Princesa de Zaark [Concluída]

By Carolina_Saiki

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Uma contadora de histórias não tem paz, para onde vou encontro com pessoas famintas por novas narrativas de a... More

Prólogo: Uma longa história
Parte I
Capítulo 1 - parte I
Capítulo 1 - parte II
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capitulo 7
Capitulo 7 - parte II
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Parte II
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capitulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Parte III
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Parte IV
Capítulo 61
Capítulo 65
Capitulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69

Capítulo 55

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By Carolina_Saiki

- Os nativos... - Asterin disse por fim - Como eles são?

- Não muito diferentes... - Blair disse rindo - Relaxa, você só tem que dizer que vai manter a promessa que existe há anos e eles vão ficar felizes.

- Bem, além de não ofender ninguém. - Aloïsia suspirou, guiando o cavalo com um destreza que sua sobrinha tentava imitar miseravelmente - Mas acho que só teve uma pessoa que conseguiu fazer essa proeza. Tiveram que tirar o reinado dessa rainha.

- Você é calma e simpática. - a moça disse rindo - Isso basta.

- Vou crê em vocês. - a princesa suspirou.

A floresta era densa ali, bem mais do que o caminho em que a moça tinha feito até o castelo e a medida que a cavalgada ia avançando a situação ficava pior. No final daquele dia, as mulher pararam em uma clareira que pareceu surgir magicamente na frente delas.

- Sabiam que tinha esse lugar aqui? - Asterin disse saindo do cavalo e tirando suas bagagens para montar seu canto de dormir.

- Conhecemos a floresta como os nativos... - Aloïsia disse sorrindo - Cada clareira, aldeia ou montanha. Assim como os lugares perigosos para os humanos.

- Certo... - a garota riu - Agora está querendo me assustar. Cresci tendo algo parecido com irmãos mais velhos...

- Ela está falando sério... - Blair riu - São lugares conhecidos como Portal das Fadas. Por algum motivo, o nosso mundo e o mundo mágico fica mais próximo, somos mais suscetíveis a encontrar seres ou esbarrar com um Caminho das Fadas.

- Fadas, sério? Achei que iam tentar me assustar com outra coisa. - ela riu - Acho que não ia precisar mais do que um peteleco para me livrar de uma... se elas existissem.

- Primeira lição, então... - Aloïsia disse abrindo um pano no chão - Tema os Filhos da Floresta. Eles nem sempre são pequenos e gentis, podem ser travessos e as vezes cruéis, além de que, as fadas mais poderosas, não são muito diferentes de mim e você.

Asterin decidiu não continuar aquela discussão, fé era algo invisível, contudo, poderoso, então, aquelas mulheres poderiam nunca terem visto uma única criatura mágica, mas defenderia até o fim sua existência. Ela mesma não era muito diferente, poderia não ser a mais religiosa do mundo, mas acredita em um Criador bondoso.

- Irei conhecer um acampamento de Guerreiras? - ela disse já com suas coisas prontas.

- Sim, a tribo tem sua parte de acampamento nosso. Fica mais fácil assim para que você ganhe isso, como recompensa. - Blair disse mostrando uma tatuagem em seu braço - Toda rainha de Zaark faz um juramento e ganha essa tatuagem... bem, não essa exatamente, essa é para as Guerreiras Arqueiras.

- E essa é para a líder das mulheres. - Aloïsia mostrou a sua acima de outra idêntica a de Blair - Isso é uma lembrança da promessa.

A garota concordou um pouco assustada, sabia que tinha que honra todos os seus compromissos. Mas fazer uma tatuagem para aquilo parecia um pouco sério demais. Terminou sua cama e foi ajudar preparar o jantar, pensou em assoviar como fazia com Marlon durante seu tempo na floresta, chamando Oto de volta, mas percebeu que eles não estavam lá, seu coração se entristeceu por uns segundos.

- Sabe como as Guerreiras surgiram? - Aloïsia disse entregando lenha a sobrinha.

- Foi Celina que criou, como modo de manter Aron em paz e prosperidade. - a princesa sorriu - Li quase tudo que você me passou.

- Está meio certo. - Blair disse acendendo o fogo e pedindo a lenha para a moça. - Não foi só por isso, também queria que a mágica nas terras fossem mantidas. Elas acreditava que o sangue de vocês só era dourado devido a abertura entre os dois mundos que permitiu a passagem de dragões e outras criaturas para cá. Sem a natureza, a paz e o equilíbrio, essas coisas se perderiam e seu sangue morreria.

Asterin levantou uma sobrancelha, mas não teceu nenhum comentário, voltou -se ao fogo e se concentrou em manter-se  ouvindo.

- Além disso... - Aloïsia sorriu - Nossa primeira rainha prometeu proteger os nativos. Então ela montou um grupo de mulheres que nomeou de Guerreiras e disse que elas nunca deveriam se envolver de forma parcial com nenhum país de Aron e sempre procuraram paz para todos, agindo só quando isso fosse tirado.

- Mas, imparcial... - Asterin começou a dizer com cuidado - Vocês não são exatamente imparciais? São?

- Bem... - Blair olhou para a sua senhora que engoliu seco.

- Sejamos honestas... eu fui criadas por Zaark, grande parte de nossas mulheres vem desse país e a maioria de nossas líderes também, quando, assim como eu, não eram para ter sido rainhas. - Aloïsia bufou - Tentamos ser imparciais, mas somos mais próximas de Zaark. Principalmente, com o acordo entre nós e a corte.

- O acordo Saeb. - a princesa disse sorrindo - Toda e qualquer menina nobre de oito anos  pode ser enviada para as Guerreiras, afim de que ela recebe treinamento e ensinamento dessas mulheres durante dez anos, em troca, todas que desejarem deixar seu berço para trás, pode se tornar para sempre uma Guerreira. Sendo que todas as princesas de Zaark devem ser enviadas.

- Alguém leu as leis... - Aloïsia disse rindo - Exatamente. Sabe como ela foi criada?

- Alguma coisa haver com o clã Saeb... - Asterin riu.

- O lorde Saeb do tempo de Celina, decidiu estreitar os laços com as Guerreiras de modo permanente e ofereceu a sua filha para fazer o treinamento conosco. - a líder disse assando a carne salgada - O nome dela era Violet, mas ficou mais conhecida por Glør. Depois dela voltar para casa, o pai dela, influenciado pela madrasta da menina quis obrigá-la a se casar com um rapaz de outro clã.

- Dizem as lendas que a madrasta fez isso pois esperava que uma de suas filhas se casasse com o primo do futuro rei, que era o clã Lillac. - Blair sorriu - E esse rapaz era apaixonado por Glør.

- A menina fugiu com o rapaz, quase provocou uma guerra entre clãs, mas tudo foi resolvido no fim. - Aloïsia deu de ombros - Depois disso duas leis foram criadas, a da luta entre os líderes dos clãs, evitando mortes e casamentos não podem ser arranjados sem a permissão do casal em idade adulta.

- Bem, então isso foi um acontecimento com resultados bem positivos até... - a garota riu - Zaark é recheada de histórias, não?

- Catalan, Uhall, Carnavil, Ilha das Maçãs, Ilha dos Dragões, o além mar... - Blair disse rindo - Esses lugares e esses povos só existem por causa de histórias. Zaark e suas tradições só valorizam elas como deveriam.

A garota observava as mulheres terminarem seu trabalho, trocando poucas palavras de modo bem eficaz. Sentiu, de certa forma, que, aquelas duas, eram parecidas com ela e Marlon.

Quando ouviu risadas, parecidas com de crianças, mas bem mais baixas e contidas e mas suas costas. A moça virou a cabeça para trás, em busca da origem do barulho. Parou. A princesa não via uma única casa próxima há algum as horas para trás, muito menos crianças. Apertou os lábios e olhou para as moças, as quais permaneciam alheias ao acontecimento, as risadas voltaram e junto com sussurros. Esses porém, mais próximos.

Asterin se virou mais uma vez e o silêncio preencheu o ambiente mais uma vez, apertou os lábios e se levantou. Deu um passo em frente, um grito foi feito, antes de que ela finalizadas o ato, assustada, viu no chão um grupo de seres bem pequenos. Assustada, caiu no chão enquanto via os pequeninos correndo para dentro da mata.

Não podendo ver direito, percebeu que alguns se assemelhavam com cogumelos ou então a insetos, os quais nunca havia visto antes. Apenas um, mais curioso levantou voou e se aproximou do rosto da moça, tinham formas femininas, asas coloridas como borboletas e parecia um sino batendo suavemente. Gentilmente ela pousou em seu nariz.

- Ah! Gente! - ela disse quase que em pânico.

- Olha... - Blair disse rindo e indo para perto dela - Uma fada trabalhadora.

- Existe classificação das fadas? - Asterin disse vendo a criatura afastar e voar ao redor dela - Esquece! Como assim fada? Aí céus, esse treco de Filhos da Floresta é verdade?

- Já dissemos que sim. - Aloïsia sorriu estendendo o dedo para que a pequena parasse ali - Olá, pequenina!

- Então, duendes, gnomos e toda aquelas lendas loucas são verdade?

- Sim e torça para que tenhamos apenas encontros com seres amigáveis. - Blair sorriu - Odeio duendes!

A fada soou mais alguns barulhos e desceu até o lugar que estava antes, parecia satisfeita ao mostrar uma pequena e simples coroa de flores.

- Dizem que a família real de Zaark tem ligação direta a mágica devido seu passado. - Aloïsia disse pegando a coroa e colocando na cabeça da sobrinha - Esses seres conseguem reconhecer isso.

- Vamos ver mais deles?

- Claro! Estamos indo para a parte da floresta onde há mais Potais das Fadas.

A moça concordou engolindo seco e vendo a fadinha rodopiar ao redor de sua cabeça, para no fim sentar na coroa de flores da sua cabeça.

- Preciso me acostumar com isso.

- Fala sério! - Aloïsia riu - Você já teve notícias que mudaram sua vida antes.

- Minha vida, não minha realidade. - ela bufou - Isso significa que durante todo o tempo que eu e Marlon viajamos pela floresta corremos mais risco do que pensamos e... toda aquelas lendas são verdadeiras... os dragões também são de verdade?

As duas mulheres trocaram olhares e riram.

Já em Catalan, Caleb caminhou pelas ruas como fantasma até ser reconhecido e levado como prisioneiro ao castelo. Dizem ter sido apavorante ver o guarda chegar sendo carregado por dois soldados para dentro da sala do trono, ele de cabeça baixa e apresentando claros sinais de cansaço, falta de comida e desidratação.

- Posso compreender o que está acontecendo? - Aires disse calmo e sombrio.

- Achamos o guarda da princesa na cidade hoje, Vossa Majestade, mas não há sinais dela e ele não quis falar. Existe a chance desse homem tê-la sequestrado.

- Não acredito nessa possibilidade. - o rei disse se ajeitando no trono - O que aconteceu, meu amigo?

- Akanta acreditava que seria capaz de matar Avalon e enfraquecer Zaark assim... - o rapaz levantou a cabeça, ele estava com o rosto inchado e as faces coradas - Eu falhei em ser o guarda costa da princesa! Ela foi capturada por Zaark.

- Akanta está nas mãos dos rebeldes? - Darlan disse dando um passo em frente preocupado.

- Sim...

- Primeiro foi Alec, agora... - Darlan iniciou um discurso inflamado, mas Aires levantou a mão.

- Não sabemos o que vai acontecer... não vamos começar a entrar em pânico. - ele suspirou - Por mais que exista a grande chance de receber a notícia de óbito da minha irmã.

- Avalon me garantiu que manteria Akanta viva... - Caleb disse torcendo a boca.

- Quem? - Darlan disse se contendo - Quem disse o que?

O guarda hesitou por alguns segundos, aquele homem era assustador, principalmente, sombrio daquela forma, talvez falar sobre a antiga guarda e suas promessas incertas e a forma como havia a conseguido apenas iria trazer problemas. Mas ele encontrou em si uma raiva, a qual não sabia que tinha. Caleb não entendi por completo aquele país, mesmo que tivesse crescido ali! Lembrava da sua casa, lembrava de como as políticas entre os pequenos reinos eram delicadas, mas havia um código de honra a ser seguido. Comer na casa de outro era criar um laço de confiança com o próximo, está em lados opostos não significava inimizade, apenas interesses ou motivações diferentes e, amizade era sinônimo de honestidade e confiança eterna.

Avalon era Gayla, querendo todos eles ou não! Ela já havia comido em Catalan, foi chamada de amiga por ele e pelo homem que transformava em um monstro sombrio quando escutava seu nome e, principalmente, queria apenas libertar o reino que havia sido tomado pelo pai de Aires anos atrás e...tudo bem o príncipe não deixar! Mas... aquilo estava ficando ridículo!

- Akanta havia sido pega e eu comecei a fugir para trazer a notícia. - o guarda ficou em pé - Fui seguido e quando olhei para trás vi a garota que há pouco tempo vivia por esses corredores, parei e pedi para que mantesse a princesa bem. Ela concordou sem hesitar.

- E você acreditou? - o nobre quase cuspiu no chão.

- Há motivo para não?

- Ela está contra nós! - ele perdeu o controle - Deveria tê-la assassinado! Agora podemos perder a princesa, apenas pelo motivo de você não consegui ver que aquela garota não é Gayla! Não é sua parceira... na realidade... parte do sangue dourado veio do seu povo... pretende trair Catalan também?

- Meu sangue é da mesma cor que o seu. - o rapaz de pele dourada balançou a cabeça - E ainda que ele não fosse, comprometi-me com Catalan primeiro.

- Darlan, por favor... - Aires suspirou - Caleb, foi imprudente da sua parte... deveria ter acertado ela, mas... admito está aliviado em saber que ela prometeu manter Akanta viva.

A sala do trono ficou em um silêncio sepulcral durante alguns longo minutos, o rei refletia seus próximos passos com muito cuidado. Uhall estava perdendo força, mas ainda era o suficiente para dispersar parte do poder bélico de Zaark, tinha mandado um pequeno exército na frente em direção da capital, mas...

Devagar, o rapaz se levantou e começou a andar, arrastando a longa capa azul no chão. Os olhos dos nobres estavam curiosos sobre ele e quase todos interessados em saber o que ele falaria.

- Eu, Darlan e Caleb iremos nos juntar ao exército enviado... - ele suspirou - Mandem alguém arrumar cavalos e nossas malas. Quanto mais cedo sairmos, mais rápido poderemos assumir o exército e melhor será para o ataque!

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