A cabana - Clace

By VivianeRosa691

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Clarissa acaba de descobrir que está prestes a se casar, tendo apenas 18 anos, e com um homem que não ama. En... More

Capítulo 1 - Fugir
Capítulo dois - A floresta
Capítulo três - Uma pessoa
Capítulo quatro - Explicações
Capítulo seis - Nomes
Capítulo sete - Convivência
Capítulo oito - Quente
Capítulo nove - Ir embora
Capítulo dez - Amigos
Capítulo onze - Sabendo um pouco mais
Capítulo Doze - Assuntos
Capítulo Treze - A verdade
Capítulo Catorze - A primeira vez
Capítulo Quinze - O banho
Capítulo Dezesseis - Compras

Capítulo cinco - Pensamentos

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By VivianeRosa691

Jhonatan (Jace) POV

Eu estava acostumado com a solidão. Há dois anos eu vivia assim, em minha cabana, sozinho. Não tinha ninguém com quem conversar nada com o que me preocupar... Eu podia dizer que eu estava bem. Não gosto de pensar nos motivos que me trouxeram até aqui, até o meu refúgio cheio de solidão. Era doloroso demais.
Hoje era mais uma noite comum, eu estava sozinho e lendo um dos meus vários livros. A neve já havia começado a cair e estava muito frio, ainda naquela manhã eu saí para pegar lenha e agora tinha um estoque bem grande.
Eu estava me arrumando para dormir quando pensei ouvir passos, mas aquilo deveria ser coisa da minha mente, afinal passar tanto tempo sozinho fazia com que sua mente lhe pregasse peças às vezes.
Eu estava quase me aprofundando em meu sono quando ouvi um barulho alto e um resmungo. Isso não podia ser coisa da minha cabeça. Coloquei minhas roupas e peguei uma lanterna saindo para o frio congelante do inverno. Saí procurando o que quer que fosse, quando vi uma coisa grande caída próxima a uma árvore, corri até ali e pude ver que era uma pessoa. Era uma garota, ela estava bem pálida e com os lábios roxos, mas ainda respirava.

O que eu deveria fazer? Eu não podia deixá-la ali com esse frio, ela poderia morrer de hipotermia e se não fosse por isso seria pelos lobos. Então sem ter outra opção a peguei no colo e a levei para dentro de minha cabana. A coloquei em minha cama, colocando todas as cobertas que eu tinha a disposição. Ela havia dado sinal de vida e se encolhido dentre as cobertas começando a bater o queixo de frio, esquentei um pouco de água e fiz uma bolsa de água quente colocando perto dos seus pés por debaixo dos cobertores.

Já havia se passado um bom tempo e a garota ainda tremia de frio. O que eu devia fazer? Ela não podia morrer de frio... Então fiz a única coisa que me veio em mente. Regra básica de sobrevivência. A forma de se esquentar um corpo era o contado pele com pele.

–Merda. –eu resmunguei quando a levantei da cama e senti como sua pele estava gelada e como suas roupas estavam molhadas, desse jeito ela não esquentaria nunca! Comecei a tirar suas roupas, e quando já não tinha mais peça alguma em seu corpo não pude deixar de olhar. Ela era linda, perfeita, com suas formas bem acentuadas e com um quadril perfeitamente moldado e redondinho, a barriga lisinha, meu olhar foi subindo até chegar aos seus seios... Há muito tempo eu não sabia o que era ter uma presença feminina ao meu lado e tive que me concentrar ao máximo. –Caralho. –eu ainda olhava para seus seios, eles eram médios e com os bicos rosados... Aquilo era muito para mim. –Droga Jace, você não pode deixá-la morrer de frio! – eu disse a mim mesmo enquanto tirava as minhas roupas.

- Ela é apenas uma menina! – eu repetia para mim mesmo enquanto eu tentava me acalmar. Por fim tirei a única peça de roupa que me sobrava e deitei ao seu lado por debaixo dos cobertores, e senti um arrepio quando minha pele quente tocou em sua pele fria.

- Com mil diabos! – eu quase gritei quando ela se grudou em meu corpo. Eu já podia sentir as reações do meu corpo ao dela, eu não podia nem sequer pensar em fazer isso, era desonroso demais. Eu nem conhecia a garota! Mas o meu corpo não queria me ouvir, ele simplesmente reagia. Então pensei na coisa mais dolorosa que eu podia pensar para poder fazer com que meu corpo se acalmasse, mas ao fazer isso meu peito inflou de dor. Era sempre assim, eu morria um pouco mais toda vez que eu me lembrava. Eu já estava morto há dois anos, mas lembrar de tudo sempre me matava um pouco mais.

Por fim percebi que a garota estava começando a se esquentar, e que já não batia mais o queixo de frio, me dei ao luxo de poder relaxar e tentar dormir.

Eu dormia tranquilamente, mas então meu sono foi perturbado por mãos passeando em meu corpo. Aquilo devia ser apenas um sonho, afinal há quanto tempo eu não sentia os prazeres da vida? E ter uma garota nua e linda deitada ao meu lado, que também estava nua não ajudava nem um pouco a minha imaginação. Então deixei o sonho prosseguir.

Eu tinha certeza de que meu corpo reagia ao meu sonho. Em meu sonho a garota que estava deitada ao meu lado passou as pernas por meu quadril e pude sentir nossas intimidades se tocando, rosnei delirando de prazer. Aquilo não era sonho, era real. E então o animal adormecido dentro de mim tomou conta e eu não pude impedir em nada, eu queria aquilo. Girei meu corpo por cima do dela a prensando no colchão esmagando meus lábios nos dela. Fui ao céu e voltei pro inferno, àquilo era bom demais, eu passeava minha mão por todas aquelas curvas perfeitas e ouvi gemidos roucos e torturados enquanto eu apertava em lugares estratégicos. Eu podia não dormir com uma mulher a um bom tempo, mas eu ainda sabia como deixar uma mulher louca de prazer. Levei minhas mãos para o “ponto” certo e tocando com vontade entre as pernas dela só para ouvir um gemido alto, mas então ela parou de retribuir ao beijo.

– Ahhhhh... – ela gritou me empurrando para longe dela. Resmunguei contrariado.

O que? Ela começa e depois não quer terminar? Ela havia corrido em direção à porta e acho que ela não percebeu que estava completamente nua e isso não passou despercebido pelos meus olhos ainda famintos de desejo.

– Quem é você? – ela perguntou. – Não me mate, sou nova demais e...

– Eu não vou te matar! – eu disse irritado

– Não vai me matar? – neguei e então vi seus olhos percorrendo por meu corpo e parando no meu “amigão”, ela arregalou os olhos e olhou para o próprio corpo e então...

– Ahhhhh... – é hoje!

Eu já podia ver tudo. Eu estava trancado ali com aquela doida de pedra e eu não podia simplesmente mandá-la embora com essa neve toda. Ela correu até a cama e pegou uma coberta cobrindo seu corpo.

– Seu tarado, você abusou de mim! – ela disse me encarando irritada.

– Não abusei nada, você que começou a se esfregar em mim! – eu disse irritado, afinal eu não estava mentindo e ela sabia muito bem disso porque suas bochechas atingiram um nível de vermelho que eu achei muito fofo, mas que preferi guardar o comentário só para mim.

– Eu pensei que estivesse sonhando. – ela disse bem baixinho pensando que eu não ouviria, mas passar todo esse tempo sozinho tem uma vantagem, você fica com a audição bem aguçada e então eu ri dela, porque ela pensou que estava sonhando... Comigo. – Como eu vim parar aqui? – ela perguntou mudando de assunto estrategicamente, desviando da situação constrangedora.

– Eu te encontrei caída na floresta, eu ouvi passos e saí para ver quem ou o que era, e então te vi lá caída. E te trouxe para cá para não ser comida por lobos ou morrer de hipotermia. – eu expliquei a ela.

– Tá e por que estou pelada? – ela perguntou me olhando de olhos estreitos.

– Eu te enchi de cobertas e bolsas de água quente e você não esquentava de jeito algum.

– Ah e você resolveu me esquentar abusando do meu corpo?– ela perguntou parecendo ultrajada... Quantas vezes eu teria que explicar que não abusei dela e sim ela de mim?

– Eu não abusei do seu corpo! Já ouviu falar em “Regras básicas de sobrevivência”? –perguntei pensando que aquilo resolveria toda a questão, mas pelo visto acho que ela nunca deve ter ouvido falar em: “regras básicas de sobrevivência”, porque ela ficou me olhando com cara de quem estava boiando, então suspirei e tentei explicar da melhor forma possível. – A forma mais rápida de se esquentar uma pessoa que esta congelando de frio é tirar a roupa, calor humano entende? Esquenta!

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