Rainha dos diamantes

By AgathaB132

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Maya è uma garota jovem,determina e dona de uma beleza que deixa todos encantados. A moça tem muitos planos p... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96

Capítulo 59

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By AgathaB132

Cap 59


Por Maya 

Estava dormindo tranquilamente quando senti uma pressão nos lábios. Não sei bem o que è mas senti alguma coisa mudando dentro de mim,como se meu corpo estivesse voltando a ganhar vida. 

Cada pedacinho de mim vai acendendo aos poucos. Primeiro os dedos dos pés,depois as pernas,a barriga,os braços e,depois de um enlouquecedor intervalo de tempo,consegui abrir os olhos. 

Fico confusa e assustada ao olhar em volta e perceber que estou num lugar desconhecido, bom,não totalmente desconhecido,acho que estou no hospital. 

Esse quarto è frio,é todo branco,sem vida e triste. Os aparelhos ligados a mim fazem um barulho muito chato,o soro pendurado no meu braço está me causando desconforto e essa máscara no meu rosto está incomodando.

Tento chamar por ajuda mas minha voz è tão fraca que eu mesma mal ouço e o quarto está vazio,sou a única aqui. 

Começo a ficar desesperada e sinto lágrimas ardendo nos meus olhos. Um medo estranho me domina,uma sensação de impotência e angústia. 

Vou ficando nervosa,meu coração dispara e começo a suar frio. Estou tendo uma crise de ansiedade e isso me deixa mais nervosa pois não sei onde estou,não sei porque estou aqui e não tenho ideia do que está acontecendo.

Meu choro è forte,intenso e sinto meu corpo todo doer enquanto soluço. Meu estômago fica embrulhado,meu coração está palpitando e estou suando frio.

Meu Deus,por que eu estou aqui? Por que ninguém aparece para me ajudar? Será que estou doente? Será que eu vou morrer?. 

Em meio às dúvidas cruéis e desesperadoras, o aparelho ao lado da minha cama começa a apitar de uma forma diferente,mais rápido e mais frequente. 

Ouço a porta abrindo e uma moça de meia idade,cabelos pretos e olhos castanhos se aproxima correndo. Vejo ela se assustar ao me ver. 

Enfermeira : senhorita Campbell,consegue me ouvir? - ela pergunta enquanto mexe em uma gaveta de um móvel e me deixa confusa. Por que eu não conseguiria?

Maya : e-eu… - tento responder mas minha voz não sai,parece que tem uma corda com espinhos na minha garganta. 

Mais lágrimas jorram dos meus olhos e meu desespero só aumenta. Por que eu não posso falar? Por que meu corpo todo dói? O que está acontecendo comigo?.

Enfermeira : eu vou te dar um calmante e logo você vai se sentir melhor - ela declara com o tom de voz gentil e se aproxima de mim com uma seringa na mão.

Me encolho ao ver o tamanho da agulha e uma nova onda de medo me invade. Quem é essa mulher e por que ela quer me dar um calmante? Será que estou num manicômio ou algo assim?.

Enfermeira : não precisa ficar assustada,eu sei o que estou fazendo - ela me assegura e coloca a seringa em um dos fios que estão no meu corpo.

Maya : q-q-quem… - tento perguntar quem é ela mas minha voz novamente me trai. Por sorte,ela entende o que quero dizer.

Enfermeira : sou a enfermeira Irina. Estou cuidando de você hoje - ela explica com a voz terna. 

Olho novamente para os lados e procuro por alguma coisa que possa mostrar onde estou, se é num hospital,num manicômio ou em um lugar estranho com uma louca que tem uma agulha gigante,mas não encontro nada. 

A enfermeira Irina segura minha mão e isso atrai minha atenção. Se ela for uma serial killer ou só uma maluca,então è uma muito gentil e talvez não me mate. 

Irina : Maya,eu sei que está assustada e que deve ter muitas perguntas,mas você passou por muita coisa,seu corpo está fragilizado e preciso que tente se acalmar - ela pede com ternura. 

Sei que não devia confiar em uma estranha e nem ficar tranquila em um lugar estranho mas sinto confiança nela,sinto que ela quer ajudar e que não vai me fazer mal. 

Aceno positivamente com a cabeça mesmo sabendo que não vou conseguir me acalmar até o remédio fazer efeito. Minhas crises de ansiedade são terríveis e sempre me deixam exausta. 

Irina : isso,querida. Eu vou ficar aqui com você e vai ficar tudo bem - ela tenta me tranquilizar enquanto sinto meu corpo ficando dormente. 

Vou me acalmando aos poucos,meu corpo vai se rendendo a medicação,minha respiração vai se normalizando e eu acabo pegando no sono novamente. 

Dessa vez não tenho sonhos e nem fico mais agitada que o normal,è só o sono tranquilo e profundo que eu conheço muito bem. O sono de quem está dopada e exausta. 

Acredito que durmo por horas porque quando acordo vejo um fleche de luz entrando pela cortina entreaberta. Está sol lá fora,um sol forte demais para ser o da manhã. 

Fico aliviada ao perceber que não estou mais com aquela máscara de oxigênio e que tem menos fios ligados a mim. Odeio tudo aquilo e a sensação de estar presa a essas coisas. 

Catharina : Maya? - ouço ela chamar em voz baixa. 

Me viro em direção a voz e não contenho o sorriso. È tão bom ver um rosto conhecido,tão maravilhoso saber que não estou sozinha e abandonada num lugar desconhecido. 

Os olhos da minha mãe se inundam com as lágrimas. Ela fica emocionada em me ver,sorri calorosamente e corre até minha cama para me dar um abraço apertado. 

Esse simples gesto faz eu me sentir tão bem. O abraço da minha mãe è o melhor lugar de todo o mundo,o mais caloroso,amoroso,doce e aconchegante. 

Catharina : oh,minha boneca - ela sussurra entre lágrimas. 

Não entendo muito bem a razão de toda essa emoção. Ninguém nunca ficou tão feliz só por eu ter acordado depois de uma crise nervosa mas tudo bem,não estou entendendo nada que está acontecendo hoje mesmo.

Ainda sinto minha garganta irritada,meu corpo dói como se tivesse levado uma surra,minha boca está seca,minha cabeça está latejando e tenho muitas perguntas para fazer mas estou aliviada por ter minha mãe aqui,sei que ela não vai me fazer mal e nem permitir que outra pessoa tente. Estou segura. 

Minha mãe se afasta um pouco de mim para poder encarar meu rosto e o segura entre as mãos. Ela olha bem no fundo dos meus olhos, muitas emoções passam pelo seu rosto e ela volta a chorar. 

Estou bem confusa e um pouco assustada com sua reação. Entendo que não foi só um desmaio sem importância ou eu não estaria em um quarto de hospital com tantos fios e máquinas me monitorando,mas não pensei que fosse tão grave a ponto de deixar minha mãe tão sensível. 

Maya : m-mãe - gaguejo. 

Catharina : sou eu,minha boneca. Você está bem agora. Tudo está bem agora - ela fala com emoção e percebo muito alívio no seu tom,è como se ela falasse para si mesma. 

Preciso entender o que está acontecendo,não quero ficar nervosa e ter outra crise. Elas vem sempre que fico ansiosa ou exposta demais ao estresse e essa situação è exatamente o que mais me apavora.

Antes de conseguir perguntar qualquer coisa eu preciso de uma forma de me comunicar já que aparentemente fiquei gaga. Tento pensar em alguma coisa e resolvo me arriscar com o básico. Se minha garganta está irritada e a minha boca está seca então tenho que beber água. 

Maya : mãe - consigo falar perfeitamente após um breve momento de concentração.

Catharina : está sentindo alguma coisa,Maya? - ela pergunta preocupada - eu vou chamar o médico… - ela ia se levantar mas seguro sua mão a tempo e a impeço. 

Maya : preciso de a-água - peço e engasgo um pouco no final.

Catharina : claro,meu amor. Eu vou pegar - ela responde e se afasta. 

Minha mãe despeja água fresca de uma jarra em um copo de plástico,coloca um canudinho de papel e se aproxima novamente. 

Tento me sentar para beber e evitar engasgar 

novamente mas mal consigo me mexer. Estou me sentindo fraca e meu corpo todo dói. 

Catharina : não se esforça tanto,Maya. Deixa que eu te ajudo - ela se oferece e levanta um pouco a parte de cima da cama. 

Já sentada,devidamente acomodada e com o copo nas mãos,faço um esforço considerável para levantá-lo um pouco e colocar o canudo na boca. 

A água fria que desce pela minha garganta è como uma benção. Eu sabia que estava com sede mas não pensei que fosse tanta,estou sedenta como se tivesse passado os últimos meses no deserto. 

Catharina : devagar,querida - ela aconselha enquanto esvazio o copo. 

A irritação na garganta diminui bastante e me sinto mais acordada quando termino de beber a água. Ainda estou sonolenta e zonza mas estou bem melhor que antes. 

Deixo meus olhos percorreram o ambiente de novo e desse ângulo consigo ver mais coisas. Tem uma porta no canto do quarto,um móvel todo branco do outro lado e um carrinho de ressuscitação perto dele. 

Volto a encarar minha mãe e ela percebe toda a confusão da minha mente. Dona Catharina sempre percebe tudo,ela me conhece melhor do que eu mesma. 

Catharina : você está no hospital,teve alguns problemas de saúde mas agora está bem - ela responde a pergunta que não cheguei a fazer. 

Maya : que problemas? - questiono curiosa e fico feliz por minha voz sair mais firme apesar da rouquidão.

Catharina : vamos falar sobre isso assim que o médico voltar com seus exames. Você deu um susto na gente,Maya - ela declara sem revelar o que tanto quero saber. 

Maya : é tão grave assim? - pergunto com um pouco de receio. 

Catharina : grave não,não mais. È só...só um pouco complexo - ela tenta explicar. 

Maya : não estou entendendo,mãe - declaro frustrada e ela segura minhas mãos. 

Catharina : preciso que você seja paciente e que confie em mim. Tenho muito para contar mas você passou por muita coisa,está fraca e precisa de tempo para se recuperar - ela pede com tanto carinho que não consigo recusar, não depois de ver a angústia nos seus olhos. 

Aceno positivamente com a cabeça e minha mãe sorri satisfeita. Acredito que vai ser difícil pra mim ouvir o que ela tem a dizer mas acho que vai ser ainda mais difícil para ela contar o que precisa. 

Em uma tentativa de me distrair minha mãe me surpreende contando que a tia Camille está aqui. Ela veio me visitar e está morando na cidade por enquanto. 

Fico feliz ao ouvir sobre minha tia,gosto muito dela e sempre nos demos muito bem,mas sua estadia aqui me deixa preocupada. Minha tia sempre odiou Augsburg e só algo muito grave a faria ficar aqui. 

Converso um pouco mais com minha mãe,ela me enrola por alguns minutos e finalmente o médico aparece com os tais exames. 

Não fico surpresa ao ver o Dr Hadrian Becker, ele è o médico da família Romanov há anos e,além de ter cuidado de mim quando a Alana fez eu me machucar,ainda è um dos médicos mais respeitados do país.

Hadrian : é bom te ver sorrindo,Maya. Como se sente? - ele pergunta com simpatia. 

Maya : cansada - respondo com sinceridade.

Hadrian : è normal. Seu corpo trabalhou muito nas últimas horas - ele explica. 

Maya : trabalhou muito por quê? - pergunto confusa. Essa falta de respostas está me enlouquecendo. 

O médico troca um olhar receoso com minha mãe,ele meio que pergunta se estou pronta para descobrir a verdade. Ela fica um pouco contrariada,dá para ver que está preocupada com alguma coisa mas não tem saída,tenho o direito de saber o que aconteceu comigo.

Por fim minha mãe acena positivamente com a cabeça e o Dr Becker começa a explicar os resultados dos meus exames. Ao que parece eu estou bem,só um pouco debilitada mas è normal depois de tudo o que passei. O único problema è que não tenho ideia do que raios eu passei!

Dona Catharina enche o Dr Becker com suas perguntas de mãe superprotetora mas acho que ela só está tentando ganhar tempo para pensar em uma forma de me contar a razão de eu estar aqui. 

Começo a ficar ansiosa e angustiada. Deve ser algo grave demais para minha mãe estar com tanto receio em me contar,até o médico está preocupado com minha reação. 

As dúvidas voltam a rondar minha cabeça e tento me forçar a lembrar de qualquer coisa que possa respondê-las. 

Penso,penso,penso e só me lembro de estar na mansão Romanov,depois são só flashes de sonhos aleatórios e uma grande escuridão. Nada útil. 

Maya : dá para alguém,pelo amor de todos os deuses,me dizer porque inferno estou aqui? - pergunto irritada e interrompo a explicação do médico sobre algo no meu exame de sangue.

Catharina : Maya! - ela me repreende.

Maya : mãe,eu estou confusa - me defendo - vocês ficam falando sobre exames,ficam me enrolando e...eu preciso saber porque estou aqui. O que aconteceu comigo? - questiono novamente,dessa vez sem a mesma calma de antes. 

Hadrian : você está certa. Estamos tentando te poupar de mais estresse mas isso só está te deixando ansiosa - ele concorda comigo e se vira para minha mãe. 

Catharina : tudo bem,eu conto. Mas você tem que me prometer que vai tentar ficar calma e que não vai perder a cabeça - ela pondera. 

Maya : eu prometo que vou me esforçar - declaro com sinceridade.

Catharina : querida,você acabou...bem,você foi… - ela tenta explicar mas não consegue, parece procurar uma forma de falar que não me deixe assustada. 

Hadrian : Maya,você chegou ao hospital com uma substância muito forte no sangue,um tipo raro e letal de veneno - ele fala pela minha mãe. 

Maya : veneno? - questiono chocada. Como è que isso foi acontecer? Onde? Quando?.

Catharina : nós não sabemos como você foi exposta. Investigamos,procuramos muito mas não conseguimos descobrir - ela responde antes de eu expor todas as minhas dúvidas. 

Hadrian : esperávamos que você soubesse - ele completa e atrai minha atenção. 

Maya : como eu ia saber? - pergunto com esperança de alguém me dar uma luz. 

Hadrian : esse veneno tem sintomas muito  característico. Você deve ter sentido uma ardência diferente quando foi exposta e logo depois começou com tonturas,náusea… - ele vai listando os sintomas e minha mente viaja para o dia do jantar. 

Senti uma ardência bem diferente depois que me furei naquela agulha. Ela não era minha, tinha uma cor diferente e imaginei que era de uma das costureiras que contratei mas e se não era? E se alguém tentou me matar como aquela bruxa disse que ia acontecer?

A Alana me pediu ajuda para costurar o seu vestido que estava rasgado. Ela não tinha acesso as minhas agulhas mas...não,não,não pode ser. Minha irmã não tentou me matar,ela não faria isso de novo.

Catharina : por que está chorando,Maya? Do que se lembrou? - ela pergunta preocupada. 

Maya : tinha uma agulha diferente no meio das minhas,eu acabei me furando nela e senti essa ardência,era como se eu estivesse me queimando - explico. 

Hadrian : e os outros sintomas? - ele insiste, precisa ter certeza. 

Maya : vieram logo em seguida. Eu costurei o vestido da Alana e logo depois comecei a me sentir mal - respondo ainda perturbada. 

Catharina : você não está achando que foi a Alana,não è? - ela questiona assustada. 

Maya : ela não faria isso de novo,mãe. Nós estávamos nos dando bem...não pode ter sido ela - tento me convencer enquanto lágrimas caem dos meus olhos. 

Não quero que tenha sido a Alana,não quero passar por tudo aquilo de novo e ter que odiar minha irmã por ter tentado me matar. A Alana é minha irmã. Ela è minha irmã e não faria isso novamente. Ela não pode. 

Catharina : Maya,a Alana vem te ver desde que você foi internada. Ela está preocupada com você,assustada - ela tenta me acalmar. 

Hadrian : o que importa agora è que você já está bem. O resto è só o resto - ele interfe ao me ver nervosa. 

Catharina : o Dr.Becker está certo. Você está bem e mais nada importa,minha boneca - ela me consola e dá um beijo carinhoso no meu rosto. 

Maya : você disse que a tia Camille está aqui e que a Alana vem me visitar desde que fui internada - comento. 

Catharina : sim. Elas,a família Romanov,o Victor...estão todos preocupados com você - ela confirma.

Maya : há quanto tempo eu estou internada? - pergunto desconfiada. 

Minha mãe e o Dr Becker trocam outro olhar receoso e prendo a respiração para tentar me preparar para o que vem por aí. Algo me diz que o pior não foi eu ser envenenada. 

Hadrian : Maya,seu estado era muito grave,o veneno agiu de uma forma nunca vista antes e você precisou de cuidados especiais…

Maya : quanto tempo? - repito a pergunta com impaciência. 

Catharina : boneca,você entrou em coma e ficou quase oito meses desacordada - ela responde com receio e preocupação. 

Sinto meu coração parar devido ao choque e mais lágrimas jorram dos meus olhos. Estou com medo,estou apavorada e angustiada,vou ter outra crise. 

Oito meses. Eu fiquei oito meses em coma, presa a uma cama,desacordada e sem ter a menor ideia do que acontecia à minha volta. 

O desespero e a angústia tomam conta de mim enquanto penso em tudo o que devo ter perdido. Minha mãe parou sua vida por mim? Como o mundo está agora? O Colin se casou com a Alana? O que pode acontecer em oito meses?. 

Hadrian : eu vou entrar com outro calmante - ouço ele anunciar enquanto minha mãe tenta inutilmente me tranquilizar. 

Minha cabeça está girando,meu coração está acelerado e não consigo parar de chorar. O desespero,a angústia e o pavor são bem mais fortes do que eu. 

Minha mãe me coloca em seu colo,sussurra palavras carinhosas pra mim e faz carinho no meu cabelo enquanto espera o remédio fazer efeito. Ela está tão assustada quanto eu. 

Vou sentindo meu corpo apagar aos poucos. O sono vai chegando,o choro compulsivo vai cessando e logo estou dormindo novamente. 

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