Olá Olá, cheguei de madrugada com um capítulo pra vocês e espero que gostem.
Antes de mais nada, gostaria de dizer que estou muito feliz com os comentários de vocês. Sério, é muito bom ver vocês interagindo e saber que estão gostando. Isso me motiva a adaptar os capítulos cada vez mais rápido, pois fico ansiosa pela reação de vocês.
Eu demorei, mas consegui responder todos os comentários. Eu li cada um com o coração quentinho, mesmo os que eram falando mal da LingJiao KKKKKKKKK.
Esse capítulo está com uma surpresa no final, espero que gostem bastante.
Votem e comentem bastante ok? Vamos continuar nossa interação pelos comentários.
Bjinhooos.
REGALITY — CAPÍTULO 06
Wei WuXian está recolhendo as roupas secas e colocando-as em um cesto para levá-las para engomar, completamente tranquilo. O céu está nublado, fechado em nuvens e venta bastante. Assim que o vento parar vai chover e ele quer já estar abrigado quando isso acontecer.
— Você! — LingJiao chamou fazendo o ômega se assustar e deixar o cesto escapar de suas mãos. Ele se apressou e pegou-o antes que caísse no chão.
— Que susto! — Colocou a mão no peito.
— Não sei o que fez naquela torre ontem, mas funcionou. — disse amarga.
— Não entendi.
— Não se faça de sonso, pois não tenho tempo para isso. Termina logo essa tarefa e se arrume, vai servir o almoço hoje.
— Por que? — O semblante confuso.
— Apenas me obedeça. — disse virando as costas e sumindo dali.
WuXian observou a Wang se afastando com uma careta no rosto. Aquela mulher de certo tem problemas.
De longe, pensativo, Lan WangJi observa a cena. Vê o criado apanhando suas camisas, já limpas e secas, e, colocando-as dobradas no cesto que já estava no chão. Ele quis se aproximar, mas o ômega é mais bonito de se observar sem o olhar de pânico no rosto. O vento forte levava e trazia os longo cabelos do outro e o rei chegou a desejar que o laço de fita vermelho que os seguravam se desfizesse para que pudesse ver como as mechas seriam livres ao vento, infelizmente isso não aconteceu.
O Wei se inclinou checando as roupas e a cabeça do alfa tombou para o lado, admirando a cena. A barriga dele, mesmo sob o espartilho, é incrivelmente reta. Ele é farto em todos os ângulos que um ômega pode querer ser.
Após checar tudo, ele apanhou o cesto e saiu caminhando tranquilamente, sumindo por dentro de uma porta. WangJi estava quase saindo, voltando aos seus afazeres reais, quando o outro saiu. A fita vermelha em suas mãos. Ele aguçou a visão, mas o ômega já estava fazendo o rabo de cavalo novamente.
Frustrado e instigado, o rei assistiu-o sumir dentro do castelo e deu as costas, os pensamentos a mil em sua cabeça.
— Então o único modo é aguardar. — Jiang WanYin disse olhando o outro.
Ambos estão sentados na grande mesa, esperando pelo almoço e aproveitando para discutir algumas táticas de guerra.
— Aguardar até quando? Ele não avança nem retrocede, é impossív... — WuXian entra na sala, colocando a terrinas na mesa em silêncio. — Impossível. — Completou.
Jiang Cheng olhou de WangJi para WuXian, em seguida tomou um gole de sua própria bebida disfarçando um sorriso. O rei olhava o criado como se nunca tivesse tido tempo para reparar nos detalhes.
— Você! — disse e viu o ômega erguer o olhar. O Lan não lembrava que eram tão cinzas, só perdiam para os do Jiang ao seu lado. — Quando terminar de arrumar a mesa, vá até a torre e avise meu ômega que estou esperando por ele.
— Sim, senhor.
Ele terminou de colocar as terrinas nu lugar e pediu licença, indo buscar Lan XiChen.
— Você tem algum tipo de problema? — perguntou divertido observando o cunhado. — Primeiro manda matá-lo e agora devora ele com os olhos? — Riu consigo mesmo e deu outro gole em sua bebida.
— Ora, fique quieto. — Repreendeu, mas sorria.
— Devemos reconhecer que ele é bonito.
— Quem é bonito, Jiang Cheng? — Lan Huan perguntou entrando na sala. Os alfas se levantaram para recebê-lo e Wuxian passou discretamente atrás deles, voltando as suas tarefas.
— Você. — Sorriu galante, beijando a mão dele. WangJi se sentou de novo e revirou os olhos. — Pensei que não viria mais.
— Perdão pela demora. — disse se sentando na cadeira que o marido puxava e vendo o irmão assentir.
O Wei começou a servir a refeição dos presentes na mesa, um a um. Quando chegou a vez do rei, parou ao lado dele, servindo-lhe o prato. O outro apenas olhava para o braço do ômega e não para a quantidade de comida sendo servida no prato.
Uma mecha do delicado cabelo caiu pelo braço enquanto ele era servido, como o alfa quer tocá-lo, ver se os fios são tão macios quanto aparentam. Olhou para a pele branca dos braços dele, subindo pelo ombro, observando de perto a pele delicada. O criado, estranhando que o prato estava quase cheio e o Lan ainda não tinha pedido para ele parar de servir se virou para o olhar. Quando viu como era observado pelo outro se arrepiou.
Quando viu a pele do ômega se arrepiar, WangJi ergueu o olhar até chegar aos olhos dele e houve um instante do mais puro silêncio.
— Senhor? — perguntou meio desestabilizado.
— Basta. — disse ainda sem nem olhar para o prato e viu o outro se afastar com o rosto corado.
Sorriu com isso, mas fez uma careta ao perceber a montanha de comida que tinha recebido. Uma coisa era certa, nada de bom sairia daquilo.
❈❈❈
Semanas se passaram e Lan WangJi impunha a presença de WuXian em todos os lugares que podia.
Era o ômega quem arrumava sua cama, servia a mesa e fazia tudo o que precisasse ser feito perto dele. Era como se fosse algo que ele simplesmente não cansava de observar, e, toda noite ao se deitar sozinho, ele só tinha uma certeza que era a de que precisava tocar o outro. Precisava de contato.
WuXian percebeu o que está acontecendo, mas nem consegue acreditar. O rei nunca quis ômega algum após a morte do marido anos atrás, e, o Wei sabe que se envolver com o alfa é colocar a própria cabeça na forca. Mas o que ele deve fazer se apenas de estar na presença ou sentir o cheiro do outro, seu corpo reage de uma forma louca?
— É claro, faça de novo, mais uma vez, isso não está bom, blábláblá. — O ômega andava pelos corredores imitando LingJiao que o mandara refazer o rabo de cavalo alegando estar bagunçado, mesmo seu cabelo estando em perfeito estado. — Está fora do lugar, você não deveria... AI! — disse ao esbarrar com alguém.
— Cuidado. — Lan WangJi disse, segurando-o para não cair. — Está falando sozinho? — Sorriu divertido.
— Perdão, senhor. — disse, o corpo já alerta pela presença dele. — Estava apenas pensando alto.
As mãos do alfa ainda o segurava pelo braço de forma possessiva. Os dois se encararam, o silêncio esmagando o corredor onde estavam. As mãos dele pareciam queimar em seus braços.
O Lan olhava os olhos dele com a expressão estranha, parecia querer ver além do que podia.
— Senhor... — A voz saiu ofegante. — Meus braços.
— Você é um ômega encantador, WuXian. — disse, o elogio apanhando o outro de surpresa.
— S-sou? — O rei assentiu, sorrindo de canto.
— Em todos os sentidos. — Completou e viu-o corar violentamente. — Principalmente quando sua pele se arrepia deste modo. Por que está arrepiado?
— Tua voz. — respondeu baixo, ciente de que o sangue havia subido completamente para o rosto.
— Minha voz te arrepia? — O ômega assentiu tremendo de leve. — E só acontece comigo? — perguntou se aproximando mais.
— Só. — Já estava alerta pela aproximação.
— Isso me encanta. — disse olhando para a boca de WuXian.
Uma das mãos de WangJi se ergueu, soltando o braço delicado e indo em direção ao rosto. Ele ainda não havia tocado o rosto do outro, mas sua pele queimava pela proximidade. Foi se aproximando, tanto o rosto quanto a mão, enquanto os olhos estavam fixos aos dela.
Os dois lábios se tocaram minimamente e o ômega tremeu, a mão forte o amparando no lugar.
— WangJi? Maldito seja, onde você está? — Jiang Cheng gritava pelo corredor e pela voz já estava perto e irritado.
O alfa se afastou respirando fundo. Era claro que não poderia fazer aquilo, não agora então tomou uma rápida decisão.
— Hoje a noite.
Foi só o que disse e saiu gritando em resposta para o Jiang. WuXian arfou, sozinho no corredor e colocou a mão no peito.
Hoje a noite.
— Ai meu deus. — Gemeu consigo mesmo, se amparando na parede.
O ômega passou o dia, resumidamente, em pânico. Derrubou uma bandeja, o que fez LingJiao gritar com ele que nem ouviu. Seus nervos estão à flor da pele.
A noite, quando foi liberado seguiu direto para o banho. Passou muito mais tempo lá do que normalmente faria. Depois seguiu até a cozinha para tomar um copo de água e se acalmar.
Lan WangJi já está dormindo a essa hora, tenho certeza.
Ele sentiu que estava surtando e entrou no quarto. Fechou a porta e ficou segurando-a, indeciso, por fim, decidiu trancá-la. Respirou fundo e começou a acender as velas do quarto pensando em ler um livro enquanto o sono não vem.
Quando se virou para acender a última vela, tendo o quarto já todo iluminado, viu WangJi encostado na parede.
Ele começou a hiperventilar.