The Stripper - Ohanitta Versi...

By ficsohanitta

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Você já imaginou ter duas vidas? Ser duas pessoas ao mesmo tempo? Aposto que sim. Mas entre pensar e viver... More

Duas Vidas
De volta ao Rio de Janeiro
A stripper
Nova presidente
Primeiro dia
Mais tempo juntas
Baby Girl
Perdendo o controle
Le café
Sweet illusion
Confusão...
Presente, carona e conversa...
Wicked Games
Visita inesperada...
Reencontro
Conhecendo a família
Um dia diferente.
Uma dança
Voltando à realidade
O troco.
Perdidas
Arrisque-se
All in my head
Caminhos cruzados...
Brigas e reconciliação
Uma nova aliança
Eu te amo.
Chantagem
A descoberta
Confronto
Turbilhão de sentimentos
Caindo em tentação
Negociações
Coisas do passado
Baile de máscaras
Pedidos
Questão de conhecer
Quem manda nesse jogo?
Vai dar tudo certo?
Making me a liar
Surpresa
A patroa agora é outra
Segredos
Pedido
Sair ou não sair?
Decisão
The Lap Dance
Xeque Mate

The Dance

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By ficsohanitta


Ohana point of view.

Depois daquele almoço voltamos ao escritório e passamos a tarde inteira ao redor de inúmeros papéis e planilhas.
A aproximação com a Larissa me fazia pensar em coisas que não deveria, podia ser loucura da minha parte, mas, às vezes, eu sentia os olhos dela sobre mim, de uma forma intensa, como ela olhava para Luna.  Ou talvez fosse apenas vontade do meu subconsciente que ela me olhasse assim também.

- A gente pode passar os planos do ano passado também – falei colocando alguns papéis em sua mesa, já passava das oito.
- Seria uma ótima ideia, são esses? – ela falou pegando os papéis.

Ouvi algumas fracas batidas na porta, e logo avistei Bruno.

Arregalei os olhos para ele, que não estava com uma cara nada boa.

- Ohana, posso falar com você?
Larissa o fitou por alguns segundos, e depois a mim.

- Bruno...

- Atenda ele, Srta. Lefundes – ela disse friamente.

Fechei os olhos respirando fundo e caminhei pra fora da sala.

- O que aconteceu com o nosso jantar? – ele perguntou um tanto irritado.
- Eu sinto muito, mas acho que não vai dar

Ele balançou a cabeça, colocando as mãos na cinturaem uma expressão irritada.

- Você esta me fazendo de idiota, me deu bolo pela segunda vez no mesmo dia!
- O que você quer que eu faça? Eu não tenho escolha! Acha que gosto de ficar trabalhando até tarde?
- Você sabe que tem a opção de ir embora, certo? Essa mulher mal entrou e ja tá te explorando?

- Shii! Fala baixo! Você quer que ela nos escute? Eu preciso do meu emprego! – falei brava.

- Algum problema? – ouvi a voz de Larissa atrás de mim.

- Não, Senhora...
- Sra. Lopes, não é inoportuno esse horário de trabalho? – Bruno perguntou a desafiando.

Pude ver as veias de Larissa saltarem, e seu maxilar se endurecer, ela respirou fundo e então se pronunciou.

- Sr. Paiva, devo lhe recordar que eu sou a presidente desta empresa, devido a isso eu não tenho que me esclarecer diante os horários de meus funcionários. Se está achando tão tarde, por que ainda se encontra aqui?

Ela deu um tiro certeiro, eu não podia duvidar que, se Bruno tivesse como matá-la através do olhar, com certeza já teria feito. As palavras de Larissa foram precisas e arrogantes.

- Tem toda razão, Sra. Perdoe-me pela pergunta.

- Sem problemas. Srta. Lefundes, assim que terminar sua conversa, preciso lhe mostrar alguns documentos.

Eu apenas assenti para a mulher que voltou à sua sala, deixando-me em silencio ao lado do rapaz.

- Esses dias serão impossíveis, eu tenho que termina um balancete geral com ela até segunda-feira, Bruno, eu sinto muito.

O rapaz me fitou por alguns segundos, e então concluiu.

- Certo, fique com seu trabalho, boa noite! – ele falou saindo.

Se a intenção dele era fazer eu me sentir mal, ponto pra ele! Ele havia conseguido, sua cara de decepção com minha resposta foi enorme.

Respirei fundo e voltei para sala, me deparando com a mulher mais atraente que eu já havia visto, eu já nem lembrava mais de Bruno quando a vi. Ela estava sentada, com sua camisa de botão clara parcialmente desabotoada na altura dos seios, usava um óculos de grau que provavelmente seria apenas pra descanso. Seus cabelos estavam presos em um coque no alto da cabeça. E ela tinha uma expressão séria, e atenta à pilha de folhas em sua mesa. Me permiti pensar que passar tantas horas sozinha com ela era um atentado à minha sanidade.

- Um tanto insubordinado o seu amigo, não é? – sua voz soou fria.
- Eu sinto muito, eu juro que não quis essa situação. - Ela me fitou.
- Eu sei que não, Lefundes, fique tranquila... agora venha aqui.

Proximidade com ela, era o que eu menos queria.

- Richard em relatórios era péssimo, achei esses aqui, você sabe quem fez? Estão ótimos! – ela falou me estendendo o documento.
- Esses são meus, senhora – falei sorrindo fracamente.

Larissa olhou com aquelas pérolas amendoadas através de seu delicado óculos, colocando a pontinha do lápis entre seus lábios. Porra ela ficava tão sexy assim.

- Você é muito boa no que faz, Srta. Lefundes, não entendo porque não busca algo mais.
- Digamos que eu não tive muitas oportunidades, e eu gosto do meu trabalho.
- Eu também gosto do seu trabalho, pensei que seria difícil arrumar uma secretaria tão boa novamente, eu nunca tive muita sorte com isso – ela falou sorrindo.
- Por quê? – perguntei curiosa.
- Não queira saber – ela falou rindo.
- Agora fiquei um tanto curiosa.

Larissa sorriu.

- Acho que percebeu que não sou o tipo de pessoa amável, minhas secretárias não aguentam meu gênio forte.
- Farei diferente, senhora.
- Se conseguir, lhe darei um premio! - Eu irei cobrar – sorri fracamente.
Trabalhamos mais algumas horas.
Eu já estava cansada demais e Larissa parecia estar também.
Assim que terminamos, ela pediu para que Patrick fosse me deixar em casa, e assim ele fez.
Quando cheguei recebi um olhar avaliativo de Nanda e Virgínia que se tranquilizaram quando eu disse que nada demais havia acontecido.
No dia seguinte foi a mesma coisa, passamos o dia inteiro enfurnadas naquela sala, saindo somente para comer.

Bruno nem sequer falou comigo quando nos encontramos pelos corredores, provavelmente ainda estava chateado pelo bolo do dia anterior.

Virgínia acabou passando algumas horas comigo e Larissa para nos ajudar no relatório financeiro, e assim as horas foram se passando.
- Posso pedir a Nanda que traga os balanços dos clientes se quiser, senhora – Virgínia falou em sua frente.

- Seria ótimo, Srta Araújo, eu preciso disso. – Larissa falou levantando de sua cadeira – na verdade, preciso de todo material necessário, no final de semana vocês não irão estar aqui, por isso é melhor deixar tudo pronto.
- Não vamos? – perguntei assustada a fitando.
- Somente você, Srta Lefundes – ela falou me olhando diretamente. – é a única a qual eu preciso.

Virgínia trocou um olhar discretamente malicioso comigo, me fazendo negar com a cabeça. Com toda certeza iria contar a Nanda, e as duas me irritariam a noite inteira. Trabalhamos mais algumas horas, já estava noite, tinha certeza que naquele enorme prédio, fora os seguranças e os faxineiros só estávamos Larissa e eu. A mulher estava debruçada sobre seu notebook, pesquisando todos os arquivos necessários, eu estava me sentindo esgotada.
Mas ainda teria que arrumar forças para hoje, Luna iria dançar.
E hoje iria ver, me perguntei se ela lembrava disso.
Coitada, com tanto trabalho deve ter até esquecido, pensei.
Queria a fazer lembrar de alguma maneira, precisava sair dali, não podia vacilar com a Paloma.

Mas,como se Deus escutasse minhas preces, alguém bateu na porta.

Larissa desviou a atenção do notebook para a pessoa que entrou
"Vamo pra balada, Lopes!" - ouvi uma voz já muito conhecida.

Larissa me encarou e eu rapidamente cuidei de disfarçar.

- Mendes, eu estou trabalhando – ela cochichou se afastando o suficiente para eu não conseguir mais ouvir.

- Misericórdia, você vai virar uma máquina! – Nicole falou deixando sua bolsa em cima da poltrona, então notando minha presença. – Ah! Oi, Ohana!
- Olá, Srta. Mendes – falei sorrindo
- A Larissa está te escravizando aqui, é? – perguntou ela divertida.
- Nicole, não seja exagerada – Larissa falou a fitando – daqui à pouco irão me colocar processos por escravidão!
- Mas é verdade, tá deixando a pobre da moça trabalhar até 22:30 pra mim é escravidão!
- O quê? 22:30? –seu olhos castanhos se arregalaram.

Bingo!

Ela havia lembrado.

- Porra! Eu não estava nem lembrando da hora, temos que ir!
- Por quê a pressa? Agora que cheguei quero conversar com a Ohana – ela falou se aproximando de mim, me deixando um tanto vermelha.

Fechei os olhos e sorri disfarçadamente, o desespero de Larissa em perder o show de Luna era maravilhoso, mal ela sabia que a dançarina estava de frente aos seus olhos.

- Srta Lefundes, nós terminamos isso amanhã, eu tenho um compromisso muito importante agora – ela falou ajeitando sua bolsa.

- Sim, Sra. Lopes, mas não vamos revisar antes de sair?

"Droga! Droga! Ela já deve ter dançado!" – pude ouvir ela sussurrar em agonia.

- Não, nada de revisar. Nic, anda! Vamos!

- Você é sempre tão mandona... não quer ir conosco, Ohana?

Larissa parou, e nos olhou.

Conseguem imaginar?

Larissa, Nicole, eu e Luna no mesmo ambiente? Eu sei, louco, e impossível.

- Não, muito obrigada, eu prefiro ir para casa – menti.
- Tem certeza? Eu sou uma ótima companhia – Nicole soltou uma rápida investida.
- Eu não duvido disso, mas eu realmente estou muito cansada.
- Tudo bem então, foi bom te ver, Ohana. Espero te encontrar mais vezes!

Ela estava mesmo dando em cima de mim?

Larissa nos olhava de longe, disfarçando, mas eu sabia que ela estava prestando atenção em cada detalhe da conversa.

- Nos vemos amanhã – Larissa falou saindo.

Corri até minha mesa ajeitando minhas coisas, eu tinha exatamente meia hora para chegar na Vittrini, e realmente esperava que não desse de cara com Larissa até virar Luna.

O trânsito estava tranquilo, não demorei muito para chegar na boate, e céus! Estava lotada! Caminhei por trás do prédio entrando pela porta dos fundos até chegar em meu camarim.

- Onde você estava?! – ouvi a voz de Nanda me assustando.
- Eu estava no escritório, sorte que consegui sair! – falei deixando minhas coisas em cima da pequena cômoda.
- A chefe não quer te largar, hein? Está saindo tarde todos os dias... – seu tom foi malicioso
- É apenas por essa semana, aquele relatório está nos consumindo. Coitada, até a Virgínia entrou nisso! - falei tirando minhas roupas.

- Eu sei, ela me contou. E me contou que vai passar o final de semana com a Larissa também.
- Você fala como se eu fosse para uma casa de campo com ela! Sendo que vamos ficar no escritório.
- Que seja! Estão muito tempo juntas, é perigoso. Mas se é o que quer, só tenho a desejar boa sorte, pois ela está lá fora, primeira fila.
Sorri para Nanda não contendo a alegria de saber daquilo. Larissa realmente tinha se encantado por mim, ou melhor pela Luna.

- É melhor você abrir os olhos se não quiser perder a patroa hein, a Thaís  está marcando em cima – me virei para Nanda, séria.

- Porquê diz isso?
- Vá ver lá fora, e vai saber do que estou falando...

Abri a porta de meu camarim, seguindo para perto do palco. Através das frestas da grossa cortina, procurei a mesa de Larissa. Lá estava ela, assistindo ao show particular que Thaís fazia.

Vadia!

Respirei fundo vendo aquilo, senti um súbito ódio por aquela garota.
Thaís era uma das dançarinas mais antigas na boate.
Lembro que, assim que entrei, seu olhar foi de extrema desaprovação sobre mim. Ela nunca havia aceitado que eu consegui mais coisas que ela em menos tempo. A Thaís sempre quis um número solo, mas Paloma prestigiou a mim com essa tarefa, e aquilo só piorou a rixa dela comigo. Para ela e algumas outras eu era a "queridinha" e eu realmente não me importava com isso.
Ohana podia ser doce e sensível, mas Luna não.

E ela não iria tirar a Larissa de mim!

- Essa garota é uma puta! – falei voltando ao meu camarim.

- Isso não é novidade, Ohana, mas sabemos que ela só está  em cima da Larissa, pelos comentários que rolaram aqui essa semana.
- Que comentários, Nanda?
- Que a poderosa empresária Larissa Lopes vem aqui somente para vê-la.
- Então todos estão falando isso? – perguntei enquanto me maquiava.
- Sim, que você é a toda poderosa da Vittrini – Nanda falou rindo, se aproximando para ajeitar meu cabelo.

Sorri diante de minha imagem no espelho, faltava pouco.

Logo qualquer traço da doce Ohana iria sumir, para assumir somente a imponente Luna Sánchez. Minutos depois que a Nanda me ajudou, já estava tudo pronto. Coloquei o ultimo detalhe: minha máscara negra.

- Como estou? – perguntei a Nanda que sorria.
- Sexy! Agora vai lá e tira a vadia da Thaís de cima da sua futura mulher!
- Shanandra! – eu falei rindo.
- Estou apenas falando a verdade, Luna! A Larissa está aos seus pés. Mas sabemos que isso é um jogo perigoso.

- Eu gosto desse perigo, Nanda – falei caminhando para o centro do palco.

Eu estava um pouco nervosa aquela noite, eu iria dançar especialmente para ELA.

Nunca, em todos os anos dançando na Vittrini, alguém me chamou tanta atenção. Ter aquela mulher era um desejo que ardia dentro de mim cada vez mais, como Nanda havia dito, aquilo era um o jogo perigoso, mas que eu ansiava jogar.
Ela estava lá, na primeira fila com os olhos atentos para o palco, ao seu lado Nicole, que cheguei a pensar ser sua namorada, estava redondamente enganada.
Do outro lado, Thaís ria e lhe servia alguma bebida alcoólica. Hoje eu teria que dar um passo á mais, com alguém marcando em cima da Larissa, eu poderia sair perdendo.

E se ela cansasse dos jogos? E se escolhesse a Thaís ? Sacudi a cabeça espantando esse pensamento que me acuou.

Caminhei para o centro do palco escuro, me posicionando para começar meu show. Hoje eu vestia uma espécie de terno branco que cobria até em cima do meu bumbum, dentro dele um espartilho preto que modelava meu corpo de uma forma sexy. Nas pernas usei meia acima dos joelhos com cinta liga, e nós pés um salto alto preto. Meus cabelos estavam presos em um coque bem feito. A musica hoje seria lenta com uma voz sensual.
Fechei os olhos e respirei fundo.

É sua vez, Luna...

Larissa point of view.

De repente tudo ficou em silencio, as luzes se abaixaram, deixando tudo em apenas uma penumbra. Iria começar, ela iria dançar. Não tirei os olhos do palco central onde a qualquer instante eu veria minha dançarina começar seu show.
Uma moça de aparência jovial, dançou para mim desde a hora que cheguei, ela parecia estar interessada, mas ninguém ali me importava a não ser a Luna. Ouvi as batidas da música começar, e no mesmo instante, o holofote se acendeu no centro do palco onde ela estava. Naquele instante, eu senti meu coração bater lentamente, enquanto meus olhos cuidavam de analisar cada mínimo detalhe de seu corpo. Hoje ela estava linda, mais do que nunca. Usava um terno moderno que cobria até em cima do belo volume de seu bumbum, nas pernas usava uma meia calça preta e cinta liga, e nos pés um salto bem alto. Ela estava de tirar o fôlego!
Seus cabelos estavam presos em um coque perfeitamente arrumado, e um chapéu elegante. Sentia meu corpo esquentar só de imaginar o que ela poderia estar vestindo por baixo.
Luna balançou seu corpo de um lado para o outro ainda de costas para as pessoas, e em seguidas se virou de frente desfilando graciosamente até a frente do palco, onde parou com as mãos na cintura com seu ar imponente.

Porra! Ela era tão sexy!

Senti meu corpo esquentar quando seu olhar encontrou o meu, vi um sorriso diabólico aparecer em sua boca, hoje ela dançaria para mim.
A loira começou a rebolar com a batida que se espalhava pelo ambiente, era alucinante ver aquela mulher dançando. Luna nos levava ao paraíso onde prazer e luxúria eram as principais sensações. Como ela conseguia isso? Eu estava hipnotizada pelo seu corpo, e pela forma como ele se movia. Ela caminhou até o outro lado do palco rebolando de forma tão sensual para um homem que lhe engolia com os olhos, e depois foi para o centro onde tirou o chapéu e lançou ao público que a desejava,assim como eu. Eu queria vê-la de perto, queria que ela dançasse apenas para mim. Novamente entre os passos de sua dança sensual ela se aproximou de onde eu estava, e me fitou como se naquele lugar estivesse apenas eu e ela. A máscara que cobria seu rosto a deixava tão sexy, mas a vontade de vê-lo completamente era tamanha. Ela deslizava as mãos por cada canto de seu corpo, movimentando de forma puramente sexual.
A batida frenética estava me enlouquecendo, eu queria aquela mulher para mim, eu precisava dela.
Luna mordeu o lábio inferior, e piscou para mim, quando começou a desabotoar seu terno. Ela lentamente foi abrindo deixando o mesmo cair ao chão, exibindo seu corselete preto com detalhes de renda exaltando seus seios, e sua minúscula calcinha, por Deus! Aquilo foi o meu fim! Imaginar aquela mulher na minha cama, usando aqueles trajes era tentador.
Ela levou uma mão à cabeça tirando o pequeno prendedor para finalmente os seus longos e ondulados cabelos caírem feito cascata por suas costas.

Naquele momento as pessoas foram à loucura.

- Você é gostosa demais, quero você a noite toda! – um homem de cabelos grisalhos gritou jogando notas sobre o palco.

Ela nem se quer o olhou, seus olhos estavam em mim, ela dançava para mim. E eu não podia conter a excitação por aquilo, ela rebolou de forma tão gostosa, que pude sentir meu centro se contrair.
Ela se ajoelhou em minha frente, deslizando as mãos no corpo até seus cabelos loiros.

Aquilo estava me enlouquecendo... como ela podia fazer aquilo comigo?
Mas ela parecia se divertir com aquilo, sorria da melhor e mais provocante maneira.

A dançarina mordeu o lábio inferior, e piscou para mim. Me tirando um sorriso carregado de ironia, eu me aproximei dela, e coloquei algumas notas de 100$ no fino fio da lateral da sua calcinha. Luna sorriu e se levantou.
A loira andou até o centro do palco e começou a dançar no poste que havia no meio.
De costas, ela desceu lentamente até o chão esfregando seu corpo nele, logo depois virou-se de frente, segurando a barra com as duas mãos e suspendendo seu corpo do chão.

Ela era experiente naquele tipo de dança pois cada movimento seu era incrivelmente sexy.

Eu me sentia em um mundo paralelo... ela seduzia de forma tão fácil.
Tudo nela era atraente, sua pele, seus olhos, seu corpo e a forma como ele se movia. Imagino que não era somente a mim que ela deixava assim, todas as pessoas que estavam ali estavam aos seus pés.
"Maldita stripper" - pensei.

Luna terminou sua performance com um sorriso triunfante, e com os olhos sobre mim, como se quisesse me dizer algo.
Eu vi a moça rapidamente sair pelos fundos do palco, até perder de vista.
- Fico impressionada com essa mulher! – ouvi a voz de Nicole.

Olhei pra ela sorrindo.

- Ela é surreal, não é? – perguntei
- Posso ser bem melhor – a garota que ainda estava do meu lado falou.

- Desculpa, mas eu não quero nada contigo...– falei para a moça calmamente.

Sua cara era de poucos amigos, levantou-se e saiu andando. Olhei para Nicole que estava com a mão na boca reprimindo um riso.

- Você é louca! Coitada da garota, cara! – seu tom de voz era divertido.

- O quê? Eu não quero nada com ela, eu preciso falar com aquela dançarina, Nic – falei passando a vista pelo ambiente a procura da loira.

- Mas que obsessão por ela! Você já ouviu dizer que ela é a intocável? Ninguém nunca conseguiu pegar essa mulher, Larissa!
Por isso eu prefiro focar na gostosa do escritório...
- Você já tentou? Pera, de quem você tá falando!?
- Nunca tentei! - Ela falou dando de ombros - e eu obviamente tô falando da gostosa da Ohana Lefundes, fala sério, que bunda é aquela!?

- Porra, deixa ela em paz! Não perturbar a vida da moça!
- Garanto que ela vai amar ficar perturbada comigo, sou boa no que faço, Larissinha.
- Se está dizendo... vá em frente, ela é toda sua...

Nicole negou com a cabeça, tomando um gole de sua cerveja.
Eu rapidamente me levantei, olhando por todo ambiente à procura daquela mulher.

- Aonde você vai, maluca?– ela perguntou sorrindo.

- Vou te mostrar como consigo aquela mulher pra mim!

Nicole gargalhou.

- É isso, porra! Como é bom ter você de volta, vadia! – me abraçou.

Ela já estava mais alterada do que normal, eu conhecia a Nicole como a palma de minha mão, os anos passaram mas ela não havia mudado em nada.
Em nossa adolescência nada era impossível, sempre conseguíamos o que queríamos.
E era essa a minha meta agora: eu iria conseguir o que eu queria. Ajeitei meu sobretudo, e caminhei até o bar onde vi a moça que havia me dado a informação no outro dia, pedi um dos drinks que ela preparava.

- Primeira fila? – Manu perguntou me servindo a bebida.
- Primeira! – falei enquanto tomava um gole da bebida – Sabe se ela vai descer aqui hoje?
- Geralmente depois da sua apresentação, ela vai embora. Mas acredito que hoje ela vai descer!

Não consegui conter o sorriso que pareceu ao saber daquela possibilidade.

"Encontrei você" ouvi uma voz feminina ao meu lado, sorri por dentro esperando para ver seu rosto, quando dei de cara com a dançarina de poucos minutos atrás.

-Ah! É você... – falei sem esconder minha decepção.

A moça era muito bonita, mas atirada demais.
Se fosse em outros tempos, eu dormiria com ela e tchau.

Mas agora eu tinha apenas um foco, e nesse exato momento esse foco estava descendo as escadas sorrindo ao lado de Paloma.

A loira guiou Ohana até um rapaz alto e bem arrumado, provavelmente seria filho de algum empresário, o homem com um sorriso escancarado beijou a mão da dançarina em um cumprimento que me irritou.

Fechei os olhos e tomei de uma só vez todo o liquido que estava no meu copo, sentindo minha garganta esquentar de uma só vez.
Thaís colocou a mão sobre meus ombros, acariciando.
Eu não tinha porque ficar assim, Luna era somente uma dançarina que eu mal conhecia, mas eu não sabia explicar o porquê de tudo aquilo, eu sentia certo domínio sobre ela, mesmo ainda não tendo nada!

O rapaz aproximou-se dela beijando em sua face, e então ela se afastou. Luna olhou para todos os lugares até colocar os olhos sobre mim, então se aproximou.

- Gostou do show? – era necessário dizer que até sua voz me causava arrepios?

Olhei para a loira que agora estava parada em minha frente com as mesmas roupas que havia dançado e com sua inseparável mascara.
- Foi perfeito!– falei olhando em seus olhos castanhos.

Tinha certeza que ficamos um bom tempo nos fitando nos olhos, até que senti a mão da outra dançarina em minha cintura. Olhei para mulher lembrando de sua presença ali, Luna olhou direto para mão da garota em mim, e depois me fitou.
- Nos deixe sozinha, Thaís. A Larissa quer falar comigo. – ela falou de forma imponente.

- Como pode ter certeza disso, Luna? – a moça perguntou ficando a frente com ela.

- Porque foi a mim que ela veio ver, então saia.

Eu não quis olhar para a mulher novamente, mas sabia o olhar mortal que ela lançava sobre Luna e eu.

Ela simplesmente se afastou sem falar uma palavra.

- Se quiser pode ir atrás dela...
- Meu único interesse aqui é você!

Luna sorriu e se sentou em um dos bancos, me aproximei dela sentando ao seu lado.

- Quer beber alguma coisa? – perguntei para ela.
- Vamos direto ao assunto, Larissa.. – ela falou pegando o copo da minha mão e tomando um gole da bebida, deslizando a língua pelo lábio molhado com o álcool – o que você quer de mim?

Eu fechei os olhos e sorri com as imagens que minha mente formava dela.

- Eu quero você, Luna – falei colocando ambas as mãos ao seu redor no balcão.

Ficamos próximas demais, eu podia sentir seu corpo quente a centímetros do meu, nossos olhos se fitavam intensamente. E naquele olhar castanho, eu podia notar o quanto ela me queria, o quanto ela ainda me provocaria.

- Não podemos ter tudo queremos, sabia?
- Eu sempre tenho tudo que eu quero, e não é agora que isso vai mudar. – falei firme.

Vi que ela fitava meus lábios,e logo depois meus olhos, ela queria tanto quanto eu!

Me aproximei mais dela, quando suas mãos tocaram meus ombros impedindo minha aproximação.

- Vamos dançar? – ela falou escapando de meus braços.

Eu sorri e a segui, ela andou em minha frente me dando total visão de seu rebolar, por Deus! Ela tinha um bumbum que gritava pelas minhas mãos.

- Espera...- Falei puxando seu braço, fazendo ela parar de encontro ao meu corpo. – Eu não danço... podemos fazer algo melhor falei puxando ela pra um canto mais escuro e vazio.

Encostei a mulher na parede, fazendo meu corpo se chocar contra o dela. A luz do ambiente era pouca, mas eu podia ver seus olhos, e neles eu enxergava a luxúria e o desejo.

Luna umedeceu os lábios, e soltou um sorriso malicioso, aquela mulher era minha ruína.

- Por quê você faz isso? – sussurrei para ela.
- O quê ? Eu não estou fazendo nada, Larissa!

- Você me controla com seus atos. Mas não se empolgue, eu sou dona de minhas vontades.
- Prove, faça algo que quer...

Eu precisava beijar aquela boca mas a pequena máscara que ela usava atrapalharia minha chance, eu queria vê-la antes. Levei a mão até seu rosto, para tirar sua máscara quando finalmente eu poderia ver seu rosto, mas rapidamente as pequenas mãos pousaram sobre as minhas, impedindo meu ato.

- Nem pense nisso...- ela sussurrou olhando em meus olhos.
- Não quero nada me atrapalhando agora.
- Não? – seu olhar era tão intenso, estávamos tão próximas.

Eu nada falei, apenas neguei com a cabeça e Luna lentamente levou as mãos ate o lenço que eu usava tirando do meu pescoço, sem tirar os olhos dos meus.

Nunca estive tão próxima dela antes, a adrenalina que sentia era mil, sentia meu corpo em chamas por tê-la assim, tudo que eu queria era possuir seu corpo de todas as maneiras, mas sabia que aquilo ainda não aconteceria. Luna levou o lenço até meu rosto, vendando meus olhos com cuidado.

- O que... - tentei falar, mas ela me interrompeu.
- Shiii... calada, Machado. - Seu tom de voz era firme o que fez minha vontade de tê-la se multiplicar por mil.
- Mas...
- Sem mais! Me beija...

••••

VOTEM E COMENTEM!!!

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