Me Apaixonando Por Você

By TainaSuman

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Era uma tarde quente demais quando o carro saiu. Era uma noite muito fria quando Dulce descobriu que sua vida... More

Prólogo, Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Passado
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Passado
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
°Capítulo 60° Especial de natal
°Capítulo 61°Especial de natal 02
°Capítulo 62° Especial de natal 03
°Capítulo 63° Especial de natal 04
Epílogo
??!!É O Fim??!!

Capítulo 28

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By TainaSuman


°•Dulce Maria•°

  O despertador tocou, sinalizando que já era hora de se levantar e enfrentar o dia. Me sentei na cama, pensando que já tinha enfrentado mais do que deveria essa noite.

Meu copo estava dolorido demais. Minha cabeça doía. Liguei o celular, procurando alguma mensagem, a única que tinha, era da mãe de Nicolas, falando que tinha chegado em casa, e que ele estava bem e dormindo.

Me tranquilizei. Levantei da cama, meus pés tocaram uma poça d'água, olhei para aquilo, confusa. Depois segui o rastro de água e olhei para a janela entreaberta.

Bufei, e me tranquei no banheiro.


𝓟𝓪𝓼𝓼𝓪𝓰𝓮𝓶 𝓭𝓮 𝓽𝓮𝓶𝓹𝓸  –

Quando desci para a sala, Lorena já estava lá. Os cabelos vermelhos presos em um coque, usava  uma calça jeans preta desbotada de cintura baixa, e uma jaqueta de couro por cima da regata branca. Um coturno preto com um salto de 5 centímetros, a deixava um pouco mais alta do que já era.

Olhei para as minhas roupas, uma bagunça de cores; regata rosa, calça jeans azul, segurando uma blusa de lã branca. Me senti envergonhada, pois nem consegui arrumar o cabelo direito.

— Bom dia! — Lorena bateu palmas, chamando minha atenção.

— Bom dia. — Passei por ela, indo até a cozinha.

— Não tem nada pra falar?

Pensei em tudo que tinha acontecido ontem a noite, e só em pensar sobre contar isso, meu cérebro parecia a ponto de pifar. 

— Não.

Me servi um copo de chá, e uma maçã. Lorena me encarou como se tivesse tomado um banho de água fria. As mãos caíram ao lado do corpo.

— Não vai me contar como foi seu encontro?

Ah, isso.

Pensei, olhei pela janela embassada, meu estômago se revirou só com as lembranças.

— Não foi um encontro. — Lorena parou de se mexer.

Seus olhos escuros encontraram os meus, então ela se aproximou. Segurou meu rosto entre as mãos geladas, virando de um lado para o outro como se me examinasse sobre algo que nem eu via.

— Você está bem? Parece que não dormiu a noite inteira. E sei que geralmente seu gosto pra roupas não é tão terrível.

Senti minhas bochechas queimarem de vergonha. Me afastei dela, olhando rapidamente para minhas roupas.

— Não consegui dormir direito com a tempestade. — Era uma meia verdade.

— Tem certeza?

Cadê o Mateus? — Perguntei olhando para o relógio. — Não posso me atrasar, tenho prova de química.

— Acho que ainda não acordou. — Lorena deu de ombros.

— Faz uma xícara de café. Eu já volto.

E subi as escadas, enquanto Lorena gritava "eu não sei fazer café!"

Bati na porta de Mateus umas cinco vezes, mas ele não fez nenhum barulho do outro lado. Abri a porta.

Mateus estava encolhido na cama, parecia um monte de travesseiro embaixo do edredom azul. O quarto estava quente, o aquecedor ligado, o tapete peludo estava enrolado e jogado no canto atrás da porta.

Me ajoelhei ao lado na cama, puxei o edredom que cobria seu rosto e bati meu dedo na ponta de seu nariz. Mateus piscou, apertando os olhos contra a luz. Quando me reconheceu, sorriu um sorriso preguiçoso e cansado.

— Oi. — A voz estava rouca.

— Oi. Bom dia. — Me sentei sobre meus calcanhares. 

Mateus esticou os braços para cima, se espreguiçando. Um papel caiu do edredom, direto para o chão.  O branco estava manchado de vermelho. Olhei para aquilo confusa, depois levantei mais a ponta do edredom, deveria ter uns cinco lenços de papel manchados com sangue, o travesseiro, antes branco, tinha uma mancha redonda arrastada de vermelho.

— Mateus! — Minha voz saiu estridente, preocupada.

Puxei mais o edredom, os lenços de papel caíram, Mateus olhou para aquilo só parecendo perceber agora; olhou para o travesseiro com sangue seco, e parecia preocupado.

— Tá tudo bem. — Disse ríspido, enquanto eu tentava puxar o edredom. — Pare com isso!

Suas mãos seguraram meu pulso com mais força do que preciso, afastei minhas mãos, caindo sentada no chão novamente.

— Da onde veio esse sangue...

— Eu machuquei a mão. — Olhei para ele, incrédula.

— Machucou a mão. — Repeti, não foi uma pergunta.

— Sim. — Respondeu como se eu fosse idiota. — Agora sai daqui, preciso me arrumar.

Levantei, ainda meio tonta com aquele sangue manchando o branco. A maçaneta da porta estava fria sob minha mão, quando fechei a porta.

Machucou a mão. Pensei enquanto descia, confusa. Então por que não havia corte algum nelas?

– 𝓟𝓪𝓼𝓼𝓪𝓰𝓮𝓶 𝓭𝓮 𝓽𝓮𝓶𝓹𝓸  –


Chegamos na escola com dez minutos de antecedência. Mateus arrumou o boné de beisebol nos cabelos claros, depois abaixou o rosto, fazendo uma careta.

— Por que todo mundo tem que ser tão barulhento logo cedo? — Perguntou Lorena, revirando os olhos.

— Vou procurar o Gui. — Mateus resmungou, e saiu quase correndo para o corredor oposto.

Tirei o celular do bolso, digitando rápido uma mensagem para Nick:

Bom dia. Onde você está?
Podemos conversar? Acho que precisamos.

A mensagem chegou, mas não obtive resposta.

Lorena tombou a cabeça para o lado, os cabelos ruivos ondulados se soltaram do coque, caindo sobre o rosto claro como sangue despejado na neve.

— O que vocês dois tem hoje?

— Como?

— Você e Mateus, estão super esquisitos hoje.

— Bem, eu só não dormi direito.

— E ele?

— Eu não sei Lorena! Pergunte a ele. 

Me arrependi do meu tom de voz, quando Lorena se afastou assustada. Algumas pessoas a nossa volta me olharam. Suspirei, arrependida.

— Desculpa. — Ela ficou em silêncio por algum tempo, depois torceu os lábios.

— Pode ir comigo até a diretoria? Preciso entregar os papéis. 

– 𝓟𝓪𝓼𝓼𝓪𝓰𝓮𝓶 𝓭𝓮 𝓽𝓮𝓶𝓹𝓸  –


— Vou ser da turma do Mateus. — Lorena disse, desanimada quando eu entreguei os papeis pra ela.

— O que você esperava? — Perguntei rindo.

— Queria ser da sua turma.

— Bem, querer não é poder.

Hum. — Dobrou os papéis e os enfiou dentro da bolsa. — Ainda não achou o Nicolas?

— Não. — Respondi enquanto olhava todos os corredores por qual passávamos.

— Bem, talvez ele chegue atrasado.

— Talvez.

Luana me viu, os olhos claros se encontraram com os meus do outro lado do corredor. Ela começou a caminhar em minha direção.

Oh-ou.

Lorena me olhou, depois seguiu meu olhar até a garota.

— Ei, não foi nela que eu joguei meu copo de vinho no Halloween?

Tive que segurar minha risada.

— Foi.

Lorena sorriu enquanto se colocava ao meu lado, os braços cruzados.

Luana olhou para mim de cima abaixo, depois sorriu maldosa. Judy, amiga dela, parou ao lado da garota, olhou para Lorena e levou as mãos a boca, surpresa.

— Caramba, adorei seu cinto! — Apontou para a cintura de Lorena. Olhei para o cinto da prada.

Lorena riu doce, parecendo já gostar da garota automaticamente.

— Caramba, adorei seu cabelo!

Judy passou as mãos pelos cabelos pretos e sorriu tímida, as bochechas ficando vermelhas.

Luana bufou, completamente irritada, parecia um cachorro rosnando por causa de um osso.

— Judy, silêncio.

Judy deu um passo para trás, parecendo completamente envergonhada.

— Olá Dulce. — Virou a voz amarga para mim. — Sabe onde está seu irmão?

— Procure, eu não sou a segurança dele.

Lorena segurou a risada, Judy sorriu, mas logo abaixou o rosto, os cabelos escuros caíram sobre o rosto.

— Se não é a segurança dele, por que não o deixa em paz?

— Como?

— Você não consegue ninguém e fica correndo atrás dele como uma idiota.

Abri minha boca, pronta para protestar, mas alguém me impediu antes. Dylan apoiou o braço sobre meus ombros, seu cheiro de lavanda e amaciante barato imundou meu nariz.

— Ela não precisa ficar correndo atrás dele. Diferente de você.

Luana fechou a cara, olhou para Dylan com ódio, e se virou para sair. Lorena praticamente pulou na frente da garota.

— Quem diabos é você? — Perguntou irritada, acho que ela não se lembrava da festa de Halloween.

Judy deu um passo para o lado, olhando para Lorena com medo e admiração.

— Por que você simplesmente não para de querer cuidar da vida das pessoas que não conhece, e vai cuidar da sua? — Luana abriu a boca, mas Lorena apontou o dedo e a empurrou para trás. — Ou talvez arrume um pouco de amor próprio, acho que você precisa disso.

Se afastou, prendendo uma mecha do cabelo vermelho atrás da orelha, e depois sorriu.

— Aliás, troque esse perfume, meu Deus, isso é tenebroso. — Abanou a mão no ar.

Luana a encarou incrédula, depois saiu pisando no chão com força, o barulho dos sapatos ecoando pelo corredor vazio.

Judy retirou um pedaço de papel e uma caneta pequena do bolso, anotou algo e sorriu quando entregou a Lorena. 

— Meu nome é Judy Anderson.

E saiu correndo, a saia de couro vermelha balançando no ar, as pernas delicadas sendo cobertas apenas pela meia calça preta.

Ia perguntar o que ela tinha entregado, mas Lorena já estava dobrando o papel e guardando no bolso. Vi números antes que o papel sumisse no bolso.

— Bem, tchau gente, vou procurar minha sala.

O sinal tocou. A garota saiu correndo, Dylan se afastou. Segurou minha mão e me puxou para a sala de aula.

Nada de Nick.


°•Lorena•°

Não... Não... Não, e não.

As vezes me pergunto por que uma escola precisa ser tão grande, e por que não tem ninguém para ajudar com isso.

Me apoio na parede escorregando até o chão, minha cabeça bate contra a parede, resmungo de dor. Olho emburrada para todos os corredores.

— Quer uma ajuda aí? — Guilherme se abaixou na minha frente, o cabelo escuro caiu sobre os olhos.

— Ah, oi. Guilherme né? — Perguntei apenas para confirmar e ele não pensar que eu me lembrava totalmente dele.

— Bem, você não esqueceu meu nome. — Riu, se levantando e estendendo a mão em minha direção. — Quer ajuda?

Olhei para cima para o encarar, a luz artificial da lâmpada brilhou atrás dele, transformando as pontas dos cabelos em um dourado quase reluzente, parecendo uma coroa envolta de sua cabeça.

Ah, não.

— Não obrigada. — Me levantei, ignorando a mão estendida dele. Gui riu, sem se importar.

Bati minhas mãos na calça, para tirar a sujeira, e peguei minha bolsa do chão. Olhei para a parede, ainda sentindo a dor na cabeça, e a chutei.

Que arrependimento.

Resmunguei de dor, puxando meu pé para trás novamente.

— A parede não tem culpa de você ser idiota. — Gui resmungou atrás de mim. Me virei para ele.

— Foi isso que um garoto chato disse depois que eu o empurrei escada a baixo.

— O que? — Perguntou incrédulo, eu ri, não sabendo como continuar a mentira estúpida.

Volto a andar pelos corredores, Guilherme me segue, em silêncio, parecendo se divertir em ver como eu estava completamente perdida.

— Você é da minha sala, não é?

— Não sei, sou?

— Da sala do Mateus?

— É. Sou. Mas isso não te interessa.

— Bom, tudo bem. — Respondeu, parando. — Eu vou entrar nessa sala, que é a certa.

Abriu uma porta, olhei para ele de prontidão. O garoto sorriu um sorriso brilhante e convencido.

— Idiota. — Murmurei.

— Estressadinha. — Respondeu, mas segurou a porta para que eu pudesse entrar.


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