(CAP-1)

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Meus olhos estavam quase se fechando por completo enquanto o som se passos foi despercebido pelos meus sentidos,provavelmente bloqueado pelas vozes e telefonemas,não importa o quanto relutasse, perdia cada vez mais minha própria conciência enquanto o a bochecha caia sobre o teclado do computador.
-Nathaniel!
Meu coração "sai pela boca" por alguns segundos assim que meu nome é chamado, meus olhos se abrem e a coluna é erguida,esfrego minha mão sobre meu cabelo embaraçado,tentando fingir neutralidade em minha face, ele sempre reclamava sobre meu sono no trabalho, me viro em sua direção, meio sonolento pergunto a ele qual o motivo de sua vinda até minha pequena sala, onde realizo a minha fixa de relatórios.Aquele homem velho apenas joga uma quantidade hedionda de papéis sobre minha mesa branca, deixando minha xícara de café frio derramar, felizmente, apenas alguns folhetos inúteis e medianamente rabiscados foram danificados, eu normalmente os utilizo para passar o tempo, escrevendo qualquer bobagem ou desenhando.
-Limpe sua mesa e faça seu trabalho. Já é a terceira vez que te encontro dormindo em local trabalhista!
Engulo a seco suas reclamações, tentando distrair meus pensamentos em textos enfadonhos
-Sim senhor, perdão
Apoio a palma de minha mão no mause próximo ao teclado, assim ligando o computador a um tempo inativo
-Que isto não se repita.
Seu tom de voz demonstrava o quanto estava chateado com minha ação "involuntária", ele sempre, ao meu ver, se assemelhava a um adolescente rabugento que odeia tudo e todos (me identifiquei), mesmo o observando por vários minutos era perceptível qualquer resquício de beleza física... Mesmo que suas roupas formais valorizassem seu corpo, sua face demonstrasse ser um homem empoderado e seguro, talvez um tanto sexy e o perfume que utiliza isfestasse todo o escritório com seu maldito cheiro forte, que é uma " marca registrada ", seu humor ou jeito de agir com os outros é diferente de quando está ao meu lado, se torna alguém rígido, porém acolhedor, já que suas cobranças sobre o bom trabalho aumentam, e me traz alguns presentes, normalmente alimentos para comer em meu intervalo. Ele se torna atencioso, porém meio frio para quem vê o superficial, nunca me elogiou por algum trabalho nem me disse nada motivacional ou educado, talvez seja sua forma de demonstrar " carinho " por um de seus empregados, o que ainda me soa estranho. Por que diabos meu chefe iria realizar tais atos? Muitas garotas são impnotizadas até mesmo pelo seu olhar, é engraçado ver seus pezinhos se debaterem de emoção ao ouvir passos, rezando para que seja quem elas esperam. Assim que sai de sala, paro para observar por alguns minutos os papéis deixados ao lado, um sentimento genuíno, raiva, surge em meu peito ao ver todo aquele peso (a papelada).
-Aquele velhote desgraçado...
Murmuro enquanto meu punho aperta o mouse e meus lábios húmidos se cerram. Perco a atenção ao ouvir o som de uma notificação, direto de meu celular em meu bolso esquerdo, movo minha mão até minha calça, espremendo-a na pequena abertura enquanto tento retirar meu aparelho,após alguns segundos levanto meu braço e deixo minha palma que o segura em frente a minha vista, o ligo e sua luz invade meus olhos, fazendo o espremer um pouco contra o brilho intenso, a tela inicial marcava exatamente 9:30
- *Whatsapp:(Chefe ☠️) Hora extra novamente*
Minha indignação inicial é descontada em meu celular, a tela foi jogada contra a mesa, rapidamente o levanto para verificar se não havia o danificado
-Não tenho dinheiro para comprar outro celular, Ufa!
Felizmente ele estava intacto, a capa vermelha amortecedora provavelmente o protejeu de meu ataque de raiva. Estava decidido, deveria buscar meus diretos trabalhistas, era incorreto todas aquelas ações que eu estava passando, aquilo deveria ser mudado.
-Eu preciso de um aumento, aquele filho da mãe me paga!
Me levanto de minha cadeira giratória, dando passos largos até a porta enquanto ela se move.

O segredo de meu chefeWhere stories live. Discover now