Quanto tempo que não trago dois capítulos em um dia? Vocês estão merecendo um mimo ♥️
Então boa leitura a todos 😍
(...)
Depois que Mariane saiu dando risada das duas, Gizelly se aproximou novamente e tentou dar um selinho na loira. Marcela desviou o rosto e os lábios bateram na bochecha.
- O que foi? - Ela indagou.
- Por que está me beijando se a gente nem fica?
- Eu fiquei nervosa - Gi revirou os olhos. - Ela é sua irmã.
- Precisava falar que eu sou velha rabugenta? - Marcela estava com um bico emburrado.
- Não... - Suspirou. - Acho que ela já sabe disso.
- Gizelly...
- Eu não menti - a morena já estava preparando para correr quando a loira a segurou pela cintura.
- Você se acha espertinha, né?
Marcela a abraçou por trás, rindo do jeito que ela tentava se soltar para fugir. Prendeu então o rosto na curva livre do pescoço dela e começou a fazer cócegas na barriga. Gizelly começou a rir, se sacudindo.
- Marcela, por favor... - Gi já estava ficando mole.
- Então pede desculpas.
- Por ter dito a verdade?
- Ah, é? - Marcela continuou, apertando-a ainda contra seu corpo, sem parar. A morena estava sem forças já e ria muito.
- Tudo bem, me desculpa, me desculpa - então parou, sustentando o corpo dela para que não caísse. - Você é uma covarde, é bem maior que eu.
- Pensei que você gostasse - a virou para si. - Pelo menos um pouquinho.
Gizelly estava ofegante, as pernas bambas, mas sorriu ao encontrar os olhos castanhos claros. Seus rostos estavam tão próximos que conseguia sentir o hálito quente bater de encontro aos seus lábios.
- Eu gosto - e deu-lhe um selinho demorado. - Agora vamos voltar antes que outra pessoa apareça aqui chamando a gente.
Então voltaram para a mesa de jantar, com o suco, o açúcar e o novo pacote de biscoitos. Tudo ocorreu bem, foi muito divertido, comeram bastante e conversaram. Depois voltaram para o escritório, onde finalizaram a segunda aula, que era equivalente a terça feira. E também aproveitou para passar rápido a matéria de sexta com elas, de citologia.
Era quase sete da noite quando Mari voltou a aparecer no escritório, avisando que estava ajeitando a janta junto com Josi. O resto da família continuava na sala assistindo outro filme, agora A Bela e a Fera, escolhido por Alessia Mc Gowan.
Ivy, para fugir de Marcela com mais explicações, correu para a cozinha, alegando que ajudaria Mari. Marcela riu e não se importou, as duas ficaram para trás. Gi guardava todo o material na bolsa enquanto Má desligava o notebook.
- E quem diria que você estaria me dando aulas particulares - disse para ela, segurando o riso. - Logo você que negou tanto no início.
- Eu dei, você surtou.
- Claro, você estava louca de ciúmes da Ivy - Gi revirou os olhos. - Será que eu posso tomar um banho antes do jantar?
- Claro que sim, vem, vou te levar no meu antigo quarto. Lá tem um banheiro.
Gizelly estava cansada mentalmente, então só dessa vez não implicou com ela, embora em sua mente pensasse em dizer que seria muita audácia conhecer o banheiro privativo de uma professora. Foram horas estudando e só queria tirar pelo menos uma sonequinha, mas talvez somente o banho ajudasse.
Quando passaram pela sala, Alessia chamou as duas para assistirem o filme também, mas Gi avisou do banho. Marcela não conseguiu fugir, por isso levou a mais nova até o quarto e se despediu dela com um selinho demorado. Voltou para a sala e se sentou no lugar onde a pequena se levantou para se sentar no seu colo.
O filme estava na parte em que a Bella brincava de guerra de bola de neve com a Fera. Alessia cantava a música enquanto Enzo cochilada no sofá de dois lugares. Seu pai assistia ainda, mas também lutava contra o sono. Nem soube quanto tempo ficou ali, mas percebeu que Gizelly estava demorando.
Então passou a pequena para o colo de Mariane e levantou para ir até o quarto, ver se ela estava precisando de alguma coisa. Olhou no relógio e percebeu que já havia passado pouco mais de 20 minutos. Quando abriu a porta, se deparou com uma cena que seria difícil de esquecer.
A morena estava de lado, somente de toalha, vasculhando a bolsa em busca de alguma coisa. As sobrancelhas estavam franzidas, mas isso foi a última coisa que Marcela percebeu. Os cabelos agora cor de mel pingavam sobre os ombros úmidos e nus, a toalha branca estava bem enrolada, mas era curta e deixava as pernas bem a mostra. Engoliu a seco e quase deu meia volta para sair do quarto. Teria feito isso, se ela não tivesse falado primeiro:
- Não trouxe calcinha limpa - ela disse, totalmente alheia ao efeito que estava causando.
- Infelizmente não tenho calcinha nova para visitas - resolveu alfineta-la e sorriu.
Os olhos dela levantaram da bolsa e encontraram os seus, mesmo a alguns metros de distância. Então ela simplesmente percebeu, ela sempre percebia, e também sorriu. Deixou a bolsa de lado e caminhou até onde estava. Ficou quieta, somente observando cada passo que ela dava. Ao chegar perto, Gi apoiou a mão em seus ombros e a empurrou de leve até a porta, parando somente quando suas costas bateram contra a madeira fria.
- O que está fazendo?
- Te convidando para tomar um banho - Gi levantou sua blusa, mas segurou as mãos dela.
- Você já tomou. Eu só vou tomar mais tarde - engoliu a seco.
- Ah, Marcela, por favor. Eu não ligo de tomar outro.
- Não, daqui a pouco a janta está pronta.
- E daí? - Os lábios de Gizelly vieram para o seu pescoço, onde deixou um beijo levemente gelado pelo banho. - Não vamos demorar.
- Não - tirou as mãos dela de sua roupa, o corpo completamente arrepiado. - Eu vou voltar para a sala e você se veste.
Diferente do que pensou que ela faria, Gizelly levou os lábios até sua orelha e sussurrou bem lentamente:
- Frouxa.
Marcela soltou uma risada, não acreditando nisso. Soltou um dos pulsos da morena e levou a mão até o rosto, desacreditada. Então a olhou por dentre os dedos, encontrando um sorriso imprestável. Gizelly era impossível, pelo amor de Deus.
- Depois você não reclama - alegou, mas não obteve resposta dessa vez. Ela apenas a olhava de volta.
Sabia muito bem o que ela queria, mas estavam na casa de seus pais e, embora estivesse com saudades, não sabia se aquele era o certo a se fazer, mas também queria. E ver a morena de toalha era uma coisa que estava mexendo muito com seu corpo, muito mesmo.
Seus olhos se encontraram mais uma vez por um segundo e isso foi o bastante. Marcela revirou os olhos e a afastou um pouco para se virar e trancar a porta. Não tinha como se segurar, não quando ela estava nua, coberta só com aquele tecido minúsculo. Envolveu o corpo dela e caminhou até a parede oposta, do outro lado do quarto, ao lado da porta do banheiro. Prendeu o corpo dela com o seu.
- Por que você faz isso comigo? - Perguntou para ela, a voz já rouca de desejo.
- Eu não fiz nada, professora - Gi sorriu daquele jeito encantador. - Você está equivocada.
- Droga, vem cá... - prendeu o cabelo dela entre os dedos e a beijou na boca.
Marcela queria muito Gizelly naquele momento, tanto que não conseguia esconder o desejo e a vontade que sentia por ela. Já era difícil ignora-la normalmente, pior quando ela provocava daquele jeito. E ela estava provocando desde cedo, passando a mão em suas pernas, sussurrando coisas, se fazendo de desentendida quando a questionava sobre o que ela estava fazendo.
Por esse motivo não se fingiria de rogada. Enquanto as línguas se acariciavam, desfez o nó da toalha e a tirou do corpo dela. Mordeu o lábio inferior e a pressionou contra a parede, as mãos passeando pela pele ainda úmida pelo banho.
Gizelly correspondia com a mesma intensidade, não havia cuidado entre as duas, somente desejo. Marcela apertou a cintura com força e deixou os lábios pelo pescoço, onde ficou por alguns segundos, causando-lhe arrepios intensos e involuntários. Não parou por aí, subiu até a orelha, chupou o lóbulo demoradamente e sussurrou ao solta-lo:
- Vira de costas - sussurrou, ela estremeceu.
Sorriu maliciosamente quando seus olhos se encontraram e não esperou que ela obedecesse, apenas a virou e encostou nela. Mordeu a orelha por trás e puxou o cabelo molhado para o lado, se apoderando da nuca, sem dar tempo para que ela pudesse pensar. E se surpreendeu quando a bunda empinou e pressionou contra seu sexo.
- Você ainda vai me matar - apertou a cintura com a mão livre e a incitou a manter empinado.
Mais uma vez, Gizelly não respondeu. Estava com a mente ocupada demais para dizer qualquer coisa. Seu corpo inteiro estava arrepiado, implorando por Marcela, e ao mesmo tempo queria causar-lhe prazer, fazer com que o tesão dela aumentasse ainda mais. Então, dividindo entre sentir os beijos dela em seu ombro, começou a rebolar contra o quadril dela.
E não demorou muito para que ela desistisse de provocar e simplesmente descesse a mão pelas costas e a encaixasse entre suas nádegas. Quando os dedos encontraram seu sexo molhado e pulsante, gemeu baixinho e mordeu os lábios com força quando dois deles entraram devagar. Estava tão molhada que eles entravam com uma facilidade impressionante.
- Má...
- Shhhh - Marcela sussurrou. - Fica quietinha.
A loira começou a penetração, entrando e saindo já com uma velocidade e força moderada. Com a mão livre, puxou o cabelo dela para trás, o que provocou outro gemido, ainda controlado. Continuou os movimentos, deixando-a louca. Beijou o ombro, pescoço, orelha e puxou a cabeça dela pelos cabelos até seus lábios arrancarem um beijo da boca dela.
Quando percebeu que ela estava perto de chegar ao orgasmo, parou os movimentos e escutou um resmungo de descontentamento. Somente sorriu e a virou de frente de novo. Os olhos se encontraram, os sorrisos também, e a beijou de novo na boca. A mão desceu até o sexo novamente e voltou a penetra-la.
- Vamos para a cama? - Gi pediu, suplicante e ofegante. Se apoiava em seu corpo.
Marcela respondeu com os dedos entrando devagar agora, enquanto os olhos se mantinham nos dela.
- Não, quero que você goze aqui mesmo - avisou e voltou a beija-la. Gi gemeu, mas seus lábios abafaram o som.
As línguas se enroscaram, Marcela mordeu o lábio inferior com força moderada e mais uma vez Gizelly gemeu. Com o quadril, prendeu o corpo dela e abriu espaço para as estocadas. Levou os lábios até o pescoço e conseguiu descer mais um pouco para de apoderar do seio esquerdo. Os dedos entravam e saíam rapidamente, o mamilo preso em sua boca. Quando Gizelly começou a se entregar ao orgasmo, deixou e seio para amparar o corpo dela e continuar os movimentos, aumentando a velocidade a cada estocada.
- Marcela, pelo amor de D...
As palavras sumiram, pois a loira colocou a mão sobre os lábios dela, impedindo-a de continuar. Os gemidos foram abafados enquanto a mão oposta continuava e aumentava ainda mais a velocidade das estocadas. O corpo moreno e úmido com um misto de água do banho e suor estremeceu com força, as pernas cederam, mas Marcela a segurou. Somente parou os movimentos quando o corpo trêmulo relaxou em seus braços. Aproveitou a posição para dá-lhe um beijo demorado nos lábios.
Nesse momento, alguém bateu na porta, porém Marcela não soltou o corpo da morena. A porta estava trancada, não havia perigo.
- Shhh - pediu para ela. Era sua irmã. - Oi, Mari.
- A mamãe está chamando para jantar. Estamos morrendo de fome, vocês poderiam deixar para namorar depois?
Marcela ficou vermelha com o comentário, mas respondeu:
- Já estamos indo - revirou os olhos. - Mari?
- Oi - ela respondeu do outro lado da porta.
- Vai a merda.
A risada começou alta e logo foi se afastando a medida que a irmã mais velha voltava para onde o pessoal estava. Marcela tirou os dedos devagar e a morena gemeu baixinho. Aproveitou para beija-la de novo. Depois de alguns segundos, afastou o rosto e sorriu.
- Coloca a roupa, eu espero você.
Encostou as costas na porta e ficou observando a morena vestir uma roupa diferente. Colocou um short curtíssimo no lugar da calcinha limpa que tinha esquecido de trazer e completou com um macaquinho soltinho de verão, bege com desejos em azul marinho. Só era um pouco curto.
- Vai reclamar e dizer que é um jantar de família? - Gizelly penteava os cabelos, já havia passado perfume.
- Não falei nada - Marcela levantou as mãos.
- Eu te conheço.
- Só não vou conseguir parar de te olhar. Não é justo você se vestir assim em um jantar de família.
- Você que lute - ela piscou um dos olhos, bem filha da puta.
Então juntas foram para onde a galera já estava na mesa, só as esperando para comer. Ivy e Mariane reclamaram sobre a demora, mas nem uma das duas se importou com isso. Começaram a comer. Mari havia se encarregado de fazer a carne assada e o acompanhamento de molho barbecue feito por ela mesma. Josi ficou com o restante e Ivy fez os sucos.
- E foi assim que a gente se conheceu no aquário - Gizelly contava para o pessoal. Mariane havia perguntado como elas haviam se conhecido.
- Não é de se admirar que ela esbarre em alguém - Enzo interagiu pela primeira vez, sorrindo. Era desse irmão que Marcela sentia falta.
- Ela foi super grossa. Ai - Gi fechou a cara ao tomar um beliscão na barriga. - É a verdade.
Todos na mesa começaram a rir. Ninguém tinha comentado nada sobre terem algo sério, exceto Mariana e Mariane mais cedo. Não sabiam de fato o que tinham, mas o importante era que de certa forma estava dando certo. Marcela achava que aquele dia estava perfeito demais. Sua mãe não teve nenhum quadro de esquecimento e isso era muito bom, viu Gizelly, viu Mariana, estava com sua família e até a presença de Ivy a fez se sentir melhor. Estava muito feliz por todos estarem consigo, muito feliz mesmo.
- Tia Josi, esses anos todos e a senhora não trocou a fechadura do portão?
A voz não veio de ninguém que estava na mesa, então todos os presentes viraram para ver quem estava falando. Era uma mulher de pele bronzeada, os cabelos longos até a metade das costas e os olhos castanhos. Estava com um vestido justo e curto, mas nem os saltos no pé enganavam a altura da miniatura. Era uma mulher espetacular ainda assim.
- Pensei que a festa fosse em família - Gi se referia ao vestido ousado no corpo perfeito.
- Carol?! - Mariane levantou como um furacão da cadeira e correu até ela. - Meu Deus, quando você chegou?! - E a abraçou apertado.
- Cheguei tem algumas horas. Tentei falar com a Marcela, mas ela não atendeu minhas ligações.
Os olhos de Marcela se encontraram com os de Carolina e foi como se uma tsunami tivesse passando por dentro da sala de jantar. Sem nem perceber, trincou os dentes, querendo levantar da mesa e sair dali o mais rápido possível. Não era possível, estava ainda agora agradecendo pelo dia perfeito e isso acontecia?
- Ah, que felicidade ter você aqui, meu amor - Josi se aproximou e também a abraçou.
- Espero não ter atrapalhado nada, sogrinha.
Marcela estava tão atordoada que nem ao menos notou as sobrencelhas negras de Gizelly franzirem automaticamente, em resposta as palavras de Carolina Peixinho.
Estava fodida.