Capítulo Dois

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Pov: Miranda Sparke

Depois de longos 40 minutos em um táxi de volta para casa, finalmente cheguei, finalmente teria minha paz depois de um início de dia extremamente absurdo, tudo em tão pouco tempo, sentia que ia enlouquecer.

Passo na portaria e Matt, o porteiro mais gentil que já conheci, com cerca de seus 50 anos, me entrega minhas correspondências com o sorriso que transmite paz, de sempre. Eu as recebo e logo estou no elevador.

As portas se abrem e finalmente me encontro jogada no sofá, que não era dos mais confortáveis da vida, mas que naquele momento parecia nuvens. Eu estava no céu.

Abro os papéis que recebi na recepção do prédio e de repente, como passe de mágica, vou do céu ao inferno em segundos quando leio aquelas malditas palavras.

Eu tenho uma semana para quitar todas as dívidas do meu apartamento, ou estaria no olho da rua. Que merda! Não tinha hora pior pra isso. Eu não tenho nem o suficiente pra me manter por um mês, muito menos quitar minhas dividas com o aluguel.

Eu não podia fazer nada, eu tenho que pagar esses atrasos. Se eu perco esse apartamento, eu vou virar uma moradora de rua, não tenho ninguém em New York, e nem grana pra voltar pro Brasil, e a situação dos meus pais por lá também não é das melhores, eles não podiam me ajudar também. Estou sem saída, é isso.

Meu celular toca e logo vejo o nome de minha melhor amiga piscar na tela.

- Oi, Marta. - fui seca, estava devastada

- Nossa mas que saudação de merda eih Miranda, o rolou? Me conta antes que eu te bata virtualmente - ela diz irritada e divertida no mesmo tom

- Minha vida tá uma merda, eu não tenho onde cair morta, e a única solução que eu tenho é um pesadelo- respondo jogando tudo que estava sentindo para fora

- Porra, não conseguiu o emprego não é? - a mulher indaga

- É, e pra piorar, se eu não pagar o que devo de aluguel em uma semana, não terei onde morar - cada palavra dói saindo de mim

- E essa tal solução? Qual seria? - ela parece curiosa

- Eu teria que fingir um relacionamento com Lewis Hamilton, aquela estrelinha arrogante, e ganharia uma fortuna - nem acredito que disse essas palavras, relacionamento falso? Que piada

- Pois eu não vejo tanta desvantagem não eih amiga, porra o cara é gostoso, e você estaria sendo paga pra fingir um romance! Caralho aceita logo e sai desse buraco - Marta parecia bem decidida a me convencer, o pior é que eu sabia que realmente era minha saída

- Não nego que ele seja bem interessante fisicamente, mas era a última coisa que eu queria fazer pra recuperar minha vida

- Vai, não perde tempo e arruma logo isso, a solução você já tem. Agora deixa eu desligar que to na correria aqui com essa mudança pro Rio, beijo e me mantém informada. E, sinto muito pelo Daniel. - Ela se despede com palavras que em parte me doem, merda, tenho que terminar com meu namorado

- Beijo - é o que digo antes de desligar, estou tão magoada comigo mesma que nem consigo formular frases para dizer agora

Já que isso tudo me deixou uma merda, eu não hesito antes de pegar provavelmente o quinto táxi do dia, até o hotel onde Daniel está hospedado. Não posso demorar muito, ou então desisto.

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