Xeque-Mate || Version Jenlisa

By KimKyoko_

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Um jogo perigoso, repleto de armadilhas. Uma disputa de poder, dinheiro e desejo. Nesse jogo, apenas uma cair... More

C A S T
Capítulo 1 - Game start
Capítulo 2 - Welcome to New York
Capítulo 3 - Jongin's Enterprise
Capítulo 4 - Dinner
Capítulo 5 - Investigations
Capítulo 6 - Red alert
Capítulo 7 - King Of Oil
Capítulo 8 - Bodyguard?
Capítulo 9 - Weakness
Capítulo 10 - Be very careful
Capítulo 11 - Intrusion
Capítulo 12 - Punishment part. 1
Capítulo 13 - Punishment part. 2
Capítulo 14 - Bônus
Capítulo 15 - Exhibition
Capítulo 16 - Rendition
Capítulo 17 - You're a devil
Capítulo 18 - Hidden sides
Capítulo 19 - Bônus
Capítulo 20 - Hacker Attack!
Capítulo 21 - New sensations
Capítulo 22 - Suspects
Capítulo 23 - Suíça part. 1
Capítulo 24 - Suíça part. 2
Capítulo 25 - Suíça part. 3
Capítulo 26 - Bônus
Capítulo 27 - Game over?
Capítulo 28 - Surprise
Capítulo 29 - Xeque
Capítulo 30 - Rescue
Capítulo 31 - Cares
Capítulo 33 - Desentendimento
Capítulo 34 - Lack of control
Capítulo 35 - Consequences
Capítulo 36 - The change
Capítulo 37 - Novos elos
Capítulo 38 - Premonition
Capítulo 39 - Mate
Capítulo 40 - Depoimento
Capítulo 41 - Flagrant
Capítulo 42 - From the past to the present
Capítulo 43 - Confessions
Capítulo 44 - Two Queens
Capítulo 45 - Obsessão
Capítulo 46 - Sentença
Capítulo 47 - "Castigo"
Capítulo 48 - End of the kingdom
Capítulo 49 - Goodbye...
Capítulo 50 - Ellie Cooper
Capítulo 51 - The Queen

Capítulo 32 - Fleeing from reality

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By KimKyoko_

Jennie Jongin's Point Of View.

Depositei um segundo beijo sobre a linha de sua coluna, bem no meio de suas costas nuas. Lisa estava debruçada sobre sua confortável cama, totalmente despida. Uma mera consequência de nossa noite animada. Eram quatro e meia da manhã, e o sol ainda estava dando sinal. Ergui meu corpo lentamente, tendo todo cuidado para que ela não acordasse. Lisa teve sua folga roubada pelo trabalho que lhe dei, não que ficar por algumas horas em um sexo comigo fosse um sacrifício, é claro, mas se seus planos eram deitar e dormir, fugiram totalmente de suas mãos. 

- Eu tenho que ir. – sussurrei ao depositar um pequeno beijo em sua nuca. 

Ela encolheu o pescoço em resposta, mas não acordou, apenas moveu seu corpo na cama, na qual me levantei. Caminhei pelo seu quarto a procura de minhas peças de roupa que estavam jogadas pelo chão, retiramos tudo da sala para não sermos descobertas por sua melhor amiga, mas ao entrarmos em seu quarto fui agarrada novamente, o que rendeu uma nova retirada de roupas sem o menor cuidado. Após conseguir todas as peças, segui para o banheiro de seu quarto, onde tomei um banho rápido. Eu tinha que voltar para casa antes que Jongin acordasse, não poderia me dar ao luxo de acordar tarde, mesmo que minha vontade fosse acordar com alguns carinhos de Lisa. Sai do banheiro, vendo a mulher descansar em um sono pesado, sua expressão serena demonstrava a satisfação evidente. Eu me aproximei da cama, sentando ao seu lado. Puxei o edredom cinza, cobrindo seu corpo até a cintura, e em seguida deslizei a ponta de meus dedos por sua pele clara, como se fizesse pequenos desenhos circulares. Sentia-me incrivelmente bem ao lado daquela mulher, como nunca mais havia me sentido em anos. Mas eu sabia que devia aproveitar aquilo enquanto ainda era tempo, não tardaria até o momento que nossa relação teria que ser cortada. 

"Você não devia ter aparecido. Só complicou meus planos, Lisa."

Inclinei minha cabeça para frente, depositando um beijo suave sobre sua boca, quase como apenas um roçar de nossos lábios. Levantei-me da cama, a procura de papel e caneta, e por sorte encontrei um bloco de notas na cozinha. Segui para seu quarto novamente, mas precisamente até o banheiro onde grudei o pequeno bilhete amarelado no espelho. 

"Não pude ficar até você acordar, mas queria que soubesse que gostei muito da nossa noite. Obrigada por cuidar de mim. – JK."

Soltei um sorriso de canto a ver o bilhete grudado no espelho, e então me retirei daquele apartamento. Ainda estava escuro, o que facilitou o quase nulo movimento de pessoas pelas ruas. Entrei em meu carro, ou melhor, o de Kai. Eu não ousaria sair em meu carro, e dar aos seguranças motivos para falar. Os vidros peliculados impediam qualquer visão do interior do automóvel, assim pensariam que era apenas uma pequena fuga de meu marido pela madrugada. Já passavam das cinco, quando adentrei no estacionamento de mansão Jongin's. Deixei o veiculo, e entrei em casa, tudo estava no mais repleto silencio. Olhei para ambos os lados, e nem mesmo os empregados estavam acordados. Subi as escadas delicadamente, como se pisasse sobre ovos, e segui em direção ao meu quarto com Jongin. Abri a porta delicadamente, percebendo o total silencio no interior do cômodo, assim que fechei a porta a luz do abajur ascendeu.

- Posso saber onde esteve, Jennie?

Naquele instante, a sensação foi como se meu corpo inteiro esfriasse. Ser pega no flagra era uma das situações mais difíceis de lidar. Eu fechei os olhos, engolindo em seco o nó em minha garganta. Encostei a porta, e respirei fundo antes de virar na direção do homem. 

- Fui tomar um ar. 

Caminhei até o outro cômodo, mas precisamente o closet do outro lado, agindo da forma mais natural que poderia. Jongin tinha o cenho franzido, em raiva ou confusão. Ele levantou da cama, e caminhou em passos lentos até mim. O vi encostado no canto, enquanto vasculhava uma das gavetas. 

- Não acha que a hora é um tanto inapropriada para tomar um ar? 

- E por a caso tem hora para isso? 

- Acredito que sim. Sair no meio da noite para tomar um ar não é muito comum para uma mulher casada. 

Larguei as roupas no interior da gaveta, e encarei os olhos escuros e intensos do homem ao meu lado. 

- Está insinuando alguma coisa, Jongin? Porque se estiver, quero que seja bem claro.

- Onde esteve? 

- Eu apenas fui dar uma volta de carro. Tenho que pedir sua permissão para isso? 

- Deveria me avisar? Ou acha que gosto de acordar no meio da madrugada e ver que minha esposa não está na cama comigo?

Rolei os olhos de forma impaciente, e caminhei em direção ao banheiro.

- Você fala como se eu estivesse horas fora de casa, sendo que não deve ter nem uma hora. – resmunguei. 

- Não importa! Eu acordei tem apenas meia hora e você não estava aqui. – ele me seguiu. 

- Eu odeio que você tente me controlar. – encarei o mesmo novamente. – Você sabe toda confusão que passei nos últimos dias! Não ouviu o médico falando que seria normal a insônia e a ansiedade? Você parece que não me entende!

Jongin se calou, apenas me fitando. Andei de um lado para o outro, enquanto respirava fundo. Fazer o papel de esposa deprimida pós um duro sequestro era a melhor saída. 

- Exatamente por isso, Jennie. Acabamos de sofrer um sequestro, e você quer ficar andando de carro sozinha pela madrugada? 

- Eu só não queria te incomodar, você parecia cansado demais. 

Nós nos encaramos por alguns segundos, e a expressão dele se suavizou. Jongin caminhou até mim, envolvendo-me em seus braços fortes. Soltei uma respiração controlada, em puro alivio. 

- Vou tomar um banho, e tentar dormir um pouco. – sussurrei.

Ele nada falou, apenas assentiu. Desvencilhei-me de seus braços, e caminhei até o boxe do banheiro. Jongin voltou ao quarto, e mesmo eu sabendo que ele não ficou satisfeito com minha explicação, não daria espaço para interrogação. Depois de um longo banho morno, sai do banheiro vendo meu marido entrar logo em seguida, nós não trocamos sequer uma palavra.  Vesti uma roupa leve, de tecido macio e me coloquei na cama. Já eram seis e alguma coisa, e Jongin já estava preparando-se para descer e tomar seu café da manhã, antes de ir para empresa. Aquela manhã eu não o acompanharia, precisava deitar e dormir, já que durante a madrugada foi o que menos fiz. 

O barulho do chuveiro indicava que ele ainda estava no banho, tranquilizando-me mais. Me encolhi por debaixo das cobertas, deixando que meu corpo relaxasse. Meus pensamentos agora mais calmos depois do susto de ter sido pega, correram até a mulher de olhos castanhos. De forma estranha e intensa, Lisa conseguia me roubar os pensamentos com mais frequência, como se em cada detalhe tivesse um pouco dela. Sentia-me satisfeita, e feliz depois da noite que tivemos, e não somente pelo sexo divino, mas pela sua companhia. 

"Arquei a cabeça para trás, recebendo seus lábios macios na pele de meu pescoço. Arfei forte ao sentir sua língua deslizar por minha clavícula, subindo até a extremidade de meu queixo. Eu estava sentada sobre seu colo, com uma perna de cada lado de sua cintura. Lisa tinha suas mãos em meu corpo, subindo e descendo por minhas costas nuas. 

- Melhor a gente ir para o quarto. – murmurei com os olhos fechados. 

Já estávamos completamente nuas sobre o sofá de seu apartamento, e pelo que a mulher havia dito sua melhor amiga não tardaria a chegar. 

- Eu quero você aqui. 

- Quer ser pega? – indaguei a fita-la. 

- Não me importaria, com tanto que peguem depois de terminarmos. 

Um sorriso cínico nasceu em seus lábios, fazendo-me soltar outro em resposta. Nós nos encaramos fixamente, instalando uma conexão intensa apenas com nossos olhos. O apartamento estava parcialmente iluminado, dando uma aura de intimidade e aconchego entre nós. Inclinei minha cabeça para frente, tendo seus lábios a pouco centímetros dos meus. Eu poderia sentir seu hálito quente contra minha boca, e suas mãos descerem de minhas costas, passando por minha cintura, parando sobre minha bunda.

- Acho que estou viciada em você. – sussurrei para ela. 

- Por que acha isso? – seus olhos alternaram de minha boca entreaberta para minha Iris castanha. 

Ela inclinou a cabeça novamente em direção ao meu pescoço. Fechei os olhos lentamente ao sentir seus lábios roçarem em minha pele, subindo em direção a minha orelha. Um gemido baixo escapou quando senti sua mão puxar algumas mechas de meu cabelo, obrigando-me a ficar mais perto. A língua da delegada serpenteou sobre o lóbulo de minha orelha, chupando devagar.

- Fala pra mim... – seu hálito quente foi de encontro ao meu ouvido, fazendo-me gemer. 

- Eu quero você o tempo inteiro, Lisa. – as palavras traíram-me, saindo sem eu nem sequer notar. 

Com delicadeza ela me obrigou a fita-la. Minha respiração pesada evidenciava meu estado de puro tesão e entrega. Fechei os olhos, sentindo seus lábios roçarem contra os meus. Ela pressionou sua boca contra a minha, e não demorou a pedir passagem com a ponta de sua língua. Sentia meu corpo formigar com a vontade de senti-la por completo. Lisa degustava de minha língua com a sua, chupando de forma lenta e torturante, mas tão prazerosa. Com cuidado, senti-a inclinar seu corpo com o meu, deitando-me sobre o sofá macio. Assim que meu corpo se acomodou totalmente sobre o estofado, Lisa se colocou sobre mim. Ela tinha a respiração pesada, e um olhar penetrante. 

- E você tem, o tempo inteiro.

- O tempo inteiro? – perguntei perdendo-me em seus beijos e caricias. 

- O tempo que quisermos. – disse ao descer com os beijos por todo meu corpo."

- Jennie? – ouvi a voz de Jongin, arrancando-me de meus devaneios. 

- Sim? 

- Não vai descer e tomar café da manhã?

Ele parou em frente ao espelho enquanto ajeitava sua gravata cor de vinho. 

- Não, eu estou cansada. Vou tentar dormir, daqui a algumas horas preciso ir para a galeria. 

Ele me fitou através de seu reflexo no espelho, e apenas assentiu. Não demorou muito, e logo ouvi a porta sendo batida.

O todo poderoso começou o dia com o pé esquerdo, e adivinhem só? Eu não me importava em nada. 

Depois de algumas horas de sono, acordei com o telefone tocando sem parar. Abri os olhos com certa dificuldade, enquanto deslizava a mão sobre o colchão a procura do aparelho. Mas só então me dei conta que o aparelho que tocava, não era meu celular, e sim o fixo da casa. Eliza com toda certeza havia transferido a ligação para meu quarto. 

- Inferno! 

Sentei sobre a cama, pegando o aparelho ao lado, sobre o criado mudo. 

- Alô? – perguntei. 

- Finalmente! 

Ouvi a voz familiar de Jisoo do outro lado.

- O que aconteceu?

- Quero saber se vai vir à galeria, tenho um assunto importante para tratar com você. 

- Pode me adiantar? Eu não sei se vou, estou exausta. – resmunguei ao me encolher novamente entre os lençóis.

- Consegui o queríamos do peão. Depois de alguns métodos um tanto brutos, ele liberou o material sobre a empresa. 

- O que? Não combinamos que ele iria me esperar? – perguntei incrédula. – Droga, Jisoo! 

- Estou com o que precisamos, Jennie. Não precisamos mais do Jackson. 

- Deveria ter me esperado! Enfim, nos encontramos daqui à uma hora. 

Desliguei com Jisoo, e levantei para realizar minha higiene matinal mais uma vez aquela manhã. Depois de um banho rápido, segui em direção ao meu closet, optei por um vestido tubinho preto e branco de mangas longas, era refinado e muito sofisticado, dando-me uma aparência séria e elegante, nos pés um par de scarpin negros para completar. Deixei meus cabelos soltos, ondulados como em sua forma natural. Usei apenas um pouco de maquiagem para esconder os hematomas em meu rosto, e ressaltar alguns pontos. 

- Prontinho. 

[...]

Estacionei minha Ferrari preta em frente à entrada principal da galeria Kim, quando um dos novos seguranças se aproximou. Nossa equipe de proteção aumentou depois do último ocorrido, Jongin julgou valido acrescentar mais homens a equipe.

- Sra. Jongin. – disse ele de forma educada ao abrir a porta. 

Sai do veiculo de luxo, capturando minha bolsa sobre o banco de passageiro. Ajeitei os óculos escuros em meu rosto, e caminhei para o interior do prédio. A equipe de manutenção estava no interior do salão, reparando alguns detalhes sobre a supervisão de Jisoo. Assim que a ruiva pousou seus olhos sobre mim, tratou de se aproximar.

- Pensei que não viria. – murmurou ao caminhar ao meu lado. 

Recebi alguns olhares curiosos e atentos. O ocorrido nos últimos dias se espalhou pela imprensa, a essa altura toda Nova Iorque sabia do sequestro dos "donos do petróleo." 

- Eu não viria, mas temos assuntos a tratar.

Seguimos juntas em direção a minha sala no segundo andar. Assim que Jisoo fechou a porta, me acomodei sobre a poltrona macia em frente a mesa. 

- Aconteceu alguma coisa? – a ruiva indagou ao sentar a minha frente. – Você disse que estava exausta, mas lembro que apenas descansou. 

- Estive com Lisa essa madrugada, então descansar não foi exatamente o que eu fiz. – falei ao retirar meus óculos, e depositá-los sobre a mesa. 

- Você e essa delegada nesse amor bandido. Você parece que tem prazer em mexer com fogo. 

- Confesso que tenho, muito. – me acomodei melhor, e a fitei. – Mas não é sobre isso que quero falar. Conseguiu o material que precisamos?

Jisoo se aproximou mais, como se fosse me contar um segredo, e realmente era.

- Estão todos comigo. Tenho uma pasta com todas as papeladas, movimentações, extratos de conta. Precisamos nos reunir, e estudar tudo isso. 

- Vamos fazer isso. Eu não quero terminar com isso somente provando que eles roubaram, e afundaram a J.E. Mas outras coisas mais...

- Jennie...

- Jackson ainda não esclareceu tudo, e você sabe muito bem. Eu só vou descansar quando conseguir o que eu quero. 

- E se ele não disser? – indagou. 

- Ele vai dizer. – afirmei ao me levantar da cadeira. 

- Como pode ter tanta certeza, Jennie?

Caminhei até a cômoda no canto de minha sala, capturando um copo de vidro, no qual despejei uma pequena quantidade de Whisky. 

- Só vou dar duas opções para ele. Conta ou morre. – murmurei antes levar o copo com a bebida alcoólica até os lábios. 

- Seria capaz?

Um sorriso nasceu no canto de meus lábios, enquanto caminhava em direção a minha cadeira novamente. 

- Jisoo, todos nós vamos morrer um dia... – a ruiva me encarava de forma fixa. – Só vou adiantar a ida dele para o inferno. Veja o anjo que me tornei. 

- Você me dá medo as vezes. 

- Não há com que se preocupar, Soo. – tomei mais um gole do liquido forte. – Só estou prestando contas por alguém, e quem melhor do que você para saber disso. 

- Não quero que no final disso você se de mal, Jennie. 

- Está dando para trás Jisoo? O plano de uma vida? Eu vou até o final. Só vou descansar quando derrubar o rei da jogada, nem que isso custe a minha vida.

- Você sabe que isso pode realmente custar sua vida, não sabe?

- Soube desde o primeiro instante. Mas eu não entraria no jogo se eu não tivesse certeza da minha capacidade de ganhar. 

A mulher suspirou e assentiu.

- Vamos recolher absolutamente tudo daquele cara. Sabemos que Jackson é o ponto fraco de Jongin, e ele sabe de absolutamente tudo. Eu vou fazer da vida dele um verdadeiro inferno. 

- Temos que nos reunir em outro lugar. Em um horário menos movimentado. 

- Não sei, isso de sair de madrugada não está dando certo.

Jisoo franziu o cenho em minha direção.

- Como não? Sempre deu.

- Voltei para casa hoje antes das seis, e adivinha quem estava acordado? Acho que coloquei pouco calmante na droga do jantar. 

- Oh, céus! Que desculpa você deu? – perguntou assustada. – Precisa dobrar a dose. 

- Que sai para tomar um ar. Ele não engoliu muito, mas não dei espaço para perguntas. Juro que senti meu corpo esfriar quando vi ele acordado. 

A ruiva soltou uma risada alta, fazendo-me revirar os olhos. 

- Suas puladas de cerca estão em perigo. Tome mais cuidado! E que loucura é essa de sair assim? Você sempre dormiu com alguém aleatório durante o dia, e agora com a delegada escapa pelas noites?

- Ah, Jisoo, com Lisa é diferente. – murmurei enquanto arrumava alguns papeis sobre a mesa. 

- Claro que é, você está apaixonada. 

Encarei a mulher a minha frente, e tomei até a ultima gota do álcool em meu copo. 

- Só sinto vontade de ficar com ela. Não é só sexo, entende? Já faz tanto tempo que não me sinto assim, é impossível não gostar. 

- A bandida apaixonada pela policial. – zombou. - Trágico. 

- Eu diria excitante. – soltei com um sorrisinho. – E nada diferente de você, já que é uma bandida e está de namorinho com uma policial. 

- Vamos com calma, a minha policial é metade bandida. E sabe da vida que levo, já a sua... 

- Se ela descobrir, eu vou lindamente para algum presídio desse país. 

- Precisa tomar cuidado. – me encarou séria.

- Estou fazendo. Quero aproveitar ao máximo antes do final desse jogo. Eu vou sumir no mundo depois de derrubar Jongin. 

- É o melhor que tem a fazer. 

- É o que vou fazer, Jisoo. Enquanto isso deixe-me aproveitar do que ela pode me oferecer. 

[...]

Fiquei por mais algumas horas na galeria. Depois da reunião, Jisoo e eu acertamos alguns contratos pendentes. A galeria estava com a agenda lotada, inúmeros artistas e eventos estavam programados para ocupar o salão durante bons meses, o que era ótimo, nosso projeto estava indo como esperávamos. Olhei para o relógio, e ainda faltava duas horas até o intervalo do almoço, todos os documentos necessários estavam empilhados sobre a minha mesa, chamando-me para analisá-los, entretanto, minha vontade de mergulhar em meio a orçamentos e projetos era totalmente nula. Fitei o celular pela terceira vez em menos de dez minutos, estava me controlando para não ligar para Lisa e sugerir um breve passeio. Não seria de todo mal, seria? Ela estava de folga, e em nada a atrapalharia.

Tamborilei os dedos sobre a mesa seguida vezes, antes de bufar e capturar o aparelho celular. Disquei o número da delegada, que não tardou a atender.

- Lisa?

- Sim, sou eu. Aconteceu alguma coisa, Jennie?

- Você pode vir aqui? – perguntei enquanto mordia o lábio inferior, quase de forma insegura.

Eu estava parecendo uma adolescente.

- Está com algum problema?

- Só preciso que venha aqui agora. Estou na galeria.

- Está saindo sem segurança, Jennie?! Céus. – resmungou de forma rabugenta do outro lado da linha. – Estou indo.

- Estou esperando. – soltei com um sorrisinho antes de desligar. 

- Que sorriso bobo é esse? – perguntou Jisoo ao entrar na sala.

Levantei de minha cadeira, rolando os olhos.

- Nem começa. 

- Hm, Lisa Manoban? 

- Vou sair com ela. Se Jongin ligar, diga que estou em reuniões com artistas, sei lá. – gritei do banheiro. 

Abri o pequeno armário que havia no meu banheiro privativo, retirando algumas roupas mais despojadas. Optei por macacão verde, de mangas longas e botão, ele mais parecia um conjunto de calça e blusa social, mas tudo muito casual e despojado, troquei os sapatos, agora usando um de cor clara, com tiras ao redor do tornozelo. Queria me libertar um pouco da pose autoritária que utilizava no dia a dia.

- Posso saber aonde vai?

- Eu não sei, só quero dar uma volta com ela. 

- Passeio de casal?

- Bem isso, querida. 

Não demorou muito, e tive a visão do carro de Lisa estacionando em frente a galeria. Pela janela de vidro de minha sala, vi a bela agente policial deixar o veiculo, dando-me a chance de analisar com cautela sua entrada na galeria. Depois de alguns minutos, ouvi as batidas na porta antes de ser aberta pela mulher. Lisa estava incrivelmente linda aquela manhã, nada diferente do normal, é claro. Eu a fitei de forma descarada, dos pés a cabeça, observando cada mínimo detalhe presente nela. A delegada usava uma calça jeans preta, com cortes no joelho, que combinava perfeitamente bem com sua bota preta de salto fino, sua blusa era cinza, grande, com cortes irregulares na barra. Seus cabelos estavam presos, deixando que apenas uma mecha caísse ao lado de seu rosto, coberto por uma sutil camada de maquiagem, exceto por seu batom vermelho chamativo. Em seu pescoço havia uma gargantilha preta com detalhes branco, dando um ar mais despojado.

- Finalmente chegou. 

- Aconteceu alguma coisa com você? – perguntou ao se aproximar. – Algum problema?

Encarei seus olhos que pareciam muito mais brilhosos e fortes agora.

- Não, só queria te ver. Pensei da gente sair...

Ela suspirou, em alívio talvez?

- Você me assustou, Jennie. 

- Sinto muito, Manoban. Mas precisava de você aqui, não disse que estava correndo perigo, disse? – meu tom de voz foi cínico. 

- Não, não disse. Mas poderia ter sido mais... – toquei com a ponta do dedo indicador sobre seus lábios vermelhos como sangue, calando-a no mesmo instante.

- Quer sair daqui? Eu poderia ficar e me meter no meio dessas papeladas, mas estou com uma vontade enorme de ir para um lugar longe de tudo isso.

- Por que isso? – sussurrou.

- Às vezes gosto de me desligar do mundo. 

- E isso não me inclui? – ela deu um passo a frente, fazendo-me recuar um passo, e encostar na mesa. 

- Não, literalmente não. Você faz parte da fuga. 

Lisa sorriu de canto, e me prensou lentamente contra a mesa, ficando entre seu corpo e objeto atrás de mim.

- Então vamos, antes que eu resolva ficar. 

Soltei um sorriso para a mulher, e me desvencilhei de seus braços antes de caminhar para fora da sala. No caminho me despedi de Jisoo, que apenas me lançou um olhar malicioso. Entramos em minha Ferrari preta, e depois de meu pedido, Lisa assumiu o volante do carro. De inicio não tínhamos um destino final, então apenas pedi que ela me levasse para o lugar mais longe e calmo que pudesse imaginar. 

- Calmaria não combina com você. 

- Por que não? 

- Você é ativa demais, Jennie. – murmurou ao tirar os olhos da estrada e me fitar. 

Estávamos em uma área mais rural, a presença de prédios e casas foram totalmente substituídas por campos e casebres. Era disso que eu precisava naquele instante. Percebi que a viagem para a Suíça ao lado de Lisa me trouxe de volta sensações que pensei que nunca mais fosse sentir. Esquecer por alguns instantes a vida que levava, me trazia paz. 

- Até mesmo pessoas como eu gostam de se deslizar um pouco. 

- Porque sinto que está fugindo de algo? – indagou com os olhos presos a estrada.

- Só se for de mim mesma...

Lisa sorriu e meneou com a cabeça. 

- Posso saber onde está me levando? 

- Um ponto de paz. 

O caminho foi longo, quase uma hora e meia de estrada, com mais alguns minutos já que insisti em pararmos em um pequeno comercio no meio da estrada. Depois de comprar algumas coisas para suprir nossa fome, pegamos o caminho de volta. Lisa entrou em uma estrada de areia, perto de uma vegetação mais alta. A terra molhada impedia que o carro levantasse poeira. Mexi no painel do carro, fazendo com que a capota da Ferrari conversível fosse aberta. O vento fresco e o cheiro maravilhoso das árvores deixava meu corpo relaxado e calmo. Percebi que Lisa me fitava algumas vezes, ela tinha um sorriso calmo em seus lábios. 

- Como descobre esses lugares? Chegou não faz tanto tempo. – perguntei.

- Seulgi gosta de pesquisar sobre lugares assim, e estávamos olhando outro dia. E esse é de um amigo do meu pai, um velho conhecido que disse que eu poderia voltar sempre que quisesse. 

Depois de falarmos com um senhor de certa idade, muito gentil por sinal, entramos em uma área mais aberta, que nos oferecia uma grande extensão de campos de trigo. Lisa seguiu mais um pouco, passando os campos, ganhando uma área mais arbórea, estacionou o carro debaixo de uma árvore enorme, bem próxima a um riacho. Levantei do banco, ainda dentro do carro. 

- Isso é maravilhoso! – soltei de forma admirada.

- É um lugar lindo. – Lisa murmurou ao sair do carro. 

Era exatamente o que eu queria, ou melhor. A única coisa que poderia se ouvir naquele lugar, era o barulho da água que corria pelo riacho. Lisa e eu ficamos naquele lugar por horas, em uma conversa casual e alguns carinhos. Em certos momentos sentia como se fossemos de fato um casal, o que me deixava incrivelmente assustada. Eu sabia que estava gostando dela, mas não poderia deixar que aquilo ficasse maior do que deveria ser. 

- O que você acha da gente tomar um banho no riacho? – perguntei.

- Jennie, eu não trouxe biquíni. 

Lancei um sorriso malicioso, que a fez rir. Lisa tinha uma risada tão gostosa para meus ouvidos. 

- Vão acabar nos vendo. 

- Eu não me importo. 

Coloquei-me de joelho sobre a rocha no qual estávamos sentadas, e levei as mãos até o primeiro botão de meu macacão verde. Lisa assistiu meus movimentos de forma atenta, sem piscar uma só vez. Abaixei o tecido lentamente, com um sorriso sarcástico em meus lábios. Ela abaixou a cabeça, e meneou em sinal negativo antes de me encarar novamente. Depois de retirar o macacão, levantei rapidamente, apenas de lingerie. Virei de costas para minha delegada, e desci minha pequena calcinha branca, para logo em seguida retirar meu sutiã. 

- Oh, Deus, Ruby Jane. 

Virei apenas o rosto em sua direção, lançando-lhe uma piscada. Caminhei até a beira da rocha, completamente nua. Eu sentia o olhar da mulher queimando em minha pele, mas não ousei fita-la. Com a ponta do pé senti a temperatura fria água, e apesar do frio, sua forma cristalina e profunda me chamava, então apenas entrei. 

- Você é louca.

O riacho não era tão fundo, cobria um pouco acima de minha cintura. Curvei meus joelhos, e mergulhei de uma só vez, submergindo sob a água. Assim que emergi de volta, deslizei as mãos por meus cabelos, retirando o excesso de água. 

- Não vem? Está uma maravilha. 

- Não acredito que vai me fazer entrar. – resmungou ao se levantar. – eu te odeio. 

Abri um largo sorriso assim que a vi começar a tirar suas roupas. Não demorou muito e Lisa estava completamente nua juntando-se a mim no interior do riacho. Estávamos na área mais funda, perto da corrente de água que descia entre as rochas mais altas. Lisa se abaixou, e nadou para próximo de mim. Eu a fitei por longos instantes, apenas apreciando toda sua beleza. Ela estava quase toda submersa na água, deixando apenas uma parte de seu rosto para fora. Seus olhos castanhos brilhavam mais com o reflexo cristalino da água, deixando-me incrivelmente fraca. 

- Você é um inferno. – sussurrei.

- Sou? – perguntou ela ao me puxar pela cintura, eu apenas assenti. – Como não tem nada para frequentar o céu, é comigo que tem que ficar. 

- E quem disse que quero ir para o céu? 

- Não quer?

- Não.

Entrelacei minhas pernas ao redor da cintura de Lisa, que me envolveu com os braços rapidamente. A brisa fria veio contra nossos corpos colados, fazendo-me sentir o corpo da mulher se arrepiar por inteiro. Soltei um sorrisinho em sua direção, que não tardou a ser beijado. Lisa deslizou sua língua sobre a minha da forma mais lenta e deliciosa que poderia fazer. Retribui de forma ávida, quase faminta a seu beijo tão intenso. Mesmo em meio aquela água fria, sentia meu corpo quente, quase em chamas por tê-la daquele jeito junto a mim. 

- Você é o meu fim, Jennie.

- E você o meu. – sussurrei contra seus lábios, antes de tomá-lo com os meus. 

Me vi tão perdida com suas caricias, que só depois notei que ela havia me arrastado para a beira. De forma cuidadosa subimos em uma rocha, parte da pedra ficava submersa na água, mas grande maioria ficava ao lado de fora. Um arrepio percorreu meu corpo assim que ela me deitou ali. Lisa se acomodou sobre mim, enquanto seus lábios roçavam contra meu pescoço. Espremi os olhos com um pouco de força, quando ela pressionou o joelho contra meu sexo.Ter uma mulher como Lisa Manoban deitada sobre você, estando completamente nua era um teste para autocontrole no qual eu já havia perdido. Minhas mãos subiram por suas costas, apertando sua pele a cada instante que sua boca maltratava de forma prazerosa meu pescoço. Mesmo com nossos corpos molhados, e a brisa fria, sentia-me quente, ardendo em uma vontade devastadora de tê-la dentro de mim. Lisa com a ponta da língua lambeu meu pescoço, subindo até meu ouvido.

- Sou louca por você. – sussurrou, arrancando de mim um gemido baixinho. 

Cravei minhas unhas em suas costas em puro instinto. Lisa estava com o corpo perfeitamente encaixado com o meu, movimentando-se seguidas vezes, causando um atrito gostoso entre nós. Nossas peles úmidas escorregavam facilmente, facilitando nosso contato. 

- Repete...

Ela ergueu a cabeça, fitando-me fixamente. Desde a Suíça havia algo diferente, em seus olhos, seus toques. Tinha a sensação que havia cuidado, carinho e proteção. De uma forma estranha, já não sentia que nossos encontros se restringiam a puro prazer carnal, existia mais coisas ali.

- Sou completamente louca por você assim, Jennie. 

Suas palavras saíram arrastadas, com aquele tom de voz rouco. Me mantive concentrada em seus movimentos, e agora, ela beijava meus seios de forma delicada, deixando que a ponta de sua língua acariciasse meu mamilo rígido pelo frio e pelo tesão. Sua boca quente em contato com a minha pele fria me fazia delirar. Levei uma de minhas mãos até seus cabelos molhados, segurando devagar, enquanto ela sugava da forma mais gostosa que poderia. Lisa se acomodou melhor, agora ficando ao lado de meu corpo, um tanto inclinada em minha direção. 

- Isso, chupa mais forte... – pedi em meio a minha respiração pesada. 

Senti seus lábios se fecharem ao redor do mamilo rosado, apertando com uma pressão que me fez apertar as coxas. Minha boceta estava pulsando, completamente molhada. Lisa sabia o que me causava, pois no mesmo instante desceu com a mão que até poucos segundos massageava meu seio, a meu abdômen, descendo lentamente em direção ao meu sexo. Me remexi sobre a pedra, um tanto desconfortável é claro, mas nada que viesse impedir ou diminuir o prazer que eu estava sentindo. Meu peito subia e descia de forma ansiosa, mas ela não parecia ter pressa. Lisa ainda brincava com um de meus seios, movendo sua língua de um lado para o outro sobre o mamilo sensível. Um gemido arrastado escapou assim que senti seus dedos tocarem minha boceta.

- Lisa...

Ela deslizou os dedos por cima, pelos lábios maiores, como se fizesse um carinho. Eu engoli em seco, movendo meu corpo devagar, quase em um pedido que ela me tocasse mais. Não havia pressa, mas havia desejo, eu sentia em seu olhar, e na forma como ela me acariciava. Lisa ergueu a cabeça novamente, agora olhando para onde sua mão estava. Com o dedo do meio ela abriu minha boceta, tocando onde eu mais queria, eu fechei os olhos, quando senti descer com o mesmo até o centro, umedecendo para subir novamente em direção ao meu clitóris. Ela roçava os dedos devagar em cima daquele ponto, deixando-me inquieta, sedenta por mais. 

- Por favor... não faz assim...

- Shh, quieta, Kim. – disse ela ao me encarar. 

Senti dois de seus dedos se esfregarem com mais pressão sobre meu clitóris, fazendo-me abrir mais as pernas em puro instinto. Lisa vez ou outra descia até o centro de minha boceta, para umedecer seus dedos e voltar a me masturbar. Eu gemia baixinho, enquanto movia meu quadril devagar em direção aos seus dedos que me davam prazer. Ela passou a esfregar mais rápido, com mais pressão. Apertei a carne de minha coxa, cravando minhas unhas em minha pele. Minha respiração ofegante revelava o quão gostoso aquilo estava sendo. Eu movia meus quadris mais depressa, querendo cada vez mais. Parecia que todas minhas terminações nervosas estavam concentradas em minha boceta, exatamente onde ela estava com aqueles longos dedos.

- Isso, faça mais. – gemi. – Me fode, vai...

Lisa inclinou seu corpo em minha direção, agora tomando meus lábios com os seus. Eu suguei sua língua de forma ávida, com a intensidade que meu corpo pedia. Minhas mãos pousaram sobre seu rosto, prendando-o com o meu. Eu gemia entre seus lábios, o que a deixava cada vez mais afoita. A mulher interrompeu a massagem sobre meu clitóris, fazendo-me querer praguejar, quando para minha surpresa, penetrou minha boceta com um de seus dedos. 

- Oh, caralho. – murmurei perdia em todas aquelas sensações.

Fechei a mão ao redor de seu cabelo molhado, gemendo contra sua boca. Lisa me encarou com aquele par de olhos famintos, que esbanjavam luxuria e prazer. Eu só conseguia gemer manhosamente, e pedir por mais. Ela me penetrou devagar, como se não quisesse me machucar. Remexeu seu dedo no interior de minha boceta, retirando e colocando por seguidas vezes, até acomodar mais um. Tudo lentamente, como se quisesse sentir o interior de minha boceta por completo.

- Isso, porra... me fode. – supliquei. 

Sentia meu sexo engolir seus dedos com mais facilidade agora, eu estava molhada, e excitada demais. Remexi meu quadril com seus dedos dentro de mim, em um pedido silencioso por mais. Eu precisava de mais, queria senti-la até o último instante, e ela parecia querer o mesmo, pois me fodia com tamanha vontade que eu poderia jurar escutar gemidos baixinhos vindo de sua boca entreaberta. Lisa socou seus dedos com mais vontade, na medida em que eu me movia mais depressa, nossas respirações ofegantes se misturavam, entre os beijos intensos que trocávamos. 

- Você é tão gostosa, caralho. 

Sua voz embargada pelo tesão só aumentava minha vontade de chegar ao ápice. Os movimentos de seus dedos eram constantes, concentrando todas aquelas sensações gostosas em meu sexo. 

- Sou? Sou sua gostosa, Lisa.

Ela me encarou novamente, agora socando seus dedos mais fundo. Eu cravei as unhas em sua nuca, gemendo mais alto. As gotas de água caíam sobre meu corpo, deslizando em minha pele agora quente. Senti todo meu corpo se convulsionar, em um estado de frenesi prazeroso. Me movimentei rápido, forçando meu quadril contra suas estocadas fortes.

- Minha! Só minha. – sussurrou próximo ao meu ouvido. 

Naquele instante o controle se foi, fechei os olhos com força, deixando que os gemidos engasgados deixassem minha boca. Aquele formigamento delicioso se concentrou em minha boceta que recebia os dedos de Lisa com volúpia. Segurei forte na pele alva da mulher, sabendo exatamente as marcas que ficariam, mas era a única maneira de descontar tudo que estava sentindo. Meu corpo se movia sem controle, de forma rápida em busca do delicioso orgasmo que ela me deu. Senti meu sexo se fechar ao redor dos dedos de Lisa, assim que ergui meu quadril para cima, ela os socou até os últimos espasmos de prazer.

- Meu Deus... – sussurrei ofegante com um sorriso nos lábios.

Ouvi um risinho baixo, e logo a senti repousar sua cabeça em meu peito que subia e descia em uma respiração pesada. 

- Gostou? 

Abri os olhos encarando o céu aberto, e o topo das árvores altas ao redor. Eu não falei nada, apenas sorri para ela que pareceu entender. Lisa desceu devagar para dentro da água outra vez, puxando-me com cuidado. Gemi baixinho ao entrar em contato com a água fria novamente. 

- Responde, eu quero saber. – murmurou ao me abraçar pelas costas. 

Eu respirei fundo, sentindo seu corpo quente me envolver por trás. Afastei meus cabelos para o lado, dando espaço livre para ela, que repousou seu queixo em meu ombro. 

- Gostei, muito. 

- Muito quanto? 

Minha pele se arrepiou por completo quando ela depositou um pequeno beijo em minha nuca. Minha respiração estava se acalmando, entrando quase na mesma linha que a dela. 

- Muito a ponto de querer mais, e não só agora. 

Lisa virou meu corpo de frente, puxando-me para junto de si. Nós nos encaramos em um repleto silencio, deixando apenas o barulho de nossas respirações e o cair da água entre as rochas. Me senti nervosa, perdida, somente em tê-la daquele jeito. Eu não sabia decifrar o que ela me causava, mas não poderia negar o quão bom era sentir. Era como ter a sensação de ter seu peito aquecido, ao mesmo tempo em que ele parecia formigar com sentimentos que pra mim se tornaram estranhos.

- Jennie... 

Eu adorava como Lisa pronunciava meu nome. Ela piscou algumas vezes, antes de me encarar novamente. Eu senti que algo diferente acontecia ali, e ela não demoraria a falar. Estaria eu pronta para ouvir? Assim que Lisa tomou impulso para falar, eu a calei com meus lábios. De inicio ela não correspondeu, talvez por meu ato impulsivo, mas não demorou nada a retribuir. Seus lábios estavam sendo pressionado contra os meus, enquanto sua língua por seguida vezes deslizava lentamente sobre a minha. Nós terminamos o beijo com pequenos selinhos, e então encostei minha esta com a dela, mantendo meus olhos fechados. 

- Melhor a gente ir embora. 

- Tem razão, é melhor. – disse em um suspiro.

Lisa Manoban's Point Of View. 

Saímos da água, completamente nuas. Caminhamos até o carro de Jennie, procurando nos enxugar rapidamente. Já estava ficando tarde, e ainda tínhamos um longo c8aminho de volta para o centro de Nova Iorque. Vesti minhas roupas, e procurei retirar o excesso de água em meu cabelo, quando encarei a coreana sentada no interior da Ferrari negra. Jennie estava vestida parcialmente com o macacão verde, quase em estilo militar, tendo seu busto coberto apenas pelo sutiã preto de tecido liso. Seus cabelos estavam molhados, e um tanto desgrenhados, dando um ar sexy. Ela sorriu para mim, até ter sua atenção roubada. 

- Hm, veja o que eu achei aqui. – disse ela ao retirar minha pistola preta de dentro do coldre no chão do carro.

- Jennie não mexa nisso. – a repreendi ao me aproximar mais.

- Me deixa! – insistiu ao segurar perfeitamente a pistola.

- Não, vai acabar se machucando. 

Ela sorriu de canto, enquanto deslizava os dedos pela arma. Parecia admirar o objeto, como se fosse algo precioso, e para mim realmente era. 

- Sei o que estou fazendo, delegada. 

Ela se colocou de pé no banco do carro, se apoiando no para-brisa, a capota estava aberta dando liberdade para que ela ficasse como bem queria, a morena ergueu o braço de forma linear, mirando com a pistola em direção a uma das árvores. Seria loucura dizer que aquela foi a cena mais sexy que eu já vi? Jennie estava dentro de uma Ferrari, usando seu macacão feminino com estilo militar, deixando seu busto e abdômen totalmente amostra, exceto por seus seios que estavam cobertos com o sutiã, enquanto segurava uma arma nas mãos.

- Jennie, pare de brincar com isso. – murmurei ao entrar no carro. – Não pode mexer com o que não sabe. 

Ela ficou mais alguns instantes mirando para árvores diferentes, quando para minha surpresa, efetuou três disparos seguidos. Eu franzi o cenho ao notar que todos os tiros acertaram os alvos desejados pela coreana, com a precisão exata da mesma altura em cada árvore. 

- O que... – perguntei confusa assim que ela sentou-se ao meu lado.

- Não me subestime, Manoban. – ela falou ao assoprar a ponta do cano da arma, com um sorrisinho cínico no canto dos lábios.

- Como conseguiu isso? – perguntei ao retirar a arma de sua mão.

- Fiz aulas de tiro quando mais nova, e digamos que eu tenho uma ótima pontaria. 

- Você não cansa de me surpreender. 

Ela sorriu se inclinou para me dar um pequeno beijo.

- Agora vamos, antes que alguém pense que te matei. 

- Ou o contrario, viu? – ela riu e se acomodou no banco. 

O caminho de volta foi tranquilo, tivemos uma longa estrada para correr, o sol já estava se pondo, indicando que nosso passeio durou mais do que planejamos. Olhei para o lado, notando que mesmo com a falta de um espaço confortável, a morena havia pegado no sono. Seu semblante sereno indicava o quão proveitosa nossa tarde juntas havia sido. Mantive minha atenção concentrada na estrada, sem deixar de hora ou outra fita-la. 

- Nem parece a toda poderosa de sempre... – sussurrei ao repousar minha mão sobre a dela. 

Entrelacei nossos dedos, deixando que meu polegar deslizasse sobre a pele macia de sua mão, Jennie respirou fundo, apertando seus dedos juntos dos meus como se quisesse prolongar aquele instante, e assim eu permiti. Depois de mais alguns minutos, chegamos à galeria. Nós nos despedimos, e eu a acompanhei de meu carro até chegar a sua casa. Já estava anoitecendo quando ela entrou nos cômodos da mansão Jongin's, e só então eu me retirei. No caminho para casa, parei na delegacia para buscar Seulgi que encheu meu celular com mensagens.

- Pensei que não viria, cachorra. – disse ela ao sair da delegacia. 

- Estou na minha folga, será que pode me deixar descansar? 

- Eu poderia, mas sei que descansando era a última coisa que estava fazendo. Com essa cara de otária felizinha, estava com a patroa, não é safada?

Ela rolou os olhos de forma impaciente, me fazendo rir. Seulgi sabia me ler como ninguém, nada passava desapercebido por minha melhor amiga. Nós caminhamos juntas em direção ao meu carro, e ao descer pela escadaria da delegacia, acabei esbarrando em alguém que parecia distraído demais. 

- Me desculpe! – disse uma voz feminina.

Ergui a cabeça e encarei a mulher, tendo um súbito choque em surpresa.

- Hirai!?

- Oh, meu, Deus, fudeu. – foi o que ouvi de Seulgi ao fundo. 

Ficamos a conversar por poucos minutos, nada de muito profundo. Apenas soube que a agente policial havia sido transferida e que agora trabalharia na mesma delegacia que eu, que destino, não? Voltamos para casa, deixando a mulher para o trabalho que tinha a fazer. Passei o caminho ouvindo Seulgi zombar sobre o que Jennie teria a dizer sobre isso, e se ela aceitaria um novo ménage. 

- Ai, chega! Me deixa quieta. – resmunguei ao entrarmos em casa. 

Seulgi adentrou seu quarto, enquanto eu retirava minhas botas pela sala. Sentei no sofá, deixando que meu corpo relaxasse. Foi quando encarei a tela de meu computador, havia uma mensagem piscando sem parar. Me aproximei do aparelho, colocando-o sobre minhas pernas e assim que cliquei sobre o icone na tela do computador, meu celular tocou estridente, fazendo-me largar o objeto de lado. Caminhei até a cômoda, capturando o aparelho, vendo um número desconhecido.

- Alô?

- Lisa?

- Sim, quem fala?

- É a Momo! Eu fui liberada cedo, e pensei se não gostaria de dar uma volta.

Eu respirei fundo, não vendo mal em sua proposta.

- Claro, te encontro em meia hora.

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