Sinto que só consigo escrever sobre amor. Mesmo que fale do coração ermitão que passou décadas insipido. Começo a pensar na estrela de Belém. Na estrela-guia que me abraçou com a meia luz. Que atravessava o precipício. A luz que é a mesma de outras vidas. Incapaz de se apagar. Tão intensa que machuca e afaga. É como amor do rouxinol que busca a rosa. É o amor que não se busca razão para amar. É como o verdadeiro amor de Percy Shelley Que se, dividido, não diminui.