02 [ better together - choni...

By chxnidale

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》 sequência de be my forever 《 O amor é a resposta para a maioria das minhas perguntas: Por que estamos aqui... More

Vida Nova
Samantha
Notícia
Recomeço
Sabrina Spellman
Família Scratch Palvin
Ménage
Nosso Sexo
Porto Seguro
Você parece feliz
Beber para esquecer
Caixa de lembranças
Madrinhas
Você viria, certo?
Desconfiança e reencontros
Felicidade de merda
Sem desculpas
Treino, composições e conselhos
Foda-se o orgulho
Uma escolha
Decisão
Alcoólicos anônimos
Rosas vermelhas
Ligações
Não posso perde-la
Novo casal
O dia da luta
Eu sou doente
A última sobre ela
Superando tudo
Recaída
Doze passos
Se for pra acontecer
Amigas?
Dia importante
Amizade colorida
Quebrando regras
Sessão de fotos
Surpresa
Somente sua
Tesão acumulado
O momento
Inteiramente minha
Vida pública
Victoria's Secret Fashion Show
Seja gentil
Humilhação
Natal
Somos melhores juntas.
Além do amor

Vai embora

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By chxnidale


Toni Topaz – Point Of View

Nem eu mesma acreditava que estava viajando de volta a Riverdale, sendo que o tempo estava uma merda e perdi dois voos seguidos, a demora para chegar até minha cidade natal, mais esses imprevistos me fizeram chegar atrasada ao funeral de Nana Rose. No caso, cheguei após o enterro e a noite. Sim, eu estava fazendo isso por minha ex namorada que pode me receber até mesmo com pedra nas mãos.

Passei na casa de meus pais, apenas para avisa-los que havia chegado bem, ver minha irmã e deixar minhas coisas, eu não poderia ficar muito tempo longe da academia então, carregava apenas uma bolsa. Minha mãe quase não me deixou ir a Thistlehouse, quando viu meus ferimentos ativou seu modo mãe protetora e queria me encher de curativos.

Não deixei, precisava ir logo. Não me perguntem o porque de fato eu estava fazendo isso, era apenas instinto. Uma necessidade absurda de estar com Cheryl nesse momento da vida dela, de saber que estou ao seu lado mesmo depois de tudo. Só conseguia pensar que a ruiva deveria estar devastada, a ouvi falar muitas vezes que Nana era a última que tinha seu sangue que realmente se importava com ela e agora a mesma não está mais presente. Eu tinha vários motivos para estar em Riverdale, mas o principal com certeza era ela: Cheryl.

Parada em frente a porta de Thistlehouse, sentia meu coração acelerar com o que viria pela frente, mesmo sabendo que nossas amigas também estão aqui, o medo da reação de Cheryl não ser das melhores me dominava. Toquei a campainha em um ato de coragem, observando a porta abrir lentamente.

— Nossa, você veio mesmo.

Era Veronica, um olhar completamente surpreso em minha direção. Observei a mesma me analisar de cima a baixo. Havia avisado Betty que viria, mas pedi que não comunicasse nada a minha ex, apenas para não ser impedida antes mesmo de vir.

— É, eu vim.

Encolhi os ombros.

— O que houve com seu rosto, garota?

Franziu a testa, os cortes ainda eram recentes e um olho roxo não sumia tão rapidamente.

— Que tal... Me deixar entrar?! Tem uma chuva vindo ai.

Pedi, a maneira que o céu não tinha uma estrela se quer, denunciava que a chuva estava perto. Havia pegado uma no caminho para a casa dos meus pais, parecia ter dado uma trégua... Até agora.

— Claro, desculpa.

Desculpou-se dando-me passagem para adentrar a enorme casa, estava do mesmo modo que da última vez que estive, os móveis no mesmo lugar... Só o clima havia mudado, tudo parecia depressivo inclusive as caras de Mary e Betty sentadas ao sofá.

— Toni?!

Mary levantou-se, mais uma surpresa ao me ver.

— Oi, Mary.

Dei um pequeno sorriso, me aproximando para abraça-la. A mesma me acolheu em um abraço tão aconchegante que quase senti como se estivesse feliz de me ver. Talvez não tenha sido tão errado vir. Nós nos separamos e a mais velha perguntou muitas coisas de minha vida. Respondi algumas, em uma ansiedade para saber onde estava a Cheryl. Fazia quase dois anos que não a via, nesse momento sentia saudade até mesmo de olha-la.

— Então... – cocei minha nuca, olhando para as três. — Onde ela está?

— Lá em cima.

Veronica respondeu suspirando.

— Ela disse que quer ficar sozinha, Toni.

Mary falou tristemente, provavelmente queria estar junto de sua protegida.

— Bom, sabemos que ela precisa de alguém e eu vou lá.

— Toni. – Betty me chamou, a encarei. — E se não for uma boa hora?

— Acredito que não exista boa hora.

Sorri sem mostrar meus dentes, dando as costas para as três. Conhecia muito bem o caminho e a pessoa com quem iria lidar. Por mais que qualquer uma tentasse me impedir, eu iria. Estava ali para isso. Cuidar dela. E iria fazer mesmo que não quisesse. Para mim, ainda éramos como antes.

Quando vi a porta do seu quarto completamente aberta, parei de andar e respirei fundo, mantendo minha calma. Teria que ser madura para entender que a ruiva acabou de perder a avó e provavelmente não irá me receber bem, mas que precisa de apoio e de mim. Eu queria acreditar nisso que Cheryl precisa do meu amor nesse momento.

Continuei a caminhar, lentamente e fazendo pouco barulho. Assim que parei em frente a porta, eu a vi. Sentada na ponta da cama, cabeça baixa, em uma mão um copo de bebida que pela garrafa em pé no chão identifiquei ser whisky e na outra um cigarro aceso. Minhas sobrancelhas se uniram, nunca vi Cheryl fumar em todo tempo que ficamos juntas e beber? Apenas em festas ou... Dias difíceis.

Suspirei com meu pensamento, achei que não havia sido alto, mas constatei que sim quando seu rosto se elevou olhando diretamente para mim. Com minha cabeça encostada no batente da porta consegui enxergar seus olhos vermelhos por um provável choro, não havia maquiagem em seu rosto e conseguia perfeitamente ver todas marcas de cansaço.

Assim como eu, a ruiva parecia me analisar e ficamos nessa troca por não sei quanto tempo. Ela estava ali na minha frente, mas eu não sabia o que fazer. Não parecia ter mudado nada, era a mesma. A minha Cherry.

Dei um passo em sua direção, mas parei assim que um sorriso irônico se abriu em seus lábios. Um gole na bebida e uma tragada no cigarro, mal se importando de fumar dentro de seu próprio quarto. Aquela não era a minha Cherry. Muito pelo contrário, seu olhar parecia pegar fogo enquanto negava com a cabeça.

— O que faz aqui?

Perguntou com o tom duro.

Mais um gole na bebida, mais uma tragada no cigarro.
Sinceramente, eu queria tirar aquilo das mãos dela.

— Por que está se matando?

Mais um passo em sua direção.

Cheryl riu, a ironia ainda muito presente.

— Você aparece aqui toda roxa e eu estou me matando? – ela riu ainda mais, mais uma tragada naquele maldito cigarro. — Você é engraçada.

— Cheryl...

— Por que não fala logo o que veio fazer aqui?

Fechei meus olhos com a maneira que aquelas palavras soavam. Nunca havia visto Cheryl tão brava quanto agora. Suspirei, acalmando qualquer atitude idiota que quisesse fazer sem pensar. Quando voltei a abrir meus olhos, aquele cigarro estava acabado e a ruiva pisava no que restava do mesmo. Ainda havia bebida em seu copo, mas o que mais me irritava era aquele cigarro.

— Você quer conversar?

Perguntei, um tom calmo.

— Com você? Nem pensar.

Negou, mais um gole na bebida.

— Olha, eu vim aqui porque sei o quanto Nana era importante para você, Cheryl.

— Sério? – o seu corpo se elevou. — E sabia o quanto era importante para mim quando me deixou?

— Porra...

Murmurei.

Eu definitivamente não queria ter essa conversa.

— Você nem ao menos olhou para trás!

Gritou comigo.

— Cheryl, eu não te deixei...

— Ah, não?! Você é uma idiota! – cuspiu as palavras. — Eu deveria saber desde aquela maldita aposta.

Levei minha mão a testa, a pressionando contra minha cabeça para aliviar a dor que estava sentindo. Meu corpo inteiro ainda doía pela luta, agora essa discussão totalmente desnecessária. Meus planos era cuida-la e não brigar por algo que já passou.

— Não vim aqui para brigar.

Falei, tentando manter a calma.

Cheryl parecia não me ouvir, mais um gole naquela bebida e vi seu copo ficar vazio. Passos para lá e para cá que quase me deixaram tonta. Quando a mesma parou para me encarar pude ver o descontrole em seu olhar, não estava em si.

— Eu odeio você! – esbravejou. — Some por todo esse tempo e agora aparece em um momento desses quando eu estou quebrada.

— Você quer que eu vá embora? É isso?

Um barulho se fez presente entre nós, Cheryl jogou o copo que havia em sua mão, com força e raiva contra o chão. O vi se despedaçar a alguns passos dela e de mim. Quando levantei o olhar, apavorada com sua atitude, as lágrimas deslizavam por seu rosto fazendo meu coração apertar.

— É claro que eu quero! – seu tom continuava alto. — Vá embora, afinal, é só isso que sabe fazer.

Negou com a cabeça.

— E sinceramente? Não me importo mais.

E foi ao final dessas palavras que a vi desabar. Um choro alto preencheu o quarto, uma duvida em minha cabeça se devia correr ou abraça-la. Me perguntei o que eu iria querer em seu lugar e tudo que pensei foi nos seus braços me acolhendo.

Me aproximei, envolvendo meus braços em seu corpo que lutou contra por no máximo cinco segundos, depois disso tudo que fez foi se encolher fungando contra meu ombro. Não sabia descrever a sensação que era a ter tão perto de mim novamente onde podia sentir seu cheiro e seu coração batendo junto com o meu. Seus braços enlaçaram meu pescoço puxando-me cada vez mais para perto, um soluço escapou por seus lábios e eu afaguei seus cabelos, tentando ao máximo lhe ajudar com aquela dor.

— Vai ficar tudo bem, Cheryl.

Sussurrei, deslizando a mão por suas costas em um movimento de ir e vir. A sentia me apertar cada vez mais contra ela e não me importava de estar sendo esmagada. Eu sentia falta de tudo sobre Cheryl. Nesse tempo tive várias garotas de uma noite só, mas ninguém conseguia me conquistar como a ruiva. Meu coração parecia ter um cadeado e a única a ter a chave era ela.

O tempo passou, continuamos naquela posição até a ruiva acalmar seu choro, depois a guiei para a cama. Sentamos, na ponta da cama e uma ao lado da outra. Cheryl evitava me encarar, as lágrimas ainda caíam por seu rosto. Queria puxar um assunto que não envolvesse tristeza, mas qualquer coisa que pensava parecia ser errado.

— Então... E a faculdade?

Perguntei, o tom baixo com medo de receber mais gritos.

— Ótima. Fora que quase não vivo, os professores são grossos e tudo que sabia sobre música não serve de nada para eles.

— É por isso que está fumando?

Não me contive, perguntando o que me atormentava. Cheryl levantou seu rosto para me encarar, ela sabia que eu estava preocupada. Um suspiro cansado saiu por seus lábios.

— Hoje foi o primeiro cigarro que fumei em toda minha vida. – confessou. — Estava tendo vontade, mas hoje... Hoje eu precisava.

— Quer me contar como aconteceu? Como está se sentindo?

Perguntei, percebendo que o clima entre nós estava mais suave. Minha mão voltou a deslizar por suas costas em um carinho que a mesma não recuou. Os seus olhos encheram-se de lágrimas novamente e eu me arrependi de fazer tal pergunta.

— Mary me ligou, eu estava na aula... – iniciou, via a dificuldade que a mesma tinha para pronunciar as palavras. — O coração da Nana simplesmente cansou de bater e parou.

Suspirou, minha mão livre procurou a sua e a apertei lhe dando força.

— Sinto como se não restasse mais ninguém por mim, apenas eu.

— Não diga isso, Cheryl...

— E você não diga que estará aqui por mim, sabemos que não estará.

Interrompeu-me, o tom duro novamente enquanto as lágrimas voltavam a cair por seu rosto cansado. Mordi meus lábios, sabendo que hoje nada a tiraria da cabeça que a deixei, que não me importava com seus sentimentos e tudo de ruim que passa em sua cabeça sobre mim.

— Estou aqui por você hoje.

Assegurei, meus dedos entrelaçaram nos seus.

— E pretendo ficar a noite toda.

Continuei a falar, meu olhar fixo no seu, consegui ver o exato momento que eles desviaram para meus lábios tão rapidamente que quase não percebi. Sua mão subiu para meu rosto, seus dedos deslizaram levemente por minha pele, passando por meu olho roxo fazendo fechar os mesmos. Um suspiro foi ouvido, sentia seu toque em cada machucado das maçãs do meu rosto, meu supercilio...

— Era por isso que nunca te apoiaria, essa profissão só te machuca.

— É a primeira vez que fiquei assim. – dei de ombros, apreciando do seu toque em minha pele. — A primeira de muitas vezes que já lutei, Cherry.

Meus olhos se abriram para encara-la, queria ver sua reação ao chama-la como antes e a mesma parou seus movimentos, seus dedos estavam em meus lábios onde havia um pequeno corte. Uma tensão se pairou sobre nós, sentia o desejo de ter novamente sua boca na minha, provar de seu beijo novamente, mas a Cheryl... Ela não parecia querer o mesmo.

— Você não tem mais o direito de me chamar assim e sabe disso.

Sessou seus toques em meu rosto, desvencilhando nossas mãos entrelaçadas.

— Sinceramente, não sei o que está fazendo aqui. – negou, suas mãos foram aos cabelos ruivos parecendo atordoada. — Eu não preciso mais de você, não como antes... Eu... Eu superei, mas parece que quer me fazer sofrer novamente.

— Cheryl, eu queria te dar apoio e...

— Talvez fosse melhor você ir embora. – interrompeu-me, sua cabeça deitou nas próprias mãos para me encarar. — Sabe, eu te mandar embora é menos doloroso do que ir por vontade própria e eu sei que você vai.

— Não precisa ser assim.

Falei, minha mão tocou sua coxa e a vi fechar seus olhos sentindo meu toque.

— Não precisava ter vindo. – sua voz voltou a embargar. — Eu não quero criar nenhum tipo de esperança então, por favor... Vai embora.

— Cheryl.

A chamei, seus olhos se abriram e sua mão bateu em meu braço fazendo o toque em sua coxa se desfazer. O corpo da ruiva se elevou, caminhou até a porta e voltou a me olhar. Eu já entendia que era sua maneira de lidar, com raiva, ódio.

— Vai agora!

Me levantei, sabendo que seu surto não passaria tão cedo. Entendo que a mesma está passando pelo luto, que ainda sente raiva por nosso término, mas não achei que me receberia assim. Não depois de fazer uma longa viagem para lhe ver, acalmar e estar ao seu lado. Pensei que teria um mínimo de consideração com todo meu esforço.

— Fica bem, Cheryl.

Sussurrei quando passei pela ruiva, tudo que ouvi depois foi a porta de seu quarto batendo com força desnecessária. Se passará quase dois anos, mas ainda era a mesma Cheryl que tinha rancor e mágoa de tudo, não sabia ao certo se algum dia ela teria amadurecimento, mas agora tinha cada vez mais certeza que nunca mais ficaríamos juntas.

|Sei que vocês querem muito as duas juntas, mas elas vão passar por alguns processos antes disso acontecer, mas acredito que em algum momento teremos choni sim, só precisam ter paciência e não desistir de mim!|

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