De Repente Casada

By vieiraevelli

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"Cuidado com o que deseja". Meredith nunca levou essa frase tão a sério... Ao menos não até seu aniversário d... More

Be Careful What You Want
Necessary Explanations
She Is Hot
Turkey Breast
The Beautiful Smile
House Perfect?
Sensations Of Your Kisses
Broken Balance
What Cannot Be Said
Getting Things Right
Interruptions
Distraction
Airplane Mode
Loving You
Travel
An Afternoon
Meetings
Carousel
Back At You

New York Lights

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By vieiraevelli

A atenção de Meredith estava totalmente voltada para as luzes da cidade, a vista era linda, os pequenos pontos de luz causados pelos letreiros,  outdoors, carros e postes deixavam a cidade ainda mais convidativa para que seus olhos se perdessem naquela encanto.

A música tranquila que tocava no restaurante tornava a vista ainda mais aconchegante, jazz clássico, era o que ecoava pelo local, a voz melodiosa do cantor que estava sobre o palco relaxava seu corpo e acalmava sua mente, fazendo-a aquietar diante da loucura que estava envolvida.

Addison estava atenta a cada gesto feito pela esposa, não haviam dito muito desde que chegaram ali, ela pegou a taça com vinho branco e levou ao lábios sem desviar os olhos da loira.

Meredith estava como da primeira vez que esteve ali, com os pensamentos voando sobre a cidade, o garçom colocou o primeiro prato sobre a mesa, fazendo com que a fotógrafa lhe direcionasse o olhar, mas não durou muito, pois logo sua atenção foi levada para a ruiva que lhe observava sobre a taça, Addison desviou o olhar pegando o talher e concentrou-se em sua salada, porém Meredith ignorou o ato, talvez ela sempre fizesse aquilo, não queria perguntar.

–– Então –– Addison iniciou a conversa –– Como foi seu dia além das compras que fez? –– Meredith a olhou vendo-a colocar a salada na boca.

–– Bem, não fiz nada de outro mundo –– Deu de ombros, aquilo era estranho –– E o seu?

–– Gravei o programa de hoje, alguns comerciais e fui almoçar com a Callie.

–– Viu Carina Deluca?

–– Não, eu não á vi –– Disse ao soltar um riso nasalado.

Meredith não fazia ideia do porque ter dito o nome da tal mulher que nem mesmo conhecia, mas quando se deu conta, a pergunta já havia fugido de seus lábios.

–– Mas queria –– E lá estava ela novamente em um assunto que nem ao menos sabia o porque estava dizendo, Addison lhe encarava seriamente.

–– Não Meredith, eu não faço a mínima questão de ver a Carina, na verdade eu evito vê-la desde que terminamos –– Meredith voltou a olhar para fora e escutou o suspiro da ruiva –– Amor, olha, eu não quero brigar outra vez –– Disse pegando a mão da loira que estava sobre a mesa –– Te trouxe aqui pra que a gente se acerte e não para brigar novamente por causa da Carina –– Meredith a olhou nos olhos, não sabia o que dizer –– Você sabe como fico mal quando brigamos, eu não quero isso.

Meredith recolheu a mão e segurou os talheres ignorando o olhar da ruiva, Addison negou tomando um gole do vinho após arrumar a postura.

–– Já vi que não adianta.

–– Eu não disse nada.

–– Esse é o motivo, Meredith, você não dizer absolutamente nada, nós estávamos tranquilas, resolvendo sobre o bebê e sobre nossa viagem, mas só foi a Carina se insinuar e você mal olha pra mim, você sabe que ela sempre faz isso, mas você sempre caí nesse joguinho e se você não caí, você está se passando por tola muito bem –– Disse irritada mas não exaustava a voz, Meredith admirou isso, sabia que se fosse ela provavelmente o restaurante inteiro haveria parado pra assistir o "show".

Addison passou as mãos no rosto e puxou uma lufada de ar, tomou outro gole do vinho e voltou a comer, logo a salada foi substituida pelo prato principal e a ruiva nem ao menos voltou a olhar para a mulher a sua frente enquanto Meredith continuava entre encarar o prato e a grande janela com vista pra cidade, sabia que não era mais a garota de treze anos, mas seu corpo e subconsciente agiam com se tivesse.

Aquilo tudo era loucura, a maior loucura que estava passando em sua vida, disso não tinha dúvida alguma, havia despertado ao lado de uma desconhecida que supostamente era sua esposa, — e a enorme pedra de diamente em seu dedo não lhe deixava enganar — logo após estar em seu aniversário de treze anos chorando por Derek Shepherd, quão bizarro tudo aquilo poderia ser? Não fazia ideia, mas era e sua cabeça não estava conseguindo processar, estava a beira do desespero e nem podia dizer isso a Addison ou pareceria louca, não queria ser, então preferia deixa-la acreditando que aquilo era ciúmes, era o melhor.

–– A conta, por favor –– A voz de Addison ecoou trazendo-a de volta, olhou para o garçom que saia e viu a ruiva mexer na bolsa retirando o cartão.

___§___

O carro estava completamente silencioso exceto pelos sons da cidade à volta e da música baixa que tocava no carro, Addison tinha uma mão no volante enquanto a outra estava nos lábios, a tensão entre elas era grande, Meredith pegou o celular de dentro da bolsa cansada de encarar a rua.

Eu preciso de ajuda.
8:24.

Meredith suspirou enquanto encarava novamente a rua esperando a amiga responder, logo ouviu o som da notificação.

Cristina:
O que aconteceu?
8:26.

Eu não faço ideia...
Problemas com a Addison.
8:26.

Cristina:
Discutiram?
8:27.

Sim, ela disse que o problema é eu não dizer nada, mas eu não sei como resolver isso, eu nunca nem namorei, Cristina e agora sou casada.
8:27.

Cristina:
Okay, respira...
Vocês sempre brigam, normalmente transam pra ficarem bem, mas sei que você não vai fazer isso, primeiro porque é burra e  segundo por isso.
Enfim... Vocês não são de brigar, Mer, então ela provavelmente ta bem irritada.
8:28.

Como nós somos?
Éramos.
8:28.

Cristina:
Por mais meloso que seja o que eu vou dizer, é verdade.
Vocês são o casal mais glicose que eu já vi, estão sempre aos beijos e fazendo supresas umas pra outra, eu nunca te vi mais apaixonada do que por ela, nem quando era apaixonada por Derek Shepherd, pra falar a verdade eu nunca vi casal que se ame mais do que vocês.
8:30.

Meredith olhou de canto para a ruiva que continuava atenta ao caminho.

Eu tenho que ir.
Na verdade preciso pensar.
8:30.

Meredith guardou o celular ignorando a nova notificação e sentiu o carro parar, levantou o olhar vendo o semáforo vermelho e olhou para fora do carro novamente, fechou os olhos apoiando a testa na janela, novamente o carro foi posto em movimento.

Os olhos de Meredith foram abertos ao escutar o som de um porta se abrindo, olhou para a porta da grande garagem sendo elevada e dois belos carros estacionados, Addison logo colocou seu carro ao lado dos outros dois, tirou o cinto e desceu dando a volta, antes que a loira tivesse chance de abriu a porta, ela foi aberta, Addison abriu a porta traseira tirando as sacolas de Meredith.

A loira observou em silêncio enquanto a ruiva travava o carro e seguia para o porta que ela julgou dar para dentro da casa, a seguiu e logo a viu subir as escadas, Meredith viu o casaco e a bolsa da ruiva jogados pela mesa e os pegou seguindo até o armário.

O cheiro de Addison emanou assim que ela preparou para guarda-lo, o cheiro era bom, mesmo ela achando-o forte, ela finalmente guardou a bolsa e o casaco da ruiva e logo o seu, pegou seu celular e foi até a cozinha tomar um pouco de água distraindo-se com a lembrança do que havia lido na mensagem de Cristina.

–– E minha bolsa? –– A voz de Addison ecoou fazendo-a se assustar.

–– No armário –– Addison nada mais disse, apenas seguiu para o hall de entrada até o armário.

Seus cabelos estavam presos em um coque bagunçado enquanto seus pés estavam descalços e os botões da blusa parcialmente abertos revelando o colo de seus seios repletos de sardas –– coisa que Meredith achou adorável —  e o sutiã vinho rendado.

A loira seguiu para o quarto após deixar o copo na pia e seguiu para o banheiro, despiu-se e adentrou o Box abrindo a água e deixando-a relaxar seus músculos tensos, quando saiu viu Addison apenas de roupão caminhando pelo closet com o celular posicionado na orelha.

–– Okay Teddy, eu já entendi –– Disse e parecia impaciente –– Pelo amor, nós resolvemos isso amanhã, já são quase nove e meia, eu estou cansada e isso não é um assunto urgente que não possa esperar até amanhã –– A ruiva soltou o ar –– Ótimo, até amanhã –– Disse desligando e saindo do closet.

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