Destinos Entrelaçados

By CristianeSerruya

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Apesar de seu passado traumático, Ethan fez de si mesmo um homem de sucesso. Seu presente é um vazio sem fim... More

Abertura
Agradecimentos
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Recadinho!
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Recadinho 2

Capítulo 5

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By CristianeSerruya

Park Lane

Cobertura de Ethan Ashford

22:01

Ele morava perto do Hotel The Dorchester, em Park Lane, numa cobertura espetacular, com um elevador privativo, no décimo andar de um prédio muito exclusivo.

Na cozinha branca e verde-escura imaculada, Ethan se dirigiu a um dos consoles onde havia uma máquina de café Nespresso e selecionou uma mistura. — Quer experimentar a nova mistura?

— Sim, obrigada. — Ela parou em uma das janelas de vidro admirando a vista deslumbrante já que não havia nenhum prédio mais alto em volta.

Londres nunca deixava de impressioná-la. Ela simplesmente amava essa cidade com seus edifícios majestosos e aura real, mas desde que se mudara se sentia meio distante. Ela sempre gostou de explorar seus mistérios, mas ao contrário dos outros que vagavam à vontade, ela se escondia de olhos curiosos.

Ethan entregou a xícara a Sophia. — Gosta da vista?

— Hum-hum. Fantástica.

— Vamos para a sala de estar.

A enorme sala da recepção era toda feita em branco, vidro e aço escovado, com apenas dois enormes sofás brancos e uma mesa central de vidro.

Eles se sentaram no sofá, lado a lado, o braço de Ethan em seus ombros, a mão dele acariciando de leve seu braço nu.

— Adoro Pollock e Francis Bacon — disse ela, olhando para as pinturas penduradas na parede. — Eles estão entre os meus pintores favoritos.

— Meus também. — Ele conversou um pouco sobre arte, esperando que ela terminasse seu café e colocasse sua xícara e pires na mesa ao lado da dele.

No momento em que ela sentou-se novamente ao lado dele, ele se virou no sofá e suas mãos emolduraram seu rosto. — Sophia.

Nossa. Hora de enfrentar a fera. Ou melhor, o belo. Ela segurou a risada histérica que ameaçava escapar.

Sophia olhou nos olhos dele, que mostravam uma fome potente. Ela separou os lábios e molhou-os com a ponta da língua.

Ele gemeu de desejo e sua boca se encostou na dela enquanto suas mãos deslizavam pelos lados do corpo dela, procurando a bainha do vestido.

Os lábios dele eram insistentes, a língua se enfiando na boca de Sophia, dançando com a dela. A barba dele era macia e agradável ao toque.

Ele mordiscou seu lábio inferior, sugando-o em sua boca, e a mão dele percorreu sua coxa até que o polegar encontrou sua calcinha.

As mãos dela mergulharam nos cabelos dele, ela gemeu e arqueou o corpo, seus mamilos pulsando pelo contato com a pele.

— Deixe-me amar você, Sophia. — Os olhos dele brilhavam com paixão.

Ela se sentiu tão nervosa e confusa que apenas assentiu. Estou fazendo a coisa certa?

Ele se levantou e estendeu a mão para ela. — Vem.

Já estamos juntos há mais de quatro meses. Resisti por tempo suficiente. E tenho que seguir em frente. Ela colocou a mão na dele e se levantou, dando-lhe a permissão que ele precisava.

Um escritório, um quarto e uma sala de estar adjacentes formavam seus aposentos, que ocupavam todo o segundo andar. Como o resto da cobertura, era todo em branco, vidro e aço com pinturas espetaculares e esculturas contemporâneas que emprestavam o colorido faltante.

Sophia notou uma garrafa de champanhe gelando num balde de prata com dois copos de cristal na mesa central da sala de estar. E quando ele parou na frente da cama, onde os lençóis já estavam abertos, prontos para eles, ela sorriu; ele tinha preparado tudo com antecedência.

— Seguro de si, não? — Sophia sussurrou.

Gostaria de ser. — Sim, eu sou. — Ethan a trouxe para o seu abraço, beijando-a apaixonadamente enquanto sua mão soltava o cinto do vestido e jogava-o na poltrona da sala de estar, sem sequer olhar para o lado.

A mão dela o parou quando ele começou a abrir o zíper do vestido.

— O que foi? — Perguntou ele gentilmente.

Ela mordeu o lábio inferior, insegura. — Não te contei. Eu tenho cicatrizes feias no meu braço. Fui baleada.

— Bobagem. — Ele tirou o vestido dela, deixando cair no chão. Ela não estava usando sutiã, o que o deixou ainda mais excitado. Imediatamente, as mãos dele foram para os seios dela, massageando-os suavemente. — Lindos. Perfeitos.

Seus olhos percorreram o corpo dela, notando a cicatriz, mas ele ficou cativado pela delicada calcinha de renda vermelha bordada com fios dourados. Uma de suas mãos a segurou entre as pernas enquanto sua boca se prendia a um mamilo, sugando-o.

A cabeça dela caiu para trás e ela enfiou as mãos em seus cabelos.

— Tira minha roupa — ordenou ele.

Os dedos trêmulos dela se atrapalharam com os botões de sua camisa. Ela tocou o seu peito, sentindo os pelos macios que cobriam o largo tórax.

Ele era musculoso e bem formado e a deixava com tesão. Ela queria aquele homem. Queria ser amada de novo, ser preenchida. Sentir-se mulher. Fazia muito tempo que ela não se sentia assim.

Tomando coragem, tentou libertá-lo da camisa, mas as mãos dele estavam ocupadas em outro lugar. Quando os dedos dele mergulharam na sua calcinha para provocá-la, ela tirou o cinto dele e abaixou o zíper, depois empurrou as calças dele para baixo.

— Me toca — pediu ele, arrancando a camisa e o resto da roupa rapidamente, seus olhos ardendo, o desejo tão potente quanto o dela.

As mãos dela foram para o peito dele novamente.

— Não. — Com a mão sobre a dela, ele circundou os dedos dela em volta de seu pau, acariciando-se. Sua outra mão puxou-a pela nuca para um beijo ardente.

Ela ficou insegura por um momento, mas com respiração ofegante, ele a guiou — Mais forte, mais rápido.

— Você é deliciosa. Quero te provar. Todinha. — Ele sorriu na pele dela quando ela ofegou, arrastando os lábios até o mamilo, onde raspou suavemente a barba antes de dar uma mordidinha. — Vamos pra cama.

Sophia ia tirar os saltos, mas ele a deteve.

— Não tira — disse ele, a voz rouca. — Gosto assim.

O quarto parecia que tinha ficado dez vezes mais quente e quando ele a fez recostar nos travesseiros e se ajoelhou na cama, tirando bem devagar a calcinha dela, o corpo de Sophia estava tenso de tanto desejo.

Fazia anos que um homem sexy e grande a fizera se sentir assim e, quando Ethan colocou as pernas dela sobre os ombros largos dele e a sua boca voraz se moveu sobre seu estômago macio, ela arqueou as costas, pronta para mais.

Ele desceu mais ainda, lambendo-a uma vez, duas vezes, provocando, como se esperasse por uma reação. Quando ela agarrou o cabelo dele, ele sorriu e fechou os lábios sobre seu clitóris, sugando-o.

— Ethan — falou ela o nome dele num suspiro quando a língua dele a lambeu de cima a baixo. Era bom, muito bom, mas ela precisava de mais. — Ah, por favor.

Ela é tão deliciosa, tão suave. As coxas dela eram seda nas mãos dele. Ela era calor líquido contra a sua boca.

A respiração dela se intensificou quando ele a penetrou com a língua e ela ofegou como se não esperasse por aquilo, mas o ondular dos quadris em seu rosto contou a ele que estava no caminho certo.

— Preciso gozar.

— Ainda não. Quero ver você ardendo. — Ele se levantou sobre ela, e balançou seus quadris entre as coxas dela, enquanto com uma das mãos procurava cegamente por um preservativo na gaveta da mesa de cabeceira.

Mesmo que tivesse que suportar a angústia de ficar com seu pau duro como pedra, suas bolas tensionadas ao ponto máximo, ele queria ver aquela linda mulher que o estimulava, que o deixava louco, gritando de prazer. Queria ser responsável por fazê-la gozar como nunca.

— Estou. Queimando. — Ela ofegou em voz alta, arqueando as costas, colocando as pernas ao redor dele, tentando trazê-lo mais para perto, tentando aliviar a pressão que crescia dentro dela.

Ele não respondeu, sua boca ocupada com um mamilo enquanto seus dedos penetravam fundo na sua fenda. Para dentro e para fora, dois largos dedos brincavam com ela enquanto o polegar pressionava o seu clitóris.

Ela estava molhada, quentinha, perfeita para abraçar seu pau.

— Em. Chamas! — Sophia entrelaçou as mãos no cabelo dele e puxou.

O prazer dela e a dor da puxada... ele não podia esperar mais. Precisava estar dentro dela tanto quanto ela precisava dele.

Ele sorriu avidamente e se apoiou nos antebraços, de cada lado da cabeça dela, e a penetrou lentamente. Preenchendo, alargando, torturando.

Um pouco mais.

Mais um pouco.

Até que ele estivesse completamente dentro dela. Até que ela estivesse toda cheia dele. Quadril com quadril, nenhum espaço entre eles.

O que começou lentamente cresceu, os movimentos rápidos, os ritmos frenéticos, combinando forças em direção ao clímax.

O desejo se comprimiu como uma mola, tensionando... o prazer se espalhando por eles... pele com pele, lábios nos lábios, sexo com sexo... a explosão iminente.

— Goza para mim — ordenou ele, beijando-a com força. As unhas dela queimaram suas costas, os saltos dos sapatos cravaram nas suas nádegas quando ela arqueou o corpo e estremeceu. — Isso, meu bem.

— Ethan. — Ela gritou, jogando a cabeça para trás quando ele a empurrou para o abismo e para a onda de êxtase que tomou conta dela.

O prazer dela reverberou dentro dele, pulsando forte, eletrizando seu corpo e empurrando-o para o salto.

Equilibrado ainda sobre ela, ele se moveu ferozmente em busca de seu próprio orgasmo. Quando o corpo de Sophia abraçou seu pau firmemente, massageando-o, o nome dela saiu mais como um gemido, do fundo de sua garganta — Sophia.

Uma dor aguda e brilhante o cegou e ele gozou forte em estocadas rápidas, descompassadas e atordoantes que o fizeram cair sobre o corpo macio dela.

Ele rolou para o lado; levantou-se sobre um cotovelo e, com a mão trêmula, penteou o cabelo dela espalhado sobre seus travesseiros.

— Você vai ser minha ruína, Sophia — murmurou ele, dando um leve beijo no ombro dela.

Ela não respondeu. Não podia. Não conseguia nem abrir os olhos.

— Sophia? — Sua mão segurou o rosto dela e virou para ele.

Seus olhos se abriram. — Preciso de um minuto.

Ele a prendeu em seus braços. — Durma comigo esta noite. Você não precisa trabalhar amanhã.

— Hmm? — Ela ainda parecia tonta pela intensa descarga de volúpia provocada por ele, incapaz de entender as suas palavras. Ela levantou a cabeça de seu peito, lhe deu um sorriso lindo e com os olhos maravilhosos brilhando quase amarelos, disse — Seu coração está batendo rápido demais.

Ele sentiu um calor por dentro, uma sensação que não tinha nada a ver com o desejo. — Fica comigo. Está tarde.

— Não durmo fora de casa, Ethan.

— Como assim? — Ele ficou espantado. Uma mulher que não quer passar a noite? Comigo?

— Só durmo sozinha. — Ela sorriu, desculpando-se.

— Por quê? — Perguntou ele intrigado.

Ela deu de ombros. — Porque sim...

— Por favor. — Ele acariciou o cabelo dela, torcendo uma mecha entre os dedos. — Nunca pedi a uma mulher para ficar comigo. Eu realmente gostaria que você ficasse, Sophia.

— Tá bom. Tenho que ir para casa antes do meio-dia de amanhã — concordou ela. — Ah... Não tenho nada comigo. Você tem uma escova de dente?

— Sim. E as roupas não serão um problema. — Ele se levantou, pegou o BlackBerry da calça jeans no chão e se dirigiu para seu quarto de vestir.

Roupas? Para quê? Sophia saiu da cama, tirando os saltos altos e juntando suas roupas. Quando ele saiu do closet de short e pijama, digitando mensagens, perguntou ela surpresa: — O que você está fazendo?

— Informando o meu secretário o que eu quero que ele compre para você. — Ele levantou os olhos para dar uma boa olhada no corpo dela.

O quê? — A essa hora da noite? — Comprar para mim?

— Sophia, eu o pago muito bem, e ele trabalha vinte e quatro horas, sete dias na semana se eu precisar — disse Ethan com desdém. — Qual é o seu tamanho de sapato?

— Não preciso de sapatos. Na verdade, não há necessidade de roupas. Eu posso voltar para casa nas minhas.

Ele franziu o cenho para ela. — Você não vai para casa usando este vestido e salto alto. Qual o tamanho?

— Hmm... Realmente, Ethan.

— Você está piorando as coisas — resmungou ele e suas feições ficaram sombrias de repente. — Você quer chegar em casa parecendo uma prostituta?

Sophia se encolheu. — Acho que devo ir para casa agora, Ethan.

Seu idiota. Você ofendeu a mulher. — Desculpe, não quis ofender. Por favor, fique — Ele se desculpou e repetiu: — Eu nunca pedi a uma mulher para ficar comigo, Sophia. É sempre o contrário. Por favor, aceite minhas desculpas.

Quase dois anos desde que dormi com um homem. Devo aceitar? Posso? Como eu explicaria isso para Gabriela? — Tá bom. Vou ficar.

— Tamanho de sapato?

— Uh... oito para sapatos e oito e meio para botas... tamanho do Reino Unido. — Sophia o olhou de perto se perguntando se ela estava fazendo a coisa certa. — Sapatilhas servem.

— Você quer uma camiseta, Docinho?

— Só uma escova de dentes. — Ela sorriu maliciosamente para ele. — Se você não se importar, eu durmo nua.

— Não me importo nem um pouco. — Ele riu e puxou-a em seus braços, beijando-a carinhosamente. — Ah, Sophia. Há algo especial em você...

Gabriela vai entender. Ela correu os dedos pelo cabelo dele e sorriu. E tenho certeza que ele também vai gostar dela.

— Amanhã, te levo pra casa. — Puxando-a pela mão, ele a levou para o banheiro, deu a ela uma escova e pasta de dente novas que pegou numa gaveta e saiu do banheiro, fechando a porta.

Não tome decisões precipitadas, Sophia. Devagar e sempre.

Sophia suspirou para o seu próprio reflexo e balançou a cabeça para a bagunça que era sua vida.

Primeiro, verifique se você está segura e que ele está do seu lado. Só então você pode contar para ele quem você é. E só depois é que você vai apresentar a Gabriela.

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