Drag [Hiatus]

By Robinini

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Noriaki Kakyoin e sua família composto por quatro mulheres e um garoto, são os novos estrangeiros da cidade d... More

O início

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By Robinini

        O movimento da lanchonete estava razoavelmenre cheio, Noriaki tinha alguma esperança de ser atendido por sua irmã ou ao menos esperar por ela no final do expediente. Aparentemente, haveria mudanças de planos.

         Uma música soava ao fundo do cenário, ele conhecia muito bem, não era sua favorita, mas era excelente: You Destroyed My Heart. Sim, ele reconhecia até de trás para frente. King Princess, tanto talento, ele conseguia se sentir envolvido pela canção, o que de fato era agradável sendo que estava sentado ali durante duas horas e meia dispensando garçonetes a todo instante na esperança de ser atendido por Sakura.

         — Kakyoin? — Ouviu uma voz o despertar para a realidade. Não era quem esperava que fosse. Na verdade, era Polnareff que havia chegado e se sentado ao seu lado sem que nem ao menos percebesse. — Não pensei que gostasse de almoçar aqui.

         — Na verdade, eu venho ver minha irmã. —  Sorriu o ruivo. —  Sakura trabalha aqui, mas está tão movimentado, me sinto até culpado de ter vindo reclamar dos meus problemas a essa hora.

         — Olha, pode me contar o que está te incomodando. — O mais alto se aproximou mais, o suficiente para conseguir lhe abraçar por cima dos ombros. —  Talvez eu consiga lhe ajudar, hum?

  
      — Vejamos... — O japonês rodou o olhar por todo o estabelecimento pensativo, por fim, ele se virou para o amigo mantendo uma distância gradativamente segura para se contar um segredo. — Desde que nós mudamos para cá, eu fui o único que tive problemas para conseguir um emprego, além de que eu sinto estar sendo stalkeado, e não é uma sensação boa andar por aí atrás de um emprego e de repente sentir que vai ser sequestrado!

         A expressão do francês de cabelos esbranquiçados foi mudando aos poucos de empolgação para surpresa, e ficou bons segundos sem falar nada processando as informações.

         —  Kakyoin. — Ele segurou suas mãos com firmeza. — Eu não entendi nada, me explica novamente, por favor.

         O ruivo revirou os olhos soltando um riso sem graça, desabafar seria um ótimo meio de explicar melhor ao amigo como se sentia.

           Mas ele não o fez.

         — Pol, eu só estou me sentindo vigiado.

         — Viado? — Disse Polnareff, franzindo o cenho.

         — Por céus, Polnareff! está brincando com minha cara?

      
           — Na verdade, estou. Pensei que fosse dar alguma risada. — Deu de ombros. — Olha, eu vou te ajudar a procurar emprego, tudo bem?

         — Jura? — Disse o Kakyoin em expressão de dúvida.

    
          — Claro, amigo é pra' essas coisas, não é? — Segurou o ombro do ruivo querendo transmitir confiança. — Sobre estar sendo vigiado... fique esperto, Kakyoin, vai ser difícil pagar o sequestro quando todos que você conhece são pobres.

        
         — Idiota! — Começaram a rir descontroladamente, atraindo olhares de todos do estabelecimento, os fazendo rir mais ainda.


         Já era cerca de sete da noite quando a irmã de Kakyoin pôde sair de seu turno, com a chegada dos outros empregados. Ela ajeitou a bolsa sobre os ombros e saiu pelos fundos se despedindo de seus colegas e amigos de trabalho, sempre simpática e atenciosa ao deixar algumas coisas antecipadas para facilitar o movimento da noite.

         Seu sorriso era singelo e verdadeiro, ela sorria não só com a boca mas com o olhar, era alguém radiante, assim como Noriaki. Ambos eram bem pacientes e educados, eram idênticos em diversos aspectos, os cabelos ruivos e ondulados nas pontas, a mecha na frente do rosto que ela sempre ajeitava nele, já ela preferia deixá-los para trás e soltos embaixo, e sobre mechas; Até tinha, mas eram tão finas sobre a testa que nem dava para notar. Ela era mais velha por alguns minutos, sua pele era mais clara que a do irmão, era alta para o padrão de sua cidade natal, confiante e esbelta.

         — Finalmente. — Disse Noriaki. Sorriu indo abraçar a irmã. — Eu realmente achei que fosse sair só amanhã.

   
            — Noriaki! — Ela o recebeu com empolgação, rodeando os braços por cima dos ombros dele — Obrigada pela paciência. Para te recompensar, olhe o que eu preparei hoje em porção extra só para você! — Ela abriu a sacola que carregava e abriu, tirando de dentro uma caixa de confeitaria com a logo da lanchonete, entregando para o irmão.

         Ao abrir a caixa seus olhos saltaram e um sorriso involuntário tomou conta do seu rosto.

  
              — Bolinhos de cereja? Men-ti-ra! — Ele rapidamente colocou um na boca, fechando os olhos de apreciação. — Eu amo quando você faz.

  
               — Eu sabia que ia gostar... — O sorriso de satisfação dela foi murchando. —Agora, por que veio aqui?

               — Hum? Do que está falando? — Ele começou a andar saindo, finalmente, daquele lugar onde passara a tarde inteira.

     
            — Noriaki! —Ela rapidamente apressou os passos pegando a caixa de suas mãos, vendo ele ficar de costas para ela rapidamente.— Olha pra' mim. Você veio aqui novamente, o que aconteceu? Achei que fosse para seu primeiro dia de trabalho... — Olhou com preocupação.

                  Kakyoin abaixou a cabeça suspirando pesado, imaginou que sua irmã perceberia que não estava tão bem assim. Sentiu o olhar dela sob suas costas, e não conseguiu a encarar, vendo a mesma parar do seu lado procurando em seu rosto alguma resposta, ele desviou o olhar por alguns instantes.

    
             — Eu fui demitido. No primeiro dia, Sakura. Eu quase destruí a loja. — Olhou para ela apreensivo. — Polnareff disse que me ajudaria a encontrar um emprego, mas... não queria dar meus problemas para os outros. Eu só queria ajudar em casa, você não pode me ajudar na Ocxes Houses?

   
              Ela colocou a mão abaixo do queixo olhando o chão pensativa. Ela poderia sim conseguir um espaço para ele em seu local de trabalho, mas não achou que faria jus para a capacidade dele. Ela pensou e repensou diversas possibilidades, murmurando ideias descartadas enquanto ele tentava ouvir todas e acompanhar o raciocínio.

     
            — Espere um segundo, Nori — Ela o segurou pelos ombros. — Você gosta de pintar, não é? — Ela o viu sorrir de orelha a orelha. — Você é um artista, que tal trabalhar com maquiagem?

  
              — Como é?

    
           — Sim! — Ela deu um pulo de empolgação. — Você mora numa casa cheia de mulheres, e eu já vi você maquiando a mamãe quando a autoestima dela cai lá no inferno. Você faz um excelente trabalho.
      
   
               Ele pareceu perplexo por alguns segundos, até balançar a cabeça desacreditado.

         — Tá certo... Você está louca?

         — Vamos para casa logo. — Revirou os olhos sorrindo fraco. — Você vai gostar, prometo. — Ela juntou o braço no dele, sua empolgação era evidente, deixando-o animado também.

         Dessa vez, tudo daria certo.

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