Já eram 4 e meia da madrugada e resolvemos entrar, eu havia conseguido ótimas fotos da passagem de meteoros e depois fiquei tirando fotos com Madara, mas começou a esfriar muito então saímos da laje.
- a louça é toda sua. - falo e ele assente, ainda bem que pelo menos isso eu não terei que fazer. Sento no banco me apoiando no balcão enquanto o observo na pia, e uma pilha de curiosidades vem a minha cabeça. - quero te perguntar umas coisas, posso?
- vá em frente
- vc gosta de um lugar silencioso ou prefere um pouco de barulho?
- silêncio. Porque?
- calma, no final eu te falo. Ainda bem que eu trouxe meus fones de ouvido - falei a última parte baixinho, só pra mim mesma - se alguma coisa sua quebra, qual sua reação?
- puto de raiva, porque vou ter que gastar um dinheiro desnecessário para comprar outro objeto do mesmo, seja lá o que for. Próxima. - caramba, ele é muito apegado a bens materiais
- qual posição vc prefere que eu faça durante o sexo? - ele para o que tá fazendo e me olha, acho que já sacou o que estou fazendo.
- de quatro. Está verificando nossas semelhanças e diferenças?
- e até agora está 2 a 1 pra diferenças. Posso continuar?
- vá em frente
- gosta de festas ou prefere ficar mais em casa?
- prefiro ficar em casa. Muita gente e muito barulho me irrita. - ah droga
- vc quer se casar?
- sim, mas não por agora.
- vc planejava ter filhos?
- sim, eu gostaria de ter 3 filhos.
- faça um resumo do que vc não gosta em mim. - ele me encara novamente - seja sincero por favor, gosto muito quando as pessoas me falam se algo que tô fazendo está incomodando.
- bom... Sabe que não gosto muito que seja infantil demais, mas a sua alegria me contagia. Não gosto que se vista como adolescente, aliás isso quase me enganou no início, vc já tem um rosto de um adolescente mas acredito que não precisa se vestir como um - ué mas eu gosto de me vestir assim, - mas mesmo assim vc consegue ser sexy sem nenhum esforço - fiquei surpresa, por essa eu não esperava - não gosto que brinque com assuntos sérios, não gosto da sua amizade com meu irmão e com meus primos, principalmente Itachi - facepalm na hora, porque isso é ridículo - e por último... Não gosto que faça parkour. Só isso, de resto vc é ótima.
- entendi. Gosta de animais domésticos?
- gosto de gatos somente.
- nossa. Já sei tudo o que precisava saber.
- e qual foi o resultado?
- que temos mais diferenças que semelhanças - ele termina na pia e vamos para o quarto
- e eu posso saber quais diferenças são essas? - deitamos na cama abraçados
- bom, pra começar eu sou a rainha do barulho. Eu acordo e primeira coisa que eu faço é ligar o som! Outra coisa, vc é muito materialista, já eu, se eu tiver ou não um celular pouco me importa. Gosto de festas tanto quanto gosto de ficar em casa, aí eu considerei um empate. Eu não planejo me casar, tbm não quero ter filhos - ele me olha espantado - talvez a Kya do futuro, mas essa do presente não. Eu não acho que sou infantil, apenas prefiro um sorriso a fica de mal humor, eu me visto daquele jeito porque é o meu jeito, eu sempre tenho medo de parecer vulgar por usar uma roupa mais apertada.
- tem um lado bom nisso aí, assim apenas eu posso saber como são suas curvas.
- exatamente. Finalizando, eu brinco com assuntos sérios para descontrair, mas até eu acho que devo parar com isso, infelizmente quando acontece é porque já sai naturalmente e nas minhas amizades, eu só deixo de lado quando a pessoa vacila feio comigo. O parkour, é só uma atividade para que eu não fique parada tempo demais e eu gosto de todo tipo de animais domésticos.
- não somos tão diferentes.
- fala sério Madara. Somos tão opostos que vc nasceu no Japão e eu no Brasil. Do outro lado do mundo!
- e mesmo assim estamos aqui, um de frente para o outro. Porque não quer ter filhos?
- eu acredito que não serei uma boa mãe. Eu sou malvada, gosto de judiar das crianças, assim brincando é claro, mas o principal é que sou completamente impaciente.
- eu acredito que vc só fala isso porque ainda não passou pela experiência.
- e só pra deixar claro: o meu jeito de rir de tudo e fazer piadas... É de família.
- o quê? Mas eu achei que...
- sim, aquele assunto teve uma boa influência sobre isso mas antes de tudo acontecer eu era uma criança calada e quieta, eu chorava sempre que brincavam comigo, e pra vc ver, toda a minha família é brincalhona. Vc não duraria 10 minutos sem se estressar no meio deles. Outra coisa que é de família, gostar de beber. Enquanto meus avós e meus tios são do tempo da cachaça, eu e meus primos somos da era da cerveja.
- uau. Mas apesar de tudo, vc chamou minha atenção. E querendo vc ou não... Eu amo vc. - juro que senti uma facada no meio das costelas agora - mais uma coisa, o fato de vc não ligar para bens materiais só mostra o quanto vc se dedica a uma pessoa sem interesse no que ela tem.
- na verdade... É só que... Vc é um caminhão muito grande pra minha areia... - ele gargalhou com isso - faltou eu te perguntar uma coisa - coloco minha mão na sua nuca fazendo um cafuné - vc já traiu outras vezes?
- não, essa é a primeira vez.
- primeira vez de todas ou primeira vez com Nara?
- primeira vez de todas.
- Meu Deus! Eu levei vc pro mal caminho!
- sem essa, eu que fui atrás de vc.
- e eu nem resisti! Devia ter te dado mais trabalho
- e aí eu teria desistido, mulher que se faz de difícil não é comigo. Tem uma coisa que tenho muita curiosidade de saber de vc, e por favor não ria
- kkkkk e o que é?
- vc já está rindo?
- desculpa kkkk
- tá. Vc sabe jogar futebol?
- kkkkkkkkkkkk porque a pergunta?
- não sei só... Sei lá, curiosidade. Todo brasileiro gosta de futebol, não?
- não, nem todo mundo gosta. De certo que a maioria sim, mas não todos. E eu sou um desastre jogando bola - ele ri
- porque, qual é seu trauma?
- como sabe que tenho um trama?
- porque quando alguém fala que é um desastre em algum tipo de esporte, sempre tem um trauma.
- tá - levantei meu pé direito e apontei pro dedão - tá vendo? Não consigo mexer esse dedo.
- tô esperando
- esperando o quê?
- saber como foi
- pra quê menino, deixa esse assunto no passado porque dói só de lembrar.
- fala logo, suas histórias são engraçadas.
- só está querendo rir de mim! Mas só pra te ver sorrindo eu vou contar. Seguinte... A casa dos meus pais é perto de uma lagoa e havia tido uma enchente recentemente, mas o chão já havia secado, até aí tudo bem, o chão estava todo gramado de novo... Aí, como sempre gostávamos de fazer juntamos eu, meus primos, alguns dos meus tios e uns vizinhos e fomos jogar bola.
- todo mundo junto? Assim, homens e mulheres?
- sim, legal né? - ele levantou o polegar em afirmação - tá. Estamos jogando de boa e eis que chega a minha hora de brilhar, eu driblei dois meninos, meu pai assistia ao jogo e gritava pra mim ir em frente e quando estava bem em frente do gol... Eu não chutei a bola, eu chutei o chão - sua risada toma de conta de todo o quarto - espera eu terminar de contar!
- ainda tem mais?
- tem. Chutei um pedaço de terra seca, mas tão seca que era dura, e meu dedão virou pra baixo rompendo o ligamento.
- vc chorou?
- eu não, apesar da dor, mas vi gente chorando de rir enquanto eu pulava num só pé pra sair do campinho em direção ao meu pai, que por sinal era um dos que mais ria.
- e o que ele disse quando vc chegou perto dele?
- vc não vai acreditar. Ele disse: mas ê mulher fraca, como é que vc tá na cara do gol e chuta é o chão? Vamos pra casa fazer uma compressa gelada nesse pé, isso parece que foi bem feio.
- não acredito, ele fez piada da sua situação? Kkkkkk tem razão quando disse que as piadas são de família. - seco as lágrimas do seu rosto devido as risadas - eu adoro a sua companhia, me faz esquecer de tudo.
- eu sou demais meu bem. - aprecio seu rosto, na posição em que ele está a franja não cobre seu olho. Sinto sua mão acariciar minha bochecha e sorrio pra ele, que se aproxima e beija com um selinho demorado. Fomos dormir depois da 5 da manhã e mesmo assim eu acordei 8 horas. Ainda estávamos abraçados e quando tentei sair de seus braços para ir ao banheiro, ele se virou ficando de barriga pra cima, mas não acordou, ótimo.
Fui ao banheiro, tomei um bom banho, escovei os dentes e depois vesti um shortinho jeans e uma regata preta com o desenho da constelação de Sagitário, e eis que olho para Madara que ainda dormia, mas... Ele tava excitado! O volume estava bem visível por debaixo do lençol. Caraca, parece que tem mesmo vida própria hahahaha. O que me fez lembrar de Itachi tbm na mesma situação, ou seja, isso acontece com todos os homens! Rapidamente me passou pela cabeça, talvez ele acorde mas...
Subi devagar em cima da cama e tirei o lençol lentamente, abaixei sua calça e a cueca o deixando exposto. Segurei seu membro massageando de leve e o vi gemer baixo, mas continuava dormindo. Dei umas lambidas leves e logo abocanhei e ele gemeu mais alto, mas o sono estava mesmo forte. Eu sugava lentamente não querendo acordá-lo, mas logo tratei de ignorar isso e comecei a chupar mais forte e mais fundo, ele estava tão duro e eu queria sentar nele, mas continuei lá e não demorou muito...
- Kya... Aaaaahhh... Oque... Vc tá fazendo... Aaaaahhh - como imaginei ele acordou - adorei meu despertador... - sua mão agarra meu cabelo e movimenta no ritmo que ele deseja, apenas continuei sugado enquanto o encarava - levanta - ele se pôs de pé e me fez agachar na sua frente
Segurando no meu cabelo ele começou a bombear na minha boca, mas não era devagar, eu chegava a dar leves engasgadas e ele tirava rapidamente e logo depois colocava de novo, até que... Ele puxa meu cabelo me fazendo levantar um pouco mais a cabeça e goza na minha cara. Ouvi seu suspiro de alívio enquanto se derramava sobre o meu rosto... Ele me solta por um instante e logo começa a limpar meu rosto com um lenço, com delicadeza. Sorrio de leve pra ele e o mesmo me beija com carinho e me levanta do chão.
- bom dia, amor...
- acho que eu nunca acordei tão feliz - vou ao banheiro e lavo meu rosto
- que bom que gostou. Posso perguntar uma coisa? - saio do banheiro e ele entra - é normal vc ficar excitado enquanto dorme?
- sim.
- isso acontece com que frequência?
- todos os dias. - abri a boca surpresa mas nada saiu, e ele sorriu fechando a porta.
Pego meu celular, fone de ouvido e coloco no reprodutor de músicas, ouvindo This love da Camila cabello. Vou para a cozinha cantando junto a música, á procura de algo para comer e resolvo fazer um café. Depois de uns minutos sinto suas mãos sobre meus ombros, e tiro um dos fones
- o que vc gosta no café da manhã?
- ah, eu gosto de arroz branco, misoshiru, legumes em conservas e peixe grelhado. Vc canta muito bem.
- sei. vc almoça no café da manhã? E eu achei que era gulosa.
- o que vc come no café da manhã?
- só o café puro sem açúcar.
- só isso? Porque vc não experimenta outra coisa em vez de café?
- eu já tentei e acredite, se eu não tomar café logo cedo passo o dia todo com sono.
- canta de novo.
- não! Nem era pra vc ter visto isso.
- sou seu marido por dois dias, uma hora ou outra eu iria ver.
- hum. Senta aí, vou preparar algo pra vc.
- porque não ligou o som?
- porque vc disse que não gosta muito de barulho.
- vai deixar de fazer algo só porque eu não gosto?
- sim. Quero que se sinta bem ao meu lado, e não irritado. Se não percebeu gosto de te agradar, quando não está dando uma de louco obsessivo pra cima mim.
- tsc. Apenas cuido do que é meu. - claro. Fiz seu "almoço da manhã" kkkkk e sentei de frente pra ele apenas com o meu velho e bom café...