Senhor Bittencourt : On
Finalmente descobri, ela é a minha filha, exatos 16 anos, loira como a Mãe, suas faciais se pareciam com as minhas, só que como nunca fui de encarar as pessoas, não percebi antes. O colar, bem cuidado demais para ter sido achado por aí, se estivesse aqui provavelmente alguma das criadas teria achado, ou então se ela tinha achado, estaria com o aspecto de velho, então claramente ele estava com ela sendo cuidado. O detetive que contratei encontrou os documentos da menina, e também com seu dom de hacker, pegou as informações de inscrição nos arquivos da Agência de intercâmbio que ela foi, e viu que ela veio da Rússia.
Eu mal podia esperar para ela chegar e perguntar sua história, se for de acordo com tudo que aconteceu naquela noite, talvez eu possa começar o teste de DNA.
Estava perdido nesses tão esperançosos pensamentos que só fui perceber que alguém estava gritando quando a pessoa gritou uma segunda vez, percebi que era uma voz feminina. Corri até o quintal onde uma das empregadas estava com buracos de facadas na barriga, deitada no chão a ponto de morrer. Quando virei para trás pude ver na parede branca do quintal, escrito com o sangue dela "Ela é só a primeira, continue procurando e mais sangue será derramado."
Peguei o celular com as mãos gélidas e suadas, ligando para a polícia, quando vi um homem de capuz preto bem longe com a faca suja de sangue, a admirando enquanto olhava para mim.
Correu quando viu a polícia do local chegando, me pediram para sair de perto para eles cercarem o local do crime, a empregada havia morrido.