Luzes congelantes | CONCLUÍDA

By vitoriacmoreira

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Madison Bradford não queria que a situação saísse de seu controle. Herdeira de uma grande empresa farmacêu... More

introdução
epígrafe
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agradecimentos

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By vitoriacmoreira





"Nós não podemos fazer nenhuma promessa agora, podemos, querido?
Mas você pode me fazer uma bebida
Está tudo bem eu ter dito tudo isso?
É normal que você esteja na minha cabeça?
Porque eu sei que é delicado"
DELICATE — TAYLOR SWIFT

Madison jogou suas malas sobre a cama, sorrindo com grande contentamento. Como era bom estar em casa! Não que ali fosse a sua. Mas seria o lugar mais familiar que encontraria em um raio de muitos quilômetros.

Ao contrário dela, Bingley não tinha problema nenhum em tratar o chalé como um lar. Ele deitou no tapete espesso e macio do quarto e caiu no sono com uma facilidade invejável. Madison sabia que ele devia estar cansado da viagem e, por isso, o cobriu com sua coberta preferida de patinhos.

Ouviu um pigarro. Era Flynn, é claro. Ele estava apoiado no batente da porta, as mãos dentro dos bolsos da calça e um sorriso mínimo direcionado a Bingley. Nem mesmo o mais rabugento dos homens resistia a um labrador dormindo tranquilamente sob seu cobertor felpudo.

— Qual vai ser meu quarto, Bradford? — ele perguntou, e Madison se sentiu mal. Estava tão louca para deixar todos seus pertences no quarto que nem pensara em dar qualquer orientação ao mais novo membro da casa.

Ela exibiu seu melhor sorriso de desculpas.

— Pode escolher. Os da esquerda ventam mais, mas são um pouco maiores. Todos tem aquecedor, na verdade, então praticamente dá na mesma... os da direita tem uma vista mais bonita do nascer do sol nas varandas.

A própria Madison escolhia o primeiro quarto à direita por isso. Todos os dias da viagem, ela fazia questão de acordar antes das sete só para ver os raios de sol surgirem no horizonte e iluminarem a paisagem tão branca de neve. Os pinheiros estavam sempre cobertos por ela, e o contraste da luz batendo em suas folhas congeladas era uma das paisagens mais bonitas que já vira.

Flynn assentiu, já saindo pelo corredor e respondendo no trajeto:

— Vou estar no próximo quarto.

Decidida a questão dos quartos, restava a ela tirar seus pertences das malas. Madison não estava com a mínima vontade, mas sabia que era uma tarefa inevitável, e adiá-la só tornaria tudo mais insuportável.

Ela deixou seus cosméticos e produtos na cômoda, dividindo o espaço disponível com seus pincéis de aquarela e acrílica. Tinha levado telas especialmente para aproveitar as férias e trazer o que havia de melhor no seu espírito artístico. Elas foram parar na primeira gaveta, junto com todos os objetos de trabalhos manuais que lotavam sua mala de mão.

Colocar as roupas nos cabides foi uma tarefa tão chata quanto ela imaginara e, após repousar as malas no canto mais afastado do quarto, ela fez a parada obrigatória para admirar as árvores ao redor na varanda principal da casa.

A condição de estar no segundo andar a proporcionava uma vista privilegiada do meio dos árvores. Dali, a imensidão de verde quase totalmente coberto pelo branco não parecia nada intimidadora — pelo contrário, somente a fazia sorrir.

Depois de tatear o bolso do sobretudo, Madison acendeu um cigarro e soltou a fumaça instantes depois. A névoa embaçou sua visão por alguns segundos antes de se dissipar no ar.

Foi necessário um tempo considerável para que ela percebesse que tinha companhia. Flynn estava no canto da varanda, apoiando os antebraços no guarda corpo à sua frente e a encarando com um olhar nada menos que julgador.

Madison estreitou os olhos.

— Não me diga que vai dizer que eu deveria parar de fumar porque "é um desperdício que uma jovem com tanto para viver o faça" — ela imitou o tom de voz irritante que estava acostumado a ouvir, onde quer que fosse.

Flynn franziu o cenho.

— Não ia dizer nada disso. Mas você deveria parar de fumar — ele acrescentou, aquele sorriso típico no canto dos lábios. Como se provocá-la fosse um prazer, ele continuou: — Digo isso para o bem da minha namorada.

Madison apagou o cigarro no pilar ao seu lado, revirando os olhos.

— Muito obrigada pelo conselho, namorado. É lindo ver como você preza pela minha saúde.

Flynn exibiu um sorriso mínimo, ainda direcionado para as árvores que observava.

— Disponha.

*

Flynn logo percebeu que se tornaria um grande preguiçoso naquelas duas semanas em Vermont. O colchão do quarto era igual ao seu, uma coincidência estranha e mais que bem vinda. Foi fácil demais se jogar na cama macia e se enroscar debaixo das cobertas — aquele lugar era mais frio do que ele imaginara.

Quando acordou, o celular ao lado da sua cama quase fez com que ele pulasse de susto: tinha acordado sete horas! Bem mais do que o seu horário habitual de se levantar. Flynn estava acostumado a acordar cedo, sempre preparado para mais um dia de trabalho, e as horas a mais dormindo o surpreenderam.

Ele já se dirigia à cozinha quando lembrou da varanda. Madison dissera que o nascer do sol era lindo observado de lá, e ele escolhera um quarto no lado direito da casa exatamente por isso.

Sua varanda era quase igual à dela, exceto por um banco confortável de madeira clara e estofado vermelho no qual ele se sentou. Poucos minutos foram necessários para que os primeiros raios de sol surgissem. Eles iluminavam tudo, toda aquela vastidão de pinheiros e neve que se abria à sua frente.

Flynn nunca fora fã de contemplar paisagens. Gostava de passar por elas, das experiências que vivenciava e da sensação do chão sob seus pés. Mas ali, observando o nascer do sol em uma montanha congelada, ele entendeu porque vistas como aquela eram tão apreciadas.

Poderia ter ficado ali pelo resto da manhã, mas o barulho que sua barriga fez não o deixava negar: ele estava com muita fome.

E não havia nada melhor para cozinhar em viagens do que muffins de mirtilo.

Surpreendentemente, todos os ingredientes de que precisava estavam ali, mesmo que o chalé não fosse ocupado boa parte do ano. Será que Madison pedira a alguém para fazer compras antes que chegassem?

E, como se farejasse pensamentos direcionados a si, Madison surgiu na cozinha. Flynn não pode segurar uma pequena risada diante do seu visual: ela usava longas meias de tricô natalinas e um suéter igualmente temático, sobre uma calça de moletom preta que parecia pensada exatamente para o frio daquelas montanhas.

— Que foi? — ela perguntou, franzindo o cenho e bocejando logo em seguida. Parecia prestes a voltar para a cama a qualquer segundo.

Bingley surgiu aos seus pés, igualmente desanimado e fantasiado. Madison tinha colocado um gorro de natal no cachorro.

— Acho que já sei qual seu feriado preferido — ele comentou, tirando mais alguns ingredientes do armário alto da cozinha. Quase que não conseguia alcançá-lo, e isso com seus quase um metro e noventa de altura.

Madison exibiu um sorriso desanimado. Flynn soube imediatamente que ela odiava acordar cedo, e provavelmente só o fizera pela vista do nascer do sol que parecia gostar tanto.

— Qual poderia ser, se não o natal? É a melhor época do ano pra qualquer coisa — ela respondeu, virando uma banqueta da cozinha para se sentar e apoiar na bancada.

Flynn bufou.

— Claro que não. Como você disse pra sua família, entre outras coisas — ele não resistiu à uma alfinetada —, eu não gosto muito de frio.

— E mora na Filadélfia? — ela provocou, imitando o tom de voz irritante de sua prima. Madison riu, jogando o cabelo para trás para que não caísse nos olhos. Sob a luz da manhã, ele adquiria uma cor tão bonita que Flynn se viu hipnotizado. — Que foi, Cortland? Eu esqueci de lavar o rosto?

Ela tateou os próprios olhos a procura de resquícios da noite de sono. Desperto de seu transe breve e humilhante, Flynn soltou uma risada curta para disfarçar. Qual era o seu problema?

— Estava admirando a beleza da minha namorada, só isso. Porque somos um casal muito intenso e apaixonado — ele disse, abaixando os olhos para a tigela com farinha à sua frente.

Em um relapso, porém, ele viu as bochechas de Madison adquirirem um tom próximo de seus cabelos. Flynn quase sorriu. Como adorava irritá-la e vê-la sem graça.

— Nunca imaginei que você fosse um conquistador barato, Flynn. Na verdade, você parece o...

— O?

Os olhos de Madison estavam arregalados. Ela parecia presa a um pensamento, a boca escancarada em um sorriso alegre demais. Flynn estava com medo do que ouviria em seguida; ela estava contente demais para que fosse algo que o agradaria.

Madison soltou uma gargalhada.

— Meu Deus. Como eu não pensei nisso antes! Vocês tem o mesmo sorriso torto, humor questionável e nome. Você é a versão de carne e osso do Flynn Rider!

Flynn franziu o cenho. Do que raios ela estava falando?

— Não acredito! — Madison gritou, fazendo com que Bingley agitasse a calda até ela. — Como você sobrevive sem nunca ter assistido Enrolados? É o filme da Rapunzel! Por favor, me diz que você tá brincando.

— Não faço a mínima ideia do que você tá dizendo, Bradford.

Madison girou a banqueta, sem resquícios do desânimo de minutos atrás.

— Eu vou adoecer! — ela fez uma pausa, suficiente para direcionar todo seu julgamento e perplexidade à Flynn. — Nós precisamos ver esse filme hoje. Sem falta. Não adianta fazer essa cara, Flynn Rider. Você vai conhecer seu sósia.

Flynn soltou uma risada pelo nariz, peneirando a farinha sobre a mistura que já tinha preparado com ovos, óleo e raspas. Podia sentir a fome que fosse, mas cozinhar a refeição era quase terapêutico.

— Você deve ser a única pessoa que me chama de Flynn — ele disse, concentrado em mexer a massa na tigela de vidro.

— E você é a única pessoa que me chama de Bradford.

Flynn deu um sorriso mínimo, apoiando os braços na bancada para olhá-la. Madison o encarava fixamente, o tipo de olhar sincero que o fazia se sentir estranhamente exposto. Como se ela soubesse de todos os segredos do universo e revelasse vislumbres pelo olhar brilhante.

— Sabe, eu achava que você era inglesa. Demorou uns bons meses até eu descobrir que sua família sempre foi de Chicago.

Madison sorriu.

— Muita gente acha isso. Vai ver eu tenho alguma família em Bradford? Nunca parei pra pensar nisso, na verdade. — Ela ficou em silêncio por alguns segundos. — Claro que não. Eu fugi até dos Bradford de Chicago.

Mais um silêncio, dessa vez estranho e inquietante, se seguiu. Flynn não sabia o que dizer. Vivera a vida inteira na mesma cidade dos pais, mesmo que isso estivesse longe de significar uma proximidade com eles. Muito pelo contrário. Seus pais não eram próximos e nem viviam em harmonia entre si, que dirá manter um tipo de relacionamento caloroso com os filhos.

E Flynn estava estranhamente curioso para saber a história de Madison. Por que ela saíra de Chicago? Era somente pela faculdade? Por que fugira tanto da tentativa da mãe de viajar com ela?

Madison suspirou.

— Incrível a capacidade que eu tenho de sair despejando tudo nos outros. Me diga, Flynn, o que você está fazendo?

E, mesmo que sua curiosidade estivesse atacando — como parecia acontecer com frequência ultimamente —, Flynn estava mais que grato pela mudança de assunto. Não sabia como reagir àquela tristeza nos olhos dela. Madison não fora feita para dias tristes; pelo contrário, ela era a luz que os dissipava por completo.

Flynn não acreditava que ia dizer isso, mas o fez antes que o arrependimento tomasse conta de si:

— São muffins, Bradford. Podemos comê-los vendo... Enrolados, se você quiser.

Madison percebeu que ele queria animá-la. E a gratidão em seus olhos foi mais que suficiente para que ele ficasse longe de se arrepender.

— Claro que quero, Flynn Rider.

*

Flynn tinha que admitir que era bastante parecido com o tal personagem do desenho animado. Não em personalidade, é claro. Ele não era irritante assim.

— Realmente. Você é muito mais irritante que isso — Madison respondeu quando ele disse isso, sorrindo como quem sabe que detém a verdade.

Flynn estreitou os olhos.

— Aceito assistir um filme com você e é esse o tratamento que recebo?

Ela revirou os olhos.

— Esse filme lançou há quase 10 anos e você nunca tinha visto! E é um clássico da Disney. O que você assiste, pelo amor de Deus? Espera. Deixa eu adivinhar — ela fez uma pausa, olhando Flynn de cima a baixo, como se o ato fosse revelar seu gosto cinematogrático. — Você tem cara de quem vê Criminal Minds e tem pôster de O poderoso chefão no quarto.

— O que você tem contra O Poderoso Chefão? — ele cruzou os braços, ofendido. Não iria admitir, mas realmente tinha pôsteres dos três filmes e mais uma série de artigos personalizados. — E Criminal Minds! Você citou dois marcos na indústria audiovisual como se fossem ruins.

— Porque são — ela afirmou, como se não estivesse cometendo o maior crime de todos os tempos. Flynn estava a um passo de ter uma síncope.

— O que você assiste, então?

Ele mal conseguia esconder a chateação na voz. Como alguém podia falar mal da melhor trilogia de filmes já feita? Um dos seus pijamas tinha o nome do filme escrito na frente, tamanho seu nível de fã.

Friends e animações, principalmente.

Flynn sabia que tinha torcido o nariz diante do nome da série, mas não conseguira evitar.

Madison balançou a cabeça, discrente.

— E você não gosta de Friends! Isso é pior que não ter visto Enrolados.

Do último item Flynn se arrependia. Não costumava ver animações e, em geral, achava a quantidade absurda de músicas no meio bastante enfadonha, mas tinha adorado a história da Rapunzel. E as músicas. Sentia uma vontade esquisita de sair pela casa cantando Vejo Enfim a Luz Brilhar.

— Eu até tentei ver Friends, mas é um pouco difícil assistir uma série quando você dorme no primeiro episódio — ele alfinetou, dando um sorriso provocativo.

Madison estreitou os olhos, parecendo brava com o que ele dizia sobre sua série preferida.

— Não acredito que foi esse tipo de gente que convidei pra passar duas semanas comigo!

Como era divertido irritá-la.

Talvez ele fosse mais parecido com o tal Flynn Rider do que queria admitir.

*

Madison não conseguia acreditar que estava realmente ouvindo aquilo.

Primeiramente, era necessário frisar que não era de seu feitio bisbilhotar a vida alheia assim, sem mais nem menos. Mas Flynn estava na mesma casa que ela e, ora, as paredes não eram grossas! Eram o suficiente para que ela precisasse ficar no corredor para ouvir.

Como era uma pessoa horrível! Mas, quando Flynn se levantou do sofá após olhar o relógio com a pior cara do mundo e seguiu para seu quarto, Madison não pôde evitar que a curiosidade aflorasse com tudo dentro de si. Ainda mais quando ouviu seu nome na conversa por celular que ele mantinha.

Não tinha como resistir à uma tentação desse nível.

Ela jurou para si mesma que ouviria apenas a parte que fosse citada, mas, é claro, ainda estava do lado de fora do quarto, atenta a toda e qualquer palavra que saísse da boca dele. Não era tão errado assim, certo? Ela poderia estar somente passando pelo corredor, sem pretensão alguma de ouvir o que quer que fosse.

Não estava se intrometendo!

— Ah, a Bradford até que é uma companheira boa de viagem — ele disse, o tom de voz distraído. Madison apertou os lábios para não comentar nada. Como assim "até que era"? — O cachorro dela também, mesmo que tenha derramado café em mim. E você sabe que eu morro de medo de cachorros.

Madison abriu um sorriso, a satisfação preenchendo cada espaço de si. Ela sabia que aquela careta que ele fizera quando fora a seu apartamento nada tinha a ver com antipatia e sim com apreensão! Imagine, ter medo de Bingley! O animal era tão inofensivo que imaginá-lo mordendo alguém era impossível.

— Não, você não estava certo, Keith — ele disparou, ligeiramente mais agitado que na resposta anterior. — Isso foi anos atrás. Nada a ver. E prova disso é que te liguei justamente para pedir uns anúncios. Você pode me enviar, por favor? Eu trouxe o notebook, consigo trabalhar daqui.

E era essa declaração que deixara Madison abismada. Como ele podia romper a belíssima condição de ociosidade do feriado por livre e espontânea vontade?

— Claro que eu tenho certeza, Keith. Não. Ah, deixa de ser imbecil.

Madison arregalou os olhos. Como ele tinha uma relação amorosa com o irmão.

— Vou te chamar, é claro. Vai ser semana que vem, não sabia? Você que vai carregar as alianças — Flynn despejou, parecendo bravo, e Madison não entendeu nada dessa parte. Não que devesse entender. Nem deveria estar ali!

Respirando fundo para espantar aquela vontade absurda de bisbilhotar de si, ela se afastou do corredor o mais rápido possível. Não queria nem imaginar na cara que faria se Flynn abrisse a porta e se deparasse com ela ali, à espreita, ouvindo tudo como quem sabe que está tomando a pior atitude de todas.

Ela se jogou no sofá, ligando a TV em um canal qualquer com filme. Um filme na metade era um álibi perfeitamente aceitável.

Bingley deitou ao seu lado, e ela jogou a coberta sobre os dois quando o cachorro pareceu confortável.

Menos de um minuto depois, Flynn apareceu na sala. Ele estava com uma blusa de frio a mais e os cabelos bagunçados, provavelmente pela peça de roupa que passara por eles. Madison sentiu uma estranha e quase irrefreável vontade de ajeitá-los quando ele se sentou ao seu lado.

Ela sentiu seu corpo todo paralisar. Que merda era aquela? Era melhor que Flynn escolhesse um sofá mais distante. A proximidade que se instaurara certamente não fazia bem para seus nervos. Ela devia ter ficado doente, talvez pela mudança brusca de temperatura. Certamente algo relacionado a isso!

— Você não brincou quando disse que era gelado — ele comentou, finalmente passando a mão pelos cabelos e jogando-os pra trás.

Madison se viu presa ao gesto até que as mãos dele estivessem novamente dentro dos bolsos do moletom. Qual era o seu problema?

— Claro que não — ela respondeu, se concentrando para formar um pensamento lógico que fosse. O comentário da temperatura a lembrou de um lugar onde a medida era ainda menor. — Ei! Tem uma cidadezinha aqui perto. É bem pequena, mas tem muitas lojas e até uma pista de patinação, acho. Quer ir lá amanhã?

— Qual o nome?

— St. Luke.

Flynn refletiu por alguns segundos antes de rir.

— Nem sei porque perguntei. Não é como se eu conhecesse algum lugar daqui. Claro que podemos ir, Bradford. Conto com seus serviços de motorista particular então.

Madison revirou os olhos, mas sentiu uma estranha vontade de empurrá-lo pelos ombros. Será que uma viagem em conjunto continuaria trazendo aquela falsa sensação de intimidade?

— Faço questão de te jogar pela janela!

— Você não faria isso com seu namorado!

Madison bufou, desviando os olhos para a televisão de propósito. Cortland podia ser ridicularmente bonito, mas sua capacidade de tirá-la do sério era algo que ela nunca iria — e nem queria — compreender.

N.A.: oi! Tudo bem com vocês?

Mais um sábado com capítulo! Estou finalmente prestes à ficar de férias (até arrepiei escrevendo isso), e pretendo aproveitar o tempo para atualizar minhas leituras e escrever. Não que sejam férias de verdade, eu volto na primeira semana de janeiro, mas já é alguma coisa! Espero conseguir escrever ao menos uns 5 capítulos durante esse período. Considerando que LC tem 15, é bastante coisa.

Enfim, o que acharam desse? Eu amo as referências a Enrolados e a intimidade que começa a surgir entre a Maddie e o Flynn! Espero que também estejam gostando. Por favor, comentem! O Feedback é muito importante para eu saber se estou no caminho certo.

Acho que já me estendi muito nessa nota, haha. Até breve! Pequeno spoiler: o próximo capítulo chama "O globo de neve".

Com amor, V

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