A Second Chance

By Kwan_Jihyun

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"Park Jimin era um garoto animado e muito fofo. Todos ao seu redor se impressionavam com a capacidade de ter... More

01 | Prólogo
02 | Aposta
03 | Dança
04 | Volta
05 | Crise
06 | Abraço
07 | Discussão
08 | Carinho
09 | Dupla
10 | Ciúmes
11 | Sorvete
12 | Confusa
14 | Hana
15 | Passeio I
16 | Passeio II
17 | Desconfiança
18 | Inesperado
19 | Percepção
20 | Analgésico
21 | Elucidação
22 | Desgaste
23 | Emoções
24 | Morosidade
25 | Bêbada
26 | Ressaca
27 | Confiança
28 | Audácia (+16)
29 | Satisfação (+16)
30 | Distrações

13 | Corvo

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By Kwan_Jihyun

Park Jimin P.O.V.

O claro do céu já havia desaparecido, dando lugar a um céu escuro e nublado por nuvens pesadas. Uma leve brisa cai sombre meu carro, enquanto percorro o caminho até a casa de Sunhee. Combinamos de irmos juntos para o Wager essa noite.

Sunhee até pode ser mulher e aparentar ser calma, mas ninguém conhece ela como eu. Dentro daquele corpo frágil de porcelana existe uma mulher destemida e batalhadora. Deus sabe como as condições financeiras da sua mãe e dela são ruins, por isso ela ganha um dinheiro extra nessas corridas ilegais. Até parece que elas estão desesperadas por dinheiro, né? E é porque estão!

Depois dos bunda mole dos Jung irem embora, a situação econômica e financeira de Sunhee foi ao chão. Por sorte minha mãe ofereceu ajuda com um trabalho no restaurante dela, mas mesmo assim o dinheiro não está sento o suficiente. E agora que o Colégio virou interno e teve novas mudanças — que uma delas foi virar partícula — Sunhee está quase desistindo de participar desse Colégio e ir para um público.

Se ela sair do Colégio, eu vou junto, porque fizemos uma promessa.

Então, talvez, se Sunhee ganhar alguma corrida hoje, pode ser que ela tenha dinheiro para pagar umas três mensalidades do colégio. E eu estou torcendo para que ela consiga. Não gosto de ver a pressão que minha amiga está tendo nesses últimos dias. Sunhee tem um ano a mais que eu nas corridas do Wager, já é experiente, nenhuma mulher conseguiu bater o seu recorde, porque Sunhee virou uma lenda por lá.

Ninguém subestima Lee Sunhee, minha melhor amiga.

Ao andar pelas avenidas movimentadas de Seul, vejo um grupo de corvos voarem quase da altura do meu carro. Tive que asselerar um pouco mais o veículo escuro para não chocar contra um em meu parabrisa.

— Aigoo! Corvo maluco.

Depois de uns dez minutos chego na casa de Sunhee. O clima está mais limpo e agradeço por isso, corridas com o chão molhado não são muito seguro. Quando estaciono o Porsche na frente da casa de Sunhee, buzino, mas ninguém aparece. Sunhee tem a péssima mania de me deixar esperando. Pego meu celular e disco seu número, no terceiro toque ela atende.

— Olá, querido Jimin. — Sunhee fala, assim que atendeu a chamada.

Reviro os olhos.

— Oi, Sabina. Já está pronta? — Pergunto e olho para a janela de onde é o quarto de Sunhee. A luz está assesa.

— Me dá só mais um minutinho... — Ela fala, de modo sôfrego.

Que merda ela está fazendo?

— Sunhee, você está cagando? — Pergunto sorrindo, fazendo uma careta de nojo.

— Não! Estou vestindo minha calça de couro que está um pouco apertada... — Sunhee me responde rapidamente, parecendo estar envergonhada com o que eu acabei de dizer. — Eu acho que engordei.

— Tá bom, veste sua calça que eu estou te esperando já na frente da sua casa. — Repondo e encerro a ligação.

Achei que ela iria vir logo, mas Sunhee demorou uns quinze minutos para descer. Eu já estáva pronto para entrar na casa dela e arrastá-la pelos cabelos, mas por pura sorte dela, ela desceu antes de mim abrir a porta do carro.

— Vamos? — Sunhee pergunta, assim que entra no carro. Como de costume, Sunhee está com sua calça negra de couro, uma regata branca e uma jaqueta também de couro. Assim como eu. É a tradição do Wager; todos que correm lá, tem que ir de roupas escuras, jaquetas de couro e sapatos fechados, para caso houver um imprevisto.

— Vamos. — Repondo e já saio com uma arrancada.

O percurso da casa de Sunhee até o Wager é de quarenta minutos, e já havia passado uns vinte minutos desde a saída. O céu acabou limpando um pouco, o ar ficou um pouco mais quente, tive que abrir as janelas, pois o ar condicionado não estáva dando conta.

— Como anda você e a Mina, Jimin? — Sunhee pergunta, logo que abro as janelas do carro.

Fico pensando por um momento.

Mina é uma garota legal, simples, perfeita, é tudo o que um garoto precisa, só que eu sou tudo o que uma garota NÃO precisa. Eu tenho que me afastar dela o quanto antes, mas de alguma forma estranha eu não consigo. É como se a Mina me prendesse, tenho a necessidade de tê-la por perto a todo custo.

Se caso um dia a Mina se apaixonar por mim — eu rezo para isso não acontecer — eu não serei capaz de ser sincero com ela. Até posso sentir atração por ela, porque a Mina é uma garota incrível, divertida e tudo mais, mas mesmo assim eu não vou conseguir amá-la do mesmo modo. Reciprocidade é muito importante e eu não sou capaz de tal.

Isso seria muita loucura se acontecesse.

— Ela é uma garota legal, ficamos umas vezes, mas não passa disso. — Resolvo responder da melhor forma, direto ao ponto. Mas ao ouvir minhas palavras em voz alta, percebi o quão sou imbecil e idiota.

Como eu posso me enganar desse modo?

— Você não pode está falando sério. — Sunhee fala de modo seco. — Jimin, meu querido amigo idiota, você ainda não persebeu que se não investir de verdade nela, uma hora ou outra ela vai se cansar desse seu joguinho de pegação e vai partir para outra, porque pelo o que eu conheço da Mina, ela não é garota da noite, ela é fiel, Jimin! Pensa bem se você seria tão abestado ao ponto de deixar uma garota incrível como ela, escapar. — Sunhee fala de modo indignado, e até eu fiquei puto comigo mesmo só de ouvir as palavras da minha amiga.

Só de imaginar que um dia a Mina possa se enjoar de mim e ir para os braços de outro cara, eu já solto fumaças pelas ventas.

Eu não permitirei isso!

— Sunhee, você me conhece, sabe das merda que eu passei, sabe que é difícil pra mim me apaixonar. Eu só fiz isso uma vez e ela MORREU, Sunhee. Ela morreu e não me levou junto. — Falo e bato no volante, quase perdendo a paciência.

— Você só pode ter merda na cabeça mesmo. Eu sei de TUDO o que você passou, da sua depressão e tudo mais, mas pensa bem; se a Jiwoo estivesse viva, ela NUNCA permitiria ver você fazendo o que está fazendo com a Mina. Você tá iludindo a garota, Jimin! Se não quer nada com ela, é melhor se afastar de vez antes que a garota comece a sofre por você não ter ligado no dia seguindo. — Sunhee diz e mais uma vez acerta em cheio meu coração. 

Fico em silêncio, porque a verdade é que Sunhee está certa, como todas as vezes em minha vida, eu só faço porcaria. Eu estrago a vida de todo mundo. Isso está virando um saco já. Eu não posso ficar enganado a Mina como eu estou fazendo. Eu não sou o cara que faz ligação depois da ficada, eu não sou atencioso depois na tranza e muito mesnos carinhoso durante as minhas foda.

Eu sou TUDO o que a Mina não merece.

E eu tenho que fazer uma escolha: ficar de vez com a Mina, ou não.

***

Depois do fim da conversa, o percurso até o Wager foi em completo silêncio. Sunhee me deixou pensar e eu agradeci ela mentalmente por isso. Sunhee pode ser a amiga que fala tudo o que pensa, e isso pode atrapalhar uma amizade, mas eu agradeço por ter uma amiga assim, pelo mesmo ela me avisa quando estou sendo um completo imbecil.

Estaciono o porsche preto assim que chegamos, desço do carro e logo avisto Doyun, o dono do terreno, se aproximando junto com Jennie, sua filha.

— Essa noite não poderia passar sem uma corrida do Park. — Doyun diz de modo animado e me dá um aperto de mão. 

— Mas é claro que não! — Respondo, sorridente.

Olho para Sunhee que logo desce do carro e chega perto de nós. Comprimenta Doyun e ignora Any, logo sai, caminhando como se a morena nem existisse. Sunhee não gosta da Jennie desde quando a morena começou dar em cima de mim, Sunhee é minha amiga, mas é muito ciumenta.

— Vamos nos aproximar. — Doyun diz e começamos a nos aproximar. Tem bastante gente, pude sentir vários olhares em nós, especialmente em mim. — Quero que você conheça uma pessoa.

— Quem?

— Você vai ver. — Andamos em meio à multidão, então avisto um rapaz de cabelos ruivos. Ele estáva junto com Taehyung, sua pele é branca com sardas no rosto, o corpo é forte assim como o de Jungkook. — Jimin, esse aqui é o Taemin, uma mais nova descoberta do Wager. — Doyun fala, ganhando a atenção de Taemin.

Quando os olhos do ruivo se pousa em mim, meu corpo enrijece, um arrepio forte crusa minha espinha.

Ele me parece familiar.

— É um grande prazer conhecê-lo, Jimin. — Taemin fala e estende sua mão para que eu a aperte.

Olho para sua mão por três segundos, relutante se eu apertaria ou não, mas então eu o faço, hesitante.

— É um prazer te conhecer também. — Respondo de modo sério. Não tive um bom pressentimento quanto a ele.

— Traga uma bebida para nós, Cheol. — Doyun fala para um rapaz que passava perto de nós. Ele assente e sai andando em meio a multidão de pessoas que se aglomeram no local.

— Não vou querer bebidas hoje. — Respondo e olho para os lados, tenho a sensação de estar sendo observado.

— Mas o que aconteceu? — Doyun pergunta, franzindo as sobrancelhas groça.

— Só não estou afim. — Digo e dou de ombros.

Olho por cima do meu ombro e tento encontrar o motivo dessa minha impressão, mas apenas encontro Sunhee se aproximando com uma cara séria e preocupada.

— Jimin, preciso falar urgentemente com você. — Diz Sunhee, um pouco rápido e ofegante.

— Parece que você viu um fantasma. — Brinco, seguindo ela, que me arrastava pela mão para um canto mais distantes das pessoas.

— Muito pior. — Fala e para, quando chegamos em um lugar silencioso.

— Fala logo, Sunhee. — Digo e cruzo os braços, já impaciente.

Sunhee olha para os lado e passa as mãos pelos cabelos, parece não saber como me dizer.

— Eu não sei como eu vou te falar isso, Jimin — Ela fala e quando me olha, vejo lágrimas em seu rosto. — É muita loucura.

O que deu nela?

— Aigoo, Sunhee. Por que você está chorando? — Digo, segurando seu rosto para que ela me olhe nos olhos. — Me fala longo o que é!

Sunhee abre e fecha a boca, e repete esse ato umas três vezes. Meu coração titubeia, o sangue ferve e eu não tenho mais paciência. Sunhee persebendo minha angústia, joga a bomba.

— Hana está de v-volta na cidade, e e-está aqui no Wager.

***

Kang Mina P.O.V.

Sinto uma brisa fresca bater em meu rosto, levanto-me da cama e vejo que a janela está aberta. O quarto está escuro, iluminado apenas pela pouca luz da lua, que sai da janela aberta. Vou até ela e olho para o lado de fora, uma leve chuva cai do céu. Olho para a casa vizinha, que está com todas as luzes acesas, um vulto se meche dentro da residência.

Pelo o que eu me lembre, eu tinha fechado essa janela. Saio da janela e a fecho novamente, ando até o interruptor do quarto e ligo a luz.

— AAH. — Grito, com o susto que tomo. Arregalo os olhos.

Um corvo morto está esparramado no chão do meu quarto. Ando até o bicho e vejo que deve ter sido ele ter aberto a janela do quarto, enquanto eu estava dormindo. Saio correndo do quarto, com o coração na mão, vou até o quarto do Yoongi Oppa e bato na porta, mas não obtenho respostas então abro-a e entro rapidamente. Vou até o Yoongi que dorme tranquilamente, chacoalho ele até que ele se vira de costas para mim. Oodeio a cama e chacoalho ele novamente.

— Oppa, acorda.

— Mina? O que foi? — Yoongi olha para mim, mas logo vira de costas novamnete. — Me deixa dormir, vai.

— É sério! Aconteceu algo estranho no meu quarto. — Isso foi o suficiente para o Yoongi Oppa levantar rapidamente.

— O que aconteceu? — Pergunta, aparentando estar nervoso.

— Quando eu acordei a minutos atrás, eu me levantei e vi que a janela estava aberta, fui, fechei a janela e liguei a luz, me deparando com um corvo morto no meio do cômodo... Aí eu levei um susto e vim correndo te chamar. — Falo e o sigo, quando ele se levanta da cama apressadamente e anda com rapidez entre o corredor, até meu quarto.

Assim que entramos no quarto, vejo que a janela está novamente aberta. Vou até ela, já perdendo a paciência.

— Aish! Eu tinha fechado essa janela. — Digo ao fechá-la novamente. — Alguém deve está brincando com a nossa cara.

— Que estranho... — Yoongi fala mais para si mesmo do que para mim.

Fico reparando no Yoongi, ele anda até o corvo e se curva contra ele, olha para a janela e novamente olha para o corvo. Yoongi Oppa parece estudar a direção em que o corvo veio.

— Será que ele estáva voando tão rápido que o impacto da janela matou ele na hora? — Pergunto para ele que pega o corvo na mão.

— Provavelmente... Mas ele está ferido, creio que a pancada na janela foi só o estopim pra acabar com a vida dele. — Yoongi diz e examina o corvo. — Vou levar ele lá pra fora.

— Certo, vou junto. — Digo seguindo-o.

Acompanho o Yoongi Oppa até a cozinha e vejo-o colocar o corvo dentro de um saco plástico preto. Yoongi amarra a boca do saco e coloca-o sobre os ombros.

— O que vai fazendo? — Pergunto para ele, que me olha por cima do ombro.

— Enterrá-lo. — Responde, como se sua resposta fosse bem óbvio.

Dou de ombros e acompanho ele até o lado de fora do quintal, em meio as finas gotas de chuva os primeiros raios de sol aparecem. Ando até o depósito e pego a pá para o Yoongi Oppa, que me espera no canto do quintal. Depois de uns quinze minutos, acabamos de enterrá-lo. Subimos cada um para seu quarto sem trocarmos mais nenhuma palavra. Vou ao banheiro com um pressentimento ruim, o aperto no meu peito aparece derrepente, me fazendo arfar para frente, precionando onde localiza-se o coração.

A imagem dos olhos vermelhos do meu sonho aparecem em meus pensamentos, o branco de seu pelo davá-lhe um ar superior e inabalável. Já tem dois anos que venho tendo sonhos desconexos e confusos. Não sei o motivo de tê-los, pois nunca assisti filmes sobre lobisomens e essas coisa, o mais perto que eu chego, são as estórias e fanfics que eu leio no Wattpad.

AAH... Não tem nada a ver com leitura de estórias ou fanfics, mas de certo modo uso essa desculpa para a minha confusão interna, e funciona 29%. Pelo menos alguma resposta — mesmo que seja errada — eu tenho que dar para o meu cérebro confuso e turbulento.

***

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