• Supergirl (Kara + Lena)
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• Tradução - Não somente uma noite casual
• Música de inspiração - Kieran Alleyne "Running Low"
- Com licença senhora, posso ajudá-la? - perguntei
Eu estava dentro da minha sala quando notei através da janela uma moça alta, loira, vestida casualmente, que parecia um pouco perdida, então levantei da minha mesa e fui até ela oferecer auxílio.
- Você parece confusa... Está tudo bem?
- Ah, desculpe! Não sou daqui da cidade...
- Sem problemas. Você sabe que aqui é um prédio de advocacia, certo? Está procurando algum advogado?
- Eu sei sim, porém na verdade estou procurando uma amiga minha. Pelo que ela me disse ela trabalha aqui.
- Se você quiser posso te ajudar a achá-la
- Não, imagina! Você deve estar cheia de serviço.
- Só vai levar alguns minutos...
- Se você realmente não se importar - antes que ela finalizasse a frase, seu celular emitiu um barulho, chamando nossa atenção - Ah, é ela! Acabou de me dizer onde fica a sala dela. Muito obrigada, agora consigo me virar.
- Então tá, qualquer coisa você sabe onde me encontrar - sorri - A propósito, meu nome é Lena
- Prazer, Kara - estendeu a mão em minha direção - Nos esbarramos por aí... - falou antes de sumir pelos corredores
Retornei para minha sala com um sorriso bobo que não havia motivo para estar lá, porém foi involuntário. Sabe aquela sensação que se instala no peito por alguns minutos após você trocar olhares e flertar com um completo desconhecido, que você tem total noção que nunca verá novamente, mas mesmo assim sente o coração quentinho? Era isso que eu estava sentindo nesse momento. Nós nunca nos esbarraríamos por acaso de novo e saber disso não me abalava nem um pouco, justamente por eu ter consciência que foi momentâneo.
Eu posso estar parecendo louca por levar no flerte uma simples gentileza e educação vinda da desconhecida, mas eu estudei linguagem corporal e passei anos da minha vida utilizando essa ciência em minha profissão. Tá, agora eu posso ter soado mais louca ainda.
Era difícil conseguir um dia de trabalho tranquilo por aqui, mas hoje foi meu dia de sorte. Além de receber um caso mais leve e fácil de resolver, a manhã passou voando, o que até me assustou por ser algo fora do normal. Peguei minha bolsa e juntei minhas coisas, caminhando nos extensos corredores até chegar no elevador, para, em seguida, ir à sala da minha amiga.
- Jacqueline? - dei três batidas na porta e coloquei minha cabeça para dentro
- Le! Entra, mulher!
- Vamos almoçar?
- Claro! Onde?
- Podemos ir no Subway aqui perto mesmo
- Subway, Lena? Isso não me sustenta nem até as três da tarde
- É que eu queria alguma coisa leve
- Ué, tá fazendo regime?
- Não, você sabe que eu não gosto dessas coisas de dieta.
- Então pode tirar essa história de coisa leve da agenda. A gente vai é bater um pratão de macarrão lá na Donatella's
- Mas...
- Sem mas
Jacqueline me arrastou para o restaurante italiano no fim da rua, que por acaso, era o seu preferido. Em pouco tempo já estávamos comendo, visto que não havia muita gente no local e a comida sempre saía rápido.
- Então, você sabe que eu vou casar, né - falou
- Sim, claro que sei
- E aí eu resolvi fazer uma pequena despedida de solteira
- É sério? Pensei que você não gostava dessas coisas...
- Eu não gosto, por isso vai ser algo super simples e pequeno. Apenas você e mais algumas amigas minhas, na minha casa, hoje à noite. Você topa, né?
- Não sei, vou pensar
- Qual é! Eu sou sua melhor amiga, você vai realmente fazer essa desfeita?
- Eu to brincando! É claro que eu vou, não precisa nem falar duas vezes. Que horas?
- Oito em ponto
- Tem que levar alguma coisa?
- Apenas a sua presença - piscou
- Então que assim seja, estarei lá às oito sem atrasar um minuto
- Até parece! Você não consegue ser pontual nem uma vez na sua vida.
- Eu sei, vamos pelo menos fingir
- E você, vai desencalhar nunca?
- Ih, começou com esse papo
- É sério, você fica mantendo essa figura de seria, fria e desapegada mas eu sei muito bem que por trás disso tudo tem uma Lena carente querendo um amorzinho
- Você tem razão... mas eu não tenho tempo pra ficar correndo atrás de relacionamentos. Sou muito ocupada com o trabalho
- Eu sei, mas as vezes você precisa se dar uma folga, um desconto. A vida não é só trabalho. Fala sério, há quanto tempo você não sai pra beber, socializar, beijar um pouco? Amiga, há quanto tempo você não tem um belo orgasmo?
- Vamos mudar de assunto, né?
- Já que você que evitar falar sobre a sua vida amorosa a gente muda. Ah, só uma última coisa! Hoje na minha despedida eu quero ver você fazendo amizade com as meninas tá? Quem sabe até um pouco mais que isso - riu sacana
- Vou tentar, porém não prometo nada
Após o almoço, nós voltamos para a firma para concluir o expediente porém eu não consegui focar muito no trabalho. Já ouviram falar de fobia social? Pois bem, eu sofro disso, o que torna extremamente maçante qualquer tipo de interação social, principalmente com desconhecidos. Por isso eu estava sem foco, minha mente não conseguia deixar de lado o fato de que hoje à noite eu teria um compromisso grupal.
Em torno das seis da tarde, finalmente deixei a empresa, partindo para meu apartamento no centro. Tomei um banho demorado, com direito a sais aromáticos, óleos e outros produtos corporais. Sequei meus cabelos, escovei os dentes, passei uma maquiagem baseada em uma paleta escura, com destaque em minha boca, onde um batom vinho matte realçava meus lábios.
Coloquei uma saia preta justa, que não passava dos joelhos e uma blusa social de botões branca, porém dobrei as mangas até meus cotovelos. Nos pés um salto alto também preto. Eu estava me sentindo super elegante, atraente e muito sexy. Dei uma última arrumada em meu visual e sorri para mim mesma, admirando-me no espelho. Na tentativa de não me atrasar, sai de casa dez minutos antes do horário combinado porém meus cálculos não foram precisos o suficiente.
- Uau, que novidade, vinte minutos atrasada - Jacqueline tirou sarro
- Culpe o trânsito - sorri amarelado
- Eu culpo você. Agora vamos, quero que você conheça as meninas.
Logo que entramos em sua casa, a sala estava toda decorada com balões, luzes, fitas e mais um monte de apetrechos. Uma caixinha de som tocava músicas em um volume quase ensurdecedor. Havia em torno de umas dez ou doze mulheres, todas com um copo na mão, dançando e conversando. Jacqueline me apresentou à suas amigas que me trataram de forma muito simpática, como se nós já nos conhecêssemos há tempos.
- Não vai beber, Lena? - Sarah me perguntou
- Vou começar com algo levinho, hein. Onde tá a bebida?
- Lá na cozinha, nem preciso falar pra você ficar a vontade porque você vem toda semana aqui então já sabe que é de casa né - Jacque disse
Caminhei até a cozinha sem problema algum, realmente eu estava acostumada com a casa da minha melhor amiga. Assim que adentrei o cômodo, avistei uma moça loira de costas, a qual eu ainda não havia sido apresentada.
- Ah, oi, acho que ainda não nos conhecemos! Acabei de chegar, você não estava lá na sala. Eu sou a Lena
- Na verdade, acho que nos conhecemos sim - assim que ela se virou para mim, a reconheci
- Kara, certo? Você que apareceu lá na empresa hoje de manhã, né?
- Eu mesma - sorriu
- Não fazia ideia de que você tem amizade com a Jacque, muito menos de que nós nos encontraríamos novamente
- Pois é, eu digo o mesmo. Mas já que nos cruzamos de novo, podemos nos conhecer melhor - piscou e eu senti minhas bochechas queimarem - Aceita? - me ofereceu um copo com alguma bebida, sangria talvez
- Claro, obrigada - sorri e peguei o copo, tomando um gole do líquido - Como você e a Jacque se conheceram?
- Eu sou super amiga do noivo dela, nós jantamos juntos um dia e nos demos muito bem
- Tipo um encontro duplo?
- Não, só nos três. Eu sou solteira. E vocês, da onde se conhecem?
- Somos amigas desde a faculdade e hoje trabalhamos no mesmo lugar
- Então é amizade de longa data - sorriu - Nossa, eu amo essa música. Curte dançar?
- Na verdade não muito
- Ah qual é! Vamos lá, só uns cinco minutinhos e aí eu já te libero - fez um biquinho mais fofo que eu já vi e eu não pude negar
- Só essa música, tá?
- Uhul, vamos garota! - pegou em minha mão e me arrastou até a sala apressadamente
Kara fazia twerk no meio das meninas, porém eu não me arriscava a dançar desse jeito, afinal, não tenho nenhuma experiência nisso. Eu apenas me movia um pouco para os lados, enquanto admirava a loira trajada em um shorts jeans preto e uma blusa de manga comprida branca.
- Se solta, fica igual a Kara - Blair, Uma das amigas de Jacque, me disse - Toma uma bebidinha
- Haja vodka pra me fazer dançar twerk
- Pois então é pra já - a morena deixou a sala por uns instantes mas logo retornou com dois shots de vodka - Um brinde - me entregou um dos copinhos, virando o seu em seguida
- Aí que negócio forte - fiz uma careta ao sentir o álcool queimar minha garganta - Não to acostumada com isso
- Você me disse que ia dançar! - Kara veio até mim - Só to vendo você dar migué aí
- Eu não sei dançar
- E quem disse que eu sei? Só se diverte, não é nada profissional
Arregalei os olhos quando vi Kara rebolar contra meu quadril e senti um arrepio percorrer toda minha espinha. Avistei Jacqueline no outro lado da sala e movi meus lábios, dizendo "me tira daqui". Ela apenas gargalhou e usou seus dedos para fazer o sinal de tesoura, tirando sarro da situação em que eu estava metida.
Notei que eu já estava sem saída então chutei logo o pau da barraca. Não sei se foi o efeito do álcool ou apenas minha perda de juízo momentânea, mas sai totalmente da minha zona de conforto ao começar a rebolar contra a loira, ambas no ritmo da música.
- Tá vendo, não foi tão difícil assim - ela me disse quando a música acabou
- Foi sim - falei com meu coração acelerado - Não to acostumada a dançar. A não ser quando eu limpo a casa ou cozinho, mas são situações totalmente diferentes de hoje
- Você se saiu super bem! - beijou minha bochecha - To com sede, vou pegar alguma coisa pra beber. Quer que eu traga pra você também?
- Claro, por favor - sorri e a loira se afastou, indo em direção à cozinha
- É impressão minha ou eu estou sentindo um climão entre vocês duas? - Jacqueline me abraçou por trás
- Quem me dera, mas ela só está sendo simpática, não tem nada a mais
- Isso é o que você pensa. Da pra sentir a tensão sexual a quilômetros
- Isso é coisa da sua cabeça, garota
- Vamos ver então... eu sou um cupido minha filha, sempre junto os melhores casais
- Jacqueline Eu to falando sério, não faz nada, não inventa de ir falar com ela nem formal casal entre a gente. É sério.
- Tá bom, não vou fazer nada, prometo. Mas se você perceber que tá rolando algo a mais, não perde a chance, Lena.
- Estão falando do que, meninas? - a voz doce de Kara me assustou
- De como eu estou orgulhosa porque a Lena finalmente tirou o trabalho da cabeça pra se divertir um pouco.
- Bem que eu percebi que você estava um pouco deslocada - ela me deu um copo com alguma bebida - Mas eu ainda vou fazer você ficar totalmente à vontade até o fim da noite - piscou para mim
Jacqueline arregalou os olhos na minha direção, como quem diz "eu avisei" e eu apenas sussurrei um "para com isso". A ruiva se afastou de nós propositalmente, a fim de nos deixar sozinhas, porém eu não sabia que assunto puxar e muito menos como não deixar um silêncio constrangedor se estabelecer.
- Então deixa eu dar um chute, você é uma workaholic, sim ou claro?
- Tá tão na cara assim? - rimos - Meu sonho era ser advogada, então eu acabei desistindo de muita coisa pra poder realizá-lo.
- Sério? Tipo o que?
- Amizades, relacionamentos amorosos... sabe como é, as pessoas não entendiam minha paixão pelo trabalho
- É uma pena, você é sensacional, quem tiver a chance de namorar com você tem uma puta sorte... - senti minhas bochechas corarem
- Obrigada - sorri um pouco sem graça - Mas agora já aprendi a separar trabalho de vida pessoal. To uma pessoa mais fácil de lidar - rimos - E você faz o que da vida?
- Por incrível que pareça, sou bombeira
- Tá brincando? Uau, isso é incrível! Você não tem medo? Já se queimou alguma vez?
- Ah, Uma queimadinha ou outra, mas nada demais, ainda bem. Depois de um tempo a gente acostuma com o medo e a adrenalina
- Você é uma caixinha de surpresas
- Sou mesmo e ainda tem bastante coisas pra você descobrir - sorriu brincalhona
- Estou ansiosa pra te desvendar por completo - pisquei - Eu preciso ir no banheiro, com licença
Caminhei apressadamente até o banheiro, com milhões de coisas passando pela minha cabeça. Eu sentia minhas mãos suarem mais que o normal, enquanto meu coração batia de forma rápida e descompassada. Fiz minhas necessidades e depois me olhei no espelho por alguns segundos, talvez minutos, pensando na noite atípica que estou vivendo hoje.
Logo que saí do banheiro, passei pela cozinha para tomar um copo de água, visto que minha boca estava seca e com gosto de álcool. Assustei quando a voz de Kara soou atrás de mim, chamando minha atenção.
- Dando um tempo na bebida?
- Foi preciso, estava começando a ficar um pouco alterada - rimos - Veio pra cozinha por que? Tá chato lá? - brinquei
- Não, na verdade tá muito bom. Mas eu vim atrás de você, como a gente tava conversando e lá tá muito barulho, pensei que um lugar mais silencioso e reservado seria melhor.
- Você tem razão. Que horas são?
- Quase duas da manhã
- Já!? Nossa como o tempo passou rápido
- Ah mas não me diz que você cansou? Não vai embora já, né?
- Por mais que eu quisesse, a Jacque não vai deixar de jeito nenhum
- Eu também não! A noite só começou, Lena. A gente ainda nem passou pela melhor parte das festas
- Ah é? E qual seria a melhor parte? Você sabe que não sou familiarizada - rimos
- É quando a gente finge que tá bebâda pra poder fazer coisas que não faríamos no dia a dia
- Não sei você, mas eu não to a fim de fazer nenhuma loucura
- Nenhumazinha? - ela deu um passo para frente e colocou sua garrafa de cerveja em cima da bancada - Nem mesmo me beijar?
Senti sua mão repousar em minha bochecha e acariciá-la de leve. Alternei meu olhar entre seus olhos e seus lábios, que a esse momento estavam tão convidativos, tornando impossível dizer não. Coloquei uma mecha de seu cabelo loiro atrás de sua orelha e devagar me aproximei cada vez mais de seu rosto. Quando nossos lábios se tocaram foi como se um choque percorresse todo o meu corpo. Nossas bocas tinham uma conexão incrível e as línguas uma sincronia impressionante.
Confesso que no começo do beijo fiquei um pouco travada, afinal, fazia muito tempo que eu não beijava ninguém, porém depois me senti confortável o suficiente para deixar tudo fluir de forma natural e gostosa.
- Eu estava querendo te beijar desde que te vi aqui - sussurrei contra seus lábios, com as testas coladas, quando paramos para respirar
- E por que não beijou antes?
- Falta de coragem
Kara subiu na bancada de mármore e me puxou para perto, encaixando meu tronco entre suas pernas. Descansei minhas mãos em sua cintura enquanto as dela repousavam em meus ombros. Novamente selamos nossos lábios em um beijo tão perfeito que dava vontade de nunca mais me separar de sua boca. Senti meu cabelo, que estava em um rabo de cavalo, ser acariciado por ela, o que tornou aquele momento ainda mais delicado.
- Lena você adora essa música, vem dan... - a voz de Jacqueline soou alta e assim que nos demos conta que havia uma terceira pessoa na cozinha, nos separamos - Lena Luthor... quem diria hein? Ah pera aí, eu diria! Eu bem que senti uma química rolando entre vocês
- Não, Jacque, não é isso - tentei disfarçar
- Nem tenta, ela pegou a gente no flagra
- Se quiserem, podem usar meu quarto, pra vocês eu libero - a ruiva riu e deixou o cômodo
- Acho melhor a gente ir lá pra sala um pouco - sugeri
- Eu concordo - desceu da bancada - Mas antes...
Ela me puxou contra seu corpo, me dando um outro beijo, que dessa vez foi quente e cheio de desejo. Não dava pra negar que havia uma enorme tensão sexual entre nós, que com certeza nos levaria a algo além de beijos se estivéssemos sozinhas na casa.
Assim que retornamos para a sala, pude notar que nem todas as garotas estavam presentes, então pressupus que tivessem ido embora. As que permaneceram, estavam sentadas no sofá e no chão.
- As pombinhas resolveram se juntar à nós? - Jacqueline disse e eu a fuzilei com o olhar
- Claro, o que vocês estão fazendo? - Kara perguntou naturalmente e se sentou no chão, enquanto eu me sentei no sofá
- Acabando com o resto das pizzas - uma das meninas respondeu
- Oba! Eu quero - a loira se animou
- Come mesmo, precisa ter energia pra comer outra coisa mais tarde - minha melhor amiga brincou e ganhou uma forte cotovelada minha - Por acaso eu menti?
- Sim, mentiu - revirei os olhos e cruzei os braços, demonstrando meu descontentamento
- Mussarela é a minha preferida. Você não quer, Lena? - Kara me ofereceu
- Não, obrigada, não to com fome - sorri
- Emocionada - Jacque sussurrou
- Confesso que estou
- Eu sabia. E aí, vai rolar um chazinho hoje?
- Não - ri - Mas as coisas tomaram um rumo bem quente lá na cozinha
- To orgulhosa de você, sério, Lena. E to muito feliz que você saiu da sua bolha antissocial - me abraçou
- Obrigada, amiga - dei um beijo em sua testa
- Jacque, Você é comprometida! - Sarah gritou, tirando sarro
- Sai fora, ela não faz meu tipo - brinquei - Eu gosto é das loiras - falei olhando na direção de Kara, que arregalou os olhos e quase engasgou com sua pizza
A casa foi esvaziando cada vez mais, até só sobrar em torno de cinco ou seis pessoas. Resolvi que já estava tarde demais para mim e Jacque gostando ou não, eu iria embora.
- Amiga, preciso ir, já to cansada. Mas muito obrigada pela festa, eu adorei, me diverti demais - a abracei
- Eu que agradeço por você ter vindo. Não vai levar sua loirinha junto?
- Hoje não - rimos
Falei um tchau geral para todas e caminhei até meu carro, que estava estacionado em frente a residência. Antes que eu pudesse entrar em meu veículo, senti alguém segurar em meu braço delicadamente e me virei para trás.
- Indo embora sem se despedir? - Kara sorriu
- Ah, mas eu falei tchau! - me defendi
- To falando de uma despedida apropriada
Me colocou contra o carro e levou suas mãos até minha cintura. Não demorou muitos segundos para que nossos lábios se tocassem, causando o famoso choque de sempre. Seus beijos desceram para o meu pescoço, o que me deixou arrepiada da cabeça aos pés. Um gemido que estava entalado em minha garganta não pôde mais ser contido e eu me assustei ao soltá-lo.
- O que foi? - perguntou preocupada
- Nada, eu só... Faz tempo que eu não fico com ninguém.
- Tá tudo bem. Podemos parar se você quiser - beijou minha bochecha com carinho
- Você trabalha hoje mais tarde?
- Não, sábado é minha folga
- Quer ir pra minha casa?
- Não precisa perguntar duas vezes
Entramos em meu carro e não demorou mais de dez minutos para alcançar meu apartamento, visto que não havia trânsito essa hora da madrugada. No elevador, aquele clima sexual dominava o ambiente, mas eu não quis apressar as coisas.
- Uau, sua casa é linda. Muito chique - Kara falou assim que entramos na sala de estar
- Obrigada, a princípio pode parecer um pouco escuro demais, mas eu gosto assim
- Eu achei perfeito, igual você - se aproximou de mim, ficando extremamente perto do meu corpo
- Eu sei que a gente se conheceu só hoje, mas eu gostei muito de você
Coloquei minha mão em sua nuca, a puxando para mais perto do meu rosto. Nossos lábios se encostaram de forma tão lenta e sutil, não havia necessidade de fazer nada correndo, nós apenas queríamos aproveitar aquele momento. Senti seus braços entrelaçarem minha cintura e finalmente o beijo foi evoluindo, com o toque de línguas perfeito e um encaixe surreal.
Seus lábios desceram para meu maxilar, seguindo para meu pescoço, o que fez com que meus pelos se arrepiassem. Seu toque era tão macio e delicado, eu mal me lembrava de como era ser tratada com tanto carinho e paixão. Parecia que todos seus movimentos eram devidamente calculados para me deixar o mais confortável possível.
Com uma cautela excessiva, porém sem deixar o clima se desfazer, Kara desabotoou os três primeiros botões da minha blusa e depois olhou no fundo dos meus olhos, como se confirmasse que eu estava bem com aquilo. Eu apenas sorri, me sentindo valorizada e respeitada.
- Você me disse que faz tempo que não ficava com ninguém. Se você quiser parar, por favor, não hesite em falar
- Eu não quero nada além de você, Kara - retirei sua blusa e a joguei no chão - Mas muito obrigada por ser a pessoa mais atenciosa, cuidadosa e... - analisei seu tronco semi nu - nossa, gostosa, com quem eu já fiquei
Ela riu e me pegou no colo, andando até o meu quarto. Assim que fui colocada na cama, tratei de inverter nossas posições, ficando por cima da loira. Terminei de desabotoar minha camisa, enquanto Kara se mantinha completamente hipnotizada e rendida assistindo eu me despir.
- Você Fica extremamente sexy com essa roupa social - falou baixo
- Mas Eu sei que você mal pode esperar pra me ver sem ela, né!? - joguei minha vestimenta em algum canto do quarto
Me inclinei sobre o tronco dela, distribuindo beijos pelo seu pescoço e descendo até seu tórax posteriormente. Minhas mãos passeavam por toda sua barriga, conhecendo e se familiarizando com o local. Desabotoei seu sutiã, liberando um belo par de seios, os quais foram acariciados gentilmente por mim.
Eu sentia suas mãos em minha bunda, apertando-a de leve vez ou outra. Dei um pouco mais de atenção aos seus peitos, alternando minha boca entre ambos. Era possível notar os gemidos se formando na garganta de Kara, o que me deixava ainda mais excitada e com desejo de avançar cada vez mais.
Tracei uma linha de beijos por sua barriga, até chegar em seu shorts, o qual eu apenas desabotoei a princípio. Antes de despi-la completamente, retirei meu sutiã e pude ver seus olhos brilharem ao contemplarem meus seios fartos. Terminei de tirar seu shorts e já me poupei de mais trabalho levando a calcinha junto.
Kara não conteve seus gemidos quando eu comecei a chupar seu ponto mais sensível. A química entre nós era algo de outro mundo, o que triplicava o tesão em cada pequeno e simples ato. Suas mãos procuravam algum lugar em que pudessem se agarrar, até que se acomodaram em meu rabo de cavalo.
Se por um lado minha consciência pesava por conta do tabu de transar no primeiro encontro, que no nosso caso nem encontro foi, por outro, a sensação de fornecer ondas de prazer à Kara e vê-la se deleitar tanto quanto eu nesse momento superava qualquer dúvida de certo ou errado que talvez me restasse.
Direcionei minha visão para a loira e pude ver seus olhos se revirando, pouco antes dela atingir o primeiro orgasmo, que veio acompanhado de um gemido doce e suave. Me reposicionei sobre seu corpo, ficando cara a cara com ela, e selei nossos lábios em um beijo carregado de paixão e carinho.
- Você definitivamente não está fora de forma. Essa boca faz mágica, mulher - não me contive e ri do comentário da loira
- Vou aceitar isso como um ótimo elogio
Kara sorriu e me deu um selinho, antes de agarrar em minhas coxas e me incentivar a subir até seu rosto. Me ajeitei sobre ela e me certifiquei de ter um ótimo apoio na cabeceira da cama, afinal, ninguém quer cair em um momento desses.
Revirei os olhos assim que senti sua língua em contato com meu sexo, que a esse momento já estava pulsando. Senti um dedo ser penetrado facilmente, visto que minha lubrificação chegava a escorrer. Seus movimentos se alternavam entre estocadas lentas e rápidas, o que me levava a loucura e me deixava cada vez mais perto do meu ápice. Em um gemido rouco e longo, cheguei no meu primeiro orgasmo, que foi acompanhado de alguns espasmos involuntários.
Nossa noite, ou melhor dizendo, madrugada, foi repleta de experimentações e muito prazer, mas além de tudo, respeito e carinho mútuos. Quando meu corpo já estava exausto e alguns raios solares invadiam por entre as cortinas, resolvemos que era hora de um belo descanso.
Me ajeitei próximo de Kara, abraçando seu tronco e apoiando minha cabeça em seu tórax, enquanto ela envolveu-me com seus braços. Eu havia esquecido o quão gostoso era ficar agarradinha com alguém, sem se preocupar com nada além de curtir o momento. Mas uma coisa ainda me afligia e eu me vi na obrigação de questionar a loira.
- Ei... - a chamei calmamente, com uma voz bem baixa - Não posso deixar de perguntar uma coisa
- Eu Já até sei o que é
- Sabe?
- Tenho algo em mente, mas pode falar
- A gente fica como depois de hoje? Quer dizer... - senti minhas bochechas queimarem, eu não sabia mais como prosseguir essa conversa, porém fiquei aliviada quando ela tomou a palavra
- Se você está querendo perguntar se eu vou te esquecer depois de hoje, a resposta é não. Isso não foi apenas sexo casual, Lena, pelo menos não para mim.
- Ah, Eu fico aliviada - suspirei - Eu realmente acho que nós vamos nos dar bem
- Eu também, tenho certeza. Inclusive, nós não tivemos um encontro de verdade ainda, né?
- Bom, acho que não...
- Então, Lena Luthor, Você aceita ir a um encontro comigo?
- Claro - sorri bobinha
- Te pego hoje às oito e meia, combinado?
- Perfeito - dei um selinho em seus lábios - Agora Eu acho melhor dormir, tenho um compromisso amanhã à noite - brinquei e ela sorriu
•
Quem aí também adora esse casal!?
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