Poema

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    Em sua casa, Kageyama encarava a folha pautada com alguns desenhos fofos sem saber o que fazer. O papel já estava amassado e com as fracas marcas de lápis, seus rascunhos. O garoto suspira e se espreguiça na cadeira giratória. 
     "Faça uma carta, colocando todos os seus sentimentos nela! Cartas são as mais belas formas de demonstrar amor. É simples e muito adorável!", a fala dita por Yamaguchi rodeia a cabeça do moreno, mas de nada adiantava se ele não tinha inspiração para escrever. _____ merecia o bom e o melhor, entretanto estava difícil. 
      Navegando pela famigerada internet, Kageyama busca por alguma inspiração, seja com música, assistindo a alguma coisa ou só vendo coisas aleatórias em suas redes sociais. Até que, em um post, algo chama a sua atenção. 
      O post falava sobre coisas clássicas e, dentre elas, o gênero literário poema se destacava no topo da lista. Com sua estrutura simples, podendo ou não conter palavras complexas, o poema era uma das formas mais bonitas de expressar os seus mais profundos pensamentos e sentimentos, uma lâmpada imaginária se acende sob a cabeça de Tobio. Oh, sim! Ele já sabia exatamente o que fazer para _____.

[ ... ]

– Nossa... – Yamaguchi exclama, ao terminar de ler os versos escritos por Kageyama. 

– O quê foi? Não está bom? 

– Não, não é isso, é só que...é muito diferente saber que foi você quem escreveu isso. _____ faz milagres! – Ri. 

– Tsc! J-já acabou de corrigir? – Desvia o olhar para o lado. 

– Sim! Por incrível que pareça, você não errou nenhum kanji, é um avanço. Tomara que você continue assim até as avaliações. – Diz e entrega o papel nas mãos de Tobio. 

– _____-san merece uma caligrafia boa, as provas não. – Exclama. Yamaguchi solta um suspiro, fazendo uma cara de taxo. 

– Me disseram que ela estaria fazendo aulas extras na mesma sala que vocês estudam. Boa sorte! – Kageyama assente, logo seguindo caminho para o local citado pelo esverdeado. 

      O garoto olhava o papel em suas mãos com um sorriso no rosto, estava uma perfeição, nunca fizera uma coisa tão bem escrita em toda a sua vida. 
      Mas como a alegria de pobre dura pouco, um grupo de garotos passava por ali, Kageyama nem os percebeu, até que um deles esbarra no mesmo, jogando todo o líquido da sua latinha de refrigerante na folha, molhando-a por inteiro. 

– NÃO!!! – Tobio berra. 

– Poxa, cara. Desculpa aí, eu não tinha te visto. – O menino dá tapinhas fracos nas suas costas, seguindo o seu caminho posteriormente. 

– Droga! Tá tudo molhado! – Lamenta. – Mas que raiva! Ele estava perfeito e agora está ferrado! Tanto trabalho que tive pra nada! — Sem esperanças, Kageyama apenas solta o papel encharcado de suas mãos, o deixando cair no chão, seguindo seu caminho completamente desolado.

– Kageyama! Conseguiu mostrar a carta para _____? O quê ela achou? – No meio trajeto, Tobio acaba por esbarrar com Tadashi, que, sem saber de nada, o interroga empolgado. – Kageyama? Está tudo bem? – Ao perceber a expressão triste do moreno, Yamaguchi se preocupa. 

– Não consegui. Um cara esbarrou em mim e acabou com tudo, ficou tudo molhado. – O tom de voz do garoto era baixo, seus olhos estavam banhados de decepção. – Estou quase pra desistir, nada dá certo! 

– Não fique assim. Não desista de quem você gosta, coisas assim acontecem o tempo todo. É normal. Tenho certeza que uma hora, você consegue. – O de sardas tenta aliviar a dor de seu amigo. – Vamos ao treino, sim? Aposto que isso vai te melhorar um pouco. – Sugere. Talvez uma dose de vôlei compense o ocorrido. Afinal, é de Kageyama Tobio que estamos falando.

    Não muito longe dali, você caminhava tranquilamente com um livro em sua mão, entretanto, uma folha encharcada no piso do andar em que se encontrava te faz parar de andar para checar o que era aquilo. Com todo o cuidado do mundo, você apanha o papel em suas mãos, pondo o livro debaixo de seu braço, analisando-o.
    "Quem diabos deixou isso aqui?", você se questiona. Sem muito o que fazer, você vai até a sua sala e põe o papel debaixo de sua carteira. Mais tarde iria resolver isso. 
    Dito e feito, ao chegar em sua casa, você pega uma toalha e começa a secar a folha de papel gentilmente, tentando não afetá-la. Algum tempo depois, ela seca e já estava pronta para uso, ou melhor dizendo, para leitura. 

– O quê será isso? – Sentada em sua escrivaninha, você indaga a si mesma, colocando seus óculos para compreender melhor as letras levemente borradas pela água. 

    Era um poema. Acima do título, estava escrito "De Kageyama, para _____", o que faz o seu coração gelar por um segundo, ansiosa para o que te aguardava logo mais para frente. 
    Maravilhada com o que acabara de ler, você sente o seu coração aquecido pelas doces palavras vindas de Kageyama. Aquilo era real? Se sim, por que ele não havia lhe entregado? Por que o papel se encontrava encharcado e no chão? Tantas perguntas se passavam pela sua cabeça, mas nenhuma delas diminuía a felicidade e emoção que ela estava sentindo. Seria o seu sentimento recíproco? 

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Juro que tentei fazer um poema, mas tava sem inspiração e com preguiça, fica a critério da imaginação de vcs, desculpa      (。•́︿•̀。)

O próximo com certeza vai ser o melhor (ou pior) de todos, se preparem, viu?

Se cuidem, bebam água e não se esqueçam da estrelinha!! (´ε` ʃƪ)♡

𝟕 𝐖𝐀𝐘𝐒 𝐓𝐎 𝐖𝐈𝐍 𝐘𝐎𝐔 𝐎𝐕𝐄𝐑 | 𝗞𝗮𝗴𝗲𝘆𝗮𝗺𝗮 𝗧𝗼𝗯𝗶𝗼Where stories live. Discover now