ovacionavam cada vez que ela fazia aquele movimento com o quadril. Estava perdida das batidas da música enquanto sua bunda rebolava daquele jeito sugestivo, ela estava de costas para a pista, entrosada com as dançarinas. Seu cabelo caía no rosto enquanto ela abaixava o corpo e deslizava a ponta dos dedos pela extensão das pernas, finalmente seus olhos cruzaram com os meus. Minha respiração não era a mesma, mas ela continuava com aquela dança torturante pra caralho. Algumas pessoas filmavam com o celular, o que me preocupou. Ela estava bêbada, era provável que se arrependesse dessa exposição. Antes que pudesse pensar numa alternativa melhor, estava subindo no palco e acabando com qualquer suposto anonimato que eu estava tentando manter.

Blair pareceu surpresa ao me ver, mas isso não interrompeu sua dança. Pelo contrário, fui usado como complemento para seu showzinho. Estava difícil manter qualquer concentração enquanto ela rebolava a bunda contra minha perna, os aplausos de alguns caras me fizeram voltar à realidade. Não gostava nem um pouco de bancar o homem das cavernas, mas não vi outra opção. Levantei Blair do chão até tê-la com a barriga sob meu ombro. Descer do palco com ela socando minhas costas e gritando não foi uma tarefa fácil. Os mesmos caras que estavam super animados, vaiavam enquanto eu me retirava do lugar.

— Me coloca no chão, seu idiota! — Blair parecia realmente puta, mas não iria deixar ela arrancar a roupa em cima do palco, o que era provável de acontecer. Senti um tapa na bunda, esse doeu. Retribuí dando outro, ela gritou mais alto.

— Blair, não cause uma cena. — Estava andando até a porta de saída, por sorte, a bolsa dela estava comigo também. — Pare de gritar. — Sussurrei, o vento da madrugada bateu no meu rosto. Nunca pensei que diria isso, mas estava aliviado por sair da boate.

— Vai se foder, eu sou uma mulher adulta! — ela tinha a voz embolada e apressada. Talvez mantê-la de cabeça para baixo não fosse a melhor opção. Tomei cuidado ao colocá-la no chão. A primeira coisa que senti quando levantei, foi um tapa no rosto, dos fortes. Suspirei, tentando reunir qualquer resquício de paciência. 

— Você consegue parar de agir como uma estúpida? — Devolvi a bolsa dela enquanto andava até o carro. Notei que tinham paparazzis à volta. Ótimo, estar na manchete do dia seguinte depois desse tapa na cara era tudo o que eu precisava. — Entre, agora. Sem show! — Soltei, áspero. Blair cruzou os braços e entrou sem protestar, parecia finalmente cair em si. 

   O trajeto foi silencioso, Blair se afundou cada vez mais no banco do passageiro enquanto olhava pela janela. Eu estava sem um pingo de vontade de conversar, ainda bem irritado com toda a situação. Não sabia qual seria a repercussão daquele tapa, mas era fato que precisava aceitar o convite de algum dos programas de TV para falar sobre o namoro.

— Você não está fazendo o caminho da minha casa. —  ela sussurrou, permaneci na mesma rota, sem olhar para o lado.

— Vou te levar para o hotel, vai ficar lá esta noite. Acho que trabalhará amanhã, certo? Se já estiver lá, pode descansar mais um pouco. — Eu já havia planejado isso antes dela estragar a noite.

— Ah, entendi. Atencioso da sua parte, obrigada. — Não respondi. — Chuck?

—  O que? 

—  Desculpe por te bater. — Permaneci com os olhos fixos no caminho. — Eu sei que tinham uns caras tirando foto... Não vou beber mais, você estava tentando me proteger. — Não iria olhar na direção dela, aquilo com certeza me desarmaria. — Tem alguma coisa que eu possa fazer para contornar a situação? 

—  Na verdade, acho que um pronunciamento sobre esse namoro seria bom. Eu não entendo bem o motivo de estarmos adiando isso. — Quando olhei de soslaio na direção de Blair, ela tinha uma expressão pensativa. Inferno de mulher bonita.

—  Que tal tentar conversar com as pessoas através da ferramenta de histórias do instagram? —  A ideia não era tão ruim. — Acho melhor que irmos à TV ou sei lá o que, os riscos de algo dar errado pelo instagram são infinitamente menores. 

— Tudo bem, mas será você quem vai colocar esse lindo rosto no meu instagram, contorne a situação explicando o que aconteceu. — Era o mínimo. — Eu te empresto meu celular quando chegarmos.

   Blair estava adiando ao máximo o encontro daquele belo rosto com a câmera do meu celular. Já havíamos chegado há algum tempo, ela estava vestida com uma calça de moletom e uma blusa minha. A maquiagem tinha ido embora no banho, e os cabelos estavam molhados. Ainda assim, era dona de uma beleza notável. Droga Chuck, tente ao menos fingir que não está com as bolas presas.

—  Sabe, a ideia de ir a TV é mais legal... —  Ela estava segurando meu celular, parecia tentar tomar coragem. Estávamos sentados na minha cama. 

—  Eu prefiro a sua ideia anterior. — Estava achando engraçado o fato dela estar com medo do celular. Coloquei meu cabelo pra trás com os dedos, tinha acabado de sair do banho também. —  Vamos logo com isso.

   Blair soltou um suspiro e apertou no ícone do instagram, foi logo para a câmera dos stories. Eu não era de postar tanto assim, seria uma surpresa para as pessoas que me acompanhavam. Ela passou a mão pelos cabelos até ficar satisfeita e pigarreou de leve antes de dar início a sequência de vídeos.

— Olá, pessoas da internet que acompanham o Chuck. — Tentei conter meu sorriso com essa saudação mas falhei, ela estava com uma cara de culpada que me fazia rir. — Ele está logo ali.. —  ela virou a câmera para minha direção, me pegando de surpresa. Eu vestia apenas a calça de moletom, não estava na minha habitual aparência alinhada. Dei um sorriso e acenei. —  Perdoem a invasão, mas eu precisava conversar um pouco. — ela ainda parecia escolher as palavras. —  Espero que as manchetes peguem leve e não sejam tão sensacionalistas a respeito do nosso desentendimento de hoje. Quem nunca exagerou na bebida, não é mesmo? —  Um suspiro e outra ajeitada no cabelo. — O que estou tentando dizer, é que Chuck e eu estamos bem. Seres humanos são passíveis ao erro, e eu espero que possam pegar leve conosco porque apesar de ter feito uma coisa idiota hoje, ele permanece sendo um dos caras mais incríveis que conheci, e continua preenchendo cada espaço vazio do meu coração. —  Ela não olhava mais para a câmera do celular, e sim para mim. Aquilo me deixou nervoso e desconfortável, dei um sorriso encorajador. Blair desviou os olhos e publicou a sequência de vídeos. — Hmm, como me saí?

— Foi incrível, eu nem estou mais bravo com você, se quer saber. —  Era verdade. 

— Então não vai chutar a minha bunda, né? Nosso trato permanece de pé? —  Relembrar o trato me fez cair na real e perceber que tudo que ela havia dito, eram mentiras. 

— Está tudo certo. 

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