Em comemoração à formatura de minha irmã fomos todos juntos a nova possibilidade de ajuda em Bangladesh, lá o tráfico de pessoas era algo comum e eram mais de 100 milhões de pessoas não era algo que eu pudesse ignorar.
Otto não parava de tirar fotos, Donna segurava a barriguinha de 4 meses do segundo filho, e seu marido que dessa vez por milagre e superproteção resolveu nos acompanhar carregava sua primeira filha Sara no colo.
Eu levava minha sobrinha, três dos meus sobrinhos e Otto tentava carregar o pequeno Montez que parecia que tinha o tinhoso no couro igualzinho ao pai Sebastian Junior.
Eu tinha a felicidade de 25 sobrinhos, acho que a necessidade de ser mãe que nunca foi grande em mim morreu de vez.
As mulheres de Bangladesh se apaixonaram pelo meu pai, e não era pra menos, Michelle ia indo na frente já que o guia nos ignorava totalmente porque queria flertar com ela, seria horrível se não fosse engraçado.
A Laura se parecia muito comigo devia ser porque ela se parece com a minha mãe, minha irmã e meu pai e meu sobrinho, então a única coisa que nos diferenciava era que ela tinha os olhos verdes do pai, podia olhar para ela o dia inteiro porque ela era filha da minha caçulinha que ignorava o mundo de lua de mel com o marido.
Tudo ia bem nossa multidão chamava a atenção, mas foi só quando Michelle gritou que eu saio do transe da felicidade e corri até ela. Ela estava com um bebê no colo?!
— Me desculpa pelo susto, mas isso é bem comum por aqui, prostitutas que largam bebês a sorte eu vou chamar a polícia — eu tento me comunicar com Michelle, mas ela estava em transe na frente daquele bebezinho preto do olhinho puxado e o cabelo de bolinha como Otto fala de mim — Meu Felix.
Isso foi o bastante para que eu corresse para que não me vissem chorando, e acabasse tropeçando em uma garotinha que tentava correr, essa era preta quase azul, aquele estilo de pele mais lindo que pode existir, ela também estava chorando e a conexão foi instantânea.
— Ele é seu? — Ela nega com a cabeça — Ele é meu irmão. Por favor não devolve ele, eu o deixei perto de vocês para que desse um bom lar a ele. — Eu a abraço e ela corresponde e aí eu entendo que eu achei minha filha — Quantos anos tem? — Ela tem 13 anos e foi traficada me contou que fazia programa junto com sua mãe, mas ela morreu no parto do irmão.
Seu nome é curiosamente Olivia que era para ser o meu nome, Otto se identificou com ela na hora a família dos três quebrados.
Donna achou que seria uma boa ideia porque querendo ou não a gente estava superando os abusos sexuais que sofremos, nós podíamos nos entender.
Olivia aceitou na cara ainda mais quando eu disse que ela moraria perto do irmão que se chama Felix, agora tudo faz sentido pra mim.
— Como assim vamos viajar e acabamos em um processo de adoção? — Digo rindo da situação e ele dá de ombros.
— Imagina que loucura pensar que se ela realmente for nossa ela estará na linha de sucessão da máfia — na hora me veio à mente que Gabriel é gay e mesmo que tivesse filhos a Olivia é filho dos dois herdeiros reais. — Uma mulher preta.