AQUA |✔|

By debora_almeida77

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Ruby Milburn Uma mulher que teve sua adolescência marcada por um grande trauma. Trauma esse que a persegue at... More

Notas da Autora
Por favor, leia.
PRÓLOGO.
ELENCO (atualizado)
UM
DOIS
TRÊS
QUATRO
CINCO
SEIS
SETE
OITO
NOVE
DEZ
ONZE
DOZE
TREZE
QUATORZE
QUINZE
DEZASSEIS
DEZASSETE
DEZOITO
DEZANOVE
VINTE
VINTE E UM
VINTE E DOIS
VINTE E TRÊS
VINTE E QUATRO
VINTE E SEIS
VINTE E SETE
VINTE E OITO
VINTE E NOVE
TRINTA
TRINTA E UM
TRINTA E DOIS
TRINTA E TRÊS
TRINTA E QUATRO (Bónus)
TRINTA E CINCO
TRINTA E SEIS
TRINTA E SETE
TRINTA E OITO
TRINTA E NOVE
QUARENTA
FINAL
EPÍLOGO
Agradecimentos

VINTE E CINCO

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By debora_almeida77

-Me solta, por favor, pode levar minha bolsa, mas, só me solta—falei desesperada me debatendo.

-Calma, só vamos conversar—o homem, que era mil vezes mais robusto que eu, falou de forma nojenta.

-Eu não quero, por favor, me solta—gritei, começando a chorar e com medo, do que ia acontecer.

-Fica quieta, a gente só vai conversar, fica calminha—ele proferiu e eu consegui sentir um bafo, de bebida forte.

Minha cabeça começou a rondar, e eu já estava em completo desespero. Era como se eu tivesse voltado a anos atrás e tivesse relembrando, de tudo de novo.

-Por favor, não faz nada comigo, só me solta—falei num fio de voz, sem força nenhuma.

-Ela disse, pra soltar—ouvi uma voz rouca, e raivosa dizer.

-A gente, só está conversando—o homem falou me soltando e, me mantendo, atrás dele.

-Ótimo, conversa com a minha mão, então...—a voz conhecida disse e, eu só vi o homem que estava me agarrando, cair no chão.

Eu estava tão desorientada que, nem conseguia ver quem era, só sabia que o conhecia, eu conhecia aquela voz.

Minha cabeça estava doendo. Mas nada se comparava a dor na alma, era como se uma ferida, que eu tinha lutado tanto, para que cicatrizasse, tivesse aberto, novamente.

E dessa vez, eu não sabia se conseguiria curá-la.

A pessoa estava distribuindo vários socos no rosto do homem, e provavelmente, iria o deixar inconsciente.

Eu queria lhe dizer para parar, senão ele iria matá-lo, mas, eu não conseguia, abrir minha boca. Só caí no chão, colocando minha cabeça entre meus joelhos, sentindo meu coração doer e meu rosto se molhar, pelo choro quente que caía dos meus olhos.

-Ruby...Ruby, você está me ouvindo...fala comigo...—ouvi alguém me chacoalhar, parecendo estar desesperado.

Eu estava sem forças psicologicamente, e pelo que parece, estava afetando minha força física.

Senti duas mãos, segurando meu rosto e me levantando, e consegui ver aos poucos o rosto da pessoa.

-Allan...—falei num fio de voz e, depois não vi, mais nada.

Simplesmente, apaguei.

...

Acordei estranhando o lugar onde eu estava. Parecia ainda estar de noite, mas, definitivamente, não era o meu quarto. Senti meu corpo mole e, de repente, a memória de tudo o que tinha acontecido, veio na minha mente, me fazendo suspirar forte e cansada. E por instantes, lembrei da ultima coisa que, eu tinha visto.

O rosto do Allan.

Virei-me para o lado, vendo em cima da cama, umas peças de roupa, que eram minhas.

Eu estranhei, porque, elas não estavam na minha bolsa, e eu não me lembrava de nunca ter estado nessa casa, para ter deixado roupas, aqui.

De qualquer modo, eu não estava com cabeça, para pensar nisso, então, só peguei as roupas e me dirigi á casa de banho, que ficava logo dentro do quarto.

Ao abrir a porta deparei-me com um banheiro enorme, com direito até a banheira, no canto. Porém, não fiquei muito tempo observando, só entrei debaixo do chuveiro, para ver se limpava minha alma e toda a sujidade que eu estava sentindo, no meu corpo.

Eu estava me sentindo suja, abatida, dolorida, e estava com os braços todos roxos, com marcas de dedos. Me deixei ficar, vários minutos com a água escorrendo no meu corpo, e quando eu fui me ensaboar, senti um cheiro familiar, e logo me veio á cabeça, que talvez, eu estivesse no banheiro do Allan.

No momento nada importava, eu só queria saber de me limpar e, talvez, me purificar da dor que me consomia, por dentro e por fora.

Saí do banho, me olhando no espelho, em seguida,  vendo a mesma Ruby de anos atrás, com medo e sem coragem, de enfrentar o mundo.

Saí do banheiro, indo vestir as roupas que estavam em cima da cama. Já vestida, peguei meu celular e vi que estava descarregada. Olhei para a pequena cómoda ao lado da cama, e tinha um pequeno relógio lá, apontando que, já estava de madrugada.

Deixei o quarto devagar, e fui descendo as escadas, reparando que estava, tudo escuro.

Cheguei na sala e observei o Allan deitado no sofá. Me aproximei dele, vagarosamente, notando que ele estava dormindo, bem sereno. Resolvi voltar-me, e ir para o quarto, para não o acordar.

-Ruby...—ouvi ele chamar meu nome, com a voz de sono e voltei-me, vendo-o acordar.

-Desculpa, eu não queria te acordar—me desculpei.

-Você está bem?—ele perguntou, com um tom de voz, preocupado.

-Não estou, mas, vou ficar—falei mais para mim, tentando me convencer.

-Você está com fome? Eu posso preparar algo para você comer, bem rápido—ele sugeriu se levantando e apontando para um lugar, que pareceu ser a cozinha.

-Estou sem fome, obrigada...só preciso descansar—falei e ele assentiu.

-Tudo bem, se precisar de algo, é só chamar—ele disse e eu balancei a cabeça, em afirmativo.

Eu voltei para o quarto e deitei-me na cama, tentando, dormir um pouco. Depois de tanto remexer em cima dela e pensar num monte de coisa ruim, finalmente, acabei pegando no sono.

...

Acordei e vi que já era de dia, voltei meu rosto para o relógio e, notei que ainda eram, seis horas da manhã.

Dormi, pouquíssimas horas.

Retirei-me do quarto e desci as escadas, não encontrando ninguém na sala, senti um barulho vindo de outra parte da casa, e fui seguindo o barulho, até me deparar com a cozinha, onde Allan estava cozinhando.

Era inédito, o que eu estava vendo, e de alguma forma, me relaxou, vê-lo tão descontraído, cozinhando.

-Bom dia...—falei e ele se voltou para mim, sorrindo simples.

-Você dormiu bem?—ele perguntou, colocando umas comidas, em cima de um balcão.

-Digamos que a cama ajudou muito—comentei e ele riu.

O que era verdade, já que a cama dele era super macia e confortável.

-Já estou terminando, de fazer o pequeno almoço—ele disse apontando para a bancada cheia de comida.

-Então você cozinha, mesmo? Pensei que fosse ironia do Aaron, quando ele comentou—exprimi, um pouco surpresa.

-Eu desenrasco—ele disse tentando, ser modesto e, eu o olhei de forma irónica.

-Essa é a frase, que toda a pessoa que sabe cozinhar muito bem, diz—afirmei e ele sorriu.

Sentei-me na cadeira em frente ao balcão e fiquei vendo ele cozinhar. Ele parecia ter bastante jeito, e as comidas que estavam em cima do balcão, tinham uma cara ótima, e o cheiro, nem preciso dizer.

-Allan, da onde surgiram essas roupas?—perguntei curiosa.

-Ontem, a Jean me ligou, porque, a Lacey estava preocupada que, você ainda não tinha chegado em casa, então, tive que lhe contar o que aconteceu, e ela foi para sua casa, tranquilizar sua tia e pegar umas roupas, pra você—ele contou e eu suspirei.

-E como, você chegou até mim?—perguntei, mais curiosa ainda.

-Depois que você saiu eu fiquei bastante apreensivo, estava tarde, e você foi sozinha no meio daquela rua escura, eu nem consegui nadar, fui atrás de você—ele contou e eu sorri.

-Obrigada, mais uma vez, se você não tivesse chegado, nem sei...—falei tentando, não lembrar disso, mas, falhei, redondamente.

-Ruby...os teus braços—ele apontou ao notar, e se aproximou, para os analisar—que filho da puta...—ele rosnou com raiva, e saiu da cozinha, voltando tempo depois, com uma caixinha branca—vou passar uma pomada, senão vai ficar, muito roxo—ele informou e ficou procurando a tal pomada, dentro da caixa.

Ele passou uma pomada branca, de forma cuidadosa e delicada, pois, meu braço ainda, estava dolorido.

-Pronto, daqui umas horas, vai melhorar—ele avisou e eu assenti.

-Bom dia...Ruby?—Aaron estranhou ao me ver—Não me diga que finalmente vocês do...—ele ia falar, mas, Allan o interrompeu.

 Votem, comentem, e me sigam, por favor.

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